quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Com 164 inscritos, “A Câmara quer te ouvir” lota a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

As três sessões semanais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul recebem poucos cidadãos, dando aspecto vazio às sessões plenárias, quando somente os deputados estaduais usam a palavra, debatem leis e temas polêmicos. Na tarde desta quinta-feira, o cenário mudou com o projeto “A Câmara quer te ouvir”, da Ouvidoria da Câmara Federal.
Criado para ser um canal de conversa entre a Câmara Federal e a sociedade, o projeto recebeu 164 entidades inscritas que poderão fazer o uso da palavra por três minutos. De acordo com o Ouvidor-Geral da Casa, Deputado Federal Miguel Corrêa (PT-MG), “ouvir a opinião é o nosso desafio. É o desafio do século XXI”.
Ele convida toda a população, principalmente jovens, a participarem das ações da Câmara Federal, por meio das mídias sociais. “A parte mais difícil do nosso projeto é convocar a sociedade. Postei no meu twitter inclusive que o papel da imprensa é fundamental. Aqui foi fantástico”, disse.
Depois, a Ouvidoria avalia as propostas e validam as ações, sistematizando as idéias e colocando-as em linguagem parlamentar. “Um garoto de 11 anos do Rio Grande do Norte sugeriu um caminho para evitar o preconceito em sala de aula, que acabou virando uma proposta de lei”, contou Miguel Corrêa.

“PAC Fronteira”

O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) quer que do seu painel “Segurança Pública com foco em Fronteiras/ Rota do tráfico” saia uma ideia para o que ele chamou de “PAC Fronteira”. “É preciso colocar a educação, essa heroína, na fronteira, além de segurança. Todo mundo sabe que a droga entra fácil, vinda do Paraguai e da Bolívia”, disse.
Academias em postos de saúde
Edinalva dos Reis, do Conselho de Saúde Local de Campo Grande, usou a palavra para lembrar aos deputados sobre a crescente quantidade de obesos no Brasil. “O país é um dos mais gordos do mundo. Ao invés de se gastar dinheiro com medicamento, deveriam investir em construção de academias livres nos postos de saúde, para incentivar a atividade física”, propõe.
Com um discurso mais inflamado, o militar reformado José Magalhães Filho pediu por mais moralidade, probidade e credibilidade dos deputados. “A moralidade deve estar associada a todas as instituições públicas”, diz. Ele relata que protocolou um pedido para a quebra de sigilo bancário na Assembleia, que não foi acatado. “A credibilidade desta Casa tangencia a sargeta”, alfinetou.

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