segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Prefeita de Três Lagoas admite que não sabe onde verba federal será aplicada

A prefeita Márcia Moura (PMDB) confirmou a chegada da primeira parcela dos recursos do Ministério da Integração Nacional (MIN) destinados aos reparos do vendaval ocorrido no dia 27 de setembro do ano passado. Entretanto, alegou ainda desconhecer os locais exatos nos quais o dinheiro poderá ser empregado.

No último dia 20 de julho, foi publicado, no Diário Oficial da União, o repasse de R$ 1.642.594,74, repassados em três partes, no valor de R$ 666.639,41.
Mesmo com todo planejamento que a operação deveria envolver, a prefeita afirmou que a chegada da verba foi uma surpresa. “Achamos que esse dinheiro não viria, tanto que realizamos alguns reparos emergenciais. Na época fomos bastante criticados, pois não tínhamos autorização do Ministério para mexer em nada”, explicou Márcia, sobre a redução no valor da verba liberada.
Com a primeira parte do dinheiro, conforme informou Márcia Moura, o muro e a quadra da Escola Municipal General Nelson Custódio de Oliveira serão reconstruídos.
“Estamos trabalhando com uma escala de urgência. Nesta segunda-feira (08) iremos abrir as licitações e as obras começarão o mais rápido possível”, garantiu.
Ainda dentro da previsão para aplicação dos recursos está a recuperação do Centro de Especialidades Médicas (CEM), a construção da quadra do Ginásio de Esportes e a reconstrução do viveiro.
“Estamos aguardando o parecer do Ministério para saber se poderemos aplicar as próximas parcelas do recurso na reconstrução de casas”, finalizou. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Três Lagoas)


Puccinelli vota, mas não confessa quem apoiou na Acrissul: 'Isso é secreto, certo?'

O governador André Puccinelli, do PMDB, disse que ele não usou o seu prestígio político para influir na escolha dos candidatos que disputam a direção do comando da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e se “alguém pôs influência”, errou.
Desde o início da tarde desta segunda-feira os associados votam na sede da entidade. Dois disputam a chefia da Acrissul: o atual presidente Chico Maia e José Lemos Monteiro, o Zeito.
Durante a disputa eleitoral entre os candidatos que concorrem à direção da Acrissul, alguns produtores rurais, por insatisfação, questionaram a aplicação do Fundersul, um imposto cobrado aqui em MS pelo trânsito de grãos e animais.
"Esse governo não rouba e aplica bem os recursos do Fundersul", disse Puccinelli.
O governador votou há cerca de meia hora. Ele enfrentou a fila, conversou com os dois candidatos, mas não quis revelar seu voto. “Isso é secreto, certo?”, respondeu. Em seguida, comprou um saquinho de pipoca, e foi embora.

MPE quer cunhado e enfermeiro envolvidos na morte de Marielly presos até julgamento

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu nesta segunda-feira, 8, denúncia contra Hugleice da Silva e Jodimar Ximenes Gomes, por envolvimento no aborto e morte da jovem Marielly Barbosa, 19 anos, que foi encontrada morta em um canavial no município de Sidrolandia, depois de ficar desaparecida por 21 dias.
As evidências são de que ela morreu devido complicações durante aborto. Os dois réus são cunhado e enfermeiro que teria feito o procedimento, respectivamente.
Ainda nesta segunda-feira, o MPE colocou Hugleice e Jodimar na condição de réus pelos crimes de aborto com o consentimento da gestante que, se condenados, podem pegar pena de um a quatro anos de reclusão. Além disso, recai denúncia de ocultação de cadáver que dá pena de um a três anos de reclusão e multa.
O MPE requer ainda que seja decretada a prisão preventiva dos indiciados que, até o dia 12 de agosto estão detidos por força de prisão temporária. O próximo passo agora é a decisão da juíza da comarca de Sidrolândia, onde corre o processo, Silvia Eliane Tedardi da Silva.
O caso
Marielly Barbosa foi encontrada morta em um canavial na cidade de Sidrolândia depois de ficar 21 dias desaparecida. O cunhado dela, Hugleice da Silva, confessou que levou a jovem para a cidade para fazer um aborto e que o contratado para fazer o procedimento foi o enfermeiro Jodimar Ximenes. Ela teve complicações e teria morrido em decorrência disso.
Hugleice ainda confessou que, com ajuda de Jodimar, colocou o corpo da cunhada em uma espécie de urna e depois levaram para o canavial onde foi encontrado.
Várias diligências já foram feitas na cidade, principalmente na casa de Jodimar para encontrar indícios do aborto. A expectativa agora é saber se um material encontrado dentro da fossa séptica da residência são ossos humanos. Em caso positivo será feito exame de DNA para verificar se é o feto abortado de Marielly. Outro passo e cruzar com informações genéticas de Hugleice, já que ele confessou que teve um relacionamento com a jovem e pode ser, inclusive, o pai da criança.

Carlos Eduardo Naegele vota em Chico Maia e critica André por tentar interferir na Acrissul

O produtor rural Carlos Eduardo Naegele, sócio-direto do jornal Midiamax, confirmou há pouco o voto em Francisco Maia, da chapa “Gestão e Produção”, para a presidência da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).

“Toda entidade deve buscar sua força interna para discutir sobre questões sem interferência de terceiros”, afirmou Naegele. Segundo o produtor, a classe ruralista deve reagir à intervenção do governador André Puccinelli (PMDB), que, apesar de não assumir publicamente, teria apoiado o candidato José Monteiro Lemos, o “Zeito”, da chapa “Força do Agronegócio”.
Naegele ainda destacou que a atual diretoria tirou a Acrissul de uma situação “pré-falimentar”. Ele acredita que a tentativa de interferência de Puccinelli no processo eleitoral da entidade seria uma “vingança”, já que a Associação cobrou explicações sobre o destino dos recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul).
“Hoje vemos corrupção no Dnit, em MS, bancamos o Fundersul sem vermos resultados nas estradas. Essas investigações sobre o Fundersul devem continuar”, avalia Naegele, que ainda elenca uma série de percalços que os produtores de Mato Grosso do Sul enfrentam hoje.
“Alto ICMS, falta de apoio, estradas ruins, e outros. Por isso é fundamental o papel da Acrissul, de integrar, chamar o produtor rural para a participação”, sugere. Para finalizar, Naegele alfinetou a interferência dos “terceiros”.
“Como produtor, não quero que a Acrissul seja como a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), uma entidade morta, que não serve pra nada. Se Deus quiser vamos deixar o Puccinelli no Parque dos Poderes, pois ele não está dando conta nem do governo dele”, criticou.

Ex-candidato a prefeito de Dourados deve sair do PMN depois de Artuzi

A ida de Ari Artuzi, ex-prefeito de Dourados, para o PMN, não agradou muitos militantes do partido na cidade. O professor Valeretto, que concorreu pelo partido nas eleições extemporâneas deste ano à prefeitura de Dourados, deve sair do PMN por conta da entrada de Artuzi e outras ‘figuras’. O professor, que era presidente do partido, foi destituído do cargo assim que Ari e seu pessoal entraram na sigla. “Foi um desrespeito, O Adaltan (presidente estadual do PMN) negociou o partido com o Artuzi e a turma dele” afirma o professor. “O estadual fez essa mudança, como se eu tivesse acompanhando isso, mas não foi assim”.
Artuzi entrou para o PMN durante o mês de julho. Segundo Adalton, presidente estadual do partido, Ari levou mais de 500 pessoas para a sigla em 15 dias. Valeretto, que em 2008 foi candidato a vereador pelo PMN, se posicionou contrário à chapa de Artuzi na eleição daquele ano. “Agora fui destituído do cargo para a entrada de figuras próximas ao Ari”, disse o professor. Segundo ele toda a direção do partido foi ‘renovada’ após a chegada do ex-prefeito. “Eles sairão comigo do PMN”, afirmou.
Devem acompanhar o professor pelo menos 50 pessoas. Segundo ele não haverá desfiliação em massa, ou ato político do gênero. “Saíremos sem fazer alarde. Desfiliaremos um por um dos nossos”, disse Valeretto. O professor ainda não tem outro partido em vista. “Houveram vários convites, mas ainda não me decidi. Depende do espaço e se é um partido com pessoas de bem”, afirmou. Valeretto participou neste sábado do encontro regional do PMDB, sigla que seria uma das que fez convite para o professor.

“Essa obra é confusão, mas nós temos que fazer”, diz Nelsinho sobre Júlio de Castilho

O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad apresentou na noite desta segunda-feira o projeto de revitalização da Júlio de Castilho e afirmou que a obra vai gerar muita confusão para a região, mas que é preciso executá-la.
De acordo com o plano das obras, que serão feitas pela Pactual Engenharia, a avenida deverá ficar pronta em 14 meses. Dividida em dez trechos, a média é de 45 dias para cada um deles por um custo total de R$ 18,6 milhões, com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da prefeitura.
A execução do projeto começa no dia 22 de agosto pelo trecho que vai da Avenida Duque de Caxias até a Rua Timóteo, na região do bairro Aeroporto. Todo os trechos terão sistema de drenagem e alguns o sistema de esgoto.
As propostas principais do projeto são o realinhamento do eixo da via e retirada dos estacionamentos laterais da avenida, com valorização imobiliária de cerca de 35%, de acordo com a Câmara de Valores Imobiliários.
Sem rotatórias
A obra prevê a retirada de todas as rotatórias da avenida e implantação de 17 conjuntos semafóricos com onda verde, para dar fluidez ao trânsito. Não existirão mais as conversões à esquerda e serão instalados 38 novos pontos de ônibus.
Serão 3,3 quilômetros de drenagem, 6,8 quilômetros de pavimentação na Júlio de Castilho e mais 9,7 quilômetros de recapeamento nas ruas adjacentes, com a criação de 10 largos e revitalização de duas praças.
Inundações na avenida
De acordo com a proposta da obra, será o fim das inundações na Júlio de Castilho. “O sistema de drenagem será feito para compensar a situação antiga do bairro Santo Antônio que tem o lençol freático aflorado”, disse Nelsinho.
Transtornos
“Em determinados momentos algum desses trechos serão interditados completamente”, afirmou o engenheiro Valter Fujii, da Pactual Engenharia. “Estamos pensando em alternativas para causar o menor transtorno possível, com estudo de trânsito pelas vias laterais, para que ninguém fique prejudicado”, esclareceu.
Duplicação
Existe no projeto um canteiro central, a ser implantado entre a Avenida Presidente Vargas até a Avenida Capibaribe, com cerca de 6,5 metros de largura para a via.
Trechos
A obra foi dividida em três grandes trechos, com dez interdições. As obras começam da Avenida Duque de Caxias e terminam na Avenida Noroeste.
1º Trecho – com a 1ª e 2ª interdições, da Avenida Duque de Caxias até a Capibaribe.
2º Trecho – com 3ª interdição da Avenida Capibaribe até a Yokohama, 4ª interdição da Yokohama até a Avenida Guaratinga, 5ª da Avenida Guaratinga até a Rua Manoel Ferreira e 6ª da Rua Manoel Ferreira até a Avenida Presidente Vargas.
3º Trecho – com a 7ª interdição, que vai da Avenida Presidente Vargas até a Avenida Crisântemos, 8ª que vai da Avenida Crisântemos até a Avenida Aeroclube, 9ª interdição da Avenida Aeroclube até a Rua Itaipu e 10ª até a Avenida Noroeste.