sábado, 11 de setembro de 2010

NO JOGO

A renúncia do vice-prefeito Edil Albuquerque à vaga de suplente na chapa do vice-governador Murilo Zauith ao senado traz ao conhecimento do eleitor, em geral, o que já se notava nos bastidores da disputa eleitoral.

A candidatura de Murilo Zautih jamais foi do interesse da cúpula do PMDB, especialmente do governador, a despeito de suas declarações aqui e acolá para disfarçar suas reais intenções.
Aliás, Murilo, representante do segundo maior colégio eleitoral do Estado no governo atual, foi alijado do atual processo eleitoral desde a primeira hora. Não foi convidado a continuar como vice e muito menos consultado se concordaria em desocupar a vaga.
Com o cacife de representar o segundo maior colégio eleitoral do Estado e trazer consigo, como presidente regional do DEM, expressivo tempo de televisão, lutou solitariamente para confirmar sua candidatura.
Com habilidade, e antevendo que não teria na coligação igualdade de disputa com o seu companheiro de chapa, o deputado federal Moka, cobrou do governador a indicação para seu primeiro suplente um nome que identificasse e representasse o compromisso de Puccinelli com sua eleição.
E esse processo foi marcado por disputas e desconfianças, com o próprio Edil, antes de aceitar ser o primeiro suplente, ter anunciado rompimento político com Puccinelli, fazendo críticas ao seu modo de fazer política.
Nas hostes peemedebistas comenta-se que a decisão de “sacrificar” definitivamente Murilo-Edil seria caso de vida ou morte, pois haveria o entendimento de que só seria possível trabalhar pela eleição do candidato do partido, o deputado Moka, se a coligação tivesse apenas um candidato ao senado.
Edil atribui sua saída à falta de lealdade partidária com a chapa da qual participava. Sua saída deixa Murilo isolado, “abraçado” com sua Dourados. Independente da motivação, a renúncia de Edil atende ao desejo do PMDB.
Murilo, ontem, jogou o problema para os “adversários”, falou em crise no PMDB e disse que continua sua campanha, deixando claro que segue no jogo.
A persistir resistente, até o fim, no seu jeito quieto, mas astuto, Murilo não só segue no jogo, mas pode, de um aparente enfraquecimento imediato, passar a ser o fiel da balança na eleição ao senado e ao governo.
Nesse aspecto, o fator Artuzi poderá influenciar. Afinal, na festa na qual anunciou sua aliança com Puccinelli e Moka o prefeito ignorou a presença de Murilo.
Para tanto, será preciso saber como reagirão os eleitores da região da grande Dourados, que sonham em ter um representante no senado, ao ver o candidato que simboliza esse anseio ser massacrado abertamente por seu “maior aliado” político.

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