quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cassação de Jaqueline Roriz será julgada na próxima terça-feira em plenário

O Plenário da Câmara dos Deputados julgará na próxima terça-feira (30/8) a cassação da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). O parecer do Conselho de Ética recomendando a aplicação de pena máxima à parlamentar foi lido na tarde desta quarta-feira (24/8) na ordem do dia. "Vamos votar como primeiro item da pauta", afirmou o presidente da Casa, Marco Maia (PT-SP).
O Conselho de Ética da Câmara decidiu, em 8 de junho, recomendar a cassação de Jaqueline Roriz devido às imagens nas quais ela e o marido, Manoel Neto, aparecem recebendo dinheiro de Durval Barbosa. Para a punição ser aplicada é preciso haver maioria absoluta do Plenário, ou seja, 256 votos a favor do parecer. A defesa de Jaqueline sustenta que ela não pode ser julgada pela Casa visto que o ato ocorreu em 2006, antes do mandato parlamentar.

A presidente fez as declarações em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de novas demissões




A presidente Dilma Rousseff disse hoje que não vai pautar seu governo por demissões e considerou inadequado o termo "faxina", usado pela imprensa para se referir às demissões de funcionários públicos acusados de envolvimento em esquemas de corrupção. "Faxina, no meu governo, é faxina contra a pobreza, o resto são ossos do ofício da Presidência, e isso não se interrompe", disse a presidente, após o lançamento do programa de microcrédito Crescer, no Palácio do Planalto.
"Essa pauta de demissões, que fazem ranking, não é adequada para um governo." Dilma destacou que esta é uma pauta que ela jamais vai assumir. "Não se demite, nem se faz escala de demissão, nem se quer demissão todos os dias. Isso não é, de fato, Roma antiga?", perguntou Dilma. Ela disse que, em qualquer atividade inadequada ou malfeita que for constatada no governo, será mantida a presunção de inocência e serão tomadas providências.
"O que eu não vou aceitar, em hipótese alguma, é que alguma pessoa do meu governo seja condenada sem respeitar os preceitos da Justiça moderna, respeito aos direitos individuais e liberdades. A lei é igual para todos. Não tem quem esteja acima da lei. É importantíssimo respeitar a dignidade da pessoas e não submetê-las a condições ultrajantes", concluiu Dilma.
A presidente fez as declarações em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de novas demissões. Nos oito meses de governo Dilma, foram demitidos quatro ministros e diversos dirigentes de órgãos públicos. Antonio Palocci deixou a Casa Civil após denúncias sobre um grande crescimento de seu patrimônio durante o período em que era deputado federal; Alfredo Nascimento saiu em meio a denúncias de superfaturamento de obras na pasta dos Transportes; Nelson Jobim, que deixou o Ministério da Defesa depois de ter feito declarações polêmicas; e Wagner Rossi, que pediu demissão da pasta da Agricultura em meio a denúncia de corrupção no setor.
Recentemente, mais quatro ministros tiveram os nomes envolvidos em denúncias publicadas pela imprensa: Pedro Novais, do Turismo, Mário Negromonte, das Cidades, Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e seu marido, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações.

Governo oferece crédito com juros de 8% ano

A presidenta Dilma Rousseff lançou hoje (24), no Palácio do Planalto, o Crescer – Programa Nacional de Microcrédito, que tem o objetivo de fornecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores individuais e microempresas. Até o final de 2013, o governo espera atender a 3,4 milhões de clientes.
O programa terá juros de 8% ao ano que, segundo o governo, estão bem abaixo das taxas atualmente praticadas no mercado, que chegam até 60% ao ano. Além dos juros mais baixos, o governo também vai anunciar a redução da taxa de adesão ao crédito dos atuais 3% para 1%.
"O objetivo desse programa é estimular a população mais pobre [a criar microempresas] e gerar emprego nessa faixa de renda", explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para garantir a redução do juro, o governo decidiu subsidiar com recursos do Tesouro Nacional até R$ 500 milhões por ano.
Para obter uma das linhas de financiamento do Crescer, as empresas devem ter um faturamento de até R$ 120,00 ao ano. O valor de cada operação de crédito destinado a capital de giro ou investimento poderá chegar a R$ 15 mil. "A grande novidade é que o tomador de empréstimo não vai precisar apresentar garantias", destacou Mantega.
A carteira ativa do programa poderá alcançar R$ 3 bilhões e será operada pelo Banco do Nordeste (BNB), a Caixa Econômica Federal (CEF), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Brasil (BB).
O governo também pretende atrair bancos privados para o programa, com o Tesouro garantindo subsídio às taxas de juros para as instituições que operarem dentro das condições estabelecidas para o programa de microcrédito orientado.
Para que as operações comecem a ser contratadas, o governo vai promulgar uma medida provisória autorizando a União a conceder subvenção econômica. O Conselho Monetário Nacional (CMN) também deverá fixar em 2% dos depósitos à vista a exigibilidade de aplicação de recursos nas linhas do programa. De acordo com o governo, esse percentual será atingido de forma escalonada: 10% a partir de 1º de janeiro de 2012; 40% em 1º de julho de 2012; e 60% em 1º de janeiro de 2013.

Pesquisa revela que comer alimentos certos evita o aparecimento de doenças crônicas

Resistir a frituras, refrigerantes e massas é uma tarefa difícil para milhares de brasileiros que combinam uma dieta tradicional, baseada no arroz e feijão com alimentos compostos por baixo teor de nutrientes e alto conteúdo calórico. Aliado ao crescente consumo de refrigerantes e refrescos, está à ingestão reduzida de frutas, verduras e legumes.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, apesar de haver uma ingestão satisfatória de proteínas, a prevalência de consumo excessivo de açúcares foi observada em 61% da população, já a de gorduras saturadas, em 82% das pessoas. O consumo insuficiente de fibras foi observado em 68% dos brasileiros.
A maior preocupação está entre os adolescentes, que tem apresentado alto consumo de gorduras trans, saturadas, sódio e açúcar que podem levar ao excesso de peso e obesidade. Dados da POF 2008-09 mostram que 12% dos brasileiros estão obesos.
Para controlar e reduzir o excesso de peso, obesidade e promover a alimentação saudável, o Ministério da Saúde apresenta à sociedade o Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) que traz como metas, para os próximos dez anos, elevar o consumo de frutas e hortaliças, reduzir o consumo médio de sal da população brasileira, aumentar a atividade física no lazer e a implementação do Plano Intersetorial de Obesidade, que buscará reduzir ao excesso de peso e a obesidade na infância, na adolescência e na vida adulta.
O Plano de Enfrentamento das DCNT, também, tem como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
Para a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, esse cenário é preocupante uma vez que se observa o crescimento da obesidade no Brasil, associada, entre outros fatores, à má alimentação. “A população precisa criar o hábito de fazer três refeições e um lanche nos intervalos, buscando o consumo de frutas, verduras e legumes no lugar de alimentos processados. Ter cuidados com a alimentação reduz o aparecimento de doenças precoces como hipertensão e diabetes. E o Plano vem ao encontro dessa preocupação com a saúde dos brasileiros”, destaca.

Prefeito mostra obras de R$ 521 milhões que prometem modernizar Campo Grande

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), reuniu na noite desta terça-feira (23) secretários, empresários, lideranças comunitárias, conselheiros regionais e população para apresentar os projetos em andamento na cidade. Foi assinada ainda a ordem de serviço do PAC 2 durante o evento “Campo Grande 11 anos – pronta para o futuro”, realizado no Golden Class.
Segundo Nelsinho, mais de R$ 521 milhões serão investidos em novas obras de infraestrutura urbana, unidades básicas de saúde, praças, casas populares, centros de educação infantil e modernização no sistema de transportes da Capital, entre outros.
“Quero ficar marcado como o prefeito que preparou Campo Grande para o futuro. Graças ao empenho e trabalho dos vereadores, deputados federais e estaduais e governo federal, conseguimos desenvolver nossa cidade”, comemorou Nelsinho.
São 30 obras que estão em fase de abertura de licitação, entre praças, unidades básicas de saúde, Ceinf (Centro de Educação Infantil), além da construção de quase 800 casas populares. O ‘pacote’ totaliza R$ 215 milhões.
Além disso, outras 53 obras, orçadas em mais de R$ 100 milhões, já foram iniciadas na Capital. Elas incluem projetos de drenagem de águas pluviais, pavimentação, seis unidades básicas de saúde e 28 corredores de transporte coletivo.
Em outro pacote, que totaliza R$ 206 milhões, obras que estão em fase de inauguração. Entre elas mais de 600 unidades habitacionais, parques lineares, projetos de drenagem, centros de educação ambiental, sinalização turística e revitalização de praças.
“O trabalho ainda não está encerrado. Temos trabalho até o ano que vem e, depois, tenho que passar o chapéu para o próximo prefeito, e rezar para que ele continue trabalhando forte”, brincou Trad.
Foram mostradas em detalhes ainda as obras executadas na Orla Morena I, revitalização da Praça Ary Coelho e da Avenida Júlio de Castilho, obras do Centro Municipal de Belas Artes, Parque Linear Córrego Segredo, Centro Cultural Multiuso, Complexo Imbirussu-Serradinho, Via Morena, Parque Linear do Córrego Lagoa, Terminal Intermodal de Cargas, além de ordens de serviço de corredores de transporte coletivo.

Em seu discurso, o deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) disse que o “bom trânsito” do prefeito na Assembleia Legislativa foi crucial para o repasse de R$ 800 mil, que seriam de emendas parlamentares, para o Hospital do Trauma, que será inaugurado no final do ano em Campo Grande.




STF publica decisão que declarou legal o piso nacional dos professores

O STF (Supremo Tribunal Federal) publicou hoje (24) o acórdão do julgamento ocorrido em abril que reconheceu a constitucionalidade da lei que criou o piso nacional do magistério. Alguns governos estaduais e prefeituras estavam aguardando a publicação do acórdão para se adequar à legislação.

Agora, com a publicação do acórdão, 42% dos municípios sul-mato-grossense terão que se adequar a lei e pagar o valor do vencimento mínimo de R$ 1.187,97.
O relator da ação direta de inconstitucinalidade 4167, Ministro Joaquim Barbosa encaminhou o processo no dia 30 de maio para a seção de controle de acórdãos. Ontem o relatório foi entregue na seção de composição de acórdãos e publicado hoje no Diário de Justiça Eletrônico.
Na interpretação da assessoria jurídica da Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul) com a publicação a decisão de ordem colegiada passa a ser o principal instrumento para os sindicatos irem à justiça e fazer cumprir a lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).
Cabe ainda como último recurso o embargo de declaração. Os gestores públicos têm agora 15 dias para impetrar esses embargos.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos de R$ 950 por mês.
Com a correção, o valor do piso este ano passou para R$ 1.187. Quando a lei foi aprovada, cinco governadores – André Puccinelli, governador de MS um deles - entraram no STF questionando a constitucionalidade do piso nacional.
Este mês, professores de 21 estados pararam as atividades para exigir o cumprimento da lei.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), “a decisão do STF, tão aguardada por milhões de trabalhadores em educação, torna incontestável qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da lei”.
O STF confirmou, no julgamento, que o piso nacional deve ser interpretado como vencimento básico, isto é, sem gratificações e outros adicionais. As prefeituras alegam que não têm dinheiro para garantir o salário de acordo com o que determina a lei.
Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 1.641 prefeituras mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, de R$ 587 a R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os salários variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59.
Outro levantamento, feito pela CNTE com os sindicatos filiados, mostrou que 17 estados não pagam aos professores o valor mínimo estabelecido em lei. Não há levantamento sobre o cumprimento da lei nas redes municipais.
Estados e municípios podem pedir ao Ministério da Educação uma verba complementar para estender o piso nacional à todos os professores.
Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. O MEC tem R$ 1 bilhão disponíveis para este fim, mas, desde que a lei foi criada, nenhuma das prefeituras que solicitaram a complementação de recursos cumpriu as exigências necessárias para receber o dinheiro.
Hora Atividade
Em relação ao 1/3 da hora atividade, os estados que fizeram parte da ADIN 4167, estão obrigados a cumprir a lei, quem não fez parte da ação não está obrigado a cumprir e pode entrar com um embargo.
A Fetems vai cobrar do governo do Estado a inclusão do aumento da hora atividade na reforma da lei 087, que trata do estauto do magistéiro.
O professor Roberto Franklin Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), disse à Fetems que a publicação do acórdão termina com os últimos argumentos dos prefeitos e governadores contrários ao Piso.
“Não tem dúvida alguma do que está escrito. A publicação deve definitivamente acabar com interpretações livres da legislação para que assim a lei seja efetivamente colocada em pratica”.
O presidente da Fetems, professor Roberto Botareli, concorda com o professor Leão da CNTE e espera que agora com a publicação do acordão se defina de uma vez por todas o valor mínimo que o professor deve receber.
"Definiremos o vencimento base para os professores, essa é uma das formas de valorização do trabalhador em educação que tanto buscamos", disse Botareli.
Ranking Salarial
No dia 17 de agosto a Fetems publicou o ranking salarial dos municípios de Mato Grosso do Sul.
O ranking se refere aos salários dos profissionais da Educação do Magistério praticados nas redes estadual e municipais de Mato Grosso do Sul para uma jornada de até 40 horas semanais.
O levantamento demonstrou que aproximadamente 42% dos municípios terão que se adequar ao conceito original da Lei nº. 11.738, ratificada pelo STF, de que o PSPN deve ser vencimento-básico. Atualmente, o valor é de R$ 1.187,97. O município com maior vencimento básico é Campo Grande.
O salário inicial na capital é de R$ 1.892,22, em segundo lugar aparece Caracol com vencimento de R$ 1.857,40, seguido pelo município de Navirai, com o terceiro melhor salário do Estado no valor de R$ 1.731,32.
A reede estadual fica apenas em 19° lugar com vencimento de R$ 1.325,52. Em 2009 o Estado estava em primeiro lugar no ranking salarial, já em 2010 a rede estadual aparece em 5° e na listagem publicada pela Federação em abril deste ano na 12ª colocação. (com informações da Agência Brasil e assessoria de imprensa da Fetems)