domingo, 27 de junho de 2010

Depois de faltar convenção do PMDB, Valter vai à do PDT

Depois de romper com o governador André Puccinelli e se rebelar contra seu próprio partido, o senador Valter Pereira chegou há pouco à convenção do PDT, partido que apoiará Zeca do PT nas eleições deste ano.
Ele fo anunciado pelo cerimonial do evento como “uma surpresa agradável”. Valter não foi nem mesmo à convenção do PMDB, no sábado.
Valter está sentado na mesa de autoridades, junto com o deputado federal Dagoberto Nogueira, que será referendado hoje como candidato a senador na chapa do PT, e do candidato petista à reeleição, Delcídio do Amaral.
Após perder a prévia interna para o Senado, da qual o deputado Waldemir Moka saiu vitorioso, Valter se rebelou e quase deixou o PMDB. Chegou a receber diversos convites de outras legendas, mas permaneceu no partido como dissidente.
No mês passado, após várias evidencias de que deixaria o PMDB, Valter discursou no Senado e anunciou um rompimento com o governador André Puccinelli, contra quem fez várias acusações.
Agora, aparece na convenção do partido que estará na coligação rival de André.

O evento político atraiu pelo menos 3 mil pessoas, segundo os organizadores.
Entre elas, o ex-governador Zeca do PT, candidato ao governo na chapa apoiada pelo PDT, e sua esposa Gilda Maria dos Santos, que será suplente de Dagoberto.
Também estão presentes nove prefeitos do PDT. A exceção é Ari Artuzi, de Dourados, que decidiu apoiar o governador André Puccinelli em sua reeleição.

Valter sobe no palanque de Dilma e pode apoiar Dagoberto

O senador Valter Pereira (PMDB) disse nesta manhã que vai subir no palanque de Dilma Roussef à presidência da República, mas negou que isso signifique apoio a Zeca do PT em Mato Grosso do Sul.

Depois de faltar à convenção de seu partido, de sentar na mesa de autoridades do PDT, que está na coligação rival ao PMDB, o senador Valter Pereira disse, nesta manhã, que vai subir no palanque da candidata petista, Dilma Roussef, à presidência da República.
Apesar de tantas evidências de que decidiu rebelar-se contra o seu partido na disputa estadual, o senador negou que isso signifique que vá pedir votos para o candidato Zeca do PT. Segundo ele, o apoio a Dilma segue o que o PMDB decidiu em nível nacional.
O senador disse que não sobe no palanque de André Puccinelli, alegando que seria uma incoerência após o discurso de rompimento que fez no Senado.
Sobre a disputa para o Senado, da qual foi tirado em benefício do deputado federal Waldemir Moka, Valter disse que ainda está analisando seu apoio a Dagoberto Nogueira.
Segundo Valter, sua ida até o evento político do PDT foi em “homenagem a um amigo”. Ele lembrou que Dagoberto foi seu chefe de gabinete quando era deputado.

CONVENÇÃO DO PDT

Em convenção de rival, Valter Pereira diz que não sobe em palanque de Puccinelli

O senador Valter Pereira depois de não comparecer ontem á convenção do seu partido, o PMDB, e ter aparecido na manhã de hoje na convenção do PDT, rival de seu partido nas eleições estaduais desse ano, disse que não subirá no palanque de André Puccinelli na campanha para o governo estadual.

O senador rompeu com Puccinelli desde as prévias que indicaram o pré-candidato ao Senado. Ele concorreu à vaga com o deputado federal Waldemir Moka, que venceu a disputa com a ajuda dos principais líderes do partido, incluindo o governador. Em recente discurso no Senado, Valter Pereira acusou Puccinelli de ter “usado a máquina” para favorecer o deputado.
Ao ser perguntado sobre sua presença na convenção do PDT, o senador disse que sempre teve o costume de visitar as convenções dos partidos que nasceram do movimento democrático brasileiro e que tanto o PT como o PDT se englobam nessa categoria. “Eu cumpro um ritual democrático”, disse Valter Pereira.
Ao ser questionado se está engajado na campanha de Zeca do PT, o senador disse que há uma “distância” entre uma visita e estar engajado. Durante a convenção do PDT, o senador reiterou que rompeu politicamente com o candidato do PMDB ao governo, André Puccinelli, e que não subirá no palanque dele para apoiá-lo.
Valter Pereira também ressaltou que está seguindo o seu partido nacionalmente e que subirá no palanque de Dilma Rousseff no Estado. Em MS, o PMDB está apoiando o candidato do PSDB, José Serra.
Maurício Bosrges
Sobre o fato de subir no palanque de Dilma no Estado resultar em um apoio a Zeca do PT, Valter Pereira não mostrou muita preocupação quanto a isso.
Ele também não descartou a possibilidade de apoiar o candidato do PDT ao senado Dagoberto Nogueira, enquanto que a chapa do PMDB tem dois candidatos ao senado: Murilo Zauith e Waldemir Moka.


Com vice do PV e apoio do PDT, Vander diz que Zeca terá "cinco palanques fortes"


O deputado federal Vander Loubet, um dos principais articuladores do PT, comemorou o anúncio de Tatiana Ujacow como candidata a vice-governadora na chapa petista. "Termos uma pessoa como a advogada Tatiana de vice solidifica a candidatura do Zeca e coroa politicamente nossa aliança, que se torna a cada dia mais competitiva", analisou.

Vander acha que as candidaturas de Dagoberto Nogueira (PDT) e Delcídio do Amaral (PT) ao senado, somadas à presença de Gilda dos Santos (PT) como suplente do pedetista, e de Tatiana como vice de Zeca, agregam mais quatro palanques fortes à campanha de Zeca.
"Praticamente teremos cinco palanques no estado, pois serão o Zeca, a Tatiana, o Delcídio, o Dagoberto e a Gilda trabalhando. Enquanto vemos o adversário com o palanque ruindo, estamos apenas somando forças e são todos nomes fortes", compara.
"Marina Silva pedindo voto para o Zeca em MS"
O anúncio da coligação com o PT foi feito pelo PV ressaltando que o partido vai trabalhar para oferecer à candidata da legenda a presidente da República, Marina Silva, espaço "condizente com o potencial da candidatura".
"Pela primeira vez temos reais condições de mudar os destinos políticos do Brasil, pois a Marina Silva certamente estará no segundo turno. Nosso trabalho regional vai sempre priorizar nosso compromisso com essa candidatura forte", aposta Carlos Leite, presidente regional do PV.
Ele diz que a coligação regional com o PT vai atender às prioridades do partido, que são garantir palanque para Marina e chance de eleição para os candidatos a deputado estadual e deputado federal. "Estou muito seguro para defender essa aliança. Sempre fui partidário da candidatura própria e, pela primeira vez, estou convencido de que a coligação será mais produtiva para o PV", disse.
Leite ressalta ainda que o fato de terem uma candidata a vice-governadora no Estado vai viabilizar um palanque significativo para Marina Silva em Mato Grosso do Sul. "Vou levar essa decisão à direção nacional da partido certo de que faremos um ótimo trabalho pela candidatura de Marina Silva", explica.
Para o petista Vander Loubet, também não há problemas com o fato de a candidata a vice de Zeca ter candidata própria à presidência. "O PV pede voto para Marina Silva, e ela pede voto para o Zeca aqui em MS. Para nossa aliança esse fato é positivo", analisa.
Vander diz que as pesquisas recentes apontam Marina Silva sempre com mais de 10% das intenções de voto em Mato Grosso do Sul e aposta no lucro político que a candidatura à presidência do PV pode trazer para a candidatura petista no Estado. "Como o Partido Verde vai fazer campanha para a Marina Silva, teremos ainda mais este palanque apoiando o Zeca em MS", comemora.