sábado, 2 de abril de 2011

PMDB não vê objeção em aliança com PT para sucessão à prefeitura em 2012

O PMDB ajusta os flaps para não perder espaço no cenário político e garantir um voo seguro até 2014, quando deverá ser lançada a candidatura própria à presidência da República. A ordem para arremeter veio da direção nacional da sigla, que trabalha para manter candidatos a prefeito e vice na maioria das cidades brasileiras em 2012.

"Se o time não entra em campo, a torcida não apoia", disse o presidente nacional da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, que está em Campo Grande nesta sexta-feira (1º) para participar do Congresso Estadual do PMDB.
Em Campo Grande, capital comandada pelo PMDB há duas décadas, são intensas as tratativas em torno de quem será o provável nome para a sucessão de Nelsinho Trad. Três nomes se destacam na corrida: o vice-prefeito Edil Albuquerque, o secretário estadual de Habitação, Carlos Marun, e o presidente da Câmara, Paulo Siufi.
Apesar disso, tanto o prefeito como o governador André Puccinelli já reconheceram que o partido pode apoiar aliados. O PSDB, por sua vez, tradicional aliado local dos peemedebistas, está determinado a montar chapa própria pela prefeitura em 2012.
Um dos eventuais aliados do PMDB seria o PT, que embora seja adversário direto em Campo Grande, está do mesmo lado em nível nacional. O presidente nacional em exercício, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), diz não ver objeção na aliança visando as eleições municipais em 2012.
O presidente estadual da sigla, Esacheu Nascimento, ponderou: "essa hipótese é muito difícil porque aqui os partidos dormem em camas separadas". Padilha emendou: "Difícil mas não impossível".
A cúpula do PMDB confirmou que terá encontros reservados com o governador André Puccinelli e o prefeito Nelsinho Trad, durante as agendas do congresso estadual, para tratar da sucessão municipal.
Números
O maior partido político do país conta hoje com 2,5 milhões de filiados, 1.175 prefeitos e mais de 8,5 mil vereadores. No Senado, possui a maior bancada: 20 parlamentares. Na Câmara, perde apenas para o PT em representatividade.

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