quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conselho dos Trabalhadores na Educação promete entrar com recurso no STF contra Puccinelli

Conselho dos Trabalhadores na Educação promete entrar com recurso no STF contra Puccinelli


Eduardo Penedo
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) disse durante a sessão nesta quarta-feira (4) que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) vai entrar com recurso especial no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a aprovação da hora planejamento para professores.
No último dia 27 foi julgado pelo STF a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN).167, ingressada pelos governos de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.
O consenso foi de que a Lei do Piso para professores é constitucional, no entanto, o Supremo não decidiu o vínculo sobre o parágrafo que destina parte da carga para que os docentes executem o planejamento de aulas - 40 horas semanais e 1/3 para hora planejamento.
Segundo o parlamentar petista, a CNTE já iniciou estudos para elaborar o recurso especial e pedir que o STF esclareça a questão. “É preciso tirar todas as dúvidas dos estados e dar maior segurança jurídica aos professores”, defendeu o deputado, comentando que estados como Mato Grosso cumprem este ponto.
Para Kemp, a lei do piso salarial dos professores e a decisão do STF rejeitando a ADI dos governadores e a tese de inconstitucionalidade da lei foi uma importante vitória. "A lei significa uma grande conquista não só para os educadores, mas para a educação pública", afirmou.
Kemp lembrou que havia uma grande discrepância na remuneração dos professores, sendo que em alguns estados os docentes dependiam de complementação salarial para receber um salário mínimo.
O piso dos professores foi fixado em R$ 1.187,97, mas há uma discussão se deverá ser reajustado para quase R$ 1.500,00. "Um professor bem remunerado vai ministrar boas aulas. Temos professores que trabalham até três períodos para ganhar um bom salário", afirmou.
O Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) afirmou que estado já pratica o piso salarial e que só entrou com a ADI com outros governadores por discordar do tempo destinado aos professores para as atividades fora da sala de aula.
Segundo o governo estadual, se o tempo da atividade fora de aula for aprovado, será necessário contratar mais professores. "Isso representa um incremento de R$ 4,5 milhões por mês, quase R$ 50 milhões na folha de pagamento do Estado por ano", disse Mochi.