Matematica


Tales de Mileto
            

Tales de Mileto
Nome completo
Θαλής ὁ Μιλήσιος
Escola/Tradição:
Data de nascimento:
* Local:
Mileto, atual Turquia
Data de falecimento
Principais interesses:
Trabalhos notáveis:
Água como "physis",teorema de Tales, considerado o pai daciência e da filosofia ocidental
Influências:
Tales de Mileto (em grego antigo: Θαλς Μιλήσιος) foi um filósofo da Grécia Antiga, o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. De ascendência fenícia,[carece de fontes]nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624 ou 625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C..
Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o fundador daEscola Jônica. Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um “princípio único" para essa natureza primordial.
Entre os principais discípulos de Tales de Mileto merecem destaque:
 Anaxímenes que dizia ser o "ar" a substância primária; e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perpétua inter-relação.
No Naturalismo esboçou o que podemos citar como os primeiros passos do pensamento Teórico evolucionista: "O mundo evoluiu da água por processos naturais", disse ele, aproximadamente 2460 anos antes de Charles Darwin. Sendo seguido por Empédocles de Agrigento na mesma linha de pensamento evolutivo: "Sobrevive aquele que está melhor capacitado".
Tales foi o primeiro a explicar o eclipse solar, ao verificar que a Lua é iluminada por esse astro. Segundo Heródoto, ele teria previsto um eclipse solar em 585 a.C. Segundo Aristóteles, tal feito marca o momento em que começa a filosofia. Os astrônomos modernos calculam que esse eclipse se apresentou em 28 de Maio do ano mencionado por Heródoto.
Se Tales aparece como o iniciador da filosofia, é porque seu esforço em buscar o princípio único da explicação do mundo não só constituiu o ideal da filosofia como também forneceu impulso para o próprio desenvolvimento dela.
  • A tendência do filósofo em buscar a verdade da vida na natureza o levou também a algumas experiências com magnetismo que naquele tempo só existiam como curiosa atração por objetos de ferro por um tipo de rocha meteórica achado na cidade de Magnésia, de onde o nome deriva.
A Cosmologia
Os fenícios – através de sua mitologia – consideravam os elementos da Natureza (o Sol, a Terra, o Céu, o Oceano, as Montanhas,etc.) como forças autônomas, honrando-os como deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, móveis, conscientes e dotados de sentimentos, vontades e desejos. Estes deuses constituíam-se na fonte e na essência de todas as coisas do universo.
Tales foi um dos primeiros pensadores a alterar esses conceitos observando mais atentamente os fenômenos da natureza, a Physis (φύσις). O ponto de partida da teoria especulativa de Tales – como também de todos os demais filósofos da escola Jônica – foi a verificação da permanente transformação das coisas umas nas outras e sua intuição básica é de que todas as coisas são uma só coisa fundamental, ou um só princípio (arché, ρχή).
Dos escritos de Tales, nenhum deles sobreviveu até nossos dias. Suas ideias filosóficas são conhecidas graças aos trabalhos de
 doxógrafoscomo Diógenes Laércio e Simplício e de filósofos, principalmente Aristóteles.
Em sua obra Metafísica, Aristóteles nos conta: “Tales diz que o princípio de todas as coisas é a água, sendo talvez levado a formar essa opinião por ter observado que o alimento de todas as coisas é úmido e que o próprio calor é gerado e alimentado pela umidade. Ora, aquilo de que se originam todas as coisas é o princípio delas. Daí lhe veio essa opinião, e também a de que as sementes de todas as coisas são naturalmente úmidas e de ter origem na água a natureza das coisas úmidas”.
Em seu livro Da Alma, Aristóteles escreve:
“E afirmam alguns que ela [a alma] está misturada no todo. É por isso, talvez[1], que Tales pensou que todas as coisas estão cheias dedeuses.[2]
Parece também que Tales, pelo que se conta, supôs que a alma é algo que move, se é que disse que a pedra (ímã) tem alma, porque move o ferro”.[3]
Esse esforço investigativo de Tales no sentido de descobrir uma unidade, que seria a causa de todas as coisas, representa uma mudança de comportamento na atitude do homem perante o cosmos, pois abandona as explicações religiosas até então vigentes e busca, através da razão e da observação, um novo sentido para o universo.
Quando Tales disse que todas as coisas estão cheias de deuses, ou que o magnetismo se deve à existência de “almas” dentro de certos minerais, ele não estava invocando as palavras Deus e Alma, no sentido religioso como as conhecemos atualmente, mas sim adivinhando intuitivamente a presença de fenômenos naturais inerentes à própria matéria.
Embora suas conclusões cosmológicas estivessem erradas podemos dizer que a Filosofia começou então com Tales, que ao estabelecer a proposição de que a água é o absoluto, provoca como consequência o primeiro distanciamento entre o pensamento racional e as percepções sensíveis.
A vida dos antigos pensadores gregos é frequentemente conhecida apenas de maneira incompleta. Realmente, os primeiros biógrafos não achavam correto divulgar fatos menos importantes concernentes à personalidade dos sábios. Eles julgavam as descobertas destes homens mais que suficientes para que fossem considerados como seres bastante superiores aos comuns mortais. E, como tais, deveriam ter uma imagem semelhante à dos deuses, sendo desprezados os fatos mais corriqueiros de sua vida.
Segundo KIRK RAVEN (1977) a evidência da cosmologia de Tales é muito fraca e imprecisa e, por isso, somente pode ser tomada como uma base para a especulação[4].
§  Platão no diálogo Teeteto faz Sócrates relatar a Teodoro de Cirene o caso da rapariga da Trácia que zombou de Tales por este ter caído num poço ao observar o céu (174a)[5].
§  Plutarco disse que Tales certa vez olhando para o céu, tropeçou e caiu, sendo repreendido por alguém como lunático: analisava o tempo para descobrir se haveria uma seca, o que o fez ganhar muito dinheiro. Outros dizem que tendo caído, desapareceu num buraco.
§  Usando seu conhecimento astronômico e meteorológico (provavelmente herdado dos babilônios), Tales previu uma excelente colheita deazeitonas com um ano de antecedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite tiveram que pagar a ele pelo uso das prensas, o que o levou a ganhar uma grande fortuna com esse negócio.
Interpretação Nietzscheana
§  "A Filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário determo-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida (estado latente, prestes a se transformar), está contido o pensamento: “Tudo é Um”. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e o mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego". (Friedrich Nietzsche, em A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos)
Descobertas geométricas
Os fatos geométricos cuja descoberta é atribuída a Tales são:
§  A demonstração de que os ângulos da base dos triângulos isósceles são iguais;
§  A demonstração do seguinte teorema: se dois triângulos tem dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são iguais;
§  A demonstração de que todo diâmetro divide um círculo em duas partes iguais;
§  A demonstração de que ao unir-se qualquer ponto de uma circunferência aos extremos de um diâmetro AB obtém-se um triângulo retângulo em C. Provavelmente, para demonstrar este teorema, Tales usou também o fato de que a soma dos ângulos de um triângulo é igual a dois ângulos retos;
Tales chamou a atenção de seus conterrâneos para o fato de que se duas retas se cortam, então os ângulos opostos pelo vértice são iguais.


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Tales de Mileto

(640 - 550 a.c.)

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Tales de Mileto foi o primeiro matemático grego, nascido por volta do ano 640 e falecido em 550 a.c., em Mileto, cidade da Ásia Menor, descendente de uma família oriunda da Fenícia ou Beócia.

Tales foi incluído entre os sete sábios da antiguidade. Estrangeiro rico e respeitável, o famoso Tales durante a sua estadia no Egipto estudou Astronomia e Geometria.

Ao voltar de novo a Mileto, Tales abandonou, passado algum tempo, os negócios e a vida pública, para se dedicar inteiramente às especulações filosóficas, às observações astronómicas e às matemáticas. Fundou a mais antiga escola filosófica que se conhece - a Escola Jónica.
A sua fama estendeu-se a todo o mundo heleno, graças especialmente à predição de um eclipse do sol, cuja data não se sabe bem ao certo se foi a de 28 de Maio de 585 ou a  de 30 de Setembro de 609 a.c.- predição resultante do uso de uma das tábuas compostas pelos Caldeus, que anunciavam os períodos de 18 anos e 11 dias dos eclipses solares.Proclo, Laércio e Plutano atribuem a Tales não só a transplantação de conhecimentos matemáticos do Egipto para a Grécia, mas ainda à descoberta de várias proposições isoladas relativas às paralelas, aos triângulos e às propriedades do círculo, não apresentando nenhuma sequência lógica, mas com demonstrações dedutivas. Poderá dizer-se que Tales deu a essas matemáticas uma característica que se conserva até hoje, o conceito de "demonstração ou prova". Vamos enunciar algumas proposições de Tales.

Proposição:  Os triângulos equiângulos têm os seus lados proporcionais (Euc.vI.4, ou vI.2).

 É uma proposição de grande importância, que Tales utilizou na determinação da altura da pirâmide Quéope. Quando Tales de Mileto, cerca de seiscentos anos antes do nascimento de Cristo, se encontrava no Egipto, foi-lhe pedido por um mensageiro do faraó, o nome do soberano, que calculasse a altura da pirâmide Quéope. Tales apoiou-se a uma vara espetada perpendicularmente ao chão e esperou que a sombra tivesse comprimento igual ao da vara. Disse então a um colaborador:
"Vai mede depressa a sombra: o seu comprimento é igual á altura da pirâmide"
Tales, para ser rigoroso, deveria ter dito para adicionar à sombra da pirâmide metade do lado da base desta, porque a pirâmide tem uma base larga, que rouba uma parte da sombra que teria se tivesse a forma de um pau direito e fino; pode acontecer que o tenha dito, ainda que a lenda não refira.

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Numa representação mais simples:
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Os triângulos são semelhantes porque têm dois ângulos iguais:
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então, os lados são proporcionais:
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logo:
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Proposição:  O ângulo inscrito num semi-circulo é recto (Euc.III.31).

Esta proposição é considerada a mais notável de toda a obra geométrica de Tales. Deduz-se facilmente, do facto de se poder inscrever um rectângulo numa circunferência, verificando que as diagonais do rectângulo são diâmetros da circunferência e o rectângulo inscrito pode tomar qualquer posição dentro da mesma circunferência.

Proposição:  Quando duas rectas se cortam, os ângulos opostos pelo vêrtice são iguais (Euc.I.15).

Proposição:  Se dois triângulos têm dois ângulos de um iguais a dois ângulos do outro e um lado de um igual a um lado do outro (lado este adjacente ou oposto a ângulos iguais), terão também iguais os outros lados que se correspondem num e noutro  triângulo, bem como o terceiro ângulo (Euc.I.26).

Segundo Proclo, Tales foi também o primeiro a demonstrar que o diâmetro divide o círculo em duas partes iguais; e que são iguais entre si os ângulos da base de qualquer triângulo isósceles. Transmitiu aos gregos estes e outros conhecimentos, principalmente de astronomia teórica e prática.

Biografia de  Pitágoras
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     Pitágoras, matemático, filósofo, astrónomo, músico e místico grego, nasceu na ilha de Samos ( na actual Grécia ).
   Pitágoras é uma figura extremamente importante no desenvolvimento da matemática, sendo frequentemente considerado como o primeiro matemático puro. No entanto, pouco se sabe sobre as suas realizações matemáticas pois não deixou obra escrita e, além disso, a sociedade que ele fundou e dirigiu tinha um carácter comunitário e secreto.

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     Essa sociedade, a Escola Pitagórica, de natureza científica e religiosa (e até mesmo política), desenvolvia estudos no domínio da matemática, da filosofia e da astronomia. O símbolo desta irmandade era a estrela de cinco pontas (ou estrela pentagonal). 

   A Escola Pitagórica defendia o princípio de que a origem de todas as coisas estava nos números, o atomismo numérico.
   Ao longo da sua vida, Pitágoras viajou por vários países, tendo aprendido muitos conhecimentos matemáticos com os egípcios e os babilónios. Entre outros, dois filósofos com que Pitágoras estudou e que influenciaram as suas ideias matemáticas foram Tales de Mileto e o seu pupilo Anaximander.

   No domínio da matemática, os estudos mais importantes atribuidos a Pitágoras são:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifa descoberta dos irracionais ;
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifo teorema do triângulo rectângulo (Teorema de Pitágoras).

    Apesar de actualmente sabermos que, cerca de mil anos antes, já eram conhecidos casos particulares deste teorema na Babilónia, no Egipto e na Índia, Pitágoras foi o primeiro a enunciar e demonstrar o teorema para todos os triângulos rectângulos.
   São também atribuidos a Pitágoras (e aos pitagóricos) outros trabalhos matemáticos, que incluem:
 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifa descoberta da tabuada ;
 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifo estudo de propriedades dos números (dos números ímpares regulares, dos números triangulares, etc) ;
 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifa construção dos primeiros três sólidos platónicos (é possível que tenha construído os outros dois) ;
 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifa descoberta da relação existente entre a altura de um som e o comprimento da corda vibrante que o produz.

    Não se sabe ao certo quando nasceu e morreu Pitágoras mas calcula-se que viveu uma longa vida (entre 80 a 100 anos), entre a primeira metade do século VI a.C. e o início do século V a. C.


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Conta a lenda que Pitágoras, ao olhar para o chão onde apareciam desenhos verificou, por composição e decomposição de figuras, uma propriedade de todos os triângulos rectângulos:
    A área de um quadrado construído sobre a hipotenusa (lado oposto ao ângulo recto) de um triângulo rectângulo é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos (os outros dois lados).

   Desta relação surgiu o Teorema de Pitágoras tal como o conhecemos hoje:
Num triângulo rectângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

   Actualmente, são conhecidas várias demonstrações do Teorema de Pitágoras.               
   Aquela que se pensa ter sido a demonstração original (ou uma delas) é a seguinte:

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    Temos dois quadrados iguais de lado a+b.
    Todos os triângulos rectângulos marcados em ambos os quadrados são iguais (a e b são os seus catetos e c a hipotenusa).
    O primeiro quadrado é formado por quatro triângulos e por um quadrado de lado c, pelo que a sua área é
c2 + 4(ab/2) = c2 + 2ab.
   O segundo quadrado é formado por dois quadrados de lados a e b e por quatro triângulos. Logo, a sua área é dada por
a2 + b2 + 4(ab/2) = a2 + b2 + 2ab.
   Igualando ambas as expressões, temos
c2 + 2ab = a2 + b2 + 2ab
ou seja, a2 + b2 = c2.
Curiosidades de Pitágoras

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http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gif Pitágoras e os pitagóricos foram os primeiros a estabelecer a demonstração com base num raciocínio dedutivo. A eles se deve também a palavra Matemática que para eles significava "ciência por excelência".

  http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifA Escola Pitagórica, fundada em Crotona, admitia pessoas de ambos os sexos. Aliás, Teano, a esposa de Pitágoras, foi provavelmente a primeira matemática da história.
    No entanto, os membros desta irmandade estavam sujeitos a normas muito rigorosas pois tinham que viver castamente, seguir uma dieta rigorosa e manter uma atitude contida e sossegada. Era proibido o riso e deviam cultivar o hábito da autocrítica.Os alunos estavam divididos em dois grupos, os externos e os internos.
    Só os alunos internos tinham contacto directo com Pitágoras. Os alunos externos viam Pitágoras apenas depois de quatro anos de curso, durante os quais recebiam as suas lições escritas e autenticadas com a fórmula "autos efa" que significa "o que ele disse", para dar a entender que não existia discussão possível.

 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gif Convencidos de que estavam a formar uma sociedade selecta e predestinada pelos deuses a pôr em ordem a vida dos homens comuns, os pitagóricos decidiram fundar em Crotona, com base nas verdades filosóficas elaboradas por "o mestre", a república ideal.
   Conta a história que, em determinado momento, os habitantes de Crotona deram-se conta de que todas as magistraturas estavam ocupadas por pitagóricos e que estes estavam quase a converter a cidade naquilo em que Pitágoras havia convertido a sua academia, uma espécie de prisão. Então, dispostos a modificar esta situação, rodearam a academia. Pitágoras fugiu, a meio da noite e em roupa interior, mas acabou por ser alcançado e morto pela população em fúria.

  http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/peq012.gifAos pitagóricos é atribuída a máxima " Tudo é número ", mas a noção que eles tinham de número correspondia a números inteiros ou fraccionários. Por isso, quando descobriram os irracionais mantiveram essa descoberta secreta, para não porem em causa a sua própria teoria.


Actividades de Pitágoras
   

    Para a resolução de muitos problemas da vida prática é importante a relação entre as medidas dos comprimentos dos lados de um triângulo rectângulo. O Teorema de Pitágoras dá-nos um grande auxílio nesse sentido.
    As actividades aqui apresentadas são exercícios simples que os alunos do 8ºano do ensino básico costumam resolver, ao terem um primeiro contacto com este teorema.

 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/ASSASSINO_COMP.gif De acordo com os dados da figura e sabendo que o escadote fechado tem 2 m de altura, determina a distância entre a lâmpada e o topo do escadote.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/activi2.jpg

    Resolução:
    Determinemos a altura do escadote aberto.
    22 = 0,82 + x2
    x2 = 4 – 0,64
    x2 = 3,36
    x = √3,36
    x » 1,8

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/activi5.gif
    2,8 – 1,8 – 0,3 = 0,7
    Logo, a distância entre a lâmpada e o topo do escadote é, aproximadamente, 70 cm.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/dog.gif

 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/ASSASSINO_COMP.gifNo cubo da figura, de aresta 8 cm, os pontos M e N são pontos médios, respectivamente, das arestas [HE] e [EF].

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/quadrado.jpg
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/activi3.jpg

      Uma formiga que se encontra em A pretende ir de A a N tendo dois percursos alternativos:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/Image6.gifde A a E e de E a N ;
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/Image6.gifde A a M e de M a N.
Qual é o menor dos dois percursos?

    Resolução: 
    Calculemos a distância do ponto A ao ponto E.
    d2 = 8+ 82     
    d2 = 128
    d = √128
    d » 11,31

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    Como N é o ponto médio da aresta [EF] e esta mede 8 cm, a distância entre E e N é 4 cm.
    Então, o percurso de A a E e de E a N mede cerca de 11,31cm+4cm=15,31 cm.
    Calculemos agora a medida do outro percurso.
    x2 = 42 + 82
    x2 = 16 + 64
    x2 = 80
    x = √80         
    x  » 8,94

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/activi7.gif
    
    y2 = 42 + 42
    y2 = 32                
    y =  √32      
    y » 5,66           

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm23/images/activi8.gif
    8,94 + 5,66 = 14,6 
    Então, o percurso de A a M e de M a N mede, aproximadamente, 14,6cm.
    Logo, o percurso menor é de A a M  e de M a N ( 14,6 < 15,31).

NÚMEROS  NATURAIS


Pertencem ao conjunto dos naturais os números inteiros positivos, incluindo o zero. Esse conjunto é representado pela letra N maiúscula. Os elementos dos conjuntos devem estar sempre entre chaves.
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, ... } 

- Quando for representar o Conjunto dos Naturais não nulos (excluindo o zero) devemos colocar * ao lado do N.
Representado assim:
N* = {1, 2,3 ,4 ,5 ,6 ,7 ,8 ,9 ,10 ,11 ,12, ... } 

A reticência indica que sempre é possível acrescentar mais um elemento.
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} ou N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... }

Qualquer que seja o elemento de N, ele sempre tem um sucessor. Também falamos em antecessor de um número.
• 6 é o sucessor de 5.
• 7 é o sucessor de 6.
• 19 é antecessor de 20.
• 47 é o antecessor de 48.
Como todo número natural tem um sucessor, dizemos que o conjunto N é infinito.

Quando um conjunto é finito?
O conjunto dos números naturais maiores que 5 é infinito: {6, 7, 8, 9, ...}
Já o conjunto dos números naturais menores que 5 é finito: {0, 1, 2, 3, 4}
Veja mais alguns exemplos de conjuntos finitos.
• O conjunto dos alunos da classe.
• O conjunto dos professores da escola.
• O conjunto das pessoas que formam a população brasileira.

A história dos números naturais e o estado do zero

Os números naturais tiveram suas origens nas palavras utilizadas para a contagem de objetos, começando com o número dois, e daí por diante. Uma abstração seguinte foi identificar o número um.[1]
O avanço seguinte na abstração foi o uso de numerais para representar os números. Isto permitiu o desenvolvimento de sistemas para o armazenamento de grandes números. Por exemplo, os babilônicos desenvolveram um sistema de atribuição de valor baseado essencialmente nos numerais de 1 a 10. Os egípcios antigos possuíam um sistema de numerais com hieróglifos distintos para 1, 10, e todas as potências de 10 até um milhão. Uma gravação em pedra encontrada em Karnak, datando de cerca de 1500 a.C. e atualmente no Louvre, em Paris, representa 276 como 2 centenas, 7 dezenas e 6 unidades; e uma representação similar para o número 4 622.
Um avanço muito posterior na abstração foi o desenvolvimento da ideia do zero como um número com seu próprio numeral. Um dígitozero tem sido utilizado como notação de posição desde cerca de 700 a.C. pelos babilônicos, porém ele nunca foi utilizado como elemento final.[2] Os olmecas e a civilização maia utilizaram o zero como um número separado desde o século I a. C., aparentemente desenvolvido independentemente, porém seu uso não se difundiu na Mesoamérica. O conceito da forma como ele é utilizado atualmente se originou com o matemático indiano Brahmagupta em 628. Contudo, o zero foi utilizado como um número por todos os computus (calculadoras da idade média) começando com Dionysius Exiguus em 525, porém no geral nenhum numeral romano foi utilizado para escrevê-lo. Ao invés disto, a palavra latina para "nenhum", "nullae", foi empregada.
O primeiro estudo esquemático dos números como abstração (ou seja, como entidades abstratas) é comumente atribuído aos filósofos gregos Pitágoras e Arquimedes. Entretanto, estudos independentes também ocorreram por volta do mesmo período na ÍndiaChina, e Mesoamérica.
No século XIX, uma definição do conjunto teórico dos números naturais foi desenvolvida. Com esta definição, era mais conveniente incluir o zero (correspondente ao conjunto vazio) como um número natural. Esta convenção é seguida pelos teorizadores de conjuntoslogicistas, e cientistas da computação. Outros matemáticos, principalmente os teorizadores dos números, comumente preferem seguir a tradição antiga e excluir o zero dos números naturais.
Uma construção consistente do Conjunto dos Números Naturais foi desenvolvida no século XIX por Giuseppe Peano. Essa construção, comumente chamada de Axiomas de Peano, é uma estrutura simples e elegante, servindo como um bom exemplo, de construção de conjuntos numéricos.

Reta Numérica Inteira

 Observe que a reta tem uma seta que indica a ordem de crescimento dos números, eles estão crescendo da esquerda para a direita, -7 é menor que -6, 0 é maior que -1 e assim em diante. Vamos comparar alguns números inteiros.
  • -5 > -10
  • +8 > -1000,
  • -1 > -200.000,
  • -200 < 0,
  • -234 < -1,
  • +2 > -1,
  • -9 < +1
Lembrete:
  1. Zero é maior que qualquer número negativo.
  2. Um é o maior número negativo.
  3. Zero é menor que qualquer número positivo.
  4. Qualquer número positivo é maior que qualquer número negativo.
  5. Pertencem ao conjunto dos números naturais os números inteiros positivos incluindo o zero.

Números opostos ou simétricos

 Observe que a distancia do -3 até o zero é a mesma do +3 até o zero, estes números são chamados de opostos ou simétricos. Logo: - 2 é oposto ou simétrico do + 2, + 20 é oposto ou simétrico do - 20, - 100 é oposto ou simétrico de + 100. Adição e Subtração de Números Inteiros Exemplos:
  • (+3) + (+7) = + 3 + 7 = +10 (tiramos os parentes e conservamos os sinais dos números)
  • (-9) + (-8) = - 9 - 8 = -17 (tiramos os parentes e conservamos os sinais dos números)
  • (+12) + (-10) = + 12 - 10 = +2 (tiramos os parentes e conservamos os sinais dos números)
  • (+15) - (+25) = + 15 - 25 = 5 (tiramos os parentes e trocamos o sinal do número que estava depois da subtração)
  • (-18) - (-12) = -18 + 12 = -6 (tiramos os parentes e trocamos o sinal do número que estava depois da subtração)
Lembrete: Para facilitar seu entendimento, efetue esta operações pensando em débito(número negativo) e crédito(número positivo), + 3 + 7, tenho 3 reais se ganhar 7 fico com 10, - 15 + 10, devo 15 reais se tenho só dez para pagar ainda fico devendo sete ou seja -7, - 5 - 8, tenho uma divida de 5 reais faço mais uma divida de 8 eu fico devendo treze ou seja -13. Multiplicação e Divisão de Números Inteiros Exemplos:
  • (+5) x (+8) = + 40 ( + x + = +)
  • (-8) x (-7) = + 56 (- x - = +)
  • (-4) x (+7) = - 28 (- x + = -)
  • (+6) x (-7) = - 42 (+ x - = -)
  • (-8) : (-2) = + 4 (- : - = +)
  • (+18) : (-6) = - 3 (+ : - = -)
  • (+48) : (+2) = + 24 (+ : + = +)
  • (-14) : (-7) = + 2 (- : - = +)
Lembrete: Observe que a multiplicação ou divisão de números de mesmo sinal o resultado e sempre positivo, a multiplicação ou divisão de números de sinais diferentes o resultado é sempre negativo.

Potenciação de Números Inteiros


Exemplos:
  • (+3)2 = (+3) x (+3) = + 9 b) (-2)5 = (-2) x (-2) x (-2) x (-2) x (-2) = - 32
  • (-8)0 = 1 (todo número elevado a zero é igual a 1 positivo) d) (+9)0 = 1 (todo número elevado a zero é igual a 1 positivo)
  • (18)1 = 18 (todo número elevado a um é igual a ele mesmo)
Importante: (-2)2 = (-2) x (-2) = 4 é diferente de - 22 = -(2) x (2) = - (4) = - 4No primeiro caso tanto o sinal quanto ao número estão ao quadrado e no segundo caso apenas o número está elevado ao quadrado.
A Multiplicação de Números Naturais

    É a operação que tem como objectivo adicionar o primeiro número designado por multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número designado multiplicador.
       Por exemplo, 5 vezes 3 é somar o número 3 cinco vezes:
                                       ´ 3 = 3 + 3 + 3 + 3 + 3 =15

     O resultado da multiplicação é designado produto e os números dados que deram origem ao produto, são chamados factores.
     As propriedades da multiplicação são a associatividadecomutatividadedistributividade e existência de elemento neutro.

      Propriedades da Multiplicação

            Ø Associativa
                  Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais factores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o primeiro factor com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo.
( m + n ) + l = m + ( n + l )
       Exemplo:
              ( 2 ´ 4 ) ´ 5 = 2 ´ ( 4 ´ 5 ) = 40

            Ø Comutativa
                 Na multiplicação de dois números naturais quaisquer, a ordem dos factores não altera o produto, ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que se multiplicarmos o segundo elemento pelo primeiro elemento, isto é:
´ n = n ´ m
        Exemplo:
                2 ´ 5 = 5 ´ 2 = 10

            Ø Distributiva
    Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo que multiplicar o factor, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos.
´ ( n + l ) = m ´ n + m ´ l
        Exemplo:
                2 ´ ( 3 + 5 ) = 2 ´ 3 + 2 ´ 5 = 6 + 10 = 16
            Ø Elemento Neutro
                  No conjunto dos números naturais existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 
´ n = n ´ 1 = n
        Exemplo:
             1 ´ 5 = 5 ´ 1 = 5

NÚMEROS INTEIROS

Os números inteiros são constituídos dos números naturais, incluindo o zero (0123, ...) e todos números negativos simétricos aos números naturais não nulos (−1, −2, −3, ...). Dois números são simétricos se, e somente se, sua soma é zero. Por vezes, no ensino pré-universitário, chamam-se a estes números inteiros relativos.
conjunto de todos os inteiros é representado por um Z em negrito (ou ainda um \mathbb{Z} em blackboard bold, ou , cujo código Unicodeé U+2124), que vem do alemão Zahlen, que significa números, algarismos.
Os inteiros (juntamente com a operação de adição) formam o menor grupo que contém o monoide aditivo dos números naturais. Como os números naturais, os inteiros formam um conjunto infinito contável.

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Os resultados das operações de soma, subtração e multiplicação entre dois inteiros são inteiros.
Propriedades algébricas

O fato de que todas as leis usuais da aritmética são válidas nos inteiros pode ser expresso matematicamente dizendo-se que (Z, +, *) é um anel comutativo com unidade.
Os inteiros não formam um corpo, já que, por exemplo, não existe um inteiro x tal que 2x = 1. O menor corpo que contém os inteiros são os números racionais.
Uma importante propriedade dos inteiros é a divisão com resto: dados dois inteiros a e b com b ≠ 0, podemos sempre achar inteiros q e r tais que a = b q + r e tal que 0 <= r < |b| (veja módulo ou valor absoluto). q é chamado o quociente e r, o resto da divisão de a por b. Os números q e r são unicamente determinados por a e b. Esta divisão torna possível oAlgoritmo Euclidiano para calcular o máximo divisor comum, que também mostra que o máximo divisor comum entre dois inteiros pode ser escrito como a soma de múltiplos destes dois inteiros.
Os números inteiros positivos foram os primeiros números trabalhados pela humanidade e tinham como finalidade contar objetos, animais, enfim, elementos do contexto histórico no qual se encontravam.
O conjunto dos números inteiros positivos recebe o nome de conjunto dos números naturais. Sendo ele:
={0,1,2,3,4,5,6…}
Enquanto que o conjunto dos números inteiros contempla também os inteiros negativos, constituindo o seguinte conjunto:
={…,-8,-7,-6,-5,-4,-3,-2,-1,0,1,2,3,4,5,6,7,8…}
Os números inteiros estão presentes até hoje em diversas situações do cotidiano da humanidade, como, por exemplo, para medir temperaturas, contar dinheiro, marcar as horas, etc. Sua importância é indiscutível.
Diante disso, buscaremos estudar todas as propriedades desse conjunto numérico que existe há tanto tempo, perpassando pela teoria de conjuntos, intersecção de conjuntos numéricos, entre outros conceitos que fazem parte desse conteúdo.



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