"O Natal de Campo Grande sempre foi assim. Como aqui tem muita gente de fora, boa parte das pessoas passa as festas com a família no interior. A correria sempre dura só até a noite do Natal", diz Amélia de Lima, que tem 68 anos e mora próximo ao centro comercial de Campo Grande há 22 natais.
Na periferia, além do movimento díminuído pelo feriado, boa parte das pessoas ainda dormia no meio da manhã embaladas pela festança com exageros na ceia natalina.
"Hoje todo mundo acorda mais tarde, porque ficam até a madrugada com a família. De meia-noite até umas 3 da manhã foi o maior movimento, porque tinha muita gente voltando para casa depois de jantar com parentes", explica Antônio Carlos da Silva Neto, 28 anos, que catava latinhas nesta manhã nas ruas vazias do bairro Santo Amaro, um dos mais populosos de Campo Grande.
Para a tarde, após os efeitos da ressaca ou dos exageros de Natal passarem, os programas para quem está em Campo Grande incluem as alternativas de sempre.
Almoço em família: Programa oficial
Com poucas alternativas de lazer, a população campo-grandense acabou criando uma tradição própria: o almoço em família deixa de ser apenas um evento social e se torna opção de lazer. "A gente se junta pra comer, jogar conversa fora e bebemorar. O que o carioca faz na praia, a gente aqui faz no quintal da casa dos parentes", simplifica Leonir Flores, 36 anos, enquanto dirigia levando a família toda para casa de um irmão.
A praça de alimentação e o cinema do Shopping Campo Grande atendem normalmente. As lojas permanecerão fechadas e reabrem somente na segunda-feira (27) e o comércio na região central continua como está: fechado e silencioso.
Nos altos da avenida Afonso Pena continuam as atrações da Cidade do Natal, mas logo mais devem começar, caso a chuva diminua, as reuniões de amigos que se juntam para ouvir música, dançar, tomar tereré ou beber.
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