sexta-feira, 22 de julho de 2011

CGU confirma irregularidades graves em obras do DNIT em MS

Todas as irregularidades graves denunciadas pelo Midiamax nas rodovias federais de MS, como superfaturamento, falta de fiscalização da obra, serviços deficientes e inexistência de estudo técnico de viabilidade técnica, econômica e ambiental, foram constatadas oficialmente, pela Controladoria Geral da União (CGU).
A auditoria da CGU foi feita em seis obras executadas pelo Dnit/MS, em parceira com o governo do estado, através da secretaria de Obras, ocupada na época pelo deputado Edson Giroto.
Os peritos da CGU fizeram a inspeção em novembro do ano passado, e agora foram definidos os prazos para as correções, que deverão ser acompanhados pelo Ministério Público Federal.
A reportagem do Midiamax vem denunciando os mesmos problemas recorrentes nas rodovias federais desde o final do ano passado, como a BR-267, BR-262, BR-163 e a BR-359, ainda em construção, com atraso no prazo de entrega do primeiro trecho.
O Dnit é comandado desde o ano de 2003 por Marcelo Miranda, ex-governador do MS que, naquela ocasião, foi indicado ao cargo por Zeca do PT. De lá para cá, Marcelo Miranda se manteve no cargo, inclusive a partir de 2006, quando começou a trabalhar com intensa afinidade com o governador André Puccinelli e o Edson Giroto.
As irregularidades dizem respeito ao ano de 2007, quando essa parceria já era sólida. Hoje, Marcelo Miranda pertence ao PR, o mesmo partido de Edson Giroto, e acusado de fazer caixa de campanha a partir “pedágio” de até 5% dos valores das obras cobrados de empreiteiros.
Denúncia da revista Veja ensejou a série de demissões das cúpulas do Ministério dos Transportes e do Dnit, por decisão da presidente Dilma Rousseff. O diretor geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, está em férias e quando voltar no começo de agosto deve ser demitido, conforme pronunciamento da própria presidente da República.
Se o fato se confirmar, os cargos de confiança do Dnit, como as diretorias regionais dos estados, devem ser trocados, especialmente aqueles onde as irregularidades graves apontadas pela CGU e TCU são recorrentes.
Entrevistado ontem pelo jornal o estado de São Paulo, Marcelo Miranda disse que o “Dnit/MS não tem nenhuma questão na Justiça, por irregularidades em obras". Completou dizendo que "estamos providenciando todas as correções solicitadas pela CGU e pelo Ministério Púbico. As obras prosseguem normalmente, sem interrupção."
Mas pelo que diz a CGU, as irregularidades serão sanadas em função da Controladoria e do Ministério Público, e não pelos responsáveis pelos problemas apontados nas auditorias. O valor dessas obras em conjunto supera R$ 1 bilhão.
Marcelo Miranda: 'seis obras na mira de devassa no Dnit-MS'
Relembre a primeira reportagem sobre a BR-267:

Conselho Superior do Ministério Público examina denúncia contra o deputado Edson Giroto

Ainda não tem uma data definida a audiência do CSMP-MS (Conselho Superior do Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que vai dar um rumo à denúncia contra o deputado federal Edson Giroto, do PR, por ele ter supostamente subfaturado em documentos o valor de uma fazenda que comprara em Rio Negro, cidade distante 163 km de Campo Grande (MS).
O caso corre no MPE desde novembro de 2009. A assessoria de imprensa do órgão informou que o caso “está na fila”, daí não tem como precisar a data da audiência.
A denúncia diz que a área comprada teria custado R$ 2 milhões, mas o parlamentar dito que gastara apenas R$ 200 mil no negócio.
Reportagem do Midiamax informou em maio passado que a área em questão custou R$ 1,7 milhão e Giroto comprou a fazenda com três sócios, um deles ligados a Agesul, órgão estadual que cuida das estradas e pontes no Estado.
Ou seja, este sócio era subordinado do deputado, à época Secretário de Obras.
Uma médica, filha de outro diretor da Agesul, é também sócia de Giroto. O terceiro sócio é irmão do parlamentar. (saiba mais em notícias relacionadas, logo abaixo)
Edson Giroto, em declarações divulgadas aqui e na imprensa nacional, disse que já repassou os documentos solicitados pelo MPE e que o caso será “decidido na Justiça”.
Assim que caiu a cúpula do Ministério dos Transportes, o nome de Giroto despontou como um dos prováveis substitutos de Alfredo Nascimento.

Na cadeia, cunhado teria dado pistas sobre suspeito de ser pai do filho de Marielly

Hugleice da Silva, 26 anos, teria comentado de dentro da cela onde está detido, na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf) que tem uma suspeita de quem poderia ser o pai do bebê de Marielly Barbosa, 19 anos. Segundo a fonte, que terá o nome preservado, o cunhado dela disse que um sobrinho de um ex-patrão da moça estava tentando “ficar” com ela.
O cunhado, ele próprio um dos suspeitos ainda de ter engravidado a irmã da esposa, teria dito que encontros entre o outro suspeito e Marielly poderiam ter ocorrido.
Embora Hugleice tenha feito o comentário da paternidade do bebê de Marielly, continua forte a linha de investigação da polícia de que ele possa ser o pai da criança. O rapaz confessou que levou a jovem até a cidade de Sidrolândia para fazer um aborto, que teria dado errado que culminou na morte da jovem. O autor da intervenção para retirada do feto seria o enfermeiro Jodimar Ximenes, que mora e está detido na cidade.
A polícia trabalha agora para saber se Hugleice só levou Marielly a Sidrolandia e depois retornou para casa ou se ficou no local do aborto até acontecer a morte dela e depois teve participação na desova do corpo em um canavial de Sidrolândia. Um segundo momento é descobrir se o rapaz é o pai da criança ou se sabe quem é ou anda recebeu dinheiro e ordens para acompanhar a jovem para fazer o aborto.
Segundo o advogado de defesa de Hugleice, José Roberto da Rosa, seu cliente afirmou que a única coisa que não havia contado a ele até passar uma noite preso na Derf é que levou Marielly para fazer o aborto na cidade vizinha. “Ele me garantiu que não terei surpresas quanto ao seu envolvimento no caso”, disse o advogado na tarde desta quarta-feira, quando esteve na delegacia para visitar o rapaz.

Cunhado confessa que desovou corpo de Marielly e já é principal suspeito de ser o pai

Hugleice da Silva, de 26 anos, confessou em depoimento no final da tarde quinta-feira (21) que levou o corpo da jovem Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, até o canavial onde foi encontrado no dia 11 de junho, em Sidrolândia.
Ainda no depoimento ao delegado Fabiano Nagata, que cuida do caso, ele afirmou que levou Marielly até o canavial acompanhado do enfermeiro Jodimar Ximenes, de 40 anos, que teria feito o aborto malsucedido na jovem.
Com a confissão, ainda segundo Nagata, o cunhado se torna o principal suspeito de ser o pai do bebê de Marielly. “Com as provas que temos, será muito difícil afirmar conclusivamente quem é o pai, mas a hipótese de que seja o Hugleice ganha força”, afirmou.
Antes, Hugleice havia dito que apenas teria levado Marielly até Sidrolândia. Ele disse que deixou a jovem na casa de Jodimar, onde o procedimento abortivo seria feito. Com o insucesso, o enfermeiro teria dito para Hugleice ir embora pois o aborto teria dado errado.

Hugleice admitiu que teve relacionamento com Marielly

Hugleice da Silva, de 26 anos, admitiu que teve um relacionamento amoroso com a ex-cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, de 19, encontrada morta em um canavial da cidade de Sidrolândia no último dia 11 de junho. A informação foi confirmada pelo advogado dele, José Roberto da Rosa.
Segundo Rosa, Hugleice, apesar de assumir o relacionamento, não sabe afirmar se é ou não o pai do bebê da jovem, já que ela tinha envolvimento com outro rapaz antes de desaparecer no mês de maio.
Hoje, o acusado confessou que ocultou o corpo da jovem após o aborto malsucedido que causou sua morte pouco depois do desaparecimento.
Com a confissão, segundo o delegado Fabiano Nagata, o cunhado se torna o principal suspeito de ser o pai do bebê de Marielly. “Com as provas que temos, será muito difícil afirmar conclusivamente quem é o pai, mas a hipótese de que seja o Hugleice ganha força”, afirmou.
Antes, Hugleice havia dito que apenas teria levado Marielly até Sidrolândia. Ele disse que deixou a jovem na casa de Jodimar, onde o procedimento abortivo seria feito. Com o insucesso, o enfermeiro teria dito para o cunhado ir embora, pois o aborto teria dado errado.
Jodimar Ximenes, de 40 anos, enfermeiro que teria realizado o aborto, continua negando participação no crime.

Cunhado e enfermeiro teriam usado baú para 'desovar' corpo de Marielly em canavial

Hugleice da Silva, 27 anos, e Jodimar Ximenes Gomes, 41 anos, colocaram o corpo de Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, dentro de uma caixa de acrílico de aproximadamente um metro, a transportaram na caminhonete da empresa do rapaz e abandonaram apenas a jovem em um canavial, que fica as margens da BR-060, em Sidrolândia – a 64 km a sudoeste de Campo Grande. Esta foi a versão dada pelo cunhado da vítima para justificar como ocorreu os fatos.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fabiano Góes Nagata, Hugleice “se meteria nesta história” por que seria o pai do filho dela. “Ele conta que levou a jovem de caminhonete até a casa de Jodimar. No local, Marielly entrou no imóvel e ele aguardou dentro do veículo. Em seguida, o suspeito foi ao encontro dele para comunicar que o procedimento deu errado e que a garota havia morrido”.
Em depoimento, Hugleice afirmou que ele foi orientado a colocar a caminhonete na garagem da casa de Jodimar. “Os dois teriam colocado a vítima em um ‘baú’, que foi colocado na carroceria do veículo de cabine dupla, que mal deu para fechar. Depois seguiram até o canavial, onde retiraram o corpo dela e o abandonaram no local”.
O delegado não explicou sobre quem teria vestido a vítima ou mesmo se havia mais alguém que presenciou toda a ação no imóvel, uma vez que a diarista de Jodimar, deu três depoimentos sobre o caso, sendo que no último, a versão é parecida com a apresentada pelo Hugleice no início da noite de ontem.
Amparim Lakatos
Delegado Fabiano Nagata afirma que Marielly teria sido transportada em um baú
 delegado afirma que o “baú” não foi localizado. “Acredito que esta caixa não seja relevante. Já na caminhonete não vai aparecer o sangue, pois o corpo não foi colocado diretamente nela. Além disso, o laudo ainda não está pronto, falta pouco para terminar, mas o caso já está fechado”.

Delegado confirma que Marielly estava grávida do cunhado e que caso está encerrado

O delegado da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), Fabiano Góes Nagata, informou na manhã de hoje que está satisfeito com as declarações feitas por Hugleice da Silva, 27 anos, nas últimas 24 horas, sobre a morte da Marielly Barbosa Rigues, 19 anos. “O depoimento dele foi suficiente para a conclusão do caso, além disso, ele assumiu a paternidade e por causa acabou se envolveu nesta história”, enfatiza.
A garota desapareceu no dia 21 de maio e o corpo dela foi localizado em um canavial no dia 11 de junho, localizado em Sidrolândia – a 64 km a sudoeste de Campo Grande. Laudos do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) apontaram que a provável causa da morte seria por um procedimento malsucedido de um aborto.
Nagata conta que o “sentimento de culpa” foi o maior aliado da polícia para a confissão de Hugleice. “Estávamos todos os dias indo até a delegacia para vê-lo e algo o incomodava, e estávamos percebendo isso. Ele estava atormentado, queria falar, mas não saía. Sabíamos que era questão de tempo, para colocar um fim nisso tudo”, lembra.
Hugleice da Silva, cunhado de Marielly

Ele ressalta que Hugleice vai ser indiciado como co-autor de aborto e por ocultação de cadáver, assim como Jodimar Ximenes Gomes, 41 anos, que é bacharel em enfermagem, mas que exercia a profissão de cabeleireiro. Ambos estão detidos na Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) por conta de um mandado de prisão temporário de 30 dias. O caso está previsto para ser concluído no dia 12 de agosto.

Pai de vereador assassinado denuncia ameaças e perseguição em Alcinópolis

Alcino Carneiro, vice-prefeito de Alcinópolis e pai do ex-presidente da Câmara, Carlos Antônio Carneiro, que foi assassinado a tiros no dia 26 de outubro do ano passado, disse que, depois do crime, já sofreu perseguições e "fechadas" no trânsito de Campo Grande, além da "visita" de dois homens em sua propriedade rural, que fica em Alcinópolis.
Sem ter condições de contratar seguranças particulares, Alcino Carneiro relata que no dia 26 de novembro passado dois homens em motocicletas foram até sua fazenda e conversaram com o funcionário.
"Os dois chegaram e perguntaram o nome dele e se ele estava sozinho. Ele disse que sim. Daí viraram as costa e um deles disse: "Hoje nós perdemos a viagem, mas da próxima a gente não perde". Para o pai do vereador isto foi um recado em tom de ameaça de morte.
Em fevereiro deste ano, Alcino relata que um veículo modelo Fiat Uno, cinza, começou a perseguir o carro dele e nas proximidades de um atacadista localizado na Avenida Costa e Silva. Ele conta que o condutor começou a emparelhar o com o dele, buzinar, acelerar e depois sumiu.
No dia 17 de março Alcino Carneiro afirma que um carro verde escuro ou preto, provavelmente um Gol também teve praticamente as mesmas atitudes provocativas do mês de fevereiro. Em nenhum dos casos, o vice-prefeito conseguiu anotar as placas, apenas comunicou o delegado de Alcinópolis e a de Campo Grande, que tem relação direta na investigação do assassinato do vereador.
Em Campo Grande tratando de assuntos que prefere não revelar, o pai do vereador disse que conversou com a delegada da 1ª DP da Capital, que é a responsável pelo inquérito policial. "Ela me disse que no dia 2 de julho encerrou o inquérito".
A reportagem entrou em contato com a delegada, que preferiu não revelar informações sobre oitivas, diligências e o encerramento do inquérito.
Sem revelar novidades das investigações, que correm em segredo, a delegada disse que certamente conclui o inquérito logo, logo. Sobre as diligências que fez desde o crime, Roseman afirma que concentrou a maioria delas em Campo Grande e não mais voltou à cidade de alcinópolis.
Questionada sobre indícios de quem seria o ou os mandantes do crime, Roseman também preferiu não revelar se já tem nomes.
O crime
Carlos Antônio Carneiro foi morto por volta das 13 horas do dia 26 de outubro, em frente ao hotel Vale Verde. Ele foi atingido por tiros e morreu no local.
Segundo a polícia, dois agentes da DGPC (Delegacia Geral De Polícia Civil) perceberam a movimentação do pistoleiro Ireneu Maciel, conhecido como Vaca Magra, e o seguiram. Ele foi preso com o comparsa Aparecido de Souza Fernandes, que pilotava a motocicleta que daria fuga à dupla. Fernandes disse em depoimento que não sabia que o colega era pistoleiro e que ia matar o vereador. Arquivo
Ao que tudo indica o vereador foi vítima de uma emboscada. Ele chegou ao hotel e disse na recepção que alguém (nome não revelado) o esperava para almoçar.

TJ-MS manda lacrar prédio da prefeitura de Alcinópolis

Policiais civis estão lacrando o prédio da prefeitura de Alcinópolis. Por determinação da Justiça o prefeito, o presidente e o vice-presidente da Câmara dos Vereadores da cidade foram presos ontem, quarta-feira (20) por suposta participação no assassinato do ex-presidente da Câmara, Carlos Carneiro, do PDT, em outubro passado.
O lacre na prefeitura foi determinado pela desembargadora Marilza Fortes, e a medida só será suspensa após o vice-prefeito Alcino Carneiro, do PDT, assumir o cargo vago.
Já o vice-prefeito disse ao Midiamax que “está com receio” porque teria ouvido de amigos que se assumisse poderia sofrer um atentado. Alcino é o fundador da cidade de 4 mil habitantes, 387 km distante de Campo Grande. Ele é o pai do vereador assassinado.
Cumprem a determinação da magistrada os delegados Camilo Cavalheiro e Bruno Henrique Urban.



Decisão de quem vai ficar no comando de Alcinópolis será tomada hoje

Após o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) lacrar a prefeitura de Alcinópolis, os integrantes da Câmara da cidade se reunirão na tarde desta sexta-feira para decidir quem irá comandar o executivo municipal.
Essa celeuma se deu após a prisão do prefeito e três vereadores que são suspeitos de envolvimento na morte do presidente da Câmara de Alcinópolis Carlos Antônio Carneiro, que foi assassinado com três tiros em outubro do ano passado.
Além do prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes, foram presos na manhã desta quarta-feira (20), o presidente da Câmara, Valter Roni, o vice-presidente Valdeci Lima (Passarinho), o primeiro secretário Enio Queiroz, o comerciante Ademir Luiz Muller e Gildete de Freitas, ex-namorada de um dos executores do vereador.
Segundo os trâmites normais, o vice-prefeito da cidade Alcino Carneiro, pai do vereador assassinado deveria tomar posse no lugar do atual prefeito preso, no entanto, desde a morte do filho ele se afastou do cargo.
Caso o vice-prefeito não assuma o cargo quem deve comandar a cidade será o presidente da Câmara que seria o vereador mais velho no caso Izamita Alves Leite (PMDB).
O vice-prefeito disse ao Midiamax que “está com receio” de assumir o cargo de prefeito porque teria ouvido de amigos que se assumisse poderia sofrer um atentado. Alcino é o fundador da cidade de 4 mil habitantes, 387 km distante de Campo Grande.

Políticos de Alcinópolis foram presos para não atrapalharem investigações, diz polícia

Os depoimentos das seis pessoas que tiveram a prisão temporária decretada para investigações da morte do presidente da Câmara de Alcinópolis, vereador Carlos Antonio Costa Carneiro (PDT) assassinado em outubro do ano passado, devem continuar até a tarde desta sexta-feira (23).
Segundo a delegada que acompanha as investigações, Rozeman de Paula, os seis envolvidos ainda não terminaram os depoimentos e estão divididos em celas de algumas delegacias da capital.
As prisões do prefeito Mané Nunes (PR), do presidente da Câmara Valter Roniz (PR), do vice-presidente Valdeci Lima (PSDB), do primeiro secretário Enio Queiroz (PR), do comerciante Ademir Luiz Muller e de Gildete, que seria namorada de Irineu Maciel, acusado de ter atirado no vereador, não teve os motivos declarados pela delegada, já que o processo corre em segredo de justiça.
Ela disse apenas que foi preciso prender os seis para que não se atrapalhem as investigações e para que possíveis provas não se percam. Foram apreendidos documentos e anotações com os presos, assim como uma arma de fogo na casa de um dos vereadores.
Uma operação policial nesta quinta-feira à noite lacrou o prédio da Prefeitura Municipal de Alcinópolis.
O caso
O presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis, Carlos Antonio Costa Carneiro (PDT), de 40 anos, foi assassinado com três tiros, por volta das 13h, do dia 26 de outubro de 2010, ao lado do hotel Vale Verde, na avenida Afonso Pena esquina com a rua Guia Lopes, em Campo Grande. Carlos é filho do vice-prefeito do município, Alcino Carneiro.
Segundo testemunhas, um dos suspeitos identificado pela polícia como Irineu Maciel, de 38 anos, foi visto próximo ao vereador, que estava na calçada, como se estivessem conversando, em seguida ouviram os disparos.
Após disparar contra a vítima, o autor correu ao encontro de Aparecido de Souza, de 28 anos, que o esperava em uma motocicleta Yamaha, de placa HSN 2741, de Campo Grande/MS.
A dupla foi presa após ser perseguida por dois investigadores da DGPC (Diretoria Geral da Polícia Civil) que passavam pelo endereço em uma viatura descaracterizada e presenciaram o crime.
Segundo os policias, durante a perseguição chegaram a atirar três vezes contra os autores que foram impedidos de fugir após derraparem e caírem ao chão. Eles foram presos pelo Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Sequestros).
Aos policiais eles disseram terem sido contratados para executar o vereador pelo valor de R$ 20 mil, mas não disseram ainda quem teria encomendado o crime.