quarta-feira, 11 de abril de 2012

Baixa incidência de ondas de calor em japonesas despertou interesse sobre consumo de soja


Duas porções diárias de soja podem reduzir a frequência e intensidade de ondas de calor vivenciadas por mulheres durante a menopausa, concluiu o mais abrangente estudo já feito sobre o assunto. Os resultados da pesquisa apontam para uma redução de até 26% no sintoma.
Pesquisadores da Universidade de Delaware, em Newark, Nova Jersey, Estados Unidos, analisaram 19 investigações prévias sobre o tema envolvendo um total de 1.200 mulheres.
Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica Menopause: The Journal of the North American Menopause Association.
Até o presente, pesquisas sobre o assunto tinham apresentado resultados contraditórios - algumas confirmando, outras negando os benefícios da soja para mulheres na menopausa.
Mas segundo a equipe americana, a discrepância se deve ao número pequeno de participantes em alguns dos estudos e também a problemas de metodologia.
"Quando combinamos todos (os estudos), concluímos que o efeito geral (da soja) ainda é positivo", disse Melissa Melby, professora de antropologia médica na University of Delaware, autora do estudo.
Resultados
Ao examinar o impacto de isoflavonas da soja (substâncias químicas que produzem um efeito semelhante ao do hormônio feminino estrogênio), Melby e seus colegas concluíram que ingerir ao menos 54 miligramas de isoflavonas da soja diariamente, por um período entre seis semanas e um ano, diminui a frequência das ondas de calor em 20,6% e a intensidade do sintoma em até 26% em comparação com o uso de um placebo.
Em estudos de duração mais longa, onde mulheres consumiram isoflavonas por 12 semanas ou mais, a diminuição na frequência das ondas de calor foi cerca de três vezes maior.
Suplementos com índices maiores de genistein (um dos dois principais tipos de isoflavonas) se revelaram mais efetivos na redução da frequência das ondas de calor.
Melby explicou que estes resultados são particularmente importantes porque o genistein é a principal isoflavona encontrada nos grãos da soja e em alimentos que contém soja.
Segundo ela, isso é um indicador de que "comer alimentos contendo soja, ou usar suplementos derivados de grãos inteiros de soja, pode funcionar melhor para mulheres".
O interesse em compreender as possíveis conexões entre consumo de soja e sintomas de menopausa surgiu a partir de observações feitas no Japão.
Pesquisas realizadas no país concluíram que a baixa frequência de ondas de calor em mulheres japonesas pode ser atribuída ao alto consumo de soja entre os japoneses. No Japão, a ingestão do alimento tem início já no útero e continua por toda a vida.
"A soja é provavelmente mais efetiva nessas mulheres", disse Melby. "Mas se você tem 50 e nunca comeu soja, não é tarde demais. Nós descobrimos que ainda ajuda."
BBC Brasil

estudo revela que pai mais velho corre maior risco de ter filho autista


Quanto mais velho é o pai, maior é a chance de que uma criança desenvolva o autismo. A descoberta é um dos destaques de três estudos publicados nesta quarta-feira (4) pela revista científica “Nature”, que identificaram vários genes ligados ao distúrbio.
Os três trabalhos, todos de universidades dos EUA, tiveram como enfoque as chamadas mutações “de novo”, erros genéticos que surgem nos pacientes, mas que não estavam presentes em seus pais e se devem a fatores internos da própria célula.
Os pesquisadores estudaram casos de autismo em crianças sem antecedentes na família e compararam o genoma dos pacientes ao dos seus pais. Cada pesquisa descobriu um aspecto diferente. A liderada por Matthew State, da Universidade Yale, descobriu mutações em genes expressados no cérebro que estão associados às doenças do espectro autista.
Outra, liderada por Mark Daly, da Faculdade de Medicina Harvard, em Boston, mostrou que muitas das mutações genéticas encontradas nos autistas não necessariamente causam o distúrbio.
Já o estudo liderado por Evan Eichler, da Universidade de Washington, mostrou que a maior parte das mutações tem origem paterna, e o problema fica mais intenso de acordo com a idade do pai – quanto mais velho ele for, maior o risco para a criança.
Hoje, é consenso entre os pesquisadores que o autismo tem causas genéticas, mas esta relação ainda não é conhecida com detalhes. “À medida que identificarmos mais genes, obteremos uma imagem mais clara de como se origina o autismo, o que nos conduzirá a objetivos terapêuticos que nos permitam desenvolver novos tratamentos contra a enfermidade”, afirmou à Efe Stephan Sanders, um dos autores, que fez parte do grupo liderado por Matthew State.
G1, com informações Agência Internacionais

Ex-BBB Diego Alemão capota com carro à caminho do velório da avó


Diego Alemão sofre acidente de carro. O ex-BBB e apresentador do Multishow estava indo para o velório da avó quando perdeu o controle do veículo após tentar se desviar de uma carreta que estava à sua frente no meio da pista ao sair de uma curva. Na foto, que Alemão postou em seu Twitter, o carro aparece destruído.
O acidente foi no domingo (8), na Rodovia Fernão Dias, quando viajava para o velório da avó, Elza, em Atibaia, a 60 km de São Paulo.
Ainda na rede social, Alemão falou sobre o ocorrido. "Nasci de novo ontem. Minha avó chegou lá em cima me cuidando. Que Deus abençoe todos nós", escreveu ele na legenda da foto que mostra o carro de cabeça para baixo.
Apesar do susto, Diego teve apenas algumas escoriações na perna, cabeça e mão. Ele foi socorrido por uma equipe de paramédicos que trabalham no própria rodovia e após fazer alguns exames simples foi liberado para seguir viagem.

Francisco, o primeiro camelô de Campo Grande, ainda está na ativa


Ele não tem dúvidas, reivindica para si o título de primeiro camelô das ruas de Campo Grande. Há 50 anos, Francisco Honorato já vendia “muamba” na rua 14 de Julho. Junto com meias e outras peças de roupa, ele começou vendendo, inclusive, frutas e alho pelo Centro da cidade.
Depois, com a “modernidade”, passou a oferecer óculos, pilhas... de tudo um pouco. “Fui o primeiro nas ruas e não conheço mais ninguém daqueles tempos que continua como camelô assim, ao ar livre”, garante. "Até quando chove eu fico aqui".
Há 14 anos, quando o Camelódromo foi inaugurado em Campo Grande, ele diz nem ter cogitado a possibilidade de “ficar confinado”. Preferiu mudar de endereço, ficar mais “escondidinho” e mudou da 14 para os arredores da Santa Casa.
Aos 74 anos, Francisco lembra do tempo que se foi e das dificuldades de quem optou por continuar na rotina de leva e busca o carrinho montado todos os dias, faça chuva ou faça sol, desde que tinha 24 anos.
“Trabalho não me dá medo não. O problema é que as coisas mudaram muito e isso aqui não dá mais dinheiro. As pessoas não têm mais dinheiro”, reclama.
Hoje, na esquina da avenida Mato Grosso com a Rui Barbosa, “Chiquinho” vende só ervas, não tem mais produtos como antigamente, mora em um quarto no Centro e o serviço parece mais um passatempo. “Quase não vendo mais nada”, conta. O sustento vem mesmo de um auxílio doença que conquistou depois de 9 anos tentando.
“Tenho essa perna (a esquerda) 20 centímetros menor do que a outra, parece que ninguém conseguia ver e só consegui o auxílio porque conheço gente importante. Mas é auxílio, posso perder a qualquer momento.”
Hoje a banca só vende ervas, perto da Santa Casa.
Com 1,30 metro de altura aproximadamente (ele não sabe dizer ao certo), o senhor baixinho, quase sem dentes, começa a conversa com ar desconfiado, mas logo se solta e vai falando da vida.
Pergunto onde nasceu e ele tem de recorrer à Carteira de Identidade para lembrar. “Agora deu branco, espera aí”, diz ao retirar o documento do bolso. Nasceu em Assaré (CE) e veio ainda criança para Mato Grosso do Sul com os pais e os 5 irmãos. “A viagem durou 22 dias, acredita. Isso até Dourados”.
Na região Sul, trabalhou em fazendas com a família, depois todos se mudaram para Rochedo, até que resolveu tentar ganhar dinheiro em Campo Grande. “Quando a gente começou na roça, as fazendas tinham até 40 famílias trabalhando. Depois a coisa começou a miar e hoje tem uma só e olhe lá”, justifica.
Ele diz que já teve carro, casou duas vezes, mas nada restou. “Separei, não tive filho e meu carro fundiu o motor. Não tenho nada, só a minha banca”.
Das épocas de 14 de Julho, o que mais lembra é do “quebra-pau” nos anos 90, quando a prefeitura resolveu acabar com os ambulantes nas ruas do Centro e transferir todos para o Camelódromo.
“Cheguei a quebrar cabo de vassoura no lombo de fotógrafo que ia até lá só para falar mal da gente. Era complicado, mas eu colocava todo mundo para correr”, lembra.
Quando iniciou na lida ambulante, ele diz que a Barão do Rio Branco era o ponto preferido. “Era lotado de camelôs”.
Agora, com a banca pequena, sente falta do tempo em que acreditava que poderia melhorar a vida. “Comecei quando as pessoas ainda ficavam ricas trabalhando. Hoje isso é impossível. Sempre pensei que poderia viver melhor, mas me enganei. Hoje vivo assim porque não sei mais viver de outro jeito”, conclui.

TJ manda Estado cumprir 1/3 de hora atividade para professores em 2013


Com 13 votos favoráveis, desembargadores do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiram, por unanimidade, nesta quarta-feira, que o Governo do Estado cumpra, a partir de 2013, 1/3 de hora atividade para professores, carga destinada ao planejamento de aulas.
Segundo o advogado da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Ronaldo de Souza Franco, o entendimento dos magistrados em relação ao prazo é para que o Estado tenha tempo para se adaptar à mudança.
Franco afirmou que a Federação ainda vai recorrer à Justiça para cobrar ressarcimentos aos docentes da rede estadual de ensino relativos à carga horária no ano passado e este ano.
O advogado também explica que, para derrubar a decisão, o Governo do Estado tem de ingressar com liminar e argumentar que o cumprimento da determinação vai gerar prejuízos econômicos à administração. “Mas não pode haver prejuízo, pois o Estado tem oito meses para se preparar”, comenta.
Em janeiro, o TJ/MS concedeu liminar mandando cumprir, neste ano letivo, a destinação de 1/3 da carga horária dos professores para planejamento de aulas, no entanto, dois dias depois, o desembargador Claudio Miguel Abss Duarte tornou a decisão sem efeito após o Governo do Estado recorrer.
À época, o governador André Puccinelli (PMDB) lembrou decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), no ano passado, que considerou constitucional a lei do piso salarial, no entanto, a decisão não vinculou a obrigatoriedade do cumprimento da hora atividade.
André chegou a declarar, ano passado, que, com os professores fora das salas para executar o planejamento das aulas, o Estado teria que abrir concurso para contratar 2.870 novos professores, o que traria impacto de R$ 49 milhões anuais nas contas do governo.
Do outro lado, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Ensino Público de Mato Grosso do Sul) argumenta que seriam necessários 1,5 mil novos professores.
A reportagem entrou em contato, por telefone, com secretária estadual de Educação, Nilene Badeca, para ouvi-la sobre o assunto, porém, foi informada de que ela está numa reunião.

PMDB de MS reage com aproximação de PT com PSDB e ameaça apoiar Dilma em 2014



Com tradição de dar palanque aos tucanos na sucessão presidencial, o PMDB de Mato Grosso do Sul pode reproduzir aliança nacional no pleito de 2014, apoiando a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). A mudança de posicionamento leva em conta a aproximação do PSDB com o PT em 18 dos 79 municípios do Estado.

“Se o PSDB não nos quer no palanque do Aécio Neves (senador), nós ficaremos com a Dilma”, ameaçou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB). “Eles estão nos tirando do palanque do Aécio”, reforçou.
A aproximação do PT com o PSDB, segundo o deputado estadual Paulo Duarte (PT), “é uma tática pontual para evitar a hegemonização do PMDB em Mato Grosso do Sul”. Hoje, o partido administra o Governo do Estado, a prefeitura da Capital, outros 29 municípios e planeja lançar entre 65 a 70 candidatos a prefeito.
Para Jerson, no entanto, a estratégia é repleta de incoerência. “Existe determinação nacional por parte dos dois partidos proibindo aliança entre PSDB e PT por conta da rivalidade no âmbito federal”, frisou. “O eleitor não vai entender nada”, acrescentou.
Vice-presidente regional do PSDB, o deputado Márcio Monteiro discorda do presidente da Assembleia. Para ele, em um país de dimensões continentais como o Brasil é natural a realidade local divergir em algumas ocasiões do cenário nacional. “Nem sempre é possível reproduzir aliança nacional, por exemplo, em Nioaque, cidade tão distante da realidade de Brasília”, engrossou Paulo Duarte. 

Aproximação de PSDB com o PT gera bate-boca na Câmara da Capital


Os vereadores da Câmara de Campo Grande não deixaram passar em branco a eventual aproximação do PSDB com o PT na disputa pela sucessão de pelo menos 18 prefeituras de Mato Grosso do Sul. O assunto gerou bate-boca entre os parlamentares após pronunciamento do presidente da Casa de Leis, Paulo Siufi (PMDB).
O vereador utilizou a tribuna do plenário para comentar a possível aliança entre os partidos e disse que as siglas “são como água e óleo, que por mais que tentem não se misturam”. “O PT querer aliança com o PSDB ultrapassa o limite do imaginável”, declarou Siufi.
Para o presidente da Câmara, a rivalidade entre os partidos no âmbito nacional inviabilizaria a união entre as legendas. “Se no cenário nacional não se cogita isso, imagina em uma eleição municipal”, comparou. “Essa possível aliança me causou estranheza”, emendou.
Paulo Siufi também classificou como “vergonhosa” a estratégia de união entre PT e PSDB para enfrentar o pré-candidato a prefeito pelo PMDB, deputado federal Edson Giroto, em eventual segundo turno. “Se tudo isso é para derrotar o PMDB, depois de o PT dizer que nosso pré-candidato não tinha condições, por que esse arsenal todo?”, questionou.
Teatro
As declarações do presidente da Câmara foram criticadas pelo vereador Alex do PT que não poupou ataques a Siufi. O petista afirmou que o apoio do presidente da Câmara a Edson Giroto não passa de um “teatro”. “Ao falar de PT e PSDB não se esqueça de olhar para o seu próprio quintal”, disparou.
Segundo o vereador, a escolha de Edson Giroto não agradou boa parte dos membros do PMDB, entre eles o próprio presidente do Legislativo. “O pré-candidato do PMDB não satisfez todo o PMDB [...] Nem o senhor está satisfeito, o senhor está fazendo um teatro, o senhor não concorda com isso, o senhor está infeliz”, atacou.
Marionete
O petista sugeriu a Paulo Siufi que o vereador “não traga para o PT os problemas do PMDB” e foi além ao comentar sobre o prefeito Nelsinho Trad, coordenador de campanha de Giroto. “O Nelsinho é uma marionete que não está optando em sua própria sucessão. Ele é expectador de sua própria sucessão”, opinou.
De acordo com Alex, o PT poderia se aliar ao pré-candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, caso os tucanos cheguem ao segundo turno contra Edson Giroto. “Se o Reinaldo for ao segundo turno não tem problema de sentarmos para conversar”, observou.
Paulo Siufi concordou com parte das declarações do vereador petista, mas voltou a frisar que “a estranheza dessa aliança é geral”. O presidente da Casa aproveitou para defender Nelsinho Trad. “O Nelsinho não está fora do comando”, garantiu.
Declaração infeliz
Segundo o vereador Athayde Nery, pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PPS, as declarações de Alex do PT foram equivocadas. “O vereador foi infeliz ao dizer que Paulo Siufi estava fazendo teatro”, disse.
O parlamentar ressaltou que não vê como incoerente a possível união entre petistas e tucanos em eventual segundo turno em Campo Grande. “Ninguém pode ser proibido de fazer alianças”, destacou. “Na política é possível existir capivara com sucuri, mas precisamos saber quem vai comer quem”, brincou.
Intrigas
Ao fazer uso da fala, o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) partiu para a defesa de Paulo Siufi. “O PT tem que procurar o PSDB para conversar por que é o que resta”, frisou. O parlamentar também acusou o Partido dos Trabalhadores de promover intrigas no processo de articulações com outras legendas.
Presidente municipal do PDT, Paulo Pedra, se mostrou favorável ao diálogo entre PT e PSDB. “Não vejo problema nenhum do PT falar com o PSDB”, comentou. O vereador adiantou que independente das alianças entre os partidos pretende seguir ao lado do PMDB. “O Nelsinho é o meu candidato em 2014”, antecipou.  
Para o vereador Carlão, presidente municipal do PSB, a aliança entre os partidos não lhe causa estranheza. “Depois que PT e PMDB se uniram para chegar ao Governo Federal eu acredito em tudo”, comparou.
Notícias são notícias
Único vereador do PSDB a comentar o assunto, Cristovam Silveira ponderou que “daqui uns dias, uns meses, é possível morrer (a hipótese de aliança do partido com o PT). Quem dirá mudar de ideia [...] Notícias, são notícias”, disse.
Líder do prefeito na Câmara, Flávio César (PTdoB) atacou as declarações de Alex do PT e pediu para que o vereador retirasse as palavras proferidas contra Paulo Siufi e Nelsinho Trad.
O vereador disse que “o PSDB fez um ninho dentro da casa do PMDB durante as duas administrações de Nelsinho Trad”. O parlamentar também concordou com a visão do presidente da Câmara sobre a possível união entre PT e PSDB. “Que causa estranheza, causa”.
Ao final da discussão, o vereador Alex do PT fez uso da fala para retirar as ofensas contra Nelsinho e Siufi. “Mas mantenho as palavras de que o prefeito é um expectador de sua própria sucessão”, concluiu.

PSDB só apoiará Delcídio ao Governo do Estado se ele virar tucano


Apesar da aproximação nas eleições municipais, tanto tucanos quanto petistas afastam reproduzir aliança em 18 cidades do Estado na corrida pela sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), em 2014. Segundo parlamentares dos dois partidos, a rivalidade nacional inviabilizará o apoio à pré-candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT). “Só se ele trocar o PT pelo PSDB”, disse o deputado estadual professor Rinaldo (PSDB).
Para ele, Delcídio “tem sangue tucano” e só está no PT por conveniência momentânea. Sem o ingresso do senador, Rinaldo não vê chances de o PSDB caminhar com o PT na sucessão estadual. “Já está previamente estabelecido que vamos polarizar a disputa pela Presidência da República, por isso, o PSDB terá palanque em Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
Da mesma forma, os petistas não deixarão de montar palanque no Estado para a presidente Dilma Rousseff pavimentar sua reeleição. “Agora, é uma tática acertada se unir em alguns municípios para evitar a hegemonia do PMDB. Já lá na frente é outra coisa”, ponderou o deputado estadual Paulo Duarte (PT).
Para o petista, pouco tem a ver a eleição municipal com a estadual e presidencial. “Não influência lá na frente porque a realidade política municipal é bem diferente da nacional”, comentou.
Ciumeira
A aproximação dos rivais nacionais em 18 municípios do Estado e encontro do presidente regional do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, com o senador Delcídio do Amaral e com o ex-governador Zeca do PT causou ciumeira entre peemedebistas, tradicionais aliados dos tucanos em Mato Grosso do Sul.
Diante da eventual aliança, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), chegou a cogitar o fim da parceria dos dois partidos na sucessão presidencial.
Para acalmar os ânimos, o vice-presidente regional do PSDB, deputado Márcio Monteiro, destacou que será bem mais ampla a aliança dos tucanos com o PMDB nas eleições municipais. Ele ainda adiantou apoio ao candidato governista na corrida pela sucessão estadual. 

RedeTV! e empresas ligadas ao refrigerante Dolly são condenadas a pagar R$ 1 mi à Coca-Cola


A RedeTV! e três empresas ligadas ao refrigerante Dolly terão de pagar R$ 1 milhão de indenização à Coca-Cola. A determinação é do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que entendeu que o “Programa 100% Brasil”, exibido em 2003 pela RedeTV!, divulgou notícias, debates e entrevistas com o objetivo de prejudicar a imagem do refrigerante Coca-Cola, causando a redução de sua venda e, indiretamente, incrementando as vendas da concorrente Dolly.
A Coca-Cola recorreu à Justiça alegando que os assuntos abordados no programa versavam sobre práticas ilícitas supostamente praticadas por ela, entre as quais sonegação fiscal, corrupção ativa, concorrência desleal e adição de substância entorpecente ao xarope do refrigerante.
Já as duas empresas ligadas à Dolly (Detall-Part, detentora da marca Dolly, e Ragi Refrigerantes, responsável pelo engarrafamento e comercialização do refrigerante) disseram que os entrevistados participaram do programa como meros entrevistados e não receberam nenhum tipo de orientação com relação a suas declarações.
A RedeTV! se defendeu no processo alegando que não tinha responsabilidade sobre o conteúdo do “Programa 100% Brasil”,  pois  a compra do espaço na grade da TV foi acertada entre a Dolly e um terceiro, com autorização para comercializar horários na grade de programação da emissora.
Ex-funcionários
De acordo com a decisão do TJSP, a intenção de denegrir a imagem da Coca-Cola era clara. “As reportagens e entrevistas veiculadas no programa tinham por único objeto explorar denúncias de irregularidades envolvendo a empresa autora [Coca-Cola], tanto que foram entrevistados basicamente ex-funcionários, parlamentares e outras autoridades públicas que, de alguma forma, guardavam relação com as acusações desferidas contra a requerente (Coca-Cola]”.
Segundo o relator do processo, desembargador Francisco Loureiro, “é possível concluir, sem sombra de dúvida, que o objetivo maior do programa não era informar o público acerca de fatos relevantes e de notório interesse público, mas sim ofender a Coca-Cola”.
Sobre a responsabilidade especifica da RedeTV!, o relator disse que o fato de a emissora comercializar horários de sua programação não a exime de responder pelos atos lesivos praticados por terceiros que adquirem tais espaços. E que cabia à RedeTV!, antes de exibir um programa produzido por terceiro, verificar o conteúdo da atração e deixar de exibi-la se constatado seu potencial lesivo.