O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) lamentou hoje o fato de não ser determinante para o PMDB a ficha dos políticos na hora de escolher o candidato a prefeito de Campo Grande. Segundo ele, o partido tem certeza que a “força dos seus principais líderes” será suficiente para eleger o próximo prefeito da Capital, em outubro.
Hoje, a sigla está dividida entre três pré-candidaturas. Lutam para virar o representante do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) na eleição os deputados federais Edson Giroto (PMDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), além do vereador Paulo Siufi (PMDB).
Dos três, Giroto vem se destacando na imprensa estadual e até nacional por conta de processos judiciais, tanto na área cível quanto penal. Agravou sua situação depoimento em juízo do filho do governador, André Puccinelli Júnior, o relacionando com autor de fraude para prejudicar a reeleição do deputado estadual Semy Ferraz, nas eleições de 2006.
Já a imprensa nacional o relacionou com obras irregulares tocadas em rodovias federais que cortam Mato Grosso do Sul. Justamente por conta da suspeita, ele foi descartado para assumir o lugar do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) no comando do Ministério dos Transportes. Na época filiado ao PR, o partido chegou a sugerir o nome de Giroto, mas a presidente Dilma Rousseff afastou a possibilidade por causa dos processos que o parlamentar responde.
“Infelizmente o partido não leva em consideração a vida passada dos correligionários na hora de escolher o candidato”, lamentou Marquinhos Trad. Para ele, a proximidade do governador com Giroto será determinante para ele virar o candidato do PMDB a prefeito da Capital. “Ele (Giroto) vai ser o escolhido”, apostou.
Ainda segundo Marquinhos, o PMDB está convicto que a força de suas principais estrelas será suficiente para vencer a eleição na Capital. “Não interessa quem será o escolhido, eles acreditam que vão eleger qualquer um”, comentou. Hoje, o partido está a frente do Governo do Estado e da prefeitura da Capital, maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. Puccinelli, antes de virar governador, administrou a Prefeitura de Campo Grande e encerrou o mandato com recorde de popularidade, garantindo peso eleitoral no município.
Defesa
Por outro lado, o líder do PMDB na Assembleia, deputado Eduardo Rocha, saiu em defesa de Giroto. “Acredito na inocência dele”, declarou. O deputado aproveitou ainda para lembrar que outro pré-candidato a prefeito da Capital também enfrenta processos na Justiça e, por isso, não poderão atacar Giroto em eventual campanha. “A população é quem vai julgar quem é o melhor”, frisou.
Indagado se a pressão cada vez maior da população no sentido de cobrar conduta exemplar dos detentores de cargos públicos poderá fragilizar a pré-candidatura de Giroto, Rocha reforçou acreditar na inocência do deputado e repetiu sobre o envolvimento de outro pré-candidato em processos judiciais.