Depois que ficarem quase duas horas concentrados na praça do Rádio Clube, os professores saíram em marcha pela avenida Afonso Pena. Completam o trajeto as ruas 14 de Julho, Marechal Rondon, 13 de Maio e Barão do Rio Branco.
Com a passeata, o trânsito do centro da cidade ficou mais tumultuado que o normal nas vias próximas ao percurso da passeata.
Dentre as reivindicações da paralisação dos três dias, estão a aprovação do Plano Nacional de Educação, aplicação da lei do piso na íntegra e a separação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação.
“Nos últimos dez anos, tivemos mtos avanços. Tanto é que faz dez anos que não existe greve”. Botareli é contra deixar o reajuste salarial da categoria baseado na inflação. “Se deixar de acordo com a infalção, vamos receber de novo um salário mínimo”.
O professor de Educação Física, Cristiano César Trindade, 34, leciona em Campo Grande e destaca que a paralisação é o único jeito de conquistar os direitos.
“Os professores não estão paralisados pelo reajuste salarial, mas pela valorização da educação no país. É preciso investir na educação e nas condições de trabalho”.
“Por exemplo, no Rio Grande do Sul, o piso é de R$ 900. No Nordeste, é lamentável a situação das escolas. Por isso que é importante que a paralisação seja nacional, pela educação do país como um todo. Os governantes acham que estamos contra eles, mas nós somos a favor de investimentos para que a educação melhore”, relatou Sena.
Portões fechados - Por conta da paralisação nacional, pelo menos 85% das escolas da rede pública em Campo Grande não tiveram aula, nesta quinta-feira (15). Em todo o estado, a expectativa da Fetems é de que mais de 90% das escolas da rede pública paralisaram as atividades.
Atividades - Logo após a passeata pelas ruas do centro da Capital, os trabalhadores em educação seguirão em carreata até a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para entregar uma carta com reivindicações. Entre elas, a solicitação para que os prefeitos cumpram a Lei do Piso Salarial Nacional em seus municípios.
Às 15h30 haverá solenidade de reconhecendo do trabalho de 15 prefeitos que cumprem na íntegra o piso nacional e concedem 1/3 de hora-atividade para planejamento de aulas. O piso para início de carreira de professores com ensino médio é de R$ 1.451 por 40h semanais.
A mobilização nacional termina na sexta-feira (16), com debates simultâneos nos municípios sobre as 20 metas do Plano Nacional de Educação.
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