quinta-feira, 22 de março de 2012

Comissão do Senado aprova dedução de gastos com remédios do IR


A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou hoje parecer favorável à proposta que permite deduzir despesas com medicamentos da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física.
A proposta vai agora, em caráter terminativo, para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). "É um projeto meritório e não será isso que fará diferença no caixa do governo federal", disse o presidente da CAS, senador Jayme Campos (DEM-MT), sobre a proposta de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), relatada pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).
O senador Wellington Dias (PT-PI) quer garantir que o projeto seja aprovado na CAE, sem "desvios" ou "excessos de abatimentos de qualquer natureza".

Senador: político ganha pouco e 15º salário não é irregular


O senador Ivo Cassol (PP-RO) suspendeu nesta terça-feira a votação do projeto que acaba com o pagamento dos 14º e 15º salários a deputados e senadores. Conforme o parlamentar, o pagamento não é irregular. Ele pediu que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado adie a votação. "O político no Brasil é muito mal remunerado porque tem que atender com passagem, dar remédio, ser patrono de formatura. Se bater alguém na sua porta pedindo uma Cibalena (analgésico), você não vai dar?", disse. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Cassol sugeriu ainda que os deputados e senadores contrários ao pagamento dos salários extras devolvam o dinheiro aos cofres públicos. O projeto é da ministra e senadora licenciada Gleisi Hoffmann. Para ela, o pagamento só fazia sentido quando os meios de transportes eram mais difíceis. "Hoje os membros do Congresso Nacional têm a possibilidade de retornar à sua base eleitoral a cada semana", disse.

Zeca diz abrir mão de candidatura ao Senado para apoiar Puccinelli em chapa com Delcídio


O ex-governador Zeca do PT declarou nesta segunda-feira (19) estar disposto a deixar de lado a rivalidade política e abrir mão de sua pré-candidatura ao Senado para apoiar “dobradinha” do governador André Puccinelli (PMDB) com o senador Delcídio do Amaral (PT), nas eleições de 2014.  Para ele, está na hora de os partidos reproduzirem no Estado aliança nacional e se unir em torno da candidatura de Delcídio ao governo e de Puccinelli ao Senado.
“Não tem aliança nacional do PT com o PMDB? Então não vejo problema nenhum em nos unirmos em Mato Grosso do Sul”, disse Zeca. Indagado sobre os anos de rivalidade com o PMDB no Estado e, principalmente, com Puccinelli, ele frisou que o importante “é um programa de governo com desenvolvimento em todos os setores”.
Nas eleições de 2010, quando confrontou diretamente o atual governador nas urnas, Zeca não aceitou abrir mão de sua candidatura em nome da aliança nacional de PT com PMDB.
Relação sob suspeita
Em relação às falas de apoio do governador ao prefeito Nelsinho Trad (PMDB) em 2014, Zeca colocou em xeque a relação dos dois. “O que eu ouço falar é que o André não gosta dos Trad”, comentou. “Talvez ele essa união só dure até o fim das eleições municipais”, emendou, sugerindo a possibilidade de o governador declarar apoio à pré-candidatura de Nelsinho ao governo apenas para conseguir eleger seu candidato em Campo Grande, o deputado federal Edson Giroto (PMDB).
No caso de o PMDB manter o projeto de candidatura própria, Zeca promete lutar por vaga de senador na chapa de Delcídio. Antes, no entanto, ele defendeu união da oposição nas eleições municipais. “2012 indicará quem vencerá em 2014”, frisou.

Deputados do PMDB rejeitam dobradinha de Delcídio com Puccinelli em 2014



Diante do anúncio do ex-governador Zeca do PT de deixar de lado a rivalidade política e abrir mão de pré-candidatura ao Senado para apoiar dobradinha do senador Delcídio do Amaral (PT) com o atual governador André Puccinelli (PMDB), deputados do PMDB reagiram e destacaram o projeto de candidatura própria do partido ao Governo do Estado, em 2014.

“É louvável a atitude do ex-governador, mas o PMDB tem candidatura própria”, frisou o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi (PMDB).
Líder do PMDB na Casa de Leis, o deputado Eduardo Rocha questionou os motivos de Zeca não ter feito proposta de aliança dos partidos nas eleições de 2010. “Na época, ele teimou e saiu candidato ao governo, impossibilitando, inclusive, reprodução de aliança nacional no Estado”, observou.
Rocha ponderou ainda ser cedo demais para discutir a sucessão estadual. “Precisamos ver como ficará o cenário depois das eleições municipais”, frisou. “Mas eu vou lutar para que o PMDB tenha candidato em 2014”, emendou. Segundo ele, a prioridade é lançar o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) ao governo e a segunda opção seria a candidatura da vice-governadora, Simone Tebet (PMDB), sua esposa.
Estranho
O deputado Marquinhos Trad (PMDB) analisou com estranheza a proposta de Zeca. “Antes ele era um árduo crítico dessa aliança, por isso, vejo com muita estranheza essa mudança de comportamento”, comentou.
Para ele, se o PT está tão disposto a deixar de lado a rivalidade política e reproduzir aliança nacional no Estado poderia indicar o vice de Nelsinho ao governo e o suplente de senador de André Puccinelli.

De olho em vaga de senador, Jerson condiciona aliança em 2014 a apoio do PT em 2012


Cunhado de Pedro Chaves (PSC), suplente do senador Delcídio do Amaral (PT), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), acredita que para que ocorra a aliança entre PT e PMDB em 2014, a união entre os partidos deve acontecer já nas eleições municipais deste ano.
Apesar de o governador André Puccinelli (PMDB) não acreditar em uma dobradinha dos partidos nas eleições para o Governo do Estado, o parlamentar - que já havia destacado a possibilidade de apoiar a pré-candidatura de Delcídio do Amaral - comentou que, para ele, a aliança não é impossível de acontecer.
No caso de o PT retomar a administração de Mato Grosso do Sul com a pré-candidatura de Delcídio do Amaral, o primeiro suplente de senador Pedro Chaves, cunhado de Jerson Domingos, assumiria o restante do mandato do petista no Congresso Nacional.
Palanque reduzido
O presidente da Assembleia lamentou a possibilidade de o pré-candidato a prefeito do PMDB, deputado federal Edson Giroto, não contar com o apoio de partidos até então aliados, como o caso do PDT, PP e PSDB, que também prometem entrar na disputa pela sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB).
“Temos partidos que faziam parte do projeto político do PMDB e que agora manifestam interesse de ter candidatura própria. O que nós alertamos, não o partido, mas eu Jerson, é que não é impossível que venha acontecer uma aliança do PMDB com o PT”, afirmou o deputado.
Jerson também se mostrou preocupado sobre a possibilidade de a aliança afastar partidos que, segundo ele, sempre estiveram com o PMDB. “Nós não queremos que todos aqueles que sempre estiveram conosco dentro de um projeto político do PMDB sejam desligados desse projeto havendo uma aliança com o PT, ficando sem espaço”, disse.
Coerência
Ao comentar a aliança nacional entre as legendas, o parlamentar voltou a reforçar a tese, relembrando recentes declarações do ex-governador Zeca do PT, que indicou a possibilidade dos partidos seguirem juntos em 2014.
“Pode acontecer uma aliança do PMDB com o PT, que no cenário nacional já é consolidado. A declaração do Zeca é uma sinalização. Tem hora que dizem que ele é temperamental, mas não. Ele fez uma análise, do meu ponto de vista, coerente e até madura”, frisou.
Para o deputado, a aliança em 2014 só será possível caso o PT apoie o PMDB nestas eleições. “Eu não estou falando disso lá em 2014, estou dizendo que tem que começar em 2012 para se concluir em 2014, com o comprometimento de que possa acontecer uma aliança”, analisou.

Puccinelli ignora proposta de união com Zeca e Delcídio na sucessão estadual


O governador André Puccinelli (PMDB) declarou nem sequer analisar proposta do ex-governador Zeca do PT para deixar de lado a rivalidade política e fazer dobradinha com o senador Delcídio do Amaral (PT), na disputa pela sucessão estadual em 2014. O petista disse abrir mão de candidatura ao Senado para ceder a vaga a Puccinelli em troca de apoio do PMDB à pré-candidatura de Delcídio ao governo.
“Eu não costumo falar de outros partidos, costumo só falar do meu, mas a proposta dele (de Zeca) deixaremos de analisar”, afirmou, na manhã desta quinta-feira (22), o governador, durante solenidade de instituição, por meio de decreto, do Cadastro Estadual de Recursos  Hídricos, em Campo Grande.
Segundo o governador, o PMDB irá partir para o confronto direto com o PT em 2014. “Só se o Nelsinho Trad (PMDB) morrer, ele não será candidato”, comentou. Antes, no entanto, ele acabou cometendo pequena gafe ao se referir à vice-governadora Simone Tebet (PMDB) como “futura” governadora. “Parem de torcer as coisas”, rebateu Puccinelli à imprensa.
Ele destacou que Simone será candidata ao Senado. “Só se nenhum tatu querer ser candidato, eu disputo”, comentou sobre a possibilidade de partir para o enfrentamento em 2014.
Indagado se no caso de Zeca do PT disputar vaga de senador entrará na disputa, mais uma vez Puccinelli minimizou a força dos adversários. “A filhinha (Simone Tebet) da conta (de vencer o petista”), apostou o governador.
Ironizando a união do adversário
Puccinelli ainda ironizou sobre o fim da rixa de Delcídio e Zeca em nome do fortalecimento do PT no Estado. “Ele (Zeca) está no PT, o Delcídio é do PT, eles se uniram, o Delcídio e o Zeca estão unidos e desejo ao partido, a instituição partidária, que representa a democracia, um bom futuro”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de a união dos rivais fortalecer o PT nas urnas, o governador garantiu não temer os adversários e ainda aprovou a união petista. “Disputa fraquinha eu não gosto”, ironizou.
Na última terça-feira (20), em jantar com o pré-candidato do PSDB a prefeito da Capital, deputado federal Reinaldo Azambuja, o governador teria defendido a união da base aliada na disputa em Campo Grande justamente com o argumento de a oposição estar cogitando lançar candidatura única. “Eu não disse que a oposição está unida”, rebateu Puccinelli. Ele apenas confirmou ter convidado, sem sucesso, o tucano a integrar o arco de aliança do PMDB na corrida eleitoral.