Os depoimentos das seis pessoas que tiveram a prisão temporária decretada para investigações da morte do presidente da Câmara de Alcinópolis, vereador Carlos Antonio Costa Carneiro (PDT) assassinado em outubro do ano passado, devem continuar até a tarde desta sexta-feira (23).
Segundo a delegada que acompanha as investigações, Rozeman de Paula, os seis envolvidos ainda não terminaram os depoimentos e estão divididos em celas de algumas delegacias da capital.
As prisões do prefeito Mané Nunes (PR), do presidente da Câmara Valter Roniz (PR), do vice-presidente Valdeci Lima (PSDB), do primeiro secretário Enio Queiroz (PR), do comerciante Ademir Luiz Muller e de Gildete, que seria namorada de Irineu Maciel, acusado de ter atirado no vereador, não teve os motivos declarados pela delegada, já que o processo corre em segredo de justiça.
Ela disse apenas que foi preciso prender os seis para que não se atrapalhem as investigações e para que possíveis provas não se percam. Foram apreendidos documentos e anotações com os presos, assim como uma arma de fogo na casa de um dos vereadores.
Uma operação policial nesta quinta-feira à noite lacrou o prédio da Prefeitura Municipal de Alcinópolis.
O caso
O presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis, Carlos Antonio Costa Carneiro (PDT), de 40 anos, foi assassinado com três tiros, por volta das 13h, do dia 26 de outubro de 2010, ao lado do hotel Vale Verde, na avenida Afonso Pena esquina com a rua Guia Lopes, em Campo Grande. Carlos é filho do vice-prefeito do município, Alcino Carneiro.
Segundo testemunhas, um dos suspeitos identificado pela polícia como Irineu Maciel, de 38 anos, foi visto próximo ao vereador, que estava na calçada, como se estivessem conversando, em seguida ouviram os disparos.
Após disparar contra a vítima, o autor correu ao encontro de Aparecido de Souza, de 28 anos, que o esperava em uma motocicleta Yamaha, de placa HSN 2741, de Campo Grande/MS.
A dupla foi presa após ser perseguida por dois investigadores da DGPC (Diretoria Geral da Polícia Civil) que passavam pelo endereço em uma viatura descaracterizada e presenciaram o crime.
Segundo os policias, durante a perseguição chegaram a atirar três vezes contra os autores que foram impedidos de fugir após derraparem e caírem ao chão. Eles foram presos pelo Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Sequestros).
Aos policiais eles disseram terem sido contratados para executar o vereador pelo valor de R$ 20 mil, mas não disseram ainda quem teria encomendado o crime.
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