quinta-feira, 8 de março de 2012

Band quer crescer 30% e 3º lugar em 2012


O lançamento da programação da Band para 2012 nessa terça-feira, dia 6, apresentou ao mercado seis novos produtos. A expectativa da emissora com a nova grade é ampliar em 30% o faturamento publicitário e reconquistar o terceiro lugar de audiência, hoje disputado pelo SBT e Record. “É difícil mudar hábito, e televisão é hábito. Estamos perseverando e crescendo, nosso objetivo número um é ser o terceiro lugar em audiência. Não me pergunte o número dois, é obvio, está implícito: seja neste ano, no ano que vem ou quando for, é chegar na frente de quem está na nossa frente”, afirma Marcelo Mainardi, diretor executivo comercial da emissora.
Entre os novos produtos da casa estão Conversa de Gente Grande, novo programa de Marcelo Tas, em que ele interage e entrevista crianças; Faz-me rir, um reality para descobrir “um novo grande talento do humor brasileiro"; o Perdido na Tribo, outro reality, desta vez disputado por três famílias que deverão se adaptar a condições difíceis em sociedades primitivas; e o Quem fica em pé, apresentado pelo jornalista José Luiz Datena, também apresentador do Brasil Urgente, em que um participante enfrenta outros dez em um game show de perguntas e respostas.
Também estreiam em 2012 as séries The Walking Dead e Camelot. Na faixa infanto-juvenil, a Band transmite quatro novos produtos, em parceria com a Nickelodeon: Fanboy e Chum Chum, Kenan & Kel; Drake & Josh e Big Time Rush. A partir do dia 12 de abril, a nova programação infantil terá duas horas de duração diárias. A novidade – se é que assim se pode chamar – na programação é o programa Pânico na TV (ex-Rede TV), agora Pânico na Band, com estreia prevista para o próximo dia 1º de abril.
Permanecem na grade os programas CQC, A Liga – com a substituição de Rafinha Bastos (agora na RedeTV e Fox) por Lobão e Cazé – além dos eventos Festival de Parintins, Miss Brasil, Miss Universo, e do Polícia 24 horas, Agora É Tarde e o vespertino Muito Mais, apresentado por Adriane Galisteu.
Eleições e Esportes
Mainardi afirma que a ausência de novos produtos jornalísticos na grade será recompensada com a cobertura eleitoral – editoria na qual a Band tem tradição, com os debates – e com o pacote de esportes. Além da Fórmula Indy, que neste ano ganhou o reforço de Rubens Barrichello, a Band transmite também a Eurocopa, a Liga dos Campeões da UEFA, os Campeonatos Carioca e Paulista, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana. “(não ter lançado novos produtos jornalísticos) foi uma opção, porque temos que reunir nossas forças para crescer”, explica Mainardi. “E a própria eleição já um produto grande, a Liga, que permanece na grade, é um produto jornalístico e investimentos nele com a contratação do Lobão e do Cazé, além dos esportes”, completa. A concentração de produtos de entretenimento não preocupa Mainardi. “O nosso entretenimento é mais leve, mais novo, mais suave”, afirma.
Pânico na Band
A ida do Pânico para a TV Bandeirantes pegou de surpresa a RedeTV, que perdeu um de seus maiores faturamentos publicitários e a maior audiência da casa, há duas semanas. Na nova emissora, espera-se que os índices de audiência se mantenham. “Se a audiência do Pânico for a mesma que tinha na RedeTV, já estou muito feliz. Mas, sem falsa modéstia, acredito que vai ser maior”, prevê Mainardi. Para ele, não há riscos de sobreposição de oferta comercial com a presença de dois programas semelhantes – Pânico na Band e CQC – e nem de dependência de um mesmo público em dois dias seguidos (domingo e segunda-feira). “O CQC é um pouco mais sofisticado, mais classe AB; o Pânico já é mais BC. Na verdade, eles se complementam, não são conflitantes”, acredita o diretor. “A competição, quando existe, é maravilhosa e conseguir administrar essa competição dentro da sua casa é a melhor coisa do mundo”, afirma. Nem todas as cotas comerciais do Pânico estão vendidas, mas o departamento comercial acredita que até o lançamento todas elas já estarão fechadas. “A procura pelo CQC continua grande, e a do Pânico foi absurda. A qualidade dos anunciantes foi muito superior dos que estavam na RedeTV”, afirma.

Professores programam paralisação de três dias para cobrar piso


Na próxima semana, professores de todo o país planejam uma paralisação de três dias para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. A lei que instituiu uma remuneração mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas ainda hoje causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos para pagar o piso, especialmente agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o valor para 2012 – R$ 1.451 - , com um reajuste de 22%.
A categoria irá cruzar os braços entre os dias 13 e 16 de março (de quarta a sexta-feira). Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o fato de alguns estados ainda não cumprirem a lei reforça a necessidade de um “movimento forte” por parte da categoria para reivindicar melhorias na remuneração.
“Eles [gestores públicos] entendem que a lei precisa ser cumprida a partir do enfrentamento, da mobilização. Chega de brincar que estão valorizando o professor”, reclama Leão. Nos estados e municípios em que a Lei do Piso já é cumprida, o presidente da CNTE avalia que a mobilização deverá ser menos intensa, com foco nas reivindicações locais, inclusive a construção de planos de carreira. “Nosso intuito não é a paralisação pela paralisação, mas onde houver necessidade”, explicou. As atividades são organizadas pelos sindicatos locais e incluirão manifestações nas sedes dos governos, passeatas e outros atos públicos.

Insatisfação com governo Dilma se espalha pelo partido da presidente, diz Biffi


Primeiro 54 dos 76 deputados do PMDB levaram ao vice-presidente Michel Temer um manifesto criticando a atuação do Executivo em favor do PT e reclamando do tratamento dado aos demais aliados, agora, a insatisfação se espalhou até entre os petistas. “A presidente Dilma precisa ter um cuidado maior com a política e não só com a gestão”, alertou o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT).
Ele reclamou da falta de atenção dada pela presidente ao Congresso. “Ministros são trocados e a gente fica sabendo pela imprensa”, se queixou. Segundo Biffi, também incomoda o fato de o Planalto atrasar a liberação de recursos. “Tem emenda de 2009 e 2010 que ainda não foi paga”, contou. “Isso acaba criando uma insatisfação entre a base e até dentro do PT”, acrescentou.
Panos quentes
Mais cauteloso, o deputado federal Vander Loubet (PT) amenizou os impactos da crise. “O governo está consciente do descontentamento e irá negociar”, disse. Ele deu ainda mais detalhes dos motivos da insatisfação da base de sustentação com o Planalto. “O PR e o PDT viram ministros cair e não recuperaram os cargos”, comentou. “Também há pressão para ocorrerem nomeações de importantes estatais”, emendou.
Ainda segundo Vander, os parlamentares não gostaram nenhum pouco do corte de R$ 50 bilhões no orçamento federal. “Em ano eleitoral, tudo isso se agrava”, ponderou. “Por isso, essa queda de braço do governo com o Congresso”, explicou. O deputado, porém, não vê chances de o impasse se resolver mediante pressão. “A presidente não gosta disso”, frisou.
Rebeldia provada
Ontem (7) à noite, a base de apoio da presidente Dilma Rousseff no Senado expressou a insatisfação que vinha sendo verbalizada por deputados e senadores, ao impor uma derrota emblemática ao governo com a rejeição da recondução de Bernardo Figueiredo à direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Figueiredo, rejeitado por 36 dos 67 senadores que votaram, é um técnico da confiança de Dilma. A derrota não foi recheada de simbolismos apenas pelo perfil do indicado, mas também pela maioria esmagadora que o governo detém na Casa. Juntos, os senadores de partidos de oposição (DEM, PSDB e PSOL) somam apenas 16 votos e mesmo que todos estivessem em plenário não seria possível impor uma derrota à presidente.

Funasa aponta falhas em 50 contratos dos 144 analisados pelo órgão no Estado


Depois de noticiar que a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) deveria ser investigada por auditoria interna, o Superintendente Regional Pedro Teruel,  informou que não vai investigar, mas sim analisar cerca de 144 contratos feitos de repasse de verbas federais para o saneamento em Mato Grosso do Sul, firmados nos últimos dez anos. Em 50 contratos desse total já foram comprovadas irregularidades como documentação atrasada, falha em licenças ambientais e a não transferência de título de propriedade dos terrenos.
 “Estamos fazendo o levantamento dentro do órgão para fazer o encerramento desses contratos, trabalhando para não causar maiores transtornos”, informou o superintendente. São 4 convênios firmados em 2003, 10 em 2004, 11 em 2005, 12 em 2006, 5 em 2007 e 8 em 2008, com 47 obras já entregues e finalizadas, 4 em 2008, 14 em 2009, 17 em 2010 e 12 em 2011.
Ele explica que a maioria dos contratos está sem a prestação de contas final. “Quando uma obra é entregue, é preciso fazer esta última prestação de contas, o que não tem acontecido. É função da Funasa emitir a instrução para regularizar os contratos, o que não foi feito ”. Segundo Teruel, a intenção da auditoria interna é não prejudicar as prefeituras com menores receitas no Estado.
Teruel garante que a maior parte das obras está concluída e entregue. “Falta somente a parte burocrática do contrato”. Ele esclarece que pedirá ajuda à AGU (Advocacia Geral da União) e CGU (Controladoria Geral da União) para que haja um entendimento da situação.
“Apesar dos contratos estarem atrasados, vamos regularizar a situação deixada sem o prejuízo das prefeituras. Desde que a gente faça a explanação dos motivos, tudo correrá de forma tranqüila”, avalia.
Burocracia
Para Teruel, a burocracia que envolve os contratos poderia prejudicar as cerca de 20 pequenas prefeituras envolvidas no atraso de entrega das prestações de contas.
“Após entregar a obra de saneamento, cerca de 20 prefeituras estão sem prestar contas à União do dinheiro gasto. Isso por questões burocráticas e estamos aqui para ajudar. Não queremos prejudicar nem causar dano ao erário público, nem parar as obras no meio”, explica.
O superintendente avalia que esses problemas nos contratos, que vem acontecendo há dez anos, ocorrem com a intenção de preservar a ordem social. “A Funasa teria que notificar essas prefeituras, mas não o fez porque o órgão entendeu como solução entregar a obra e dar mais prazo aos municípios”, ponderou.
Após uma possível notificação da Funasa, as prefeituras teriam até 60 (sessenta) dias para prestação final de contas. “Isso não aconteceu para não gerar transtornos maiores. Sem a prestação final de contas após notificadas, essas cerca de 20 prefeituras ficariam impedidas de fazer qualquer novo convênio que utilizasse verba federal. A intenção da Funasa é trabalhar arduamente para que isso não aconteça”, finalizou.