terça-feira, 31 de maio de 2011

Enquanto fazendeiros estão isolados, obras da Agesul atendem fazenda do deputado Giroto

Dois anos após comprar uma fazenda em Rio Negro, cidade distante 163 km de Campo Grande, o deputado federal Edson Giroto (PR), já conta com benefícios que a maioria dos produtores rurais de MS ainda espera. A propriedade é cercada de benefícios que hoje são os mais requisitados pelas prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul, como pontes de concreto e estrada pavimentada.
Ou seja, o parlamentar está livre do gargalo logístico dos produtores rurais sul-mato-grossenses. Antes de o imóvel ser registrado em nome de Giroto, a ponte que ligava à fazenda era velha, construída com madeira e a estrada ruim, segundo moradores da região.
Em março passado, ao menos nove municípios sul-mato-grossenses decretaram estado de emergência porque tiveram estradas e pontes danificadas por fortes temporais.
Cinco quilômetros depois da parte urbana de Rio Negro, uma ponte sobre o rio dos Peixes, obra ainda não inaugurada, porém já trafegada, que consumiu R$ 1.398.330,72 dos cofres estaduais, substituiu a travessia de madeiras, erguida há décadas, já caindo aos pedaços.
Dali, mais 14 km de estrada cascalhada, chega-se a fazenda Vista Alegre, de 1.062 hectares, comprada por R$ 1,7 milhão por Giroto e mais três sócios, um deles coordenador da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento), órgão do governo responsável pela construção e manutenção de pontes e estradas que cruzam o Estado (saiba mais sobre a compra desse imóvel em notícias relacionadas, logo abaixo).
A travessia concretada, de 9,6 metros de largura e 48 metros de comprimento, foi construída pela Sipav Sinalização e Recuperação de Pavimentação Ltda. Essa empreiteira venceu a licitação no dia 3 de maio do ano passado e, num prazo de seis meses, concluiu a travessia, antiga reivindicação dos fazendeiros.
Cerca de um mês atrás, no dia 1º de abril de 2010, Giroto havia deixado o comando da Secretaria Estadual de Obras do Estado para disputar uma vaga na Câmara Federal.
A Sipav, uma das construtoras que mais constrói pontes no Estado, doou R$ 30 mil para a campanha de Giroto, eleito com 147 mil votos, o mais bem votado entre os deputados federais de Mato Grosso do Sul em outubro passado.
Antes de ingressar à política, Giroto chefiou por dez anos a secretaria de Obras de Campo Grande e, por três anos e meio, a secretaria de Obras do Estado.
De Rio Negro até a fazenda Vista Alegre, propriedade do deputado federal e seus três sócios, é preciso, embora a curta distância, transitar por duas rodovias: a MS-080 que, seguindo reto alcança o município de Rio Verde, e a MS-430, estrada que leva até a cidade de São Gabriel D’Oeste.
A distância de Rio Negro até a fazenda de Giroto é de 19 km. Da propriedade Vista Alegre, que fica na MS-430, até o município de São Gabriel, a extensão é de uns 60 km. Pelo menos metade desse trecho será asfaltada. De acordo o vice-prefeito de Rio Negro, Eronildes Sabino Nery, do PTB, o processo licitatório já foi definido e a estrada deve ser pavimentada logo.
Com isso, a propriedade de Giroto deve ser uma das mais amparadas pelos serviços prestados pela Agesul, órgão estadual que cuida das estradas e pontes.
A reportagem quis conversar com o deputado por telefone, mas o aparelho estava desligado e recados foram deixados na secretária.
O sócio do parlamentar, João Afif Jorge, coordenador da Agesul, embora procurado na quarta-feira e quinta-feira passada, também não foi localizado. Uma secretária do órgão informou que na quinta (12), ele participava de uma reunião e, na sexta (13), ele estaria no prédio da Agesul, mas também em audiência de trabalho.



Plebiscito por troca de nome de Mato Grosso do Sul será votado na Assembleia

Com a assinatura de 18 dos 24 deputados estaduais, o deputado Antonio Arroyo, do PR, entregou à Mesa Diretora um requerimento que propõe a realização de um plebiscito com a intenção de trocar o nome de Mato Grosso do Sul.

A consulta popular tem a ver com os seguidos erros envolvendo os nomes do MS com o vizinho Mato Grosso, separados 34 anos atrás.
A proposta segue agora para a avaliação da CCJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação). Daí, se aprovada, a ideia é posta em votação no plenário. E se a intenção convencer os parlamentares, o plebiscito fica aprovado, sem a exigência da homologação do governo estadual.
A partir daí é a população que define se Mato Grosso do Sul troca de nome, ou não.
O desejo de modificar o nome do Estado, embora antiga, é debatida no meio político há pelo menos uma década. O assunto é tratado com mais intensidade sempre que alguma celebridade erra e diz que aqui é Mato Grosso.

Pecuaristas reclamam de estradas e dizem que máquinas do Governo atendem 'amigos'

Nas viagens por várias estradas precárias de Porto Murtinho, usadas para escoamento de gado ou para o transporte de estudantes, a reportagem do Midiamax não encontrou, nem tomou conhecimento, de nenhum tipo de obra de recuperação, inclusive de pontes. Ao contrário, só reclamação.
Coincidentemente, a exceção só ocorreu no último dia 25, quando a reportagem foi informada da presença de caminhões basculantes estacionados próximos à junção da antiga estrada Porto Murtinho - Bonito e a antiga Estrada do Trecho, ambas de terra.
Segundo as denúncias de produtores locais, os caminhões com placas do governo do Estado estavam cedidos para uma empreiteira de Bela Vista, cujo proprietário é conhecido na região como "Gão". Eles aguardavam a chegada de máquinas pesadas para dar continuidade à restauração da estrada.
Voltando ao lugar no dia 27 pela manhã, a reportagem encontrou as máquinas trabalhando num trecho acima, restaurando a velha estrada de terra que é usada para escoamento de gado das fazendas locais.
Uma das grandes fazendas beneficiadas diretamente pela obra é a Areias, que pertence a um consórcio formado, na maioria, por parentes de João Krampe Amorim dos Santos.
Nas obras trabalhavam duas máquinas pesadas e cinco caminhões basculantes, alguns com chapa oficial do Governo do Estado e adesivo colado nas portas onde se lê "Pro-Vias". Esse programa é destinado à restauração permanente de estradas do MS. Em trechos da obra, não se trata, apenas, de nivelamento da pista. A estrada está sendo aterrada, aplainada e depois compactada.
Informações recolhidas junto aos pecuaristas afirmam que o lado posterior à entrada da fazenda Areias, em direção a Bonito, já passou por obras. Na mesma situação está outra fazenda que, segundo os mesmos produtores rurais, também seria da família Amorim. É a fazenda Jacaré de Chifre, que fica na atual estrada estadual Murtinho - Bonito. De fato, a reportagem constatou algumas pontes de madeira recém reformadas depois de cruzar a entrada da "Jacaré de Chifre".
Empreiteiro já foi investigado como caixa de campanha
Conhecido empreiteiro de Campo Grande, dono da Proteco, Amorim foi investigado pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Federal como caixa de campanha de André Puccinelli, em duas ocasiões diferentes, uma na eleição para o segundo mandato à prefeitura de Campo Grande, e outra para na reeleição do governador.
Na prefeitura, a investigação se centrou em empresas que supostamente faziam um "caixa dois" com a finalidade de alavancar recursos para cobrir gastos eleitorais de Puccinelli.
Uma delas, chamada MBM, em nome da ex-mulher Marinês Bertagnolli e parentes, segundo as denúcnias, vencia licitações depois denunciadas como direcionadas. Quem revelou os bastidores da trama foi a prórpia ex-mulher de Amorim, em carta registrada em cartório de São Paulo.
Com essa empresa, atuavam mais duas: a AS e a Engecap. O caso teve grande repercussão porque a Engecap usou nomes de garis que, como laranjas, desconheciam a manipulação.
Na denúncia do MPE, por fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa figuravam os nomes de André Puccinelli, Edson Girotto (então secretário de Obras de Campo Grande) e um sócio italiano de nome Eolo Ferrari.
Contra Amorim, houve denúncia de sonegação fiscal e falsificação de contrato social. Mauro Cavalli, hoje um dos maiores pecuaristas do MS, à época chefe do setor de licitações da prefeitura, também foi denunciado.
Ministério Público Federal e Procuradoria da República deram andamento às denúncias
Até hoje, o governador responde dois processos no STJ sobre as denúncias, a APn 664 e 665. Os processos estão com a ministra do STJ Nanci Andrighi, depois de serem transformados em ações penais, no começo do ano. O prazo de prescrição das acusações contra o governador está suspenso até que o governador deixe o cargo porque, por enquanto, O STJ encontra-se impedido de dar continuidade ao processo, sem autorização formal da Assembléia Legislativa.
Mesma denúncia apareceu na Operação Uragano
No meio da tramitação desse primeiro caso, surgiu uma segunda investigação envolvendo o empreiteiro, depois das gravações da Operação Uragano, feitas pelo jornalista Eleandro Passaia. Um trecho revelou que o empreiteiro continuava como caixa de Puccinelli, fazendo pagamentos no escritório da Proteco, no Edifício Quinta Avenida, em Campo Grande, o mesmo da antiga MBM.
Na gravação, Passaia reproduziu uma fala do ex-secretário adjunto da prefeitura de Dourados, Dilson Deguti:
"Rapaz, quando eu precisei de dinheiro do André Puccinelli, ele mandou falar com esse João Amorim, que ele disse que fica no nono andar".
Pecuaristas indignados com a não aplicação do Fundersul para toda a região
Segundo cálculos do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Porto Murtinho, Italício Coelho, o município movimenta cerca de 500 mil cabeças de gado por ano, o que resulta na média de R$ 2.8 milhões pagos ao Fundersul. "Mas em como as estradas estão muito precárias, nós deixamos essa pergunta no ar: para onde está indo o dinheiro? A gente não sabe, não há transparência", afirma ele.
De motoristas ouvidos pela reportagem, que conhecem as estradas como a palma da mão, só queixas. "Pontes caindo", "eixo cardam quebrado", "bois machucados de tanto bater na lataria do caminhão", "gado que morre no caminho"ou " tá tudo esburacado" foram as expressões corriqueiras.
Além disso, a reportagem de ontem mostrou a situação dos estudantes de uma comunidade rural, que diariamente viajam quase seis horas para ir e voltar da escola, no centro da cidade. A estrada estadual que percorrem não ajudam muito.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lula chama centrais para discutir reforma política

Longe do Palácio do Planalto e empenhado em continuar participando ativamente da política nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou as centrais sindicais para discutir uma proposta conjunta de reforma política a ser defendida no Congresso Nacional.
O ex-presidente vai ouvir os dirigentes sindicais no dia 27 de maio no Instituto Cidadania, organização não-governamental que ele voltou a dirigir após deixar a Presidência da República. Hoje, sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveram um seminário em um hotel na zona sul de São Paulo para debater o tema.
Embora o assunto ainda não seja prioridade no Congresso, partidos e entidades da sociedade civil começam a se mobilizar em torno do tema. O PT escolheu o ex-presidente para intermediar as negociações entre partidos e organizações civis. O primeiro encontro aconteceu na última segunda-feira, 16, quando representantes do PT, PSB, PCdoB e PDT decidiram promover uma articulação política unificada para defender propostas consensuais, entre elas fidelidade partidária, financiamento público de campanha e fim das coligações.
No mesmo dia, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), se encontrou com o ex-governador José Serra para ouvir as propostas dos tucanos. Na ocasião, Serra insistiu na implantação do voto distrital nas eleições de 2012 para municípios com mais de 200 mil habitantes.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Autoritarismo de Puccinelli esvazia votação do reajuste para servidores, diz deputado

Sem faixa, manifestações e com auditório quase vazio foi aprovado na manhã desta quarta-feira (18) durante sessão na Assembleia Legislativa mensagens do Poder Executivo que dispõem sobre a revisão salarial geral dos servidores estaduais.
Depois de aprovada em primeira votação durante a sessão ordinária, a matéria foi à segunda votação em sessão extraordinária realizada logo a seguir, e agora segue para sanção do governador.
As mensagens do Poder Executivo reajustam em 6% os salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas integrantes da administração direta, das autarquias e das fundações do Poder Executivo do Estado. Além, do reajuste dos policiais civis que também ficou em R$ 6% e dos policiais militares e bombeiros que podem chegar até 6%.
Os deputados estaduais ficaram surpresos com a falta de manifestação dos sindicatos. Normalmente em período de votação de reajuste salarial a Casa de Leis fica repleta de sindicalistas, com faixas, apitos reivindicando um reajuste maior.
O deputado de cinco legislaturas, Antônio Carlos Arroyo (PR), disse estar surpreso com o fato de uma votação de reajuste salarial ser tão calma e sem nenhum manifestante. “Eu tenho 17 anos de casa e nunca vi uma votação assim, sem protesto sem nada. Isso é inédito”, explica.
Já o deputado petista Pedro Kemp diz que a falta de sindicalistas e manifestações na sessão desta quarta-feira foi em razão do autoritarismo do governador André Puccinelli (PMDB). ”Tenho dez anos de Casa e nunca vi isso. Votação de reajuste salarial sem ninguém” avalia.
O petista argumenta que a forma que o governador negocia com os sindicalistas os desmotiva. “Ele fica ameaçando os sindicalistas. É um governo autoritário que desmobiliza as categorias”, explica Divulgação
O petista revela que as categorias vivem sobre a ameaça de não receber nenhum reajuste e quando o governador dá um reajustizinho de 6% servidores ficam felizes. ”O governo cumpre suas promessas com a faca no pescoço dos sindicalistas” alardeia o petista.

No interior de MS, candidatos reclamam que concurso beneficiou noras de políticos

Um processo seletivo público elaborado pela Agiliza Concursos sob a encomenda da prefeitura de Rochedo está dando o que falar na cidade. Tudo porque os inscritos suspeitam que recursos foram deferidos apenas para beneficiar duas candidatas, uma delas nora do prefeito e outra do presidente da Câmara.

Um candidato que preferiu não se identificar, alegando que a cidade é pequena e que isto poderia lhe trazer transtornos, disse à reportagem que as candidatas em questão disputaram vagas de professor de letras -português inglês, e enfermeiro, respectivamente.
No edital do resultado do concurso, uma das candidatas obteve 42,50 pontos na prova 1 e 20 pontos na prova 2, o que totaliza 62,50 pontos. Depois de entrar com recurso ela obteve 37,50 na 1 e 35 na 2, elevando a marca para 72,50 pontos.
O outro caso é o que mais chamou a atenção dos demais candidatos. Na prova 1, a candidata conseguiu 30 na prova 1 e 20 na prova 2, totalizando 50 pontos. Depois do recurso a nora do prefeito chegou a 47,50 em ambas, subindo para 95 pontos. Isto significa que ficou em primeiro lugar geral do concurso.
A reportagem entrou em contato com o prefeito Adão sobre as suspeitas lançadas sobre o concurso. Ele disse que está absolutamente tranqüilo quanto à lisura do processo seletivo. “Teve prazo pra recurso e quem fez a prova e o julgamento foi a empresa contratada pra isto”, diz.
No caso, a empresa é a Agiliza Concursos. Segundo o chefe do executivo municipal, aproximadamente 2.400 candidatos fizeram o teste para variados cargos.
O presidente da Câmara de vereadores também foi procurado, mas seu celular está desligado desde a última sexta-feira. Uma das possibilidades é que ele esteja em sua chácara. No local não há sinal de telefonia móvel.
O Midiamax também conversou com o primeiro-secretário da mesa diretora da Câmara, vereador Agnei Alves da Conceição (PMDB). Ele disse que só vai se manifestar sobre o assunto quando conversar com o presidente da Casa de Leis. “É estranha a subida na pontuação. Não que isto não seja possível, mas vou procurar me interar sobre isto”, diz.

Deputado de MS é destaque em jornal como exemplo de participação no Legislativo

O Jornal O Globo desta terça-feira traz em sua página nove uma extensa reportagem sobre o “apagão” participativo no Congresso Nacional, mostrando que as sessões de segunda-feira são praticamente vazias e que muitos deputados federais e senadores freqüentam quase que exclusivamente as sessões de terças e quartas. Para ilustrar a reportagem, O Globo traz uma fotografia do foto-jornalista Ailton de Freitas na qual o deputado federal sul-mato-grossense Fábio Trad (PMDB – MS) discursa para um plenário vazio na sessão da última segunda-feira, dia 16 de maio.
Segundo Fábio Trad, o legislativo tem que retomar a sua razão de ser, que é a de debater a fundo as principais questões que dizem respeito ao dia a dia do país: “Parlamentar que não fala, não parla, logo não atua”, diz Fábio Trad. Segundo o deputado, quando não se é líder de bancada há uma dificuldade natural de usar a tribuna. É exatamente aí que reside a importância da assiduidade nas sessões de segunda a sexta-feira onde, no pequeno expediente e nas breves comunicações, os deputados podem obter o espaço necessário para se comunicar com os eleitores e com as instituições democráticas que formatam o estado de direito no Brasil.
“Tenho feito isso. Já tivemos a oportunidade de fazer inúmeros pronunciamentos na Casa. Todos estão em vídeo e áudio no site da Câmara, basta acessar http://www.camara.gov.br/ e sinalizar o nome do deputado que você quer acompanhar”, explica o deputado sul-mato-grossense.
Vácuo
Em reportagem publicada no último domingo, o jornal o Globo abordou também o vácuo criado pela morosidade no legislativo, tema tratado recentemente por Fábio Trad.
Segundo a reportagem, o Governo Federal legisla mais que o Congresso. Desde 1989 sucessivos presidentes editam, em média, uma Medida Provisória por semana (na administração Dilma Rousseff, até agora, a média caiu para uma a cada duas semanas). Já somam 1.127. A maioria encontra-se "em tramitação" no Legislativo. Entre essas, há 52 que, embora provisórias, "tramitam" há mais de uma década. O Código Florestal transita há 12 anos no Legislativo. Mais longo é o percurso da proposta sobre união de casais gays: há 16 anos está pronto para votação. Em vez de solução, surgiram outros 21 projetos similares. No vácuo, o Supremo Tribunal Federal avançou. E decidiu, "interpretando" a Constituição.
Para Fábio Trad, deputados e senadores não podem reclamar desta situação, pois são protagonistas de suas causas. “O Poder Legislativo, em especial o federal, não está correspondendo às demandas decorrentes das questões carentes de normatização, ficando a reboque da pauta real da vida das pessoas. E o mais grave, contentando-se em seguir o rastro do ritmo mais dinâmico do Poder Executivo ao discutir e votar medidas provisórias. Neste espaço, os conflitos deságuam no Judiciário, que por força da Constituição - que nós elaboramos - não pode se furtar a prestar a jurisdição ou solucionar o conflito”, afirmou.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

André diz a pré-candidatos do PMDB não ter preferido para sucessão de Nelsinho

O governador André Puccinelli, o prefeito Nelsinho Trad e os três candidatos do PMDB à sucessão municipal fizeram nesta sexta-feira a primeira reunião do grupo visando à sucessão municipal de 2012.

Na reunião, no consultório de Nelsinho, o governador André Puccinelli afirmou que não tem preferidos.
Apesar do desejo de outros aliados em disputar a prefeitura, o vice-prefeito e secretário Edil Albuquerque (Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio) afirmou que “não foi falado a respeito de outros nomes”.
Ficou estabelecido que o candidato do partido será definido por meio de pesquisas quantitativas e qualitativas. Os critérios dos levantamentos ainda serão definidos.
A reunião durou cerca de 1 hora e os três interessados em assumir a Prefeitura, Edil Albuquerque, secretário Carlos Marun (Habitação) e presidente da Câmara, Paulo Siufi, comprometeram em apoiar aquele que for o escolhido.
“Foi uma reunião importante porque foi a 1ª entre os três com o governador e o prefeito. Era uma reunião necessária”, afirmou Edil.
Já para o secretário Carlos Marun, o mais importante da reunião foi a definição de que no PMDB não há outros pré-candidatos. "A esse grupo não se soma ninguém. São os três nomes do PMDB. Depois, vamos nos reunir com os outros aliados", afirmou.
Nelsinho e Puccinelli têm participado de uma série de reuniões com pré-candidatos a prefeito de partidos da base aliada.
Na manhã desta sexta-feira, o prefeito contou que já conversou com o vereador Athayde Nery (PPS), com o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, Paulo Matos (PP), e com o empresário e ex-suplente de senador Antonio João Hugo Rodrigues (sem partido).
Ele também já agendou uma conversa com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

André defende nomes do PMDB à prefeitura e volta a falar em pesquisas

Durante vistoria de obras do Aquário do Pantanal nesta sexta-feira, o governador André Puccinelli (PMDB), falou sobre sucessão municipal e saiu em defesa dos nomes de seu partido cogitados para concorrer à disputa.

Puccinelli usou a experiência técnica de Paulo Siufi, Carlos Marun e Edil Albuquerque. Para ele, o presidente da Câmara, o secretário estadual de Habitação e o vice-prefeito estão à altura para disputar a sucessão de Nelsinho Trad.
André voltou a falar que, apesar da “bagagem técnica” contar a favor dos nomes, as pesquisas serão determinantes para definir a escolha dentro da sigla.
Questionado sobre a possibilidade de o deputado estadual Marquinhos Trad concorrer ao pleito o governador admitiu que o parlamentar seria o “nome do partido com maior densidade eleitoral no momento”.
“O Marquinhos tem mérito para ser candidato, se houvesse entendimento legal, mas isso depende da legislação eleitoral, mas ele seria o nome do partido com mais condições eleitorais no momento”, frisou o chefe do Executivo Estadual, comentando sobre o fato de Marquinhos ser irmão do prefeito, o que é um impedimento legal.
Em evento da prefeitura, Nelsinho disse que iria conversar neste final de semana com o governador André Puccinelli (PMDB) sobre a corrida eleitoral para Capital.
Nelsinho teria que renunciar ao mandato seis meses antes do término para que o irmão concorresse e afirmou, em algumas ocasiões, que não pretende fazer isto.

Para comprar fazenda, Giroto associou-se a irmão, médica e coordenador da Agesul

O deputado federal Edson Giroto (PR) tem até o próximo dia 25 para explicar ao MPE (Ministério Público Estadual) o valor pago por uma fazenda que comprou em agosto de 2008 na cidade de Rio Negro. Na propriedade, os peões apontam o parlamentar como dono das terras. Na região também todo mundo se refere à área como a "fazenda do Giroto".

Mas, na escritura registrada no cartório da cidade, Edson Giroto consta apenas como um dos quatro sócios que teriam comprado a fazenda, entre os quais um irmão do deputado, um coordenador da Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) e até uma médica que é filha de outro empregado da Agesul.
Desde dezembro de 2009, a 30ª Promotoria de Justiça de Patrimônio Público e Social e das Fundações de Campo Grande, apura uma suposta manobra na escritura adquirida pelo consórcio integrado por Giroto.
A denúncia, feita anonimamente, afirma que o deputado federal teria comprado a fazenda e, na hora de registrar o imóvel, mentido para menos o valor real pago pela área. Daí, a desconfiança do MPE.
A reportagem do Midiamax apurou que a fazenda em questão, a Vista Alegre, distante 19 km de Rio Negro, mede 1.062 hectares e foi negociada por R$ 1.730.000,00. Por hectare, Giroto teria pagado R$ 1.629,00.
É bem menos do que o preço praticado na região, onde corretores de imóveis concordam que não se vende terra por menos de R$ 3 mil a R$ 3.500 por hectare.
A quantia, já paga, foi acertada em duas parcelas assim fixadas: R$ 865.000 em 28 de fevereiro de 2009 e um valor igual em 28.08.2009. Essa informação consta em documento registrado no cartório de Rio Negro, ao qual o Midiamax teve acesso. Humberto Pó, pecuarista que moraria em São Paulo, foi quem vendeu a propriedade ao deputado federal e seus amigos de Agesul.
Se cada um dos sócios de Giroto entrou com partes iguais no negócio, teve de desembolsar R$ 432.500,00 para se tornar fazendeiro em Rio Negro, terra explorada principalmente por grandes pecuaristas.

O Ministério Público Estadual aguarda as declarações de ganho do atual deputado federal, que eleito principalmente com recursos de André Puccinelli e de empreiteiras, para, depois, examinar se o valor pago na fazenda Vista Alegre é compatível com a renda de Giroto. Até ser eleito deputado, ele era secretário de estado do governador.



Sócios amigos



De acordo com o registro imobiliário, Giroto é sócio da médica Mariane Mariano de Oliveira, filha de um amigo próximo do deputado, o ex-prefeito de Paranaíba, Beto Mariano, que coincidentemente é coordenador de suporte e manutenção da Agesul.



Outro parceiro de Edson Giroto no negócio da fazenda, o engenheiro civil João Afif Jorge, também é um dos coordenadores da Agesul, órgão estadual que cuida das estradas e pontes em todo o território de Mato Grosso do Sul, inclusive das licitações para as obras viárias.



Técnicos do MPE fizeram uma vistoria na fazenda de Giroto em novembro passado. O parlamentar teria de mostrar seus documentos contábeis em abril, mas pediu um prazo e o Ministério Público acatou o pedido esticando para o próximo dia 25 o limite para a entrega dos documentos.



Interferência de André pode colocar Ari Rigo a "um passo" da Assembleia

Caso a “interferência” do governador André Puccinelli (PMDB) se confirme na disputa para a vaga deixada por Celina Jalladd no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE) vai deixar o suplente de deputado Ari Rigo (sem partido) a um passo de assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

A ida de Arroyo para o TCE proporcionaria a ida de Youssif Domingues (PMDB) para a Assembleia e qualquer deputado da coligação “Amor Trabalho e Fé” que pedisse licença ou ficasse doente daria a vaga para Ari Rigo que é o terceiro suplente da coligação. O primeiro é o tucano Rinaldo Modesto, o segundo Youssif Domingos e o terceiro Ari Rigo.
No frigir dos ovos, os parlamentares da coligação “Amor Trabalho e Fé” deverão tomar cuidado redobrado com a saúde, caso contrário abrem espaço para que Rigo volte para a Casa de Leis.
Rigo esta arrolado na investigação da Policia Federal denominada Uragano que revelou um suposto mensalão que era recebido pelos deputados estaduais. Rigo que era do PDT foi para o PSDB e acabou sendo cassado por quebra de decoro parlamentar.
O diálogo do deputado foi gravado por um jornalista que agiu como uma espécie de araponga para a Polícia Federal. Sem que soubesse da gravação, Rigo disse que dinheiro da Assembleia ia para o bolso de representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual e até do governador André Puccinelli.
Onze desembargadores interpelaram judicialmente o parlamentar. O ex-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira, também acionou o parlamentar. Já o governador negou que recebera dinheiro da Assembleia, mas não moveu ação judicial contra o ex-secretário do parlamento estadual.



Circunstâncias eleitorais definem candidatura do PT na Capital’, afirma Vander Loubet

O deputado federal Vander Loubet, do PT, disse no início da noite desta sexta-feira, que o ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, pode ser uma opção da legenda na disputa pela prefeitura de Campo Grande, no ano que vem. Contudo, o parlamentar condicionou a pré-candidatura de Zeca à estratégia de campanha do PMDB, principal rival dos petistas.

“Se o Puccinelli [André, governador] resolver centrar as forças peemedebistas num só nome e disputar uma eleição de primeiro turno, Zeca será o candidato. Agora, se a disputa for pulverizada, com outras concorrências, ai, sim, eu sou o pré-candidato, o ex-deputado estadual Dagoberto Nogueira [que é do PDT], também é e o próprio Zeca”, disse o deputado.
Embora a possibilidade de Zeca enfrentar uma nova eleição – ele perdeu a disputa do governo no ano passado – tenha sido tratada até agora em conversas reservadas, essa é a primeira vez que o nome do ex-governador [1999-2006] é divulgado de modo oficial.
Loubet debateu a questão com líderes de movimentos sindicais e entidades sociais, na sede da Fetems, a Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul.
Além dos movimentos, participaram da reunião o presidente regional do PT, Marcus Garcia, o Marquinhos e a vereadora do PT em Campo Grande, Thais Helena.
A disposição de Vander em resolver logo a pré-candidatura do PT parece evidente porque, além de citar Zeca como a opção da sigla, ele já dá dicas aos parceiros políticos de como seu partido deve agir daqui em diante.
“Vamos promover alguns debates aqui em Campo Grande. Um deles: brigar por menos impostos e mais cidadania. Vamos discutir a indústria da multa, a tarifa do ônibus, o valor do IPTU”, disse o parlamentar.
Até por volta das 19 horas a reunião acontecia. O presidente regional do partido ainda não havia se manifestado quanto ao posicionamento de Loubet.
O cálculo político de Loubet tem a ver com as últimas ações de Puccinelli, que estaria interessado na nomeação da senadora Marisa Serrado, do PSDB, para o conselho do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Para o petista, a ida de Marisa para o TCE seria um meio de Puccinelli neutralizar as pretensões tucanas, que também estariam de olho na disputa pela prefeitura

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conselho dos Trabalhadores na Educação promete entrar com recurso no STF contra Puccinelli

Conselho dos Trabalhadores na Educação promete entrar com recurso no STF contra Puccinelli


Eduardo Penedo
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) disse durante a sessão nesta quarta-feira (4) que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) vai entrar com recurso especial no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a aprovação da hora planejamento para professores.
No último dia 27 foi julgado pelo STF a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN).167, ingressada pelos governos de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.
O consenso foi de que a Lei do Piso para professores é constitucional, no entanto, o Supremo não decidiu o vínculo sobre o parágrafo que destina parte da carga para que os docentes executem o planejamento de aulas - 40 horas semanais e 1/3 para hora planejamento.
Segundo o parlamentar petista, a CNTE já iniciou estudos para elaborar o recurso especial e pedir que o STF esclareça a questão. “É preciso tirar todas as dúvidas dos estados e dar maior segurança jurídica aos professores”, defendeu o deputado, comentando que estados como Mato Grosso cumprem este ponto.
Para Kemp, a lei do piso salarial dos professores e a decisão do STF rejeitando a ADI dos governadores e a tese de inconstitucionalidade da lei foi uma importante vitória. "A lei significa uma grande conquista não só para os educadores, mas para a educação pública", afirmou.
Kemp lembrou que havia uma grande discrepância na remuneração dos professores, sendo que em alguns estados os docentes dependiam de complementação salarial para receber um salário mínimo.
O piso dos professores foi fixado em R$ 1.187,97, mas há uma discussão se deverá ser reajustado para quase R$ 1.500,00. "Um professor bem remunerado vai ministrar boas aulas. Temos professores que trabalham até três períodos para ganhar um bom salário", afirmou.
O Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) afirmou que estado já pratica o piso salarial e que só entrou com a ADI com outros governadores por discordar do tempo destinado aos professores para as atividades fora da sala de aula.
Segundo o governo estadual, se o tempo da atividade fora de aula for aprovado, será necessário contratar mais professores. "Isso representa um incremento de R$ 4,5 milhões por mês, quase R$ 50 milhões na folha de pagamento do Estado por ano", disse Mochi.