domingo, 24 de julho de 2011

Direção Estadual do PT quer avaliação sobre alianças na sucessão municipal de Dourados

Na sexta-feira (22) a Executiva Municipal do PT de Dourados esteve reunida com o vice-presidente estadual do partido, Francisco Givanildo dos Santos, acompanhado de outros membros do Diretório Estadual. Na pauta, organização partidária, eleições 2012/2014 e avaliação da coligação da eleição de 2010.

A reunião é parte de roteiro marcado pelos membros do diretório estadual para as principais cidades do Estado, buscando avaliar cada colégio eleitoral e as condições de cada município na disputa eleitoral do próximo período.
Em entrevista ao Midiamax, o vice-presidente estadual da sigla falou sobre os objetivos e resultados da reunião e também sobre os assuntos na pauta do partido, como Eleições 2012, sucessão em Dourados e conjuntura política estadual.
Avaliação do PT em Dourados
“Pedimos que o PT do município fizesse uma avaliação da coligação firmada para as eleições extemporâneas de 2010”, afirmou. Em Campo Grande o Partido dos Trabalhadores deve fazer uma reunião ampliada do diretório municipal para avaliar a conjuntura e o próximo período no próximo dia 30, sábado.
Francisco afirma que o PT de Dourados se comprometeu em fazer o mesmo. Segundo ele, a reunião está marcada para sábado (6) de agosto.
O vice-presidente fugiu da polêmica, mas acredita que o partido em Dourados tem de avaliar a “chapona” formada em um momento ‘tão conturbado’.
“Não vou criticar a decisão do PT no município, mas temos que avaliar se foi o melhor e quais foram as conseqüências dessa união. Os militantes que estão na gestão municipal tem que prestar contas para o partido sobre suas ações enquanto administração”, indica Francisco.
“Não podemos apenas indicar pessoas para compor a gestão, temos de imprimir nosso jeito de governar nos espaços que ocupamos”, afirmou.
Murilo no PSB
O petista ainda avalia que a saída de Murilo Zauith do DEM para ingressar no PSB foi legítima. Mas, para ele, a ponderação agora tem de ser mais aprofundada. “Por mais que o PSB esteja na base do governo Dilma (PT), temos de analisar que existe uma forte possibilidade do partido ser nosso adversário nas eleições à Presidência da República em 2014, inclusive com o próprio Eduardo Campos, que foi quem fez o convite para Murilo ir para a sigla”.
Francisco lembrou também que nas últimas eleições em 2010 o PSB fechou com o PMDB nas disputas para o Governo do Estado e que tal posicionamento colocou o partido como adversário do PT. “Mesmo no município temos de pensar no nosso futuro”, enfatizou.
 Disputa 2012 em Dourados
No município, apesar da ampla coligação que elegeu Murilo Zauith, vários partidos se colocam como alternativa para a administração municipal. Entre eles está o PMDB. O partido deve realizar reunião que indicará a pré-candidatura à prefeitura de Dourados.
Para Francisco, o Partido dos Trabalhadores deve fazer o mesmo. “Indicamos para as executivas municipais que escolham pré-candidatos e coloquem o bloco na rua. Em Dourados, mesmo sendo administração, temos de fazer isso, se colocar como alternativa, mostrar que temos força”.
Sobre uma eventual união com o PMDB no município, como ventilado nos bastidores da política local, Francisco é enfático: “Vamos colocar nosso bloco na rua nos principais municípios. Não vejo vantagem em sair de uma vice-prefeitura do PSB e ir para uma do PMDB, mesmo que seja uma aliança vitoriosa nacionalmente”.
Questionado se o PT teria pré-candidatos para apresentar de antemão para Dourados, Francisco disparou: “Temos o deputado estadual Laerte Tetila, prefeito por duas vezes no município, desenvolveu uma ótima administração. Temos o ex-deputado João Grandão, liderança com grande força em Dourados e região. Temos o vereador Elias Ishy, que se colocou como alternativa à coligação no início este ano e sem dúvida tem respaldo social”, lembrou.
“Já governamos Dourados e podemos voltar ao comando do município, temos força na sociedade douradense. Acredito que está na hora das nossas lideranças se apresentarem novamente”, finalizou o vice-presidente da sigla no MS.

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