O crescimento que levou Dilma Rousseff (PT) a empatar com José Serra (PSDB) em 37% na pesquisa Datafolha se deu em quase todos os grupos de eleitores e em todas as regiões do país em pouco mais de 30 dias.
Há uma outra novidade na pesquisa. Agora, Dilma abriu larga vantagem sobre Serra quando se trata de disputar voto entre os eleitores que aprovam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em março, quando o presidente tinha 76% de aprovação no Datafolha, Dilma e Serra registravam 36% de intenção de voto cada um entre esses eleitores pró-Lula. No levantamento deste mês, a história é outra. Lula repetiu os 76% de aprovação de março, mas Dilma passou a ter 45% entre esses eleitores -nove pontos a mais do que tinha em março.
Já Serra recuou para 32% nesse grupo -ficando 13 pontos atrás da petista. A pré-candidata Marina Silva (PV) tem 10% de intenção de voto no universo pró-Lula.
Outro fato relevante que sustenta a alta de Dilma na pesquisa realizada nos dias 20 e 21 deste mês é ela ter melhorado seu desempenho em todas as regiões do país. A postulante do PT ao Planalto elevou suas taxas de intenção de voto de 7 a 9 pontos, dependendo da região.
No Sudeste, onde estão 44% dos eleitores brasileiros, Dilma está com 33% e perde para Serra, cuja taxa é de 40%. Mas no mês passado, o tucano vencia por 45% a 26% -a diferença encolheu de 19 para 7 pontos. Em todas as outras regiões, Dilma está à frente ou empatada com Serra. No Sul, a petista subiu nove pontos e foi a 35% das intenções.
O tucano caiu dez pontos desde abril e está com 38%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, eles estão empatados. No Nordeste, onde Lula é aprovado por 85%, Dilma registrou 44% das intenções de voto -alta de sete pontos.
Essa foi a única região do país na qual Serra não perdeu votos: manteve seus 33%. Uma explicação possível são as viagens que o tucano fez a Estados como Bahia e Ceará nas últimas semanas.
No Norte e no Centro-Oeste, regiões agrupadas pelo Datafolha, Dilma registra 40% das intenções de voto (mais nove pontos) contra 34% de Serra (menos oito). No universo de eleitores mais pobres, com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (R$ 1.020), Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais, saindo de 29% em abril para os 37%. No mesmo período,Serra desceu de 42% para 37%.
Esse grupo de eleitores de renda mais baixa representa 51% do universo total dos que votam no país. É também onde estão os de mais baixa escolaridade e com menos informação -inclusive sobre o processo eleitoral.
Dilma sempre perdeu para Serra nesse segmento. Agora, pela primeira vez, eles aparecem empatados.
A candidata do PT ainda perde para Serra entre as mulheres, o eleitorado em que tem mais rejeição. Nesse segmento, o tucano tem 38%, e ela, 33%. Entre os homens, Dilma lidera, por 42% a 36%.
CONHECIMENTO
Outra novidade do novo Datafolha é que a taxa de conhecimento de Marina Silva subiu dez pontos em um mês. O período coincidiu com o lançamento da pré-candidatura da senadora e do anúncio de Guilherme Leal como seu vice.
Em abril, o índice dos que diziam conhecer Marina era de 63%, e saltou para 73%.
iniciaCorpo("15;12;16;13;17;14;18;15");
domingo, 23 de maio de 2010
Zeca chama de censura PMDB ter recorrido à Justiça para tirar do ar enquete
Jacqueline Lopes
O ex-governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT comentou a notícia veiculada no jornal Midiamax, que ontem tirou do ar enquete sobre a sucessão governamental. Segundo ele, o ato representa censura e não condiz com o período de democracia que o País vive. A enquete trazia Puccinelli com 29,25%; Zeca do PT com 64,89%; nenhum 4,94% e não sei 0,92%. Leia abaixo o que escreveu o ex-governador:
"Ainda falando ao PT em ato na Câmara Municipal de Ponta Porã tomei conhecimento do momento em que o autoritarismo mais uma vez estampou sua cara, censurando a enquete deste democrático veiculo de comunicação. Indignação, foi este meu sentimento, assim que soube da liminar que suspendeu a enquete do Midiamax. A medida se reveste de um absurdo tão grande, extemporâneo, medieval e disforme. Totalmente, fora do contexto de um Mato Grosso do Sul atual e de uma era cada vez mais atuante, critica e ética, em pleno século XXI. Revela ainda, até onde ascende o limite ultrajante da soberba de um poder estabelecido e de um partido que igual ao seu dono, não consegue conviver com o contraditório e com a democracia. Tenho plena convicção que a reação de indignação, que ocorre neste momento, de milhares de pessoas na web e na sociedade organizada é a mesma de todos que querem e apóiam uma internet livre, que coloque fim de vez a este tipo de insanidade . Em nenhum momento, a atitude expressa, a vontade da maioria daqueles que sempre buscaram um regime democrático, bem diferente da soberba dos que se desesperam com enquetes que demonstram que estão caminhado para o fim".
Zeca do PT- ex-Governador de MS
O ex-governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT comentou a notícia veiculada no jornal Midiamax, que ontem tirou do ar enquete sobre a sucessão governamental. Segundo ele, o ato representa censura e não condiz com o período de democracia que o País vive. A enquete trazia Puccinelli com 29,25%; Zeca do PT com 64,89%; nenhum 4,94% e não sei 0,92%. Leia abaixo o que escreveu o ex-governador:
"Ainda falando ao PT em ato na Câmara Municipal de Ponta Porã tomei conhecimento do momento em que o autoritarismo mais uma vez estampou sua cara, censurando a enquete deste democrático veiculo de comunicação. Indignação, foi este meu sentimento, assim que soube da liminar que suspendeu a enquete do Midiamax. A medida se reveste de um absurdo tão grande, extemporâneo, medieval e disforme. Totalmente, fora do contexto de um Mato Grosso do Sul atual e de uma era cada vez mais atuante, critica e ética, em pleno século XXI. Revela ainda, até onde ascende o limite ultrajante da soberba de um poder estabelecido e de um partido que igual ao seu dono, não consegue conviver com o contraditório e com a democracia. Tenho plena convicção que a reação de indignação, que ocorre neste momento, de milhares de pessoas na web e na sociedade organizada é a mesma de todos que querem e apóiam uma internet livre, que coloque fim de vez a este tipo de insanidade . Em nenhum momento, a atitude expressa, a vontade da maioria daqueles que sempre buscaram um regime democrático, bem diferente da soberba dos que se desesperam com enquetes que demonstram que estão caminhado para o fim".
Zeca do PT- ex-Governador de MS
Semana: Midiamax sofre censura, vídeo gera confronto político e PSDB ameaça prefeito
Na semana em que o Midiamax completou oito anos de existência, uma determinação judicial tenta marcar a história do veículo com uma ordem que, por muitos, foi vista como uma censura. O PMDB, partido com longa história de poder no Mato Grosso do Sul, acionou o Judiciário para retirar uma enquete sobre a disputa pelo governo do Estado do ar. Conseguiu o que queria, mas revoltou os leitores do veículo que se manifestaram por meio de centenas de mensagens que chegaram à redação.
Na noite de sexta-feira, o veículo imediatamente cumpriu a liminar e encerrou a enquete, inicialmente prevista para ser concluída no dia 25 de maio. Tradicional neste site de notícias, a enquete visa permitir a votação dos internautas sobre temas variados. E, mais, nunca foi omitido que a consulta é uma mera sondagem sem qualquer valor científico. Uma mensagem na própria enquete passava tal informação. Mas, o PMDB não viu desta forma.
A alegação do partido, acolhida pela Justiça, é de que o Midiamax não informou precisamente que “não se trata de pesquisa eleitoral”. Durante todos os anos em que vem promovendo enquetes, o veículo nunca foi questionado, visto que sempre esteve claro seu caráter de levantamento de opinião, sem controle de amostras ou qualquer método de análise.
Além de ter interrompido, a divulgação da enquete, o Midiamax ainda precisará recorrer à Justiça contra a condenação à multa pedida pelo PMDB em valores que podem variar de R$ 53,2 mil a R$ 106,4 mil.
O ex-governador Zeca do PT que disputará o governo do Estado disse que o ato representa censura e não condiz com o período de democracia que o País vive. “Revela ainda, até onde ascende o limite ultrajante da soberba de um poder estabelecido e de um partido que igual ao seu dono, não consegue conviver com o contraditório e com a democracia”, escreveu. A enquete trazia Puccinelli com 29,25%; Zeca com 64,89%; nenhum 4,94% e não sei 0,92%.
Enquanto processa o Midiamax, o PMDB vê sua maior liderança no Estado, o governador André Puccinelli (PMDB), sendo questionado sobre possível promoção pessoal com o uso de recursos públicos. A denúncia do deputado estadual Paulo Duarte (PT) está sendo investigada pela Procuradoria Regional Eleitoral e ganhou mais um elemento nesta semana.
Um relatório anual da Fundação Estadual de Cultura com a foto do governador vai reforçar a representação. O livro foi confeccionado com material considerado extravagante pelos petistas. “Um luxo”, diria o autor da ação. Vale lembrar que além do livro já está nas mãos da Procuradoria o calendário do MS Forte (distribuído no meio do ano), as agendas do Detran e dois jornais publicitários do governo distribuídos em Corumbá e Jardim.
Mas, não foi só o ‘relatório de luxo’ que causou polêmica na Assembleia Legislativa na semana que passou. O deputado estadual Carlos Marun (PMDB) encontrou um expediente bem mais barulhento. Exibiu um vídeo no qual chama o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT) de mentiroso. Conforme as imagens, ele teria prometido ao governador um terreno para a construção de 1000 moradias. Promessa que não cumpriu, segundo Marun.
O prefeito enviou uma carta a Assembleia para se defender. Disse que doou sim o terreno para o governo construir moradias, mas o executivo estadual demorou em sua utilização. A prefeitura precisou da área para outros conjuntos habitacionais financiados pela CEF (Caixa Econômica Federal) e o governo consentiu que a transação fosse feita. E, agora, conforme Ruiter, estranhamente, reclama o terreno que recebeu e não utilizou.
Com a carta na mão, Carlos Marun se enfureceu. “Esta é mais uma mentira do prefeito de Corumbá. É tão mentirosa quanto as promessas de que doaria os terrenos. Pode escrever isso aí, é mais uma mentira”, esbravejou. Já Ruiter vê na atitude de Marun, a tentativa desqualificá-lo e desacreditá-lo. Para ele, o governo do Estado e o deputado fazem política de “jeito muito pequeno”.
Ainda na Assembleia, ao responder enquete da reportagem do Midiamax sobre seus próprios salários, os deputados estaduais informaram não saber quanto ganham. Alguns até ensaiaram respostas confusas e incompletas. Uma ação judicial tenta desde 2005, descobrir quanto de dinheiro público custam os parlamentares.
Além de fiscalização dos petistas, André Puccinelli enfrenta ainda dificuldades com as alianças eleitorais. O PMDB nacional exerce pressão contra o possível apoio dos diretórios estaduais ao tucano José Serra. O partido, como se sabe, fechou com Dilma Rousseff, do PT, e deve indicar o presidente da Câmara Federal, Michel Temer à vaga de vice.
Puccinelli pode acabar impedido de vestir a camisa de Serra. O partido faz consulta ao TSE para tentar barrar a campanha plena de governadores do PMDB ao tucano. Puccinelli pode ficar impedido, por exemplo, de aparecer no programa eleitoral ao lado de Serra, dividir um palanque oficial e ainda aparecer com ele em santinhos.
Da parte do governador, a reação foi sucinta: “O que diz a lei? A lei diz que não existe verticalização”, mencionou, citando a regra que determinava que os partidos repetissem nos estados, as alianças nacionais. Se ela ainda vigorasse seria um empecilho para o PMDB local que já esboçou sua preferência, é Serra, em sua maioria.
A única exceção é o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). Ele continua tão Dilma quanto antes e sofre ameaças por conta desta opção. A mais recente partiu do PSDB, um antigo aliado político.
O presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja foi taxativo. “Se ele ficar com Dilma, vamos tomar providências”, disse. O dirigente promete sugerir ao partido em Campo Grande que entregue os cargos que tem na prefeitura e que os vereadores do partido (são três) passem a fazer oposição na Câmara.
Quando soube, Nelsinho rechaçou a cobrança. Ele garante que não deve nada ao PSDB. “A fatura política já está muito bem paga”, disse, mencionando ter ajudado na eleição dos vereadores da sigla em 2008. Contudo, ele duvida da debandada e acha que haverá uma saída harmônica para o impasse.
No fim de semana, Nelsinho buscou saída também, ou melhor, um final para a novela da suplência que se arrasta há meses. Juntou 17 vereadores da base aliada em sua residência e angariou o apoio de todos para indicar o vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB) à primeira-suplência de Murilo Zauith (DEM) que quer concorrer ao Senado, mas não encontrava um parceiro de chapa.
O prefeito encerrou a reunião de ontem com recado claro, se Murilo não aceitar Edil, ele “lava as mãos”. Não quer mais se debater nesta questão.
Ainda cercado pelos vereadores, o prefeito protagonizou outro lance que gerou expectativas. Mencionou, em tom de brincadeira, a possibilidade de se afastar da prefeitura para fazer campanha. Depois, durante entrevista coletiva preferiu amenizar. Disse que, em princípio, isso não está previsto, porém “não está descartado”.
O prefeito não pode concorrer a cargos visto que não renunciou no tempo exigido pela legislação. Mas, licenciado, poderia atuar em tempo integral como cabo eleitoral de Puccinelli ou até de Dilma. Ele é cotado para atuar como coordenador da campanha do governador em Campo Grande. Também foi lembrado para integrar a frente de prefeito pró-Dilma. Quando a estas possibilidades, o prefeito diz apenas que não tem nada definido.
Na noite de sexta-feira, o veículo imediatamente cumpriu a liminar e encerrou a enquete, inicialmente prevista para ser concluída no dia 25 de maio. Tradicional neste site de notícias, a enquete visa permitir a votação dos internautas sobre temas variados. E, mais, nunca foi omitido que a consulta é uma mera sondagem sem qualquer valor científico. Uma mensagem na própria enquete passava tal informação. Mas, o PMDB não viu desta forma.
A alegação do partido, acolhida pela Justiça, é de que o Midiamax não informou precisamente que “não se trata de pesquisa eleitoral”. Durante todos os anos em que vem promovendo enquetes, o veículo nunca foi questionado, visto que sempre esteve claro seu caráter de levantamento de opinião, sem controle de amostras ou qualquer método de análise.
Além de ter interrompido, a divulgação da enquete, o Midiamax ainda precisará recorrer à Justiça contra a condenação à multa pedida pelo PMDB em valores que podem variar de R$ 53,2 mil a R$ 106,4 mil.
O ex-governador Zeca do PT que disputará o governo do Estado disse que o ato representa censura e não condiz com o período de democracia que o País vive. “Revela ainda, até onde ascende o limite ultrajante da soberba de um poder estabelecido e de um partido que igual ao seu dono, não consegue conviver com o contraditório e com a democracia”, escreveu. A enquete trazia Puccinelli com 29,25%; Zeca com 64,89%; nenhum 4,94% e não sei 0,92%.
Enquanto processa o Midiamax, o PMDB vê sua maior liderança no Estado, o governador André Puccinelli (PMDB), sendo questionado sobre possível promoção pessoal com o uso de recursos públicos. A denúncia do deputado estadual Paulo Duarte (PT) está sendo investigada pela Procuradoria Regional Eleitoral e ganhou mais um elemento nesta semana.
Um relatório anual da Fundação Estadual de Cultura com a foto do governador vai reforçar a representação. O livro foi confeccionado com material considerado extravagante pelos petistas. “Um luxo”, diria o autor da ação. Vale lembrar que além do livro já está nas mãos da Procuradoria o calendário do MS Forte (distribuído no meio do ano), as agendas do Detran e dois jornais publicitários do governo distribuídos em Corumbá e Jardim.
Mas, não foi só o ‘relatório de luxo’ que causou polêmica na Assembleia Legislativa na semana que passou. O deputado estadual Carlos Marun (PMDB) encontrou um expediente bem mais barulhento. Exibiu um vídeo no qual chama o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT) de mentiroso. Conforme as imagens, ele teria prometido ao governador um terreno para a construção de 1000 moradias. Promessa que não cumpriu, segundo Marun.
O prefeito enviou uma carta a Assembleia para se defender. Disse que doou sim o terreno para o governo construir moradias, mas o executivo estadual demorou em sua utilização. A prefeitura precisou da área para outros conjuntos habitacionais financiados pela CEF (Caixa Econômica Federal) e o governo consentiu que a transação fosse feita. E, agora, conforme Ruiter, estranhamente, reclama o terreno que recebeu e não utilizou.
Com a carta na mão, Carlos Marun se enfureceu. “Esta é mais uma mentira do prefeito de Corumbá. É tão mentirosa quanto as promessas de que doaria os terrenos. Pode escrever isso aí, é mais uma mentira”, esbravejou. Já Ruiter vê na atitude de Marun, a tentativa desqualificá-lo e desacreditá-lo. Para ele, o governo do Estado e o deputado fazem política de “jeito muito pequeno”.
Ainda na Assembleia, ao responder enquete da reportagem do Midiamax sobre seus próprios salários, os deputados estaduais informaram não saber quanto ganham. Alguns até ensaiaram respostas confusas e incompletas. Uma ação judicial tenta desde 2005, descobrir quanto de dinheiro público custam os parlamentares.
Além de fiscalização dos petistas, André Puccinelli enfrenta ainda dificuldades com as alianças eleitorais. O PMDB nacional exerce pressão contra o possível apoio dos diretórios estaduais ao tucano José Serra. O partido, como se sabe, fechou com Dilma Rousseff, do PT, e deve indicar o presidente da Câmara Federal, Michel Temer à vaga de vice.
Puccinelli pode acabar impedido de vestir a camisa de Serra. O partido faz consulta ao TSE para tentar barrar a campanha plena de governadores do PMDB ao tucano. Puccinelli pode ficar impedido, por exemplo, de aparecer no programa eleitoral ao lado de Serra, dividir um palanque oficial e ainda aparecer com ele em santinhos.
Da parte do governador, a reação foi sucinta: “O que diz a lei? A lei diz que não existe verticalização”, mencionou, citando a regra que determinava que os partidos repetissem nos estados, as alianças nacionais. Se ela ainda vigorasse seria um empecilho para o PMDB local que já esboçou sua preferência, é Serra, em sua maioria.
A única exceção é o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). Ele continua tão Dilma quanto antes e sofre ameaças por conta desta opção. A mais recente partiu do PSDB, um antigo aliado político.
O presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja foi taxativo. “Se ele ficar com Dilma, vamos tomar providências”, disse. O dirigente promete sugerir ao partido em Campo Grande que entregue os cargos que tem na prefeitura e que os vereadores do partido (são três) passem a fazer oposição na Câmara.
Quando soube, Nelsinho rechaçou a cobrança. Ele garante que não deve nada ao PSDB. “A fatura política já está muito bem paga”, disse, mencionando ter ajudado na eleição dos vereadores da sigla em 2008. Contudo, ele duvida da debandada e acha que haverá uma saída harmônica para o impasse.
No fim de semana, Nelsinho buscou saída também, ou melhor, um final para a novela da suplência que se arrasta há meses. Juntou 17 vereadores da base aliada em sua residência e angariou o apoio de todos para indicar o vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB) à primeira-suplência de Murilo Zauith (DEM) que quer concorrer ao Senado, mas não encontrava um parceiro de chapa.
O prefeito encerrou a reunião de ontem com recado claro, se Murilo não aceitar Edil, ele “lava as mãos”. Não quer mais se debater nesta questão.
Ainda cercado pelos vereadores, o prefeito protagonizou outro lance que gerou expectativas. Mencionou, em tom de brincadeira, a possibilidade de se afastar da prefeitura para fazer campanha. Depois, durante entrevista coletiva preferiu amenizar. Disse que, em princípio, isso não está previsto, porém “não está descartado”.
O prefeito não pode concorrer a cargos visto que não renunciou no tempo exigido pela legislação. Mas, licenciado, poderia atuar em tempo integral como cabo eleitoral de Puccinelli ou até de Dilma. Ele é cotado para atuar como coordenador da campanha do governador em Campo Grande. Também foi lembrado para integrar a frente de prefeito pró-Dilma. Quando a estas possibilidades, o prefeito diz apenas que não tem nada definido.
Ação judicial contra Enquete do Midiamax gera repúdio ao PMDB no Twitter
Políticos, jornalistas, cidadãos comentaram no Twitter a iniciativa do PMDB em acionar judicialmente o Midiamax para suspender Enquete que fazia levantamento sobre a preferência dos leitores acerca dos candidatos ao governo do Estado.
Na noite de sexta-feira, a enquete foi retirada do ar. A liminar foi concedida ao PMDB pelo juiz auxiliar do TRE/MS, Renato Toniasso.
E o repúdio à iniciativa do PMDB foi a tônica das manifestações. Confiram.
O jornalista Valdir Cardoso questionou: “Pesquisas notoriamente "maquiadas", contratadas por órgãos de imprensa e liberadas ao "Golbery" em primeira mão já foram publicadas. #AIPODE”, questionou.
Jornalista, o tuiteiro Helder Rafael viu a atitude como censura também. “O PMDB mandou a justiça eleitoral suspender enquete do Midiamax. Cheiro de censura no ar... Gostaria muito de ver a OAB/MS e o sindicato dos jornalistas tomando providências. E também os professores e alunos de jornalismo podiam dizer o que pensam, em vez de ficar batendo panela para o Gilmar Mendes”, indicou na página pessoal.
Os tuiteiros também não gostaram da atitude, e até mesmo quem não se envolve em questões políticas deu seu recado. “Acompanhando no twitter sobre a enquete do @midiamaxnews q foi retirado por uma liminar. Nada a ver com política, mas indignada pelo ato em si”, indignou-se a publicitária Val Reis.
O consultor financeiro Cassio José também questionou o posicionamento do TRE. “Mais uma derrota pra democracia em MS: #PMDB tira a enquete do @MidiamaxNews do ar”, lamentou.
“Essa do PMDB conseguir liminar determinando a retirada da enquete do Midiamax que apontava a vitória do Zeca foi demais. Que desespero! E a enquete do Midiamax nem tem caráter científico. Por que tanta preocupação? Enquete de site reflete a opinião de seus leitores. Só isso”, disse o deputado estadual Pedro Kemp em sua página.
O internauta Diógenes Cariaga chamou o ato de autoritarismo. “Governador de MS ressuscita o autoritarismo da censura”, e divulgou o link para a notícia da liminar. O assunto também foi comentado pelo médico Marcelo Mello, de Jardim. “censura no Midiamax? Lamentável...”, declarou.
Zeca do PT: Tenho plena convicção que a reação de indignação, que ocorre neste .... momento, de milhares de pessoas na web e na sociedade organizada é a mesma de todos que querem e apóiam uma internet livre
Lisandro Roberto, da Capital questionou se era mesmo verdade o posicionamento do TRE. “Cheguei agora, e li que tiraram uma enquete do ar, no sítio do midiamax.com? Ou eu estou ficando doido?”.
Já o estudante de jornalismo Andriolli Costa, questionou que há mesmo liberdade de imprensa em Mato Grosso do Sul. “Liberdade de Imprensa em MS #NOT http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=717825 (P/ quem ainda não viu)”, escreveu ele.
Delcídio Amaral: Liminar para proibir enquete em site de notícias em MS? Eu morro e não vejo tudo!!!
“Você vive num país livre? E Estado também? Então veja isso: http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=717825 Censura MS ativada”, escreveu o comunicador Alexander Onça.
Deputado Paulo Duarte: Geente!!Mero levantamento de intenção de votos do @midiamax ,q todos fazem,não agradou o rei!Por isso,irado com resultado, foi à justiça. 10:30 AM May 22nd via web
Esses e vários outros comentários evidenciam o repúdio de quase a totalidade das manifestações contra a iniciativa do PMDB.
A argumentação do PMDB, acolhida pelo magistrado, sustenta que o Midiamax não informou precisamente que "não se trata de pesquisa eleitoral". Ao tomar ciência da decisão, a diretoria do Jornal encerrou a Enquete, que estava programada para ser concluída no dia 25/05/2010.
Ao publicá-la, o Midiamax exibiu a mensagem [veja abaixo, em azul, no quadro], conforme dispõe o artigo 21 da Resolução nº 23.190/09: "Esta Enquete é mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado".
www.midiamax.com
Esta Enquete é mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.
Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador? Puccinelli 29,25% Zeca do PT 64,89% nenhum 4,94% não sei 0,92%
Na noite de sexta-feira, a enquete foi retirada do ar. A liminar foi concedida ao PMDB pelo juiz auxiliar do TRE/MS, Renato Toniasso.
E o repúdio à iniciativa do PMDB foi a tônica das manifestações. Confiram.
O jornalista Valdir Cardoso questionou: “Pesquisas notoriamente "maquiadas", contratadas por órgãos de imprensa e liberadas ao "Golbery" em primeira mão já foram publicadas. #AIPODE”, questionou.
Jornalista, o tuiteiro Helder Rafael viu a atitude como censura também. “O PMDB mandou a justiça eleitoral suspender enquete do Midiamax. Cheiro de censura no ar... Gostaria muito de ver a OAB/MS e o sindicato dos jornalistas tomando providências. E também os professores e alunos de jornalismo podiam dizer o que pensam, em vez de ficar batendo panela para o Gilmar Mendes”, indicou na página pessoal.
Os tuiteiros também não gostaram da atitude, e até mesmo quem não se envolve em questões políticas deu seu recado. “Acompanhando no twitter sobre a enquete do @midiamaxnews q foi retirado por uma liminar. Nada a ver com política, mas indignada pelo ato em si”, indignou-se a publicitária Val Reis.
O consultor financeiro Cassio José também questionou o posicionamento do TRE. “Mais uma derrota pra democracia em MS: #PMDB tira a enquete do @MidiamaxNews do ar”, lamentou.
“Essa do PMDB conseguir liminar determinando a retirada da enquete do Midiamax que apontava a vitória do Zeca foi demais. Que desespero! E a enquete do Midiamax nem tem caráter científico. Por que tanta preocupação? Enquete de site reflete a opinião de seus leitores. Só isso”, disse o deputado estadual Pedro Kemp em sua página.
O internauta Diógenes Cariaga chamou o ato de autoritarismo. “Governador de MS ressuscita o autoritarismo da censura”, e divulgou o link para a notícia da liminar. O assunto também foi comentado pelo médico Marcelo Mello, de Jardim. “censura no Midiamax? Lamentável...”, declarou.
Zeca do PT: Tenho plena convicção que a reação de indignação, que ocorre neste .... momento, de milhares de pessoas na web e na sociedade organizada é a mesma de todos que querem e apóiam uma internet livre
Lisandro Roberto, da Capital questionou se era mesmo verdade o posicionamento do TRE. “Cheguei agora, e li que tiraram uma enquete do ar, no sítio do midiamax.com? Ou eu estou ficando doido?”.
Já o estudante de jornalismo Andriolli Costa, questionou que há mesmo liberdade de imprensa em Mato Grosso do Sul. “Liberdade de Imprensa em MS #NOT http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=717825 (P/ quem ainda não viu)”, escreveu ele.
Delcídio Amaral: Liminar para proibir enquete em site de notícias em MS? Eu morro e não vejo tudo!!!
“Você vive num país livre? E Estado também? Então veja isso: http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=717825 Censura MS ativada”, escreveu o comunicador Alexander Onça.
Deputado Paulo Duarte: Geente!!Mero levantamento de intenção de votos do @midiamax ,q todos fazem,não agradou o rei!Por isso,irado com resultado, foi à justiça. 10:30 AM May 22nd via web
Esses e vários outros comentários evidenciam o repúdio de quase a totalidade das manifestações contra a iniciativa do PMDB.
A argumentação do PMDB, acolhida pelo magistrado, sustenta que o Midiamax não informou precisamente que "não se trata de pesquisa eleitoral". Ao tomar ciência da decisão, a diretoria do Jornal encerrou a Enquete, que estava programada para ser concluída no dia 25/05/2010.
Ao publicá-la, o Midiamax exibiu a mensagem [veja abaixo, em azul, no quadro], conforme dispõe o artigo 21 da Resolução nº 23.190/09: "Esta Enquete é mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado".
www.midiamax.com
Esta Enquete é mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.
Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador? Puccinelli 29,25% Zeca do PT 64,89% nenhum 4,94% não sei 0,92%
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