quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Governo se cala sobre não publicação de tabela do ICMS e preocupa prefeitos

Sem ter publicado até agora a tabela dos índices provisórios de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos municípios para o ano de 2011, o governo do Estado não esclarece os motivos do atraso nem aos prefeitos que buscam resposta sobre o assunto. Todos os anos, a publicação tem de ocorrer até 30 de junho. A demora levantou suspeitas entre parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa que acreditam em interesse eleitoral.


O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e prefeito de Terenos, Beto Pereira (PSDB), disse ao Midiamax que procurou o governo e não obteve qualquer resposta. “Não sabemos se houve problema técnico ou que aconteceu. O governo simplesmente não responde”, reclama.
Apesar disso, Beto Pereira não acredita em transtornos maiores para as prefeituras. Após a publicação da tabela provisória, os prefeitos têm 30 dias para contestar os índices. Na sequência, o Estado tem 30 dias para julgar todos os recursos.
“Como estamos em setembro, se a tabela for publicada logo ainda haverá tempo todo este processo”, explica o presidente da Assomasul. Ele cita que nos últimos três anos do governo de André Puccinelli (PMDB), a tabela foi publicada rigorosamente dentro da data esperada.
Na semana passada, a oposição na Assembleia Legislativa chamou a atenção para a demora do governo. “Será que ele só vai publicar depois das eleições?”, questionou o deputado Paulo Duarte (PT).
“De certo, o governo está querendo avaliar primeiro, o comportamento de cada prefeito para somente depois publicar os índices”, atacou Duarte fazendo referência à promessa de André Puccinelli feita no interior de distribuir casas a vereadores aliados que “se comportarem”.
O prefeito Beto Pereira diz que vai novamente bater às postas do governo do Estado em busca de esclarecimento. Desde a semana passada, a reportagem do Midiamax mantém contato com a assessoria do governo na tentativa de obter informações sobre o atraso, mas até a publicação desta matéria não havia recebido qualquer retorno.
De todo o ICMS arrecadado pelo governo do Estado, 25% é partilhado entre as prefeituras de Mato Grosso do Sul. A tabela que está sendo aguardada pelos prefeitos traz o índice destinado à cada cidade. A estimativa é de que no ano que vem, o bolo mensal a ser rateado entre o 78 municípios seja de cerca de R$ 100 milhões.

Juiz nega afastamento de Artuzi e de vereadores, mas mantém presa primeira-dama

O juiz Carlos Alberto Resende Gonçalves, da 4° Vara Cível de Dourados, negou o pedido de afastamento do prefeito de Dourados, Ari Artuzi e dos nove vereadores presos pela Operação Uragano, da Polícia Federal.

O pedido foi feito na semana passada pelo Ministério Público Estadual. Já a juíza Dileta Terezinha, indeferiu o pedido de liberdade da primeira-dama do município, Maria Artuzi, presa dia 1º por suposto envolvimento no esquema de fraudes em licitações públicas.
Na Uragano foram presas 28 pessoas, entre elas o prefeito da cidade, o vice, o presidente da Câmara, nove vereadores, empresários e secretários municipais.

Candidato suspeito de ligação com facção gastou R$ 5 mi

O candidato a deputado federal em São Paulo Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos (PSC), suspeito de lavar dinheiro para uma organização criminosa, já gastou em sua campanha cerca de R$ 5 milhões, afirmou nesta quarta-feira (15) o delegado da Polícia Civil Raul Godoy. Ney responderá pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e, eventualmente, “repasse de dinheiro oriundo do tráfico de entorpecente para uma organização criminosa atuante no Estado”.

O valor declarado pela polícia que o candidato gastou ultrapassa o teto de despesas informado por à Justiça Eleitoral, de R$ 4 milhões. Na prestação de contas parciais, Ney disse ter gasto valores bem abaixo, pouco mais de R$ 32 mil. De acordo com a mesma declaração, ele teria arrecadado R$ 200 mil no primeiro mês de campanha.
Uma operação envolvendo 80 policiais cumpriu hoje 13 mandados de busca e apreensão que resultaram no confisco de documentos, CPUs e notebooks. O candidato foi até a Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Entre os bens apreendidos está uma Ferrari. O depoimento do candidato foi adiado até que a documentação apreendida hoje pela polícia de Taboão da Serra seja analisada pela perícia.
De acordo com o delegado, Ney montou em nome de laranjas uma rede de empresas, incluindo 15 postos de gasolina, para lavar dinheiro para a facção, aumentar seu patrimônio e financiar a sua campanha política. A polícia estima que o candidato tenha R$ 50 milhões seu patrimônio, o que ele nega.
O delegado ainda disse ser “inevitável” suspeitar da lavagem de dinheiro tendo em vista as incompatilidades “econômico-financeiras” do patrimônio que ele apresenta. Além de dono de uma Ferrari, ano 2007, avaliada em R$ 1,5 milhão, ele mora em uma casa de R$ 2 milhões em Alphaville, uma das regiões mais valorizadas da região metropolitana de São Paulo. As suspeitas são de que sua campanha também seja financiada com esse dinheiro.
- Nós temos uma estimativa tranquila e segura de que ele já gastou entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.
O delegado disse ainda que “ a investigação” se iniciou com uma denúncia anônima, provavelmente de alguém que via a ostentação com que a campanha vinha sendo apresentada na região.
Em 2003, Ney foi preso em flagrante com uma metralhadora 9 mm, roubando malotes de uma transportadora de valores na região de Marília. Condenado em primeira instância, ficou preso por três anos, mas foi absolvido pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). As acusações eram receptação, roubo, porte de arma e formação de quadrilha.
A Polícia Civil já pediu o bloqueio dos bens e da conta corrente do candidato, além das empresas em nomes de laranjas e de uma em nome dele, a Kelph Factory. A Polícia Civil também pediu à Justiça a prisão temporária de Ney, o que não foi concedido por falta de documentos.

Apesar de críticas ao Presidente, Puccinelli usa imagem de Lula no programa eleitoral; Nei Braga continua atacando Zeca

O candidato ao governo André Puccinelli, apesar de constantemente criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outra vez usou o nome do petista durante o horário eleitoral.

O programa da coligação “Amor, trabalho e fé” mostrou imagens de Lula ao lado de André com o presidente falando sobre projetos para o PAC.
O candidato da coligação “A força do povo” Zeca do PT usou o programa eleitoral para fazer a promessa de acabar com o terror fiscal e outra vez exibiu depoimentos de mutuários falando sobre a transparência na distribuição de casas.
Lula também foi a “estrela” do programa de Nei Braga e apesar de negar as críticas feitas pelo ex-candidato ao senado pelo PSOL, Jorge Batista, continuou atacando o candidato petista.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 52%; Serra mantém 22%

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, oscilou negativamente 1 ponto percentual no tracking Vox Populi/Band/iG desta quarta-feira (15) e registrou 52% das intenções de voto. Se as eleições fossem hoje, Dilma vencedira no primeiro turno. Seu principal rival, o presidenciável do PSDB, José Serra, manteve os 22% registrados ontem. A candidata do PV, Marina Silva, cresceu 1 ponto percentual e ficou com 9%. Brancos e nulos somam 5% e indecisos, 12%.

A variação registrada pelas candidats petista e verde ocorre dentro da margem de erro do levantamento, que é de 2,2 pontos percentuais. Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado, Dilma recebe 43% das menções, enquanto Serra soma 18%. Marina tem 7%. O presidente Lula segue lembrado por 1% dos eleitores na espontânea.
Dilma tem vantagem sobre os adversários em todas as regiões. No Sudeste, Dilma caiu de 46% para 44%, Serra caiu de 24% para 23% e Marina subiu de 10% para 11%. Na medição que engloba o Centro-Oeste e o Norte do País, a petista cai de 51% para 49%. O candidato tucano manteve 25% das preferências, enquanto Marina subiu 1 ponto e foi para 9%. No Sul, o quadro continua igual: Dilma tem 44%, enquanto Serra tem 29%. Marina tem 6%.
A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas. A amostra consolidada com 2.000 entrevistas, portanto, só é totalmente renovada após quatro dias. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

Artuzi amarga 15º dia de prisão; suposto chefe de quadrilha deve ser investigado também por crimes federais

O ex-caminhoneiro, puxador de madeira que saiu dos confins do Rio Grande do Sul para morar em Dourados no início da década 90, Ari Artuzi, viveu seus 15 dias de inferno, uma agonia que deve atravessar outros invernos.

Detido no início deste mês por chefiar quadrilha que fraudava licitações, o homem que ficou rico após alcançar extraordinários reajustes salariais ao deixar a condição de operário ocupando mandatos de vereador, deputado por duas vezes e prefeito agora deve ser afastado até a próxima semana e ainda não se sabe se as investigações acerca dele serão cuidadas apenas por autoridades judiciais do Estado.
É que Artuzi, segundo a Polícia Federal, pode ter desviado recursos estaduais e federais. Até aqui, o prefeito é acusado de fraudes em licitações públicas e pagamento de propina, corrupção ativa e formação de quadrilha.
Hoje, Ari Artuzi está preso por crime estadual, embora ele tenha sido captufrado na Uragano, operação tocada pela Polícia Federal, que pôs 28 pessoas na cadeia. É a Justiça Estadual quem define quando ele deve deixar a prisão ou se o encarcerado pode ser transferido para outra unidade prisional.
O prefeito está preso por força de mandado de prisão preventiva numa cela da 3ª Delegacia da Polícia Civil, no Carandá, bairro chique de Campo Grande.
 Num dos trechos do relatório da Polícia Federal aparece trechos de um diálogo que levantam suspeitas sobre Artuzi que o conduziram ao rol de investigados por crime federal.
A mulher de Artuzi, Maria, também presa, teria montado um barracão em Dourados para estocar cestas básicas e cargas de merenda escolar, mantimentos bancados por verba federal.
Noutra ponta da investigação, também por meio de escutas telefônicas, um ex-secretário de Artuzi, afirma ter entregado ao prefeito ao menos R$ 2 milhões, dinheiro que não se sabe até agora de que fonte saiu.
A operação Uragano foi posta em prática no dia 1º deste mês e o desfecho da investigação motivou a prisão das principais autoridades políticas da cidade. Dos 28 presos, 21 já foram libertos. A cidade é hoje chefiada por um juiz de direito.

Adolescentes são flagrados novamente em pátio de posto para fazer programa sexual

Dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram flagrados novamente em pátio de posto de combustíveis, as margens da BR-163 em Coxim, para fazer programa sexual. Os meninos, que são primos, foram abordados pela ROTAI (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior), por volta das 22h50, dessa terça-feira (14).

Os policiais encaminharam os adolescentes, que moram na Vila Bela, para o 1º Distrito Policial e acionaram o Conselho Tutelar. Um dos adolescentes, inclusive usava peruca no momento da abordagem.
É a segunda vez que a polícia recolhe os meninos e encaminha para a Polícia Civil. No dia 29 de julho, os dois foram denunciados pela profissional do sexo, Aldenir Domingos Candido, de 36 anos.
Na época, Aldenir informou à polícia que os adolescentes estavam, há três dias, fazendo programa naquele local. Segundo a denunciante, os meninos cobravam R$ 10 por programa.
Enquanto aguardavam para serem ouvidos pela delegada, Sandra Regina Simão de Brito Araújo, o menino de 15 anos começou a discutir com a denunciante e chegou a agredí-la, causando lesões em seu rosto.
Os dois adolescentes afirmaram que foram aliciados por Aldenir. O caso de suposta exploração sexual está sendo investigado pela delegada.

CNT condena sinalização em estradas de MS e aponta BR-163 entre as 10 piores do país

As estradas que ligam Dourados a Cascavel (PR) estão entre as 10 piores ligações rodoviárias do país, de acordo com a 14ª pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O trecho composto pela BR-163, PR-467 e BR-467 e é administrado pelo poder público. Já no ranking das 10 melhores ligações, todas as estradas cortam o estado de São Paulo e são privatizadas.

Na classificação geral, a CNT avaliou as estradas que cortam o Estado como ótimas (5,1%), boas (26,9%), regulares (46,9%), ruins (15,2%) e péssimas (5,9%).

A BR-163 em Mato Grosso do Sul terá 256 quilômetros revitalizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As obras já começaram, o investimento é de R$ 64,1 milhões - recursos provenientes do governo federal. Duas frentes de trabalho foram abertas: uma entre a divisa com o Paraná (km 0) e o km 127. O segundo lote vai deste ponto até o entroncamento com a BR-463 (km 255).
Em Mato Grosso do Sul, a pesquisa abrangeu 3.750 quilômetros em 17 rodovias federais e estaduais. O pavimento das pistas foi considerado ruim na MS-306, MS-444, BR-483 e BR-497. Já a sinalização preocupa na MS-134, MS-443, BR-359 e BR-463.
As placas de limite de velocidade estão presentes em 85,4% das estradas, mas a maioria (54,6%) não conta com placas de indicação (destinos, por exemplo). O mato cobre total ou parcialmente as placas em 22,9% das rodovias. Já o desgaste do tempo prejudica a leitura de 54,2% das placas.
O levantamento da CNT avaliou as rodovias brasileiras pavimentadas, identificando as condições de superfície, acostamento, faixas centrais e laterais, placas e pistas. Foram identificadas as deficiências e os pontos críticos em cada região do país.
Em todo o Brasil, os pesquisadores percorreram 91 mil quilômetros de rodovias, um acréscimo de 1,6% em relação ao levantamento feito no ano anterior.
Melhora geral
De acordo com os índices, houve significativo aumento do número de estradas brasileiras consideradas "boas": em 2009, eram 15,6 mil quilômetros, e este ano, 24 mil quilômetros receberam a avaliação positiva.
A pesquisa levou em conta as rodovias públicas (76,4 mil km) e controladas por empresas privadas (14,5 mil km). Chama a atenção o contraste entre as condições gerais das vias - 32,4% das estradas públicas tiveram avaliação positiva, enquanto esse índice é de 87,3% nas estradas concessionadas.
A CNT alerta que as más condições do pavimento afetam o custo operacional dos veículos, além de provocar gasto adicional de combustível e maior desgaste de pneus, freios, câmbio e motor. Além disso, os acidentes geram atraso na entrega de cargas e gastos elevados no sistema de saúde.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o número de acidentes em rodovias federais policiadas apresentou elevação de 41,7% entre 2004 e 2009, atingindo 159,4 mil ocorrências em 2009.

Coordenadoras em campanha de candidato a deputado sofrem tentativa de assalto

A tentativa de assalto contra Jaqueline Coelho Alves de Miranda e Solange Barros, coordenadoras de campanha de um candidato a deputado estadual pela Coligação "Amor, Trabalho e Fé" , na tarde desta quinta-feira, mobilizou grande aparato policial, envolvendo policiais da Denar, Deco, Garras e Polícia Militar.

O fato aconteceu no cruzamento das ruas Bolívar e São Félix. Em depoimento as vítimas relataram que foram até a casa de Solange, que é a proprietária do veículo Peugeot 307, placa MGZ-2092, de Curitiba/PR, e logo saíram. No local descrito, dois homens em uma motocicleta Fan, cor preta, “fecharam” o carro, o garupa desceu, sacou uma arma e disparou três vezes contra o vidro do condutor, que era Jaqueline.
O que chamou a atenção dos agentes que atenderam a ocorrência foi que uma das mulheres proibiu que alguém acionasse o Corpo de Bombeiros ou o Samu para atendê-la alegando que queria a presença de um irmão dela que pertence ao quadro da segurança pública estadual (papiloscopista).
A Delegacia Especialidade de Roubos (Derf) é a responsável por investigar o caso. O delegado titular Roberval Maurício Cardoso Rodrigues revela que a linha de investigação é a de roubo, inclusive o boletim de ocorrência foi registrado como tentativa de roubo. Embora as duas mulheres tenham ligações políticas e tenham recusado atendimento, esta será a linha investigatória.
Um dos investigadores que esteve no local afirma que soube no local da ocorência que hoje seria dia de pagamento de cabos eleitorais do candidato para quem as mulheres trabalham. Por isso, a linha de investigação de assalto, pois alguém poderia ter repassado a informação para os dois homens. “Eles deram o bote errado achando que tinha dinheiro no carro”, diz o delegado Roberval.
Como o tiro não atingiu Jaqueline e ela não abriu a janela do automóvel, o homem ainda deu vários murros na tentativa de quebrar o vidro. Sem sucesso, os dois homens fugiram. Embora os tiros não tenham atingido a condutora, ela recebeu atendimento posterior para retirar os estilhaços de vidro, numa unidade de saúde.
Desde o fato, policiais militares do décimo batalhão, da Deco, Denar e Garras estão em diligências para tentar encontrar a dupla. A reportagem tentou conversar com o candidato, mas um assessor atendeu o telefone celular e informou que ele está em uma reunião política.

Vigilância Sanitária interdita açougue e apreende 1t de carne

Na manhã de hoje Policiais do DECON (Delegacia do Consumidor) de Campo Grande, juntamente com fiscais do Iagro, Ministério da Agricultura e Vigilância Sanitária de Naviraí, aprenderam cerca de uma tonelada de carne bovina sem procedência que estava sendo comercializada em açougue localizado na rua Vidal de Negreiros, no centro de Naviraí.

Segundo informações, os fiscais chegaram até o açougue após uma denúncia feita ao Ministério Publico que acionou a DECON e os demais órgãos envolvidos. Após a denúncia, os policiais da delegacia do consumidor começaram uma investigação onde constataram que a maioria das carnes bovinas comercializadas no açougue vinha do assentamento Santa Rosa no município de Itaquiraí.
Segundo os policiais, os animais eram abatidos clandestinamente, ou seja, sem passar por uma fiscalização para saber as condições de saúde do animal abatido, podendo assim causar riscos a saúde dos consumidores.
O açougue foi interditado pela Vigilância Sanitária de Naviraí para que sejam resolvidas as irregularidades estruturais e higiênicas do estabelecimento. Toda a carne aprendida cerca de uma tonelada vai ser incinerada. O proprietário foi multado e responderá por crime contra o consumidor.

Moradores da região Centro-Oeste terão que adiantar os relógios em Outubro

Moradores das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste terão que adiantar o relógio em uma hora a partir do dia 17 de outubro, quando começa o horário de verão. A medida, que termina no dia 20 de fevereiro do próximo ano, tem como objetivo reduzir os picos de demanda por energia, proporcionando uma utilização mais uniforme durante o dia.

Segundo a Agência Brasil, o Ministério de Minas e Energia declarou que nos últimos anos a redução média da demanda de energia elétrica tem sido em torno de 5%, nas regiões onde o horário de verão foi aplicado.
O adiantamento do horário em uma hora diminui o carregamento nas linhas de transmissão, subestações e nos sistemas de distribuição, de forma que o atendimento em épocas de maior consumo ocorra com maior eficiência.

Pressionado, Puccinelli promete empenho por Serra na TV

O presidente regional do PSDB, deputado estadual, Reinaldo Azambuja, informou hoje que o governador André Puccinelli (PMDB) prometeu mais empenho pela candidatura de José Serra (PSDB) na propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. “Ele já está pedindo votos no chão e disse que ia colocar [imagens com apoio a Serra] na TV também”, informou o deputado ao chegar para a sessão plenária da Assembleia.


Contudo, no programa eleitoral exibido na televisão agora há pouco no horário do almoço, Puccinelli não fez menção ao tucano. Mas, até o dia 30 de setembro, quando encerra o horário eleitoral gratuito em rádio e TV, haverá mais seis apresentações.
Procurada pelo Midiamax, ontem a assessoria do governador mencionou que, nesta semana, foi gravado um único programa eleitoral, mas deu qualquer informação se houve ou não mudança na linha da campanha em relação ao presidenciável tucano.
Nem fora da televisão, em reuniões políticas, Puccinelli vinha demonstrando entusiasmo pela campanha de Serra. Nos eventos dos quais participa, o governador não chega a fazer um pedido veemente de votos para o tucano. Sempre diz que algo do tipo: “eu voto no Serra, mas respeito quem pensa diferente, desde que vote com consciência”. A atitude é classificada por lideranças ligadas a Puccinelli como uma forma de respeitar o “nicho eleitoral”.

Tempo deixado por candidato do PSOL ao Senado será repartido em partes iguais pelos outros concorrentes

A retirada da candidatura de Jorge Batista, que concorria ao Senado pelo PSOL, vai aumentar em 22.5 segundos os programas dos quatro outros candidatos a vaga.

O juiz eleitoral Luiz Gonzaga Mendes Marques definiu nesta manhã repartir em partes iguais o tempo deixado por Batista, que era de aproximadamente um minuto e meio, informou a assessoria de imprensa da corte. O programa dos senadores vai ao ar as segundas, quartas e sexta-feira. Pela decisão do magistrado, os partidos têm até sexta-feira para readequar seus programas.
Foram favorecidos com o anúncio os candidatos Murilo Zauith, do DEM, do deputado federal, da coligação “Amor, Trabalho e Fé” e os concorrentes da chapa “Força do Povo”, o senador Delcídio do Amaral, do PT e o deputado federal Dagoberto Nogueira, do PDT.
Oficialmente, o candidato do PSOL saiu do páreo por ter perdido seu primeiro suplente. O partido deixou passar o prazo para apresentar um novo nome. Já nos bastidores do partido, dizem que Jorge Batista estaria isolado por apoiar a candidatura de Zeca do PT e, uma ala da sigla estaria mais próxima o governador André Puccinelli, do PMDB.

Ruiter acha "absurdo" atraso do governo na publicação de tabelas do ICMS

O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), considera "absurdo" que o governo estadual ainda não tenha publicado as tabelas de índices provisórios do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos municípios para o exercício de 2011. A lei determina que a tabela seja publicada até o dia 30 de junho, mas até agora o documento não foi emitido pela Secretaria Estadual de Fazenda.

"Em ano eleitoral, seria mais ético, isento e correto publicar esses dados. Por que deixar para depois? Vai descontentar alguns prefeitos, agradar a outros?", questiona Ruiter.
A prefeitura de Corumbá está envolvida em uma pendenga judicial com o governo do Estado desde o ano passado, por conta de um alegado repasse em menor valor da cota-parte do ICMS entre 2008 e 2009. O município cobrou o bloqueio de R$ 60 milhões, o que foi negado pela justiça. Mas Ruiter quer celeridade do judiciário para apreciação do mérito.
O prefeito anexou documentos ao processo que comprovariam a divergência entre a movimentação financeira das empresas em Corumbá e os dados apresentados pelo governo. Como exemplo, Ruiter citou a TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia).
"A empresa tem o hábito salutar de expor na internet seus balancetes. O valor da movimentação financeira em Corumbá foi de R$ 926 milhões, o que sozinho permitiria um acréscimo de quase 30% nos nossos índices de ICMS", disse o prefeito.
Após o encontro, Leonardo Duarte considerou que as denúncias são graves e disse que a OAB-MS vai abrir processo administrativo para apurar o caso. O órgão também pedirá esclarecimentos ao governo do Estado.
Esta semana, Ruiter também pediu apoio a João Carlos Coser, presidente da Frente Nacional de Prefeitos. A visita à OAB-MS também serve para alertar sobre o "desrespeito" ao pacto federativo em Mato Grosso do Sul. Na Capital, a agenda do prefeito prevê ainda um encontro com o presidente da Associação dos Municípios (Assomasul), Beto Pereira.

TCE-MS rejeita mais da metade das contas e gestores terão que devolver dinheiro

O Tribunal de Constas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) julgou hoje 23 processos de contas públicas, dentre os quais 12 foram considerados irregulares.

Além do prefeito de Sete Quedas, Sergio Roberto Mendes (PDT) que terá que devolver aos cofres públicos R$ 98.732,50, o prefeito de Guia Lopes da Laguna, Nelson Inácio Moreno (DEM) também deverá devolver R$ 23.528,76 aos cofres públicos.
As contas foram rejeitadas pelo TCE e entre as principais irregularidades alegadas está a falta de originais de notas fiscais. No processo entregue pela prefeitura, há apenas as cópias dos cheques que foram utilizados para efetuar os pagamentos do convênio da prefeitura municipal com a Associação Lagunense de Saúde.
Laguna Carapã
Em Laguna Carapã, o ex-presidente da Câmara Municipal, Ademar Dalbosco terá que devolver R$ 16.200 para os cofres públicos. Segundo a inspeção ordinária n° 3271/2009, foram detectadas irregularidades e a equipe inspetora considerou que o valor dos subsídios está acima do estipulado em lei, pois a certidão, enviada pelo Legislativo Estadual, engloba remuneração fixa, variável e adicional dos Deputados Estaduais.
Dalbosco ainda foi multado no valor de R$ 439,20 (30 UFERMS).
Segurança Pública
Outro gestor que terá que devolver dinheiros ao erário é o ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Almir Silva Paixão. Os conselheiros constaram irregularidades em contrato firmado entre a secretaria e a Perkal Automóveis.

Almir terá que devolver ao cofre público o valor impugnado de R$ 4.579,96 e pagar multa de R$ 1.464 (100 UFERMS). Ele foi condenado pela não comprovação da totalidade da despesa da execução legal a ser recolhida no prazo de 60 dias ao FUNTC/MS.
O processo é de 2000 e na ocasião a Perkal foi contratada para fornecer peças e serviços para veículos do Corpo de Bombeiros.

Triângulo retângulo

Triângulo retângulo, em geometria, é um triângulo que possui um ângulo reto e outros dois ângulos agudos. É uma figura geométrica muito usada na matemática, no cálculo de áreas, volumes e no cálculo algébrico. Em um triângulo retângulo, sabendo-se as medidas de dois lados ou a medida de um lado mais a medida de um ângulo agudo, é possível calcular a medida dos demais lados e ângulos. A área de um triângulo retângulo é dada pela metade do produto dos menores lados.




Índice [esconder]

1 Elementos do triângulo retângulo

1.1 Catetos

1.2 Altura relativa à hipotenusa

1.3 Projeções dos catetos

2 Relações métricas do triângulo retângulo

3 Teorema de Pitágoras

4 Relações trigonométricas do triângulo retângulo

4.1 Seno de um ângulo

4.2 Cosseno de um ângulo

4.3 Tangente de um ângulo

4.4 Cotangente de um ângulo

4.5 Secante de um ângulo

4.6 Cossecante de um ângulo

5 Ângulos notáveis

6 Triângulos retângulos exatos

7 Circunferência inscrita num triângulo retângulo

8 Ver também

9 Ligações externas



[editar] Elementos do triângulo retângulo



Elementos de um triângulo retângulo. Os pontos A, B e C, os lados opostos a (hipotenusa), b e c (catetos) e as projeções de b e c, m e n.Um triângulo retângulo é composto por quatro principais elementos:



Catetos

Hipotenusa

altura relativa à hipotenusa

projeções dos catetos.

[editar] Catetos

Os catetos são os menores lados do triângulo retângulo. Eles formam o ângulo de 90°.



[editar] Altura relativa à hipotenusa

[editar] Projeções dos catetos

A altura relativa à hipotenusa divide-a em duas partes, denominadas projeções dos catetos.



[editar] Relações métricas do triângulo retângulo

As relações métricas do triângulo retângulo são quatro. Os três triângulos formados são retângulos e semelhantes.



A hipotenusa é igual à soma das projeções.





Por semelhança de triângulos, temos que:



O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das projeções dos catetos.



O quadrado de um cateto é igual ao produto entre a sua projeção(que se encontra do seu lado) e a hipotenusa.





O produto entre a hipotenusa e a altura relativa a ela é igual ao produto dos catetos.



[editar] Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras diz que:



A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.



— Pitágoras



ou, em linguagem matemática:



hipotenusa (AB)² = cateto (BC)² + cateto (CA)²



[editar] Relações trigonométricas do triângulo retângulo

Outra maneira de calcular a medida dos lados de um triângulo retângulo é através da medida de um ângulo e um lado, usando a Trigonometria. As principais relações trigonométricas são: Seno, Cosseno e Tangente. Há outras três: Cotangente, Secante e Cossecante.



[editar] Seno de um ângulo

É dado pela razão entre os lados que formam o outro ângulo agudo, dado pela ordem :





[editar] Cosseno de um ângulo

Cosseno: É a razão entre a medida do cateto adjacente e a medida da hipotenusa e é dado pela razão entre os lados que formam o próprio ângulo agudo, dado pela ordem::





[editar] Tangente de um ângulo

É dado pela razão entre o Seno e o Cosseno de um ângulo, ou entre os catetos, dado pela seguinte ordem:





[editar] Cotangente de um ângulo

É dado pela razão entre o Cosseno e o Seno de um ângulo, ou entre os catetos, dado pela seguinte ordem:





[editar] Secante de um ângulo

É dado pelo inverso do cosseno desse ângulo ou entre os lados que formam o próprio ângulo, dado na seguinte ordem:





[editar] Cossecante de um ângulo

É dado pelo inverso do seno desse ângulo ou entre os lados que formam o outro ângulo agudo, dado na seguinte ordem:





[editar] Ângulos notáveis



[editar] Triângulos retângulos exatos

São aqueles que todos os lados são diferentes dos que formam um terno pitagórico. hipotenusa, cateto, cateto



[editar] Circunferência inscrita num triângulo retângulo

O diâmetro (d) de uma circunferência inscrita num triângulo rectângulo (a b c) é igual à soma dos catetos, menos a hipotenusa, representado pela seguinte fórmula:



a + b = c + d





a = cateto

b = cateto

c = hipotenusa

r = raio da circunferência inscrita

d = diâmetro da circunferência inscrita





Substituindo I e II em III, teremos







Como:



cqd



[editar] Ver também

Cultura de Mato Grosso do Sul

Cultura de Mato Grosso do Sul


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense. A cultura tradicional estadual é uma mistura de várias contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.



Índice [esconder]

1 Gastronomia

1.1 Salgados

2 Bebidas

3 Símbolos

4 Música

4.1 Instrumentos musicais

4.2 Gêneros

4.3 Danças típicas

5 Bibliografia



[editar] Gastronomia

Principais pratos típicos do estado: casulo dourado 2 claras batidas em neve,100g de queijo ralado. misture o queijo com as claras,faça as bolinhas passe na farinha e frite.



[editar] Salgados

Arroz Carreteiro: carne picada, salgada,cozida com arroz. Antigamente a carne era levada pelos peões entre a sela e o lombo do cavalo e salgada pelo suor do mesmo.

Arroz boliviano

Carpaccio de Dourado

Caribeu

Chipa: tipo de pão de queijo em forma de "u" ou alongado.

Churrasco com mandioca: carne bovina ou de peixe assada no espeto, em suportes, sobre carvão em brasa, geralmente acompanhada de mandioca frita e/ou cozida.

Farofa de banana da terra

Farofa de carne

E também o peixe urucum de Corumbá

Furrundu

Nhoque de mandioca

Pacu assado e recheado

Pamonha de milho verde cozida

Puchero/Pucherada

Quibebe de mamão

Sobá: comida japonesa feita com um tipo de macarrão mais fino.

Sopa paraguaia: bolo salgado feito com cebola, milho e queijo

Saltenha:empanado recheado com frango desafiado e batata, bem picante.

Sarrabulho : caldo grosso feito de miudezas de boi, carne, batata em cubinhos e ervilha.

[editar] Bebidas

Principais bebidas típicas do estado:



Caldo de Piranha: feito um pirão de piranha e coado, tomando-se o líquido. Costuma-se tomar o caldo de piranha em cumbucas bem apimentados. O caldo pode ser engrossado com farinha de mandioca.

Chimarrão: infusão de água quente e erva-mate servido numa cuia

Cachaça de alambique: cachaça retirada diretamente da bica e vendida

Licor de pequi: bebida doce á base de álcool e pequi

Mate Chimarrão Libra: refrigerante feito de erva-mate que é muito popular na cidade de Corumbá.

Sorvete de bocaiuva: sorvete feito da farinha de Bocaiúva.

Tereré: infusão de água gelada e erva-mate servido numa guampa de chifre de boi; bebida-símbolo de MS;

[editar] Símbolos

Trem do Pantanal

Farinha de bocaiúva

Pantanal

[editar] Música

[editar] Instrumentos musicais

Viola-de-cocho: instrumento construído artesanalmente pelos próprios violeiros, que usam materiais da região, como a madeira do sarã ou timbaúba (ou chimbuva), cola de poca, cordas de tripa de bugio ou de ema. Estudada por alguns pesquisadores, acredita-se que a viola de cocho tenha se originado do alaúde, instrumento musical usado durante a Idade Média que, vindo do Oriente Médio chegou à Europa. Imagina-se que tenha chegado ao Pantanal por volta do século XVIII, pela Bacia do Prata, único elo de ligação da Província de Mato Grosso com o mundo naquela época.

Sertaneja:Grande nomes da musica das cidades do Mato Grosso do Sul como:João Bosco e Vinicius,Victor e Vinicius,Maria Cecilia e Rodolfo e muitos outros nomes.

[editar] Gêneros

Guarânia

Chamamé

Polca Paraguaia

Vanerão

Sertanejo Almir Sater, Délio e Delinha

[editar] Danças típicas

Em Mato Grosso do Sul, as quadrilhas estão restritas às escolas e algumas associações, numa tentativa de aproveitamento folclórico. São raros os grupos originais, geralmente do meio rural, que conservam algumas partes da quadrilha, como as contra danças inseridas nas comemorações locais. O Estado do Mato Grosso do Sul pode ser mapeado e dividido em 4 partes, de acordo com as danças:



Região de Campo Grande

Compreende a capital e região central do estado. Influência paulista, mineira e e sulista.



Polca-rock: gênero que se baseia em ritmos fronteiriços, como a polca-paraguaia, o chamamé, a guarânia, o rasqueado, cururu e outros movimentos musicais que englobam o 3/4.

Região do bolsão

Compreende a porção nordeste do estado - relativa à bacia Sucuriú de Costa Rica a Três Lagoas, incluindo os municípios de Camapuã e seus distritos. Possui influência paulista e mineira.



Arara, Cobrinha ou Revirão: muito comum no resto do Brasil, recebe vários nomes, como a dança da vassoura ou dança do chapéu. Sua execução começa com um dançador, que deve tirar outro e outro, até que a fila apresente-se longa, virando ora para um lado, ora para o outro, fazendo movimentos semelhantes aos de uma cobra. Em determinado momento, os dançadores juntam-se aos pares e aquele que estiver sozinho deve requisitar o par do outro. Quando a música é interrompida, aquele que estiver só, deve pagar uma "prenda" , geralmente declamando um verso.

Caranguejo: dança de roda que é desenvolvida aos pares que batem palmas e sapateiam, permeando com volteados e passeios. Ë uma ciranda executada nos bailes rurais, nos momentos em que tendem a desanimar.

Catira: É dançada ao som da moda de viola e alegrada pelos "recortados", quando os dançadores intercalam longa série de sapateado e palmeado. É uma dança só de homens, e a mulher raramente participa dela, apenas em momentos de reserva familiar. Geralmente é dançada nas festas antes de começar o baile.

Engenho de Maromba: possui ritmo valseado e seus movimentos imitam o movimento do Engenho de Cana. As fileiras de homens e de mulheres rodam em sentidos contrários entre si, entrecruzando-se na evolução. Os versos cantados no engenho são "chorados" como o próprio engenho de cana. É uma dança executada em finais de baile como forma de despedida.

Engenho Novo: dança cuja coreografia assemelha-se ao movimento do engenho de cana, e seus versos lembram passagens de trabalho com essa máquina e também conversas entre seus operadores. Ao contrário da dança anterior, a música possui andamento rápido e alegre.

Sarandi ou Cirandinha: ciranda que mantém a mesma melodia da roda infantil Ciranda, Cirandinha. É uma dança de roda, em que os pares dão meias-voltas e voltas inteiras, trocando seus pares. Esse movimento é repetido tantas vezes quanto é o números de pares, intercalando, cada um apresenta seu verso para a moça, para o rapaz ou para o público presente.

Região do Complexo do Pantanal

Compreende a porção oeste do Estado. Cultura pantaneira, desde a fundação de Corumbá e com a formação da cultura Cuiabana no século XVIII, possuindo influência gaúcha, paraguaia, boliviana e argentina.



Cururu: atualmente se caracteriza como uma brincadeira, mas ainda preserva alguns passos de dança, executados pelos violeiros, como flexões simples/complicadas, a fim de proporcionar animação. É praticada apenas por homens que tocam suas violas de cocho e ganzás ou cracachás (reco-recos), cantando versos conhecidos ou improvisados, conforme o momento requerer e as toadas falam das coisas do cotidiano pantaneiro.

Siriri: dança animada em que os pares colocados em fila ou roda descrevem gestos alegres e gentis, com palmas aos pares e ao som de toadas. Os movimentos são de fileiras simples, duplas, frente a frente, roda e túnel. Recebem nomes como: barco do alemão, carneiro dá, canoa virou, "vamos dispidi". Os instrumentos usados para música são: viola de cocho, reco-reco, (ganzá) de bambu com talho no sentido longitudinal e tocado com um pedaço de osso e o mocho ( tambor) tocado freneticamente com dois bastões de madeira.

Região sul e fronteira

Compreende a porção sul e sudeste. (influência paraguaia, japonesa e gaúcha).



Chupim: dançado ao som/ritmo da polca paraguaia, com três pares. Seus movimentos imitam as asas da ave de mesmo nome, ao cortejar a fêmea. Às vezes, encontra-se a figura do Carão, que imita o pássaro do mesmo nome e é tido como ave de rapina que tenta a todo momento "roubar" a dama do companheiro. À esses movimentos acrescentam-se toques de castanholas, com os dedos, da aculturação espanhola. Seus movimentos são cadena, tourear o par, dançar e rodar o par.

Mazurca: também chamada de rancheira, muito comum no sul do Brasil, seguindo a mesma configuração dos bailes do Sul.

Palomita: dança de salão que é executada ao som de polca paraguaia ou chamamé, embora no Paraguai seja utilizada a música palomita para essa dança. Há revezamento entre os casais.

Polca de Carão: a dança consiste em uma brincadeira de um dos dançantes para "levar um carão", ou um "fora" do seu pretendido par. A dança de salão continua até que os outros "levem um carão".

Toro Candil: não se caracteriza como dança nem como folguedo. É considerado uma brincadeira feita com o boi (toro em espanhol), feito de arame, pano e a ossatura natural da cara do boi, abatido para a festa. Duas tochas acesas são colocadas ao chifre do boi candeeiro ( Candil - em espanhol). Os brincantes mascarados (mascaritas - em espanhol), apresentam-se travestidos para não ser reconhecidos (tanto homens, quanto mulheres), brincam entre si, mudam a voz e falam em idioma Guarani. Antes da chegada do Toro, fazem a brincadeira bola-ta-ta, uma bola de pano, embebida em óleo e acesa. Chutam a bola de um para outro brincando até que a mesma se apague. Em seguida, entra o toro Candil para alcançar o auge da festa. Quando se acham cansados, vão para o salão e dançam ( podendo ser homens com homens ou com mulheres, mesmo porque eles não se conhecem) ao som de salsas e merengues.

Xote aos Pares ou Xote de Três: equivale ao Xote de Duas Damas da Região Sul do Brasil.

[editar] Bibliografia

Sigrist, Marlei - "Chão Batido" - Editora UFMS - Campo Grande MS - e-mail: sigrist@enersulnet.com.br

Mato Grosso do Sul: cultura e folclore

Mato Grosso do Sul, tendo seu território percorrido pelas correntes migratórias espanholas e portuguesas desde 1524 e, depois de oficializada a posse pela coroa portuguesa, sua situação geográfica de proximidade com as fronteiras do Paraguai e da Bolívia, oferece características histórico-culturais diferenciadas das demais regiões do país. Grande parte da superfície desse Estado é considerada a maior área inundável do continente americano - o Pantanal. Seus habitantes são pessoas simples e guardam em suas memórias, histórias que contam como se formou essa parte do continente, considerando que ali existia, há muitos anos, o mar de Xaraés. Encontram-se mitos como o Bicho Pé-de-garrafa, o Minhocão, o Mãozão, o Come-língua e outros, além de lendas como A tristeza do Tuiuiú, o João de Barro, o Guaraná, só para citar algumas.
A habitação folclórica mais comum é feita de paredes de palmeiras encontradas na região como o taquarussu e o bacuri, com cobertura de folhas de bacuri, carandá e sapé, equipada de forno de barro, fogão a lenha e jirau.
A culinária da região é saborosa, desde o arroz carreteiro até a chipa paraguaia, passando pelo sarrabulho, locro, churrasco com mandioca, farofa de banana da terra, carne seca ao sol frita, cozida ou assada, paçoca de carne seca, peixes como: pintado, dourado, pacu e outros, caldo de piranha (afrodisíaco), sopa paraguaia e saltenha boliviana.
As bebidas indispensáveis são o guaraná ralado (estimulante), o tereré (mate frio ou gelado servido na guampa e sorvido através de uma bomba), além dos licores de pequi, jenipapo, leite e outros. A natureza se encarrega de fornecer os frutos com os quais as quituteiras preparam as sobremesas: doces de caju, goiaba, bocaiúva, carambola, furrundum (feito com mamão verde ralado e rapadura) e tantos outros.
O artesanato regional pode ser visto e adquirido na Casa do Artesão de Campo Grande, mantida pela Secretaria de Cultura do Estado, ou em lojas comerciais de diversos municípios, como: Corumbá, Bonito, Rio Verde, Coxim, Miranda, Aquidauana, Dourados, Três Lagoas, só para citar alguns. O artesanato é composto por objetos confeccionados em fibras naturais como: salsaparrilha, taboca, urubamba, aguapé; em madeira da região como o jacarandá de Mato Grosso, principalmente em Três Lagoas e outras madeiras usadas na escultura como é o caso dos famosos bugrinhos, feitos inicialmente por Conceição dos Bugres e, posteriormente por membros de sua família; em tecelagem: faixas (que substituem os cintos), redes (em menor quantidade, ou sob encomendas). Em argila o artesanato apresenta-se rico na representação da fauna pantaneira: figuras de inúmeros pássaros e todos os tipos de animais selvagens e domesticados. Uma das principais fontes produtoras desse artesanato é a Casa do Massa Barro, em Corumbá, porém nos demais municípios, artesãos independentes também produzem peças em argila, combinada com outros materiais como troncos de árvores, pedras e metal. Em Bonito encontram-se objetos confeccionados em pedra e mármore. Ao lado desse artesanato popular, da cultura folclórica, pode-se encontrar o artesanato da cultura indígena dos Cadiwéu, representado pela cerâmica em desenhos geometrizados coloridos, Terena, pela cerâmica de cor avermelhada, Caiwá pela arte plumária e outros.
Das festas populares destacam-se as seguintes: São João de Corumbá, comemorada nesse município na noite de 23 de junho, à beira do rio Paraguai, para onde acorrem dezenas de andores do santo homenageado para ser banhado nas águas do rio. O Carnaval é festa animada em todos os municípios do Estado, recebendo destaque em Corumbá pelo desfile e premiação de fantasias nas diversas categorias.
Outras festas religiosas podem ser encontradas como: São Benedito - uma tradição da comunidade negra, formada por descendentes de Tia Eva, na cidade de Campo Grande; Nossa Senhora de Caacupé - uma tradição paraguaia, mantida pelos seus descendentes e realizada em 8 de dezembro em municípios que concentram essas populações como: Campo Grande, Porto Murtinho e Ponta Porã; a Festa do Peixe em Coxim, realizada próximo ao dia 11 de outubro, que marca a divisão do Estado, apresentando concursos de pesca, comida tradicional e outros.
Com menor divulgação, porém guardando as características do folclore, pois as festas ocorrem em âmbito familiar, mas abertas ao público interessado, destacam-se a Festa dos Santos Reis em Aparecida do Taboado e região (a festa é realizada em fazendas) e em Campo Grande nos bairros periféricos da cidade; a Festa do Divino, encontrada em Pontinha do Cocho, distrito de Camapuã, em Coxim e Miranda. Essas festas seguem o ciclo festivo do calendário religioso, sendo a primeira realizada no dia 6 de janeiro e a segunda, no dia de Pentecostes. Outras festas movimentam a vida dos habitantes sul-mato-grossenses: Bon-Odori - da colônia nipônica de Campo Grande, Santa Cruz em Miranda, além das festa dos Clubes de Laço e festa do Peão em diversos municípios do Estado.
As danças folclóricas encontradas em Mato Grosso do Sul foram incorporadas através da convivência com migrantes e imigrantes, principalmente vindos de: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, norte de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e, de forma muito acentuada, do Paraguai. As danças: Caranguejo, Engenho Novo, Engenho de Maromba, Revirão, Sarandi, representam a região do Bolsão (nordeste do Estado); Catira de Camapuã e Campo Grande; Chupim, Polca de Carão e a brincadeira do Toro Candil são comuns nos municípios de fronteira com o Paraguai e Polca, Rasqueado, Chamamé, Xote, Mazurca e Vaneirão são apreciadas em todo o Estado; o Cururu e o Siriri são danças que representam a região do Pantanal.
A indumentária que caracteriza o traje típico de Mato Grosso do Sul é composta, para os homens, por uma calça mais folgada (antes chamava-se colote e hoje é a calça comum, universal), camisa xadrez ou lisa, faixa de peão - listrada (em substituição ao cinto), botina, chapéu de palha ou lã, faca na bainha, ajustada sob a faixa (nas costas). Para as mulheres, o vestido rodado é de chita, com enfeites aplicados, decote discreto, porém pode ser um pouco mais ousado e mais colorido se representar o gosto das mulheres paraguaias.
Pesquisas:
Marlei Sigrist é pesquisadora do folclore sul-mato-grossense há muitos anos e tem dedicado sua vida acadêmica ao estudo e divulgação dessa cultura rica e desconhecida no mundo. Mestre em Educação, com trabalho defendido na área de concentração- Linguagem, pesquisou a Festa do Divino na Pontinha do Cocho. É professora no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande e ministra as disciplinas de Folclore Brasileiro e Folclore Aplicado à Educação, entre outras. Trabalhou pela criação da Comissão de Folclore Sul-mato-grossense e hoje participa de pesquisas que contribuem para os estudos da Cátedra Unesco de Comunicação. Publicou diversos artigos e os Cadernos de Cultura Popular/MS 01 e 02. Brevemente será lançado seu livro Chão Batido (no prelo).
Em 1990 criou o Grupo Parafolclórico Sarandi Pantaneiro, ligado à mesma Universidade e o coordenou até 1996, quando se afastou para outras atividades. Hoje, presta assessoria ao Grupo Garça Branca, formado pelos dissidentes do primeiro. O grupo apresenta-se em eventos nacionais e internacionais. Os interessados em aprofundar os estudos ou contribuir com mais informações sobre o folclore de Mato Grosso do Sul podem lhe escrever para os endereços:

Residência:
Rua Júpiter, 1055 - Alto Sumaré - Campo Grande/MS - CEP 79009-020 BRASIL

ou Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / CCHS / DAC

A/C da Profª Marlei Sigrist

Campus Universitário -Caixa Postal 549 -Campo Grande/MS - CEP 79070-900 BRASIL

Telefone: (0xx) (67) 787-3311 - Ramal 2318 ou 2319 (Departamento de Comunicação e Arte/UFMS

e.mail: sigrist@nin.ufms.br

Fonte: disponível em: http://www.pantanalms.tur.br/folclore2.htm