segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caso Ary Rigo

População vai às ruas da Capital contra corrupção e pede que políticos suspeitos deixem cargosAs ruas do centro de Campo Grande foram tomadas nesta manhã por uma passeata que exigiu apuração das declarações deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Ary Rigo (PSDB). Em vídeo, gravado sem que ele soubesse, o parlamentar detalha suposto esquema de partilha de dinheiro público entre os membros dos três poderes e envolve diretamente o governador André Puccinelli (PMDB) a quem teria repassado R$ 2 milhões. Cerca de 800 pessoas acompanharam a manifesto que pediu que autoridades colocadas em suspeição deixem os cargos.


Além de sindicalistas e representantes de movimentos sociais, acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) também se incorporaram à caminhada. Contudo, desde a concentração, na Praça Ary Coelho, os estudantes universitários destacaram que o envolvimento deles era apartidário. “Não somos contra A ou B. Somos contra a corrupção. Talvez eu acabe votando nulo. Está explícito que está tudo errado”, disse o acadêmico de mecatrônica da UCDB, Gabriel Torrecilha, 19 anos.



Os manifestantes percorreram as ruas 14 de julho, Cândido Mariano e 13 de Maio retornando para a praça. No percurso, representantes de entidades sindicais chamaram a atenção da população da Capital para as denúncias usando um carro de som. “Queremos que as denúncias sejam investigadas. O deputado Ary Rigo envolveu o Ministério Público, o Poder Executivo e Legislativo. Isso é muito grave”, disse a educadora Joana da Silva, ligada à Fetems (Federação dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul).



Outra educadora, Ildonei de Lima, secretária-adjunta da Fetems, destacou que a sociedade organizada está com vergonha do escândalo e quer explicações. “Por isso, nós viemos colocar a nossa cara na rua. Nós somos contra deputado que rouba”, bradou. Já Cássio do Nascimento, vice-presidente do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social) cobrou participação da sociedade no movimento contra a corrupção. “Cadê quem deveria investigar? Está no bolso do Puccinelli? Temos que tirar estes abutres do poder”, disse.



O presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza, Paulo Ângelo, disse que “Rigo entregou toda a quadrilha”. Mencionou a necessidade de “varrer a Assembleia” e também defendeu o afastamento de autoridades suspeitas dos cargos. Amanhã, os movimentos sociais voltam à Assembleia para cobrar a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). A sessão começa por volta das 9 horas.



Acadêmicos



Entre os acadêmicos que participaram da caminhada hoje, o sentimento é de revolta. A estudante do curso de Ciências Sociais da UFMS, Tânia Milene Nugoli, 30 anos, avalia que os acadêmicos começaram a se mobilizar na sexta-feira passada. “Não podíamos ficar alheios a tudo o que está acontecendo. Tínhamos que mostrar a nossa indignação com o que está acontecendo”, diz.



Os estudantes confirmaram a existência da inclinação pelo voto nulo. “A tendência é votar nulo. Porque neste caso, parece que não há solução. Parece que estão todos envolvidos”, lamenta o estudante de jornalismo da UFMS, Rafael de Abreu. Ele e os demais acadêmicos querem investigação e esclarecimentos dos fatos apresentados por Rigo.



População



Quem assistia a manifestação recebeu panfletos distribuídos pelos sindicalistas e representantes de movimentos sociais. “É importante a mobilização. Se eu não estivesse cheio de trabalho, com certeza estaria ali também”, diz o comerciante Edson Rodrigues, 57 anos.



O advogado Fernando Marin, 82 anos, tem outra opinião. “É difícil acabar com a roubalheira no regime democrático. Na época da ditadura tinha corrupção, mas não como agora. Traficante não tinha vez e os hospitais, por exemplo, funcionavam melhor. A ditadura descrita na mídia e nos livres não é a verdadeira”, disse.



Já o operador de caixa, Alfredo Mendonça, 47 anos, deu total apoio aos manifestantes. “Tem mais é que mobilizar mesmo. Todos têm que saber que queremos tirar estes corruptos de lá”, menciona o trabalhador.



Segurança



O tenente Muzili que comandou os policiais militares que deram segurança à caminhada, disse que o evento transcorreu com tranqüilidade, sem qualquer incidente e nem transtornos ao trânsito da Capital.



O escândalo



No trechos mais polêmicos da conversa gravada entre Rigo e o ex-secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, o parlamentar diz o seguinte: “Você sabe o seguinte, na Assembleia cada deputado não ganhava menos de R$ 120 mil, agora os deputados vão ter que se contentar com R$ 42 ( mil). Não tem como fazer. Para você ter idéia nós devolviámos R$ 2 milhões em dinheiro para o André (Andre Puccinelli – governador e candidato a reeleição pelo PMDB). R$ 900 (mil) para o desembargador do Tribunal de Justiça e R$ 300 (mil) para o Ministério Público. Cortou tudo! Nós vamos devolver R$ 6 milhões para o governo. Por isso que eu ando sumido. Então nós estamos criando um acordo, eles vão devolver 400 mil, não é mais 30%, comigo é 10%”,”, diz na gravação.

Durante entrevista coletiva, na semana passada, Rigo negou partilha de dinheiro irregular. Ele afirma que estava se referindo às diferenças cortadas do duodécimo, valor constitucional repassado aos poderes. Porém, não esclareceu o que quis dizer, por exemplo, com "cortou tudo", na verdade, uma referência à Lei da Transparência que estaria dificultando a devolução das verbas.


Políticos tentam esconder Rigo, mas há poucos dias, eram só elogios. Assistam os vídeos!



O deputado Ary Rigo (PSDB) integra a chamada "santíssima trindade" da Assembleia Legislativa. Está há muito tempo na casa, sempre se articula com quem está no poder e alterna no poderio da Mesa Diretora. Agora, flagrado em vídeo contando como funcionaria um esquema de corrupção no Parque dos Poderes, o primeiro-secretário do parlamento sul-mato-grossense se tornou íncômodo na campanha dos aliados.




Rigo tenta a reeleição pela coligação "Amor, Trabalho e Fé", do governador Puccinelli (PMDB). Antes considerado um "puxador de votos", o deputado recebia até a véspera do escândalo afagos de todos na coligação peemedebista.



Abandonado bem no meio do "rolo" que ajudou a causar, já recebeu mais de 15 interpelações e foi atacado duramente até pelo chefe André, que tenta escapar jogando a culpa de toda lambança em Ary.



André, Moka e Giroto: "vote no Rigo"



No Youtube, rede social de compartilhamento de vídeos, são muitas as gravações de políticos que, até então nas graças de uma das campanhas mais caras para deputado estadual, se rasgavam em elogios para Rigo. Confira alguns que ainda estão disponíveis:



André Puccinelli, governador e candidato à reeleição

http://www.youtube.com/watch?v=Z8k2rfspEF8

Waldemir Moka, candidato ao senado

http://www.youtube.com/watch?v=Er74AEQEGAk

Edson Gitoro, candidato a deputado federal

http://www.youtube.com/watch?v=yxTSz9S8l-g

Ari Artuzi, prefeito de Dourados preso por corrupção

http://www.youtube.com/watch?v=jjqpjEoUbj8

André Puccinelli, colocado no centro do escândalo de propinas no Parque dos Poderes após o deputado Ary Rigo dizer em vídeo que "devolvia" R$ 2 milhões por mês para o governador em dinheiro, tentou se esquivar jogando a culpa no primeiro-secretário da Assembleia Legislativa.



Após ter dito que a devolução citada pelo deputado seria de sobras nos recursos repassados pelo governo para a Assembleia, em entrevista coletiva Puccinelli piorou a própria situação trocando de versão. Ele percebeu que não houve repasses como chegou a dizer para a Rede Globo de televisão.



Na mesma coletiva, disse que ia representar judicialmente contra Ary Rigo, que "teria de se explicar sobre as declarações". Mas todo o desprezo não combina com o grau de envolvimento dos dois mostrado em vídeos da própria campanha eleitoral da coligação "Amor, Trabalho e Fé".



O governador André Puccinelli é efusivo em vídeo da capanha disponível no Youtube para pedir voto para o deputado Ary Rigo. O candidato à reeleição destaca a "competência e lealdade" de Rigo e sua importância para a Assembleia e para o Mato Grosso do Sul.



Presente à solenidade gravada, o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, aparece no vídeo logo atrás de Puccinelli e Rigo.





sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Manifestantes ‘arrecadam’ moedas e as deixam na recepção do Ministério Público Estadual

Depois de jogarem moedas no plenário da Assembleia Legislativa, ao menos cem manifestantes foram para o prédio da Procuradoria-Geral de Justiça, a sede do MPE (Ministério Público Estadual) e repetiram o gesto em protesto contra uma suposta negociata envolvendo um ex-chefe do órgão.




Entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação) e CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza e centros acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), promovem atos desde a aparição de um vídeo no You Tube, anteontem, que mostra o deputado estadual Ary Rigo, do PSDB, afirmando que parte do dinheiro repassado a Assembleia Legislativa por meio de duodécimos, é repartida com o governador André Puccinelli, do PMDB, Tribunal de Justiça e o Ministério Público.
A gravação foi feita por um jornalista sem que o parlamentar soubesse.
Os manifestantes primeiro foram para a sessão parlamentar, que foi logo suspensa, depois seguiram para a Procuradoria de Justiça. Lá, parte dos protestantes foi barrada no portão de entrada.
Entrou no local apenas um grupo de cinco representantes de entidades. Do lado de fora, o restante dos manifesto juntou moedas, pôs num saco plástico preto e deixou na porta da recepção do prédio.
De acordo com o vídeo, o deputado Ary Rigo afirma que a Assembleia teria pagado R$ 300 mil ao Ministério Público que, em troca, teria “afrouxado” uma investigação contra o prefeito de Dourados, Ari Artuzi, hoje preso por corrupção. No diálogo com o jornalista, Rigo cita o nome do ex-procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira, que refutou a acusação e disse que vai interpelar judicialmente o parlamentar.
Ainda segundo o parlamentar, Puccinelli teria recebido R$ 2 milhões da Assembleia. Tanto Rigo quanto Puccinelli negam a suposta negociata.
A Assembleia Legislativa é bancada pelo governo do estadual, que repassa a ela perto de R$ 180 milhões por ano.
Esse recurso paga o salário dos deputados e dos servidores do legislativo. Na gravação, Rigo sustenta que cada deputado fica com uma cota de R$ 120 mil mensais, mas essa quantia será reduzida para R$ 42 mil mensais.
Os cinco sindicalistas que entraram no prédio do MPE disseram que foram recebidos por uma comissão conduzida pelo corregedor do órgão, Sílvio Maluf. Na audiência, o corregedor informou que o MPE ficou sabendo do vídeo na sexta-feira e que desde então apura o caso.
Os sindicalistas pediram ao corregedor que o MPE peça o afastamento e investigação contra os citados no vídeo.

População grita "Fora Puccinelli e cambada de ladrão" e sessão da Assembléia é encerrada

Ao som de "Fora Puccinelli e cambada de ladrão", a mesa diretora da Assembléia Legislativa de MS encerrou mais uma sessão tumultuada e marcada pela manifestação que lotou o plenário da casa.


O presidente do parlamento sul-mato-grossense, Jerson Domingos (PMDB), foi vaiado por cerca de 3 minutos pelos manifestantes quando tentou pedir silêncio.



Os deputados governistas permaneceram calados durante toda a sessão e os oposicionistas reclamaram da atitude do governador André Puccinelli (PMDB), que, segundo eles, estaria tentando desviar a atenção da gravidade das denúncias sobre supostas propinas que afetam os très poderes em MS.



"Independente de eu ser do PT, sou cidadão de Mato Grosso do Sul e exijo explicações sérias, não podemos deixar usarem isso como uma questão apenas da eleição, pois as denúncias não serão esquecidas após 3 de outubro", disse Pedro Teruel (PT). Ele foi aplaudido pelos manifestantes.

ARI RIGO

23/09/2010

RESTABELECENDO A VERDADE
Com relação ao vídeo veiculado na mídia, no qual fui alvo de ilegal gravação pelo jornalista Eleandro Passaia, tenho a esclarecer o quanto segue:
1.A gravação foi editada e, por isso mesmo, o seu conteúdo não traduz a conclusão apresentada. A análise demonstra que, na edição, tentou-se incriminar minha fala, com o intuito de comprometer minha relação com os Senhores Deputados e com dirigentes dos demais Poderes e com o Ministério Público.
2.Ao conversar com Eleandro Passaia, falava com uma pessoa de absoluta e irrestrita confiança do Prefeito de Dourados, Ari Valdecir Artuzi, que se mostrava preocupado com a situação deste e pedia minha colaboração para definir o futuro e os destinos da administração do Município. Confesso que busquei tranquilizar meu interlocutor de toda forma, procurando demonstrar-lhe força e poder para resolver problemas e que ajudaria o Prefeito.
3.Jamais, porém, quis colocar em risco a honra ou a idoneidade de qualquer pessoa ou autoridade, até porque acreditava que estava tendo uma conversa privada e reservada com pessoa de extrema confiança e que queria ajudar o amigo e chefe Ari Valdecir Artuzi. Jamais cometi qualquer crime ou desviei qualquer centavo da Assembleia Legislativa, assim como repassei qualquer numerário de forma irregular para qualquer Poder, pessoa ou autoridade.
4.Os repasses a que me referi na gravação, de R$ 300.000,00 para o Ministério Público e de R$ 900.000,00 para o Poder Judiciário, são os valores aproximados que estes obtiveram a mais por força da intervenção dos Deputados, junto ao Governador do Estado, para que este, dadas as necessidades do Estado, reduzisse o duodécimo em maior parte da Assembleia Legislativa e em menor do Judiciário e do Ministério Público. A redução do duodécimo do Legislativo foi da ordem de 21,875%, enquanto que do Judiciário foi de apenas 7,82736% e do Ministério Público 5,48%. Como a maior redução foi da Assembleia, exatamente para beneficiar os demais, senti-me o grande articulador da ajuda, motivo pelo qual falei como se tivesse repassado algum valor.
5.Evidente que quem repassa os valores do duodécimo aos poderes e órgãos é o Poder Executivo e não a Assembleia. Esta não repassa valores para o Ministério Público ou para o Poder Judiciário. Jamais paguei qualquer valor a qualquer autoridade. Ocorre que, para mostrar força e impressionar o meu interlocutor, referi-me aos valores como se partissem da Assembleia.
6.Quando me referi à devolução de dinheiro para o André, na verdade quis dizer ao Governo do Estado, na ordem de R$ 2.000.000,00 e de R$ 6.000.000,00, é evidente — e não deixa margem a dúvidas — que reafirmei o que tem sido divulgado a todo instante durante a campanha eleitoral, de que com a redução do duodécimo em 21,875% e com as economias levadas a efeito pela Assembleia Legislativa e pelos Senhores Deputados Estaduais. A cada mês o Legislativo estadual gasta menos e com isso possibilita a redução do duodécimo e a devolução de valores repassados pelo Estado e não utilizados, beneficiando os demais Poderes e órgãos. Jamais a Assembleia ou os Deputados repassaram qualquer valor irregular ao Governador do Estado, no sentido que se quis dar ao que foi veiculado no vídeo.
7.Reafirmo a forma cortês, lhana e independente que o Governador trata a Assembleia Legislativa, assim como que toda a relação e o diálogo mantidos são sempre de autoridade e em nome dos Poderes.
8.No que toca à referência feita ao Desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, esclareço que com ele estive tão somente para saber se era verdade que fora feito outro pedido de prisão contra o Prefeito de Dourados pelo Ministério Público estadual, ao que este negou, informando-me que colocaria em julgamento, em breve, a denúncia do Ministério Público, para ser recebida ou não.
9.No dia 21/7/2010 referido Desembargador levou a julgamento a denúncia nos autos da Ação Penal n. 2010.025786-8 e a recebeu, o que demonstra que não houve qualquer benefício ao Prefeito, por parte do Desembargador ou de qualquer outra autoridade do Estado ou do Tribunal de Justiça.
10.Por ocasião do pedido de prisão formulado na primeira operação policial em que o Prefeito se envolveu, não estive com o Desembargador Claudionor, nem com ele ou com qualquer pessoa tratei a respeito, até porque quando o assunto veio ao público a questão já havia sido decidida pelo Tribunal.
11.Reafirmo publicamente que nutro profundo respeito e admiração pelo Desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, a quem considero um excepcional homem público, tido como um dos mais brilhantes Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, pelo seu notório saber jurídico e pela postura e rapidez com que julga todas as questões colocadas sob a sua relatoria.
12.Jamais exerci qualquer influência junto ao Ministério Público estadual, sobretudo à pessoa do ex-Procurador-Geral de Justiça Miguel Vieira da Silva, em favor do Prefeito Municipal de Dourados, tanto que na primeira operação policial o Ministério Público requereu a busca e apreensão de bens e documentos, a prisão e o afastamento dele, tendo ofertado denúncia. Na segunda operação as mesmas providências foram adotadas, o que demonstra que o órgão ministerial agiu com total zelo pela aplicação da lei penal, sem qualquer ingerência da minha parte ou de qualquer pessoa.
13.Quanto à afirmação de que cada Deputado Estadual receberia R$ 120.000,00 por mês, evidente que quis referir-me ao valor total do custo do gabinete de cada um, considerando os subsídios, as verbas de gabinete e indenizatória e a remuneração dos servidores diretamente relacionados a cada Deputado.
14.Registro que o diálogo mantido com Eleandro Passaia teve por objetivo de sua parte - supunha eu - ajudar ao seu chefe Prefeito Ari Artuzi; da minha, influenciar um assessor próximo e de confiança deste para tentar obter o seu apoio nas eleições próximas, razão de procurar evidenciar força.
Reafirmo meu compromisso com a democracia e a independência dos poderes, que defendi ao longo de toda a minha vida pública, nos seis mandatos de Deputado Estadual e um de Vice-Governador, que jamais foi manchada por qualquer ato ímprobo ou que colocasse em dúvida minha honradez e lealdade ao Estado ou às autoridades constituídas, a quem, reitero, nutro profundo e total respeito.
Campo Grande, MS, 22 de setembro de 2010.
Ary Rigo
Deputado Estadual

CASO URAGANO

Santini reafirma: TRE-MS vai apurar compra de voto e uso da máquina pública nas eleições

Éser Cáceres
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, Luis Carlos Santini, reafirmou que serão apuradas todas as denúncias de utilização da máquina pública ou sobre compra de votos nas Eleições 2010. Ele falou do assunto na decisão que aceitou a requisição de Força Federal para acompanhar as eleições em Dourados, nesta quinta-feira (23).
"Quanto à utilização da máquina pública e compra de votos ou qualquer outro ilícito de natureza eleitoral, esta Corte Regional, em sua competência constitucional, tem apurado e vai continuar apurando de acordo com sua função institucional", garantiu o desembargador.
Santini falou aos demais desembargadores citando editorial do jornal Midiamax veiculado nesta semana após a explosão do escândalo de suposto esquema de propinas no Parque dos Poderes envolvendo o governador, os deputados e o poder judiciário sul-mato-grossense.
O presidente do TRE-MS disse que o editorial "Parque da Barbárie" foi "um pouco longe", mas aproveitou o conteúdo para explicar o processo de certificação das urnas eletrônicas que serão utilizadas em Mato Grosso do Sul no próximo dia 3 de outubro.
Força Federal em Dourados
Na Decisão do Processo Administrativo 4441-36.2010.6.0000, de interesse da 43’ Zona Eleitoral, que requisitou Força Nacional para acompanhar as eleições no município, Santini deferiu o pedido e encaminhou a requisição para o TSE.


Manifesto contra a corrupção será feito amanhã em frente ao MPF


Liziane Berrocal

Em continuidade às manifestações iniciadas após o vazamento de um vídeo na internet, entidades sindicais, estudantis e da sociedade civil realizarão novo ato amanhã em frente a sede do MPF (Ministério Público Federal).
As manifestações são contra o suposto esquema de corrupção revelados em um vídeo que o deputado estadual Ary Rigo aparece falando sobre pagamentos de propinas para o governador André Puccinelli e membros do judiciário e do MPE.
Segundo os organizadores será entregue ao MPF um documento pedindo empenho e providência na investigação das declarações de Rigo.
A organização informou ainda, que considerando a decisão do juiz eleitoral Fernando Paes de Campos, de solicitar que seja cancelada a passeata programada para o próximo sábado (25). A coligação “Amor, Trabalho e Fé”, do candidato a reeleição André Puccinelli, do PMDB, entrou com recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que fosse suspenso ato.
Os manifestantes realizam ações desde ontem e já foram a sede da Polícia Federal, Assembleia Legislativa e Ministério Público Estadual. Os sindicalistas e trabalhadores reclamam do esquema de propina revelado na última semana, quando em vídeo divulgado na internet, o deputado estadual Ary Rigo fala sobre a distribuição de um suposto “mensalão” em MS, onde o governador André Puccinelli receberia R$ 2 milhões mensais.

Investigação já ameaça mandato de Ary Rigo


Celso Bejarano e Valdelice Bonifácio

O deputado estadual Ary Rigo, do PSDB, será investigado pela corregedoria da Assembleia Legislativa por conta de suas declarações que circulam num vídeo exibido no You Tube desde anteontem.
O parlamentar afirma na gravação que parte do dinheiro do Poder Legislativo captado por meio do duodécimo é distribuído ao governador do Estado, André Puccinelli, do PMDB, ao Poder Judiciário e até ao Ministério Público Estadual.
O recurso “doado” seria um meio de pagar favores pedidos pelo parlamentar, que ocupa o sexto mandato de deputado. Hoje ele é primeiro-secretário da Casa, cargo cuja missão é mexer com o dinheiro que cai na conta da Assembleia, algo em torno de R$ 181 milhões anuais.
A investigação foi anunciada no fim da sessão de hoje que, como ontem, foi marcada por um forte protesto contra os parlamentares.
No vídeo, Rigo afirma que cada deputado estadual receberia uma cota mensal de R$ 120 mil e que essa quantia seria reduzida agora para R$ 42 mil.
O corregedor da Assembleia, o deputado estadual Maurício Picarelli, do PMDB, disse que na semana que vem deve ouvir Ary Rigo. A partir dali, ele produz um relatório acerca do depoimento e vê se há ou não a necessidade de abertura de investigação.
Se a questão for levada adiante, segundo Picarelli, Rigo deve enfrentar uma comissão de ética, que pode definir, em caso extremo, até pela cassação do mandato do tucano. Quebra de decoro parlamentar seria o motivo da cassação do deputado.
Para Picarelli, as declarações de Rigo deixaram os deputados em situação “constrangedora”. Ontem e hoje, as sessões foram suspensas por conta das vaias dirigidas aos deputados.
Ontem, Rigo disse que o vídeo foi editado com a intenção de prejudicá-lo (ver material logo abaixo).
A conversa de Ary Rigo foi captada por meio de equipamentos da Polícia Federal usado pelo jornalista Eleandro Passaia, ex-secretário da prefeitura de Dourados.
Sob orientação da PF, Passaia gravou diálogos com políticos envolvidos num esquema de fraudes em licitações no município.
Por conta da espionagem do jornalista, 28 pessoas foram detidas pela PF, entre elas o prefeito de Dourados, Ari Artuzzi, o vice e novo dos 12 vereadores do município.


Vídeo falso: Delegado da Polícia Federal diz que vice de Zeca não foi citada nas investigações da Uragano


Da Redação

Vítima de montagem feita em vídeo no qual tentam vincular seu nome ao esquema de propina no Parque dos Poderes, revelado em conversa do deputado Ary Rigo, gravado pelo jornalista Eleandro Passaia, que contribiu com a Polícia Federal na investigação de corrupção em Dourados, que culminou com a prisão de 28 pessoas, a advogada e professora universitária, Tatiana Ujacow, foi hoje à Polícia Federal pedir investigação.

No vídeo, a edição usa o nome da ex-secretária de Administração de Dourados, Tatiane Moreno, que foi presa na operação Uragano, para inserir, maldosa e fraudulentamente o nome da vice de Zeca do PT.
Recebida pelo delegado Bráulio Galloni, responsável pelas investigações da operação Uragano, Tatiana formalizou pedido de esclarecimento à opinião pública sobre a exploração criminosa da qual era vítima, com a divulgação do vídeo falso em alguns órgãos da imprensa. "Sequer ligaram para conhecer minha versão, criticou duramente Tatiana"
No início da noite, o delegado Bráulio Galloni assina mensagem à candidata a vice de Zeca do PT na qual atesta que Tatiana Ujacow não é a Tatiana mencionada no vídeo. Acrescenta ainda que Tatiana Ujacow sequer foi citada nas investigações da operação denominda Uragano, ou seja, ela não tem nenhuma participação nos escândalos de corrupção.
Tatiana reiterou ao Midiamax que lamenta que na reta final da campanha àqueles enlameados pela corrupção tentam desviar a atenção da população. "Ao invés de se explicarem, se é que há explicação, usam de mecanismos rasteiros".
Precisamos, agora, identificar os responsáveis por essa baixaria. "Vou até o final desta história, como cidadã e em nome da honra de tantos cidadãos que estão sendo supostamente roubados por essa quadrilha".
Tatiana acrescentou que a assessoria jurídica já examina as medidas contra aqueles que mantiveram a exibição do vídeo, como o site Campo Grande News, que veicula em Campo Grande, mesmo após sua afirmação de que o vídeo era montagem e o próprio jornalista Eleandro Passaia ter declarado que a gravação era falsa, pois ela jamais teria sido citada no trabalho investigativo no qual ele colaborou com a Polícia Federal.
Leia na íntegra a solicitação e a resposta da Polícia Federal:
Prezado Dr. Bráulio Galloni:
Considerando vídeo editado, postado na data de ontem, no site YOU TUBE, no qual aparece o Deputado Ary Rigo em entrevista com o então secretário Eleandro Passaia, durante o qual há edição e citação do nome Tatiana e referência na chamada como se fosse a minha pessoa, solicito que V. Senhoria esclareça ao nome de quem o parlamentar estava se referindo.

Solicito, a que V. Senhoria informe se durante as investigações da Operação Uragano houve qualquer referência ao meu nome.
Envio em anexo o vídeo que circula no YOU TUBE.

Atenciosamente,
Tatiana Azambuja Ujacow
 Em resposta ao vosso e-mail, infomo que no vídeo encaminhado em anexo, ao que parece editado, que circula pelo youtube (cuja versão original acabou vazando à imprensa, à revelia da Polícia Federal), a pessoa de Tatiana, ali mencionado, não se refere a vossa senhoria, cujo nome não foi sequer mencionado durante as investigações que culminaram na denominada operação URAGANO.
Atenciosamente,
Bráulio Cézar da S. Galloni

Delegado de Polícia Federal

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

População grita "Fora Puccinelli e cambada de ladrão" e sessão da Assembléia é encerrada

Ao som de "Fora Puccinelli e cambada de ladrão", a mesa diretora da Assembléia Legislativa de MS encerrou mais uma sessão tumultuada e marcada pela manifestação que lotou o plenário da casa.


O presidente do parlamento sul-mato-grossense, Jerson Domingos (PMDB), foi vaiado por cerca de 3 minutos pelos manifestantes quando tentou pedir silêncio.
Os deputados governistas permaneceram calados durante toda a sessão e os oposicionistas reclamaram da atitude do governador André Puccinelli (PMDB), que, segundo eles, estaria tentando desviar a atenção da gravidade das denúncias sobre supostas propinas que afetam os très poderes em MS.
"Independente de eu ser do PT, sou cidadão de Mato Grosso do Sul e exijo explicações sérias, não podemos deixar usarem isso como uma questão apenas da eleição, pois as denúncias não serão esquecidas após 3 de outubro", disse Pedro Teruel (PT). Ele foi aplaudido pelos manifestantes.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O ESCANDALO ARI RIGO

OAB exige investigação e diz que denúncia de propina no Parque dos Poderes é "gravíssima"




A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul já emitiu nota à imprensa exigindo investigação sobre o vídeo que circula na internet com gravação de declarações do deputado estadual Ary Rigo entregando um esquema de distribuição de dinheiro entre diversas autoridades estaduais como o governador André Pucinelli, a Assembléia Legislativa e desembargadores do TJ-MS.

A OAB classifica como "gravíssimas" as denúncias. “É preciso investigar e punir os eventuais responsáveis por práticas que não condizem com pessoas e instituições públicas”, ressaltou o vice-presidente da entidade, que assina a nota. O presidente, Leonardo Duarte, não se manifestou até o momento.
Veja a nota, na íntegra, enviada pela assessoria de imprensa.
OAB/MS exige a apuração das denúncias feitas em vídeo que circula na internet
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, exige a imediata apuração das denúncias que estão circulando no Youtube e em vários sites de notícia. “Os fatos relatados no vídeo que circula na internet devem ser esclarecidos pelo bem da sociedade sul-mato-grossense”, disse o vice-presidente da OAB/MS, Júlio César Souza Rodrigues.
Na avaliação da Seccional de Mato Grosso do Sul, as denúncias são gravíssimas porque envolvem altas autoridades do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário. “É preciso investigar e punir os eventuais responsáveis por práticas que não condizem com pessoas e instituições públicas”, ressaltou o vice-presidente da entidade.

Escândalo: Rigo revela como funcionaria corrupção entre a Assembléia, Governo do Estado e Judiciário

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Ary Rigo, 63, do PSDB, num diálogo supostamente gravado pelo jornalista Eleandro Passaia, revelou uma trama que, se levada a cabo e devidamente investigada, deve estremecer os três poderes sul-mato-grossenses.

Nas gravações, o parlamentar diz, por exemplo, que a Assembleia repassa R$ 2 milhões mensais ao governador André Puccinelli (PMDB), que pagaria ao Ministério Público Estadual para trancar investigação e que daria dinheiro a um desembargador do TJ-MS.
Todo o diálogo foi gravado em prédio reconhecido como sala da Prefeitura de Dourados, e corre no Youtube, além de redes sociais de sul-mato-grossenses. Eles foram postados no site de vídeos online no perfil do usuário "uploaders100" e está dividido em cinco partes.
Passaia atuou como espião durante a Uragano, operação da PF que pôs 28 pessoas na cadeia, uma delas o prefeito Ari Artuzzi, de Dourados. Os envolvidos estão sendo procurados pela reportagem neste momento, mas todos dizem que estão tomando conhecimento da gravidade da gravação para se manifestarem. As manifestações oficiais dos citados que já se manifestaram estão nas matérias relacionadas abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=5dM2b9A_icw&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=4W4kUEoS5BM&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=zN0jD-j0tJk&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=0hQdiE3Fs5k&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=5dM2b9A_icw&feature=player_embedded



Revista Veja já repercute escândalo de propinas no Parque dos Poderes


Celso Bejarano
A coluna do jornalista Ricardo Seti, da revista Veja, maior em publicação do Brasil, noticiou o episódio que agitou a política sul-mato-grossense nesta terça-feira.
Em vídeo, o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Ary Rigo, do PSDB, revela uma trama que consistia na distribuição de dinheiro até para o governador do Estado, André Puccinelli, do PMDB, candidato à reeleição.
No texto, Seti afirma que a gravação postada hoje no youtube, vai provocar um terremoto no Judiciário e no Ministério Público Estadual.
Leia o texto publicado às 16h36 minutos na coluna Política & Cia da Veja
Caso confirmado o conteúdo de um diálogo que o jornalista Eleandro Passaia gravou com o deputado Ary Rigo (PSDB), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, vai cair à casa do governador André Pucinelli (PMDB), candidato à reeleição, e, de quebra, provocar um terremoto no Judiciário e no Ministério Público do estado.
O jornalista serviu como espião para a Polícia Federal durante a chamada “Operação Uragano” (“furacão”, em italiano), que levou várias pessoas para a cadeia, inclusive o prefeito de Dourados, Ari Artuzzi (PDT).
No diálogo que gravou, o deputado diz, entre outras coisas de estarrecer, que a Assembleia repassa 2 milhões de reais mensais ao governador André Puccinelli, que por sua vez paga o Ministério Público Estadual para trancar investigações incômodas, além de molhar a mão de pelo menos um desembargador do Tribunal de Justiça para que defenda seus interesses.
Veja o link: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/gravacao-incrimina-governador-do-ms-em-corrupcao/




Escândalo de propina no Parque dos Poderes: Estadão dá destaque ao vídeo que revelou escândalo em MS


Liziane Berrocal

O Jornal Estadão, em versão on-line, deu destaque ao vídeo que hoje mostrou mais um capítulo do escândalo de corrupção no Parque dos Poderes. Com o título: “Em vídeo, deputado acusa Puccinelli de corrupção”, a matéria diz que a “farra das propinas”, que foi constada na Câmara e na prefeitura de Dourados ganhou proporcões maiores com a divulgação do vídeo onde o deputado estadual Ary Rigo diz que além de Puccinelli, mebros do judiciário e do Ministério Público Estadual recebem propinas.
Em outra matéria, o assunto é o mesmo, porém o vídeo é disponibilizado para que os leitores assistam.
Leia as matérias na íntegra nos links:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,declaracoes-de-aliado-em-video-comprometem-governador-andre-puccinelli-no-ms,613233,0.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-video-deputado-acusa-puccinelli-de-corrupcao,613235,0.htm



Escândalo de propina no Parque dos Poderes: TJ-MS diz que aguarda providências do MPE


Liziane Berrocal
O desembargador Paulo Alfeu Puccinelli divulgou há pouco por meio de nota oficial no site que aguardará as providências que já foram tomadas pelo Ministério Público Estadual.
A manifestação é devido ao vídeo divulgado hoje na internet e publicado na imprensa. No vídeo, o deputado estadual Ary Rigo fala como funciona o esquema de corrupção em MS, citando que pagava propina a um desembargador do TJ-MS.
No vídeo o deputado cita que também haveria repasse de propina ao governador André Puccinelli e membros do MPE.
Sem citar o nome de Rigo, a nota afirma que vai interpelar judicialmente o denunciante do vídeo que hoje revelou um escândalo de corrupção no Estado.
Segundo o TJ todo dinheiro é auditado pelo TJ e constam no orçamento e que podem ser vistos no site de Transparência do Tribunal.


Justiça apreende 1,3 mil garrafas de cerveja em comitê da coligação "Amor, Trabalho e Fé"


Hélder Rafael

A justiça eleitoral apreendeu pelo menos 1,3 mil garrafas de cerveja, 120 caixas de latinhas e oito fardos de refrigerante no comitê da coligação “Amor, Trabalho e Fé”. A apreensão aconteceu na tarde da última sexta-feira (17) em Caracol, região Sudoeste do Estado e a equipe de fiscalização constatou que as bebidas estavam dentro do comitê, na avenida Brasil, esquina com a rua Princesa Isabel.
A ação foi coordenada pelo juiz da 17ª Zona Eleitoral de Bela Vista, Caio Márcio de Britto, e o recolhimento do material apreendido contou com a colaboração da Polícia Militar de Caracol. Os produtos foram encaminhados para Bela Vista, sede da comarca.
A defesa já apresentou sua versão para os fatos, e o Ministério Público Eleitoral ainda deve ser ouvido no caso. Se for comprovada a irregularidade na conduta, a justiça pode pedir o cancelamento do registro da candidatura ou a cassação do diploma dos envolvidos. As medidas estão previstas na resolução 23.191/2009, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Procurados pela reportagem para comentar o assunto, os responsáveis pelo comitê em Caracol não foram localizados. Em Campo Grande, a coordenação da coligação "Amor, Trabalho e Fé" foi localizada por telefone e prometeu posicionamento assim que tivesse informações. Até a publicação não houve resposta.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Hospital de Bonito está sob intervenção e junta assina TAC com MPE

O MPE firmou na última sexta-feira (17) um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Prefeitura de Bonito, para garantir melhorias de atendimento no Hospital Darcy João Bigaton, que vem sendo alvo de reclamações e até mesmo inquérito civil.

De acordo com o MPE o termo foi assinado após o inquérito averiguar problemas como falta de materiais, falta de atendimento médico em alguns plantões, equipamentos quebrados e falta de corpo clínico responsável.
“A Promotoria de Justiça de Bonito vem investigando o caso desde o ano passado e, agora, resolveu intervir de forma mais urgente porque os problemas chegaram ao ponto de prejudicar o atendimento à população”, afirmou o Promotor de Justiça de Bonito Luciano Loubet ao MPE.
Pelo acordo assinado, o município de Bonito assume o hospital por meio de uma junta interventora pelo prazo de três anos, e deverá adotar medidas que auxiliem na melhora do atendimento à população, dentre elas a nomeação de direção técnica, a convocação de direção clínica, implantação de um sistema integrado de atendimento com os postos de saúde, a realização de escalas de plantões, além de criação de uma página de transparência na internet, onde deverão constar as prestações de contas do hospital.
Outra exigência do MPE é a realização de uma auditoria técnica, contábil, fiscal e financeira para levantar o montante de dívidas do hospital, o valor da arrecadação, o patrimônio detalhado, as falhas organizacionais, de gestão e sugestões para resolução das mesmas, além de estabelecer parâmetros e padrões de eficiência e qualidade no atendimento.
Também na última sexta, o local foi palco de uma confusão envolvendo o médico Stenfenson Dayhan Macedo Nunes que foi denunciado na Delegacia de Bonito pelo crime de peculato e falsidade ideológica por ter se apropriado de uma ampola de dolantina e se automedicado, a junta interventora que estava em reunião no momento da confusão, para assinar justamente o TAC proposto pelo MPE.
O secretário municipal de Saúde, Leonel Lemos de Souza Brito, o Leleco. foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado e não retornou as ligações.

Camapuã: mais um hospital está sob intervenção no Estado

Mais um hospital do interior está sob intervenção no Estado. Dessa vez é o hospital municipal de Camapuã. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE) a 2ª Promotoria de Justiça de Camapuã por meio do Promotor de Justiça Fabrício Proença de Azambuja celebrou um Termo de Ajustamento de Conduta que prevê a intervenção municipal e estadual do hospital do município.

A informação é que o acordo com assinado com a Prefeitura o Estado e a Sociedade de Proteção a Maternidade e Infância de Camapuã. A intenção da assinatura de um TAC (termo de ajustamento de conduta) é assegurar a prestação de serviço hospitalar na cidade em regime de plantão de urgência e emergência ajuizou ação civil pública, em 2007, pois o hospital apresentava atendimento precário à população.
Um levantamento feito pelo MPE mostrou que o atendimento do hospital é alvo de freqüentes reclamações por parte dos usuários, já que os médicos, em alguns casos, se recusam a atender os cidadãos ou não estão presentes nas dependências do hospital, realizando o chamado “plantão à distância”.
O “plantão à distância” é quando o médico fica a disposição através do telefone celular. Esse tipo de atendimento ficou proibido e a população deverá ser atendida diuturnamente.
Uma auditoria será realizada por técnicos e auditores enviados pelo governo estadual que vão orientar e fiscalizar a junta administrativa.
Valores
Segundo o convênio celebrado entre município e o hospital, assegurava o repasse mensal de R$ 45 mil em dinheiro, e o convênio cobria também os remédios utilizados para atendimento de urgência e emergência, bem como o pagamento dos plantões diurnos dos médicos plantonistas, de segunda a sexta-feira, excetos nos finais de semana e feriados.
Agora, prefeitura e estado deverão repassar juntos R$ 107.598,88 para o hospital, sendo que R$ 53 mil será repassado pelo Estado. Os repasses ser usado para assegurar o atendimento hospitalar à população.
Os repasses poderão melhorar a situação financeira do local que segundo o MPE é considerada “caótica” e até a administração do hospital enfrenta problema, pois em agosto a diretoria do hospital renunciou e nenhum associado se mostrou interessado em assumir a presidência ou fazer parte da diretoria deixando a instituição sem comando.
Junta interventora
Na assinatura do acordo, uma das prerrogativas é que a prefeitura nomeie o presidente da junta administrativa, que deve ser composta por três nomes e preferencialmente tenha conhecimento em administração hospitalar.
O escolhido assina um termo de compromisso formal e não recebe nada para ser um dos interventores.
Estão entre as exigências ainda o levantamento de documentação e todos os bens do hospital, cadastro de reserva de profissionais médicos interessados em exercer atividade no hospital; análise e revisão dos contratos de serviços terceirizados, discriminando os prazos, custo e benefício, recebimentos e pagamentos, apontando os lucros e déficits. As compras deverão ser por registro de preços, pregão Eletrônico ou outro meio recomendado pelas auditorias.

MPF apura uso de cestas básicas com cunho eleitoral por servidores do Incra

O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) apontou irregularidades na distribuição de cestas básicas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em quatro acampamentos localizados no município de Dourados.

As investigações mostraram que 94% dos beneficiários apenas comparecem aos locais para receber as cestas de alimentos. Das 297 famílias de trabalhadores rurais cadastradas pelo órgão, somente 16 efetivamente moram nos acampamentos. O MPF avalia o prejuízo em R$ 19 mil mensais.
As inspeções do MPF revelaram, ainda, indícios de desvio e venda de cestas básicas por presidentes de sindicatos e líderes de acampamentos. As denúncias são investigadas em inquéritos na Polícia Federal que também apuram suspeitas de exploração das cestas com cunho eleitoral por servidores do Incra.
Em julho de 2010, o MPF visitou acampamentos no município de Dourados. Foram encontrados barracos praticamente abandonados, sem utensílios domésticos e que não apresentavam qualquer indício de criação de animais ou plantações.
Verificou-se que a imensa maioria dos beneficiários apenas comparece aos acampamentos para receber as cestas básicas. Foi encontrada até uma "tabela de pontuação", destinada a premiar aqueles que permanecessem acampados por maior período.
Estas cestas deveriam ser entregues para quem vive em situação de 'insegurança alimentar'. No entanto, a investigação verificou que, em geral, os alimentos são distribuídos para moradores das cidades próximas que não se enquadram neste perfil.
As cestas básicas distribuídas nos acampamentos inspecionados pelo MPF custam, em média, 68 reais cada. Para atender as 281 famílias cadastradas e que só aparecem para receber as cestas, são desperdiçados mais de 19 mil reais mensais.
Além disso, 30% das comprovações de entrega dos alimentos não possuem assinatura dos beneficiários. Ainda assim, de maio de 2009 a junho de 2010, houve a solicitação de outras 2.070 cestas de alimentos para serem distribuídas em Mato Grosso do Sul .
Apuração
O MPF/MS recomendou ao Incra para que a entrega de cestas de alimentos seja realizada com o preenchimento de um Termo de Declaração que certifique a moradia no acampamento. Recomendou-se também que os alimentos sejam entregues por servidores do Incra diretamente aos acampados, com recibos que contenham nome, CPF e assinatura do beneficiário.
Além disso, cada novo cadastro deve ser comprovado e comunicado ao Incra. Caso haja irregularidades no cadastro de beneficiários, os responsáveis estarão sujeitos a penalidades previstas na legislação criminal.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma abre 30 pontos sobre Serra

A menos de duas semanas das eleições, a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), abriu 30 pontos de diferença em relação a José Serra (PSDB) no tracking Vox Populi/Band/iG. A ex-ministra da Casa Civil segue com 53% das intenções de voto, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira. Já o tucano soma 23%, um ponto a menos que na medição anterior.


Marina Silva, do PV, segue com 9%. O quadro garantiria a eleição da petista logo no primeiro turno.

A diferença entre os dois principais candidatos já foi maior. No dia 6 de setembro, por exemplo, o tracking apontou distância de 35 pontos entre Dilma e Serra. Na última semana, no entanto, após a divulgação de notícias de suspeitas envolvendo o governo federal e a campanha petista, a diferença chegou a 27 pontos. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
O número de eleitores que ainda se dizem indecisos ou não responderam em quem pretendem votar é de 10%. Brancos e nulos seguem com 4%. Outros candidatos, juntos, somam 1% das intenções de voto.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, Dilma é também a candidata mais lembrada: 45%, contra 19% de José Serra e 7% de Marina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ainda lembrado por 2% dos eleitores.
A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2.000 pessoas. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

200 PMs cercam Câmara de Dourados para evitar novos conflitos com manifestantes

Ao menos de duzentos policiais militares estão cercando a Câmara Municipal de Dourados desde as 16h quando a Avenida Marcelino Pires e as ruas laterais foram fechadas com cavaletes para evitar que manifestantes voltem a promover quebra-quebra começou aconteceu na segunda-feira passada.

A informação foi prestada pelo capitão da Policia Militar Carlos Silva que comanda a operação para garantir a segurança dos vereadores, dos jornalistas credenciados e de 262 pessoas que vão assistir à sessão que começa às 18h.
Hoje serão realizadas duas sessões ordinárias conforme afirmou a presidente da Câmara Délia Razuk (PMDB). A primeira sessão será para eleger o primeiro-secretário da Câmara já que o vereador Humberto Teixeira Junior que continua preso renunciou o cargo na última sexta-feira.
A segunda sessão começaria às 19h quando a vereadora Délia Razuk tomaria posse como prefeita e logo em seguida seriam escolhidos os nomes da Comissão Processante que visa cassar o mandato do prefeito Ari Artuzi (Sem partido) por determinação do relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou os desvios de recursos na área de saúde. A posse, contudo, foi suspensa.
Representantes de entidades ligadas ao CRDP (Comitê Regional de Defesa Popular) já estão em frente do prédio da Câmara e afirmam que vão continuar os protestos contra a corrupção e pedir que os vereadores envolvidos na Operação Uragano renunciem aos seus cargos.
Conforme informações da diretora da Câmara, Margarida Gaigher, apenas os jornalistas previamente credenciados poderão assistir a sessão além das primeiras 262 pessoas, o mesmo número de cadeiras existentes no plenário da Câmara.

Juiz-prefeito desmarca posse de Délia Razuk

Ao contrário do noticiado pela própria presidente da Câmara dos Vereadores de Dourados, Délia Rakuk, do PMDB, ela não será empossada hoje prefeita da cidade. A cerimônia aconteceria às 18h desta segunda-feira, na sede da Câmara.

Ainda não se sabe o motivo da mudança. Foi a vereadora Délia quem disse ao Midiamax, há pouco, que não assumiria mais a prefeitura nesta segunda-feira. Ela informou que recebera um comunicado do presidente do fórum do município, o juiz Eduardo Machado Rocha, prefeito interino, desmarcando a posse.
O magistrado ocupa a vaga do prefeito Ari Artuzi, sem partido, preso no dia 1º deste mês por envolvimento com esquema de fraude. Artuzi foi afastado do cargo por determinação judicial. Assumiria o lugar dele o vice-prefeito da cidade, Carlinhos Cantor, do PR, também preso. Cantor pediu liberdade, mas a Justiça indeferiu o pedido hoje. Ele moveu outro recurso.
Juristas ouvidos pelo Midiamax disseram que a posse de Délia fora desmarcada por uma “falha jurídica”. O vice-prefeito deve ser comunicado e, num prazo de dez dias, ele responde se aceita assumir a prefeitura ou não. Ocorre que a prisão dele é um fator determinante que pode impedi-lo de chefiar o município.

sábado, 18 de setembro de 2010

"Bruno tentou se matar várias vezes", diz Macarrão

Mesmo tendo se recusado a falar sobre o crime a que responde pelo sequestro de Eliza Samudio em juízo, Macarrão pediu a palavra na audiência desta sexta-feira (17) e disse não estar mais aguentando a situação.

“Estamos presos há 70 dias e Bruno já tentou se matar várias vezes. É só isso o que tenho pra dizer. O que tinha pra falar, eu já disse na delegacia”, resumiu o amigo do goleiro, após a saída do atleta da sala, que também se recusou a falar sobre a acusação em juízo. As informações foram passadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio. A audiência aconteceu no Fórum de Jacarepaguá, na Zona Oeste. Eles voltaram para o presídio de Bangu 2, onde estão presos.
Os dois respondem por sequestro e lesão corporal, que teria acontecido em 2009. Na época, ela estava grávida e registrou queixa na delegacia acusando os dois de a terem levado para um apartamento do jogador e a obrigado a ingerir remédios abortivos.
Bruno e Macarrão estão presos desde julho por outro crime. Eles também são réus no processo que investiga a morte de Eliza Samudio na Justiça de Minas Gerais. Eles vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Eles negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos. A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.
Macarrão impediu goleiro de cometer suicídio, diz advogado O advogado dos dois, Ércio Quaresma, afirmou que só soube das tentativas de suicídio de Bruno horas antes da audiência, por Macarrão. Segundo o advogado, o goleiro e o amigo estão presos na mesma cela e Macarrão foi quem impediu Bruno de se matar.
"Se ele tinha aparência de tranqüilidade de antes das acusações, essa tranqüilidade não existe mais. Este é o nono desmaio que ele sofre desde que foi preso. Macarrão o pegou fazendo uma teresa (uma espécie de corda com tecidos ou roupas amarrados) para se enforcar", contou Quaresma, que afirmou que vai pedir a assistência de um psiquiatra para o atleta na prisão.
Antes de Bruno e Macarrão se negarem a falar em juízo nesta sexta, os depoimentos das testemunhas de defesa duraram 1h40.

Prazo para solicitar a 2ª via do título eleitoral termina dia 23

O prazo para que eleitores solicitem a segunda via do título termina dia 23 de setembro.

A partir destas eleições, os eleitores são obrigados a apresentar o título de eleitor e um documento oficial com foto. Antes, era preciso levar apenas um dos dois.
Só poderão pedir a impressão do título os eleitores que se cadastraram até o dia 5 de maio.
Como documento oficial serão aceitos a carteira de identidade, carteira de trabalho ou de habilitação com foto, reservista e passaporte. Já as certidões de nascimento ou casamento não serão admitidas.
PERDIDO OU ROUBADO
O eleitor que não tenha mais seu título --foi roubado ou sumiu, por exemplo-- deverá se dirigir a qualquer cartório eleitoral de seu Estado, inclusive numa cidade que não seja a sua de residência, para solicitar a segunda via. Basta levar um documento de identidade.
Nenhum dado poderá ser alterado. O local de votação, portanto, será o mesmo que constava do título de eleitor desaparecido --ainda que a segunda via tenha sido tirada em outra cidade.
Não serão emitidos, durante o plantão deste fim de semana, novos títulos de eleitor. Só poderão votar nas eleições deste ano as pessoas que tiraram seus títulos originais até o dia 5 de maio.
GRATUITA
Os cartórios não cobram taxa para imprimir a segunda via, e o título de eleitor fica pronto na hora.
O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 3 de outubro, um domingo. O segundo turno, onde houver, será realizado no dia 31 de outubro, também um domingo.
Serão eleitos presidente da República, senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais. Neste ano, os eleitores deverão votar em dois senadores.
Recomenda-se que o eleitor leve uma "cola" com os números de seus candidatos.
O Brasil tem, segundo a Justiça Eleitoral, cerca de 136 milhões de eleitores. O voto é obrigatório para todos os brasileiros maiores de 18 anos e menores de 70. Para os analfabetos e os que têm de 16 a 18 anos ou mais de 70 anos, é facultativo.

André assina em Brasília financiamento de US$ 300 milhões do BIRD

O governador André Puccinelli assinou hoje (16) com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) a contratação de US$ 300 milhões (trezentos milhões de dólares americanos) para investir no “Projeto de Transportes Rodoviários – Programa de Transportes e de Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul” (PDE/MS). André Puccinelli e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, a América Latina e o Caribe, Makhtar Diop assinaram o contrato, na sede do Banco em Brasília, às 8 horas (horário de MS).

Na mesma cerimônia foi assinado o Contrato de Garantia do empréstimo, entre a União, representada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional/Ministério da Fazenda e o Bird. A modalidade da contratação dos recursos é de margem variável e o prazo de desembolso, até 30 de junho de 2015. A amortização do saldo devedor vai ser feita em parcelas semestrais, sucessivas, pagas em 15 de março e 15 de setembro de cada ano. O Estado negociou um prazo de carência de dez anos, que coloca o vencimento da primeira parcela em 15 de setembro de 2020, e a última, em 15 de março de 2035.
Obras
Com os recursos do BIRD serão recuperados 750 quilômetros de rodovias pavimentadas e asfaltados outros 450 quilômetros. O projeto inclui ações de terraplenagem localizada e realinhamentos de curvas, fortalecimento de leito e pavimentação; substituição de pontes, fortalecimento ou duplicação conforme necessário; melhoramento ou implantação de drenagem e sistemas de sinalização; e melhorias de segurança da estrada, incluindo a eliminação de locais críticos ou melhorias de interseções de estradas.
O montante do pacote que será financiado com empréstimo chega a US$ 375 milhões, porque o Estado participa diretamente com US$ 75 milhões de contrapartida. A primeira etapa de obras em diversas rodovias, que serão feitas com os recursos vindos diretamente do Bird, está com os processos de contratação adiantados.
Em uma fase seguinte, serão licitadas e contratadas as obras que contarão com o dinheiro da contrapartida. O planejamento do governo estadual prevê a execução completa em um prazo de cerca de três anos.
“Foi feito um estudo geral em todo o Estado, e identificadas as regiões com as principais necessidades. O programa tem como base essas prioridades”, explica o secretário de Meio Ambiente, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Menezes.
Novos caminhos
Chamado Programa de Transportes e de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Mato Grosso do Sul (PDE/MS), a iniciativa pretende dar suporte ao crescimento social e econômico. No norte do Estado, o programa vai abrir novos caminhos em uma vasta área desassistida de corredores de transporte rodoviário. “Exceto a BR-163, é uma região que carece de estrada, por exemplo, em direção a Leste, na divisa com Goiás e São Paulo. O programa vai adensar essa malha, assistindo preferencialmente na construção e pavimentação”, diz Menezes.
Nesse pacote de pavimento novo está a rodovia MS-436, no trecho Camapuã – Figueirão, região onde os custos de produção são altos, e a criação de alternativa para escoamento vai agregar competitividade. Está também a MS-112, Três Lagoas – Inocência (distrito de São Pedro); e a MS-306, em uma obra de complementação na rodovia, que vai se conectar à BR-359 (também em fase de asfaltamento em uma parceria dos governos federal e estadual). Na região do Vale do Ivinhema, mais ao sul do Estado, também haverá uma pavimentação nova, de um trecho muito solicitado da MS-274, entre Angélica e o distrito de Ipezal.
Esses empreendimentos todos constam da primeira fase de obras, já licitadas. O pacote de asfaltos novos vai contemplar, ainda, em uma fase seguinte, a MS-324, no trecho Água Clara – Inocência, no trecho do entroncamento com a BR-060, próximo ao hoje distrito de Paraíso. O próprio Estado garantirá diretamente os recursos para esse investimento.
Reabilitação
Rodovias já asfaltadas também serão alvos de investimentos, principalmente entre o sul e sudeste, em um conjunto de ações para recuperar os pavimentos. “Nessas intervenções, o programa vai priorizar rodovias com alto tráfego e com as piores condições, reestruturando a malha”, explica o secretário de Planejamento.
No pacote está mais um trecho da MS-306, entre a localidade chamada Cantina e o município de Cassilândia; as MS 124/377, entre Água Clara e Inocência; a MS-141, Naviraí – Ivinhema; a MS-145, Glória de Dourados – entroncamento com a BR-267; e a MS-276, entre o distrito de Indápolis e Deodápolis. Esse conjunto também integra a etapa inicial de obras de realibilitação.
Em uma fase seguinte, contando com a aplicação de contrapartida, o Estado vai licitar também as obras na MS-276/395, entre Batayporã e Brasilândia; e um pequeno trecho da MS-480, no entroncamento com a MS-276 e até Porto Primavera, na divisa com São Paulo.

Em nota, PF diz que Londres e Rigo não estão envolvidos em escândalos

O Delegado de Polícia, Bráulio Cezar da S. Galloni, da Delegacia da Polícia Federal de Dourados, divulgou nota de esclarecimento, sobre matéria veiculada junto ao blog do Jornalista Valfrido da Silva Melo (www.valfridosilva.com), com acusações gravíssimas e infundadas contra os Deputados Estaduais Londres Machado e Ary Rigo.

Segundo o blogueiro, os Deputados teriam sido alvo de pedido de prisão do Ministério Público Estadual, decorrente de um suposto envolvimento com o Prefeito de Dourados, Ari Artuzi.
A notícia não menciona o nome de qualquer Desembargador ou número de processo a respeito dos escândalos ocorridos na cidade de Dourados.
Como a acusação feita pelo blogueiro é gravíssima, por meio de sua Assessoria Jurídica , os Deputados requereram ao Delegado, Bráulio Cezar, um esclarecimento informando se realmente havia sofrido qualquer representação por parte da Polícia Federal, perante ao Ministério Público Estadual ou Tribunal de Justiça, pedindo suas prisões.
Em nota divulgada pelo Delegado e encaminhada à assessoria dos Deputados diz que:
“Em atenção á solicitação de Vossa Senhoria, informo que, até o momento, não houve representação, por parte desta autoridade, ao Ministério Público Estadual, de medida cautelar de restrição de liberdade em desfavor das pessoas nominadas”.
Atenciosamente
Bráulio Cezar da S. Galloni

Delegado de Polícia Federal

Londres Machado lamenta boatos sobre pedido de prisão

O deputado estadual e candidato à reeleção Londres Machado (PR) desmentiu os rumores sobre suposto pedido de prisão contra ele. Segundo informação que correm na internet nos últimos dois dias, a prisão do parlamentar teria sido solicitada em função das investigações de corrupção na prefeitura de Dourados.
Em contato com o Midiamax, Londres disse que pode haver pode haver motivação política "maldosa" na divulgação do boato, que chegou a ser veiculado por veículos de comunicação do estado. Ele lamentou o envolvimento de seu nome e disse que já obteve na justiça liminar exigindo a retirada das notícias em sites e blogs.
"Além de irresponsável, a veiculação dessas informações falsas atacaram diretamente minha honra, imagem e privacidade", concluiu. A assessoria do deputado distribuiu certidão criminal (veja acima), expedida nesta quinta-feira (16) pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, garantindo que, até esta data, nenhuma representação do Ministério Público Estadual havia requerido a prisão de Londres Machado.
Especulação e ansiedade
Desde o início dos rumores, há dois dias, a redação recebeu inúmeras ligações telefônicas e mensagens de leitores e políticos em busca de informações sobre o episódio. Diante da falta de informação oficial, o Midiamax optou por aguardar a manifestação dos envolvidos.

Justiça notifica jornalista sobre denúncias contra Rigo e Londres

Os deputados Ary Rigo e Londres Machado ingressaram ontem, na Justiça estadual, com representação contra o jornalista Valfrido Silva, responsável pelo blog www.valfridosilva.com, pedindo a retirada do texto postado por ele em que citava os dois parlamentares nos escândalos que tem como pivô principal o prefeito de Dourados, Ari Artuzi.

Com o texto intitulado “Compadrio Salva Londres e Rigo da Cadeia”, o blog de Valfrido Silva especula que os dois políticos teriam escapado de ser presos na operação “Uragano”, desencadeada pela Polícia Federal em Dourados, devido ao poder de influência que exerceriam sobre o Tribunal de Justiça, dada a posição que ocupam na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O Tribunal Regional Eleitoral deferiu pedido de liminar para que o blogueiro retire do ar essa citação, “devendo, ainda – conforme despacho da desembargadora Tânia Maria Borges, do TRE - se abster de divulgar o conteúdo desse texto nos demais meios de comunicação, bem como qualquer outro em que seja inserido o presente tema”. Além disso, Rigo e Londres conseguiram direito de resposta a respeito do uso dos respectivos nomes no blog.

Inmetro lança edital de concurso público para 254 vagas

Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) lançou edital de concurso público para 254 vagas - 165 de nível superior e 89 de nível médio. Os salários vão de R$ 1.678,28 a R$ 7.563,01.

Os cargos de nível superior são de analista executivo e pesquisador tecnologista, cujo requisito para a inscrição é diploma de instituição universitária reconhecida pelo MEC, de acordo com as áreas específicas do concurso.
O salário de analista executivo varia de R$ 5.964,34 a 7.563,01; de pesquisador-tecnologista, de R$ 5.964,34 a 7.563,01. Já o de assistente executivo em metrologia e qualidade varia de R$ 1.678,28 a 2.900,51; e o de técnico em metrologia e qualidade, de R$ 1.678,28 a 2.900,51.
Para os cargos de assistente executivo e técnico em metrologia e qualidade os requisitos são, respectivamente, diploma de conclusão de nível médio e de curso técnico em várias áreas.
A maioria das vagas é para o Rio de Janeiro, mas há chances para o Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, onde o candidato será efetivado em uma das agências regionais do Inmetro. Os aprovados para o Rio de Janeiro serão lotados na capital ou no distrito de Xérem, em Duque de Caxias, conforme as necessidades da instituição.
Das vagas de nível médio, 10 são para assistente executivo em metrologia e qualidade e 79 para técnico em metrologia e qualidade. De nível superior as vagas são distribuídas em 40 para analista executivo e 125 para pesquisador-tecnologista.
As áreas do cargo de analista executivo são as seguintes: assistente social (1); avaliação de conformidade (10); ciências contábeis (8); estatística (2); gestão pública (15); medicina cardiologia, ortopedia e traumatologia, psiquiatria e do trabalho (4).
Já para pesquisador, as oportunidades serão para as áreas de acreditação (17); análise de requisitos e qualidade de software (2); arquitetura de soluções de softwares (2); articulação internacional (3); ciência da computação (2); ciências econômicas (5); desenvolvimento de sistemas (2); educação à distância (4); engenharia civil, elétrica, eletrônica, mecânica, produção e segurança do trabalho (20);
Gestão da informação (2); governança de tecnologia da informação (2); infraestrutura e redes de tecnologia da informação (2); informática aplicada à metrologia legal (3); instrumentação em dinâmica dos fluidos (1); metrologia (43); microscopia eletrônica e forense (4); psicologia (1); recursos humanos (7) e tecnologia e inovação (3).
Para técnicos, as áreas são as seguintes: biotecnologia (4); contabilidade (2); elétrica (5); eletrônica (4); edificações (1); instrumentação (5); mecânica (5) e metrologia (53).
As inscrições devem ser feitas de 1 a 21 de outubro pelo site http://www.cespe.unb.br/concursos/inmetro20/. A taxa é de R$ 60 para cargo de nível médio e de R$ 120 para cargo de nível superior.
A seleção para os cargos de nível superior terá provas objetivas e discursiva, avaliação de títulos e experiência profissional. Para nível médio haverá provas objetivas e avaliação de títulos e experiência profissional.
Os exames serão realizados nas 26 capitais dos estados e no Distrito Federal.
As provas objetivas, para os cargos de nível superior, terão a duração total de 4 horas e a prova

discursiva, para os cargos de nível superior terá a duração total de 3 horas e serão aplicadas na data provável de 12 de dezembro, nos turnos da manhã e tarde, respectivamente.
As provas objetivas, para os cargos de nível médio, terão a duração total de 3 horas e serão aplicadas na data provável de 12 de dezembro, no turno da tarde.

Voluntários alertam população sobre mal de Alzheimer

O curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), junto com a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) estão com uma barraca na Praça Ari Coelho fazendo conscientização sobre o mal de Alzheimer, que começou às 7h e vai até às 12h.

O Alzheimer é uma doença que afeta inicialmente a região do hipocampo no cérebro – memória – que posteriormente pode se alastrar pelo órgão, comprometendo o sistema motor.
Segundo a Abraz, os primeiros sintomas do Alzheimeir pode ser pequenos esquecimentos, confusão, agressividade, alteração da personalidade, distúrbio de conduta, não reconhecimento dos próprios familiares, dificuldade de locomoção e comunicação.
De acordo com o professor de fisioterapia da UFMS, Gustavo Christofoletti, a fisioterapia pode minimizar o declínio físico e mental do paciente com exercícios de equilíbrio, coordenação motora e testes cognitivos.
Como a doença não tem cura, estudos recentes descobriram que uma boa maneira para prevenir a doença é evitar atividades rotineiras e tentar manter o cérebro estimulado por meio de exercícios de concentração como trocar o relógio do braço habitual, escovar os dentes com a mão contrária de costume, praticar xadrez, dama e gamão.
Além de tentar escrever com a mão esquerda, estimular o paladar experimentando alimentos diferentes, fazer palavras cruzadas, procurar aprender instrumentos musicais entre outros.
A pessoa que tiver algum parente com sintomas de Alzheimer, pode ligar no número 3345 – 7832 e falar com o professor de fisioterapia da UFMS Gustavo Christofoletti, para esclarecimentos.

Beneficiários de vale-renda protagonizam disputa entre coligações nos programas eleitorais

A lista do vale-renda, que o governo estadual só liberou após longa briga judicial, foi o tema central dos programas eleitorais de hoje. A coligação “Amor, trabalho e fé”, do candidato a reeleição para governador André Puccinelli, acusou a coligação de Zeca do PT de “manipular” beneficiários do vale-renda e usou as imagens de Maria de Souza, uma das contempladas.

Mas, surpreendentemente, a coligação "A Força do Povo", respondeu logo em seguida mostrando as mesmas pessoas dizendo que somente foram atendidos pelo programa do governo após aparecerem em programa eleitoral de Zeca do PT.
Maria de Souza havia participado do programa anterior da coligação “A força do povo”. Os petistas questionaram por que só agora após a denúncia e às vésperas das eleições o governador foi atrás dos ‘beneficiários’, e informou que as listas estão disponíveis para consulta pública nos comitês eleitorais da coligação petista.
A mesma beneficiária mostrada pelo peemedebista apareceu no programa adversário explicando que só após a denúncia de que não recebia é que ela foi procurada pela equipe do governador para ir pegar o cartão.
Lista oculta
A lista da “discórdia” somente veio a tona no último dia 14/9, quando a 2ª Seção Cível do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), por unanimidade, confirmou a decisão que manda o governo do Estado a liberar a lista das famílias cadastradas no Vale Renda, programa social que distribui dinheiro aos carentes. O governo havia entrado com pedido de embargo sobre a decisão anunciada em julho.
Quem pediu a divulgação da lista foi o vereador da cidade de Sete Quedas, Paulo Cesar Barbizan, do PMDB. Ele solicitou a relação ao governo, que negou, depois ingressou com mandado de segurança. A briga dura um ano e três meses.
No dia 14 de junho deste ano a 2ª Seção Cível do TJ-MS concedeu o direito ao vereador, contudo, no dia 6 do mês seguinte, a Procuradoria Geral do Estado, protocolou um recurso contra a decisão, por meio de embargo de declaração em mandado de segurança. Antes, Barbizan havia conquistado duas vitórias judiciais, também protestadas por meio de recursos.

Recenseadores do IBGE são recebidos à bala em MT

Tiros, maus tratos, assédio moral e discriminação que terminam em boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia de Mato Grosso viraram rotina no dia a dia dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

A situação mais grave aconteceu na última quarta-feira, na zona rural de Carijó, a oito quilômetros do município de Nossa Senhora do Livramento, quando dois recenseadores foram recebidos à bala por uma casal. "Primeiro a mulher me apontou uma faca", disse a recenseadora Manuele Rosa da Silva, de 20 anos.
Manuele conta que bateu palmas quando chegou na casa do sítio para fazer a pesquisa, mas ninguém teria atendido. Ela e o piloto da moto decidiram entrar para chegar até a casa, que ficava distante da porteira. "Fomos entrando e sempre batendo palmas, chamando por alguém da casa, e de repente uma senhora e seu marido abriram a porta e mandaram a gente sair dali".
Os pesquisadores registraram o ocorrido na delegacia local. No dia 15 uma equipe policial chegou ao sítio e prendeu em flagrante Benemar Tadeu Esteves Miranda por porte irregular de arma de fogo. A mulher dele disse ter pensado tratar-se de ladrões e por isso teria atirado.
O coordenador da subárea de atuação da agente ameaçada, Walter Pires, disse que a situação foi extrema. Desde 1978, quando entrou para o IBGE, foi a primeira vez que aconteceu uma situação do tipo. Ele diz não acreditar na versão de que a mulher atirou pensando que eram ladrões. "Nossos pesquisadores andam uniformizados, com jaleco e boné do IBGE, não tem como não reconhecer", disse. Pires conta que em Nobres, a 143 quilômetros da capital mato-grossense, um pesquisador foi posto para correr. "Não teve bala, mas o recenseado intimidou o pesquisador", explicou.
Em Cuiabá, a investigadora policial Leoneide Bernardino Alves conta que uma pesquisadora pediu socorro no plantão da delegacia central para conseguir passar numa rua para coletar os dados. Segundo relato da recenseadora, todas as vezes que passava na frente da casa de uma mulher que não quis ser recenseada, ela era xingada e chegava a ser atingida por pedras.
O IBGE estima que deve recensear cerca de 3 milhões de pessoas no Estado. No censo de 2007 foram recenseados 2.854.642 habitantes. Mato Grosso conta com 2.700 recenseadores distribuídos em 32 subáreas.

Ibope: Dilma mantém 51% e Serra cai para 25%; Marina sobe para 11%

A pesquisa Ibope/Rede Globo/Estadão divulgada há pouco pela emissora de televisão mostrou que se as eleições fossem hoje, a candidata a presidência pelo PT, Dilma Roussef venceria no 1º turno. Segundo os números divulgados a ex-ministra tem 51% das intenções de voto. O candidato José Serra (PSDB) continuou caindo – caiu dois pontos percentuais – e agora tem 25% da preferência do eleitorado. Já a candidata pelo PV, Marina Silva, subiu no Ibope e tem 11%. A pesquisa também fez um comparativo caso as eleições fossem para o segundo turno. Dilma também venceria o tucano por 56% a 31%. Pesquisa De acordo com a emissora, o Ibope ouviu 3.010 eleitores em 205 cidades brasileiras entre os dias 14/9 e 16/9. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. Os outros candidatos a presidência não alcançaram a margem de 1%.

Morre Goinha, fundador da primeira escola de samba de Campo Grande

Faleceu ontem (16) em Campo Grande, aos 78 anos de idade, o sambista Gregório Corrêa, mais conhecido como Mestre "Goinha". O velório está sendo realizado na Pax Nacional, na Capital.

Goinha é um dos veteranos do samba sul-mato-grossense. Ele fundou, em 1962, a escola carnavalesca "Acadëmicos do Samba" e participou de inúmeros projetos culturais no setor público e privado. Faleceu de complicações hepáticas.
Emoção e saudades marcaram a despedida ao sambista Gregório Corrêa nesta sexta-feira (17) em Campo Grande. Mestre Goinha, como era conhecido, morreu aos 78 anos em consequência de um edema pulmonar e de insuficiência renal.

Goinha morava no bairro Estrela do Sul e foi o fundador da primeira escola de samba da cidade em 1964, a "Acadêmicos do Samba". Ele também foi o primeiro presidente da Liga das Escolas de Samba de Campo Grande. Como restaurador, trabalhou no museu José Antônio Pereira na década de 1980.
A filha do sambista, Jacqueline Corrêa, conta que o pai estava finalizando o segundo livro de memórias. O primeiro, intitulado "O sonho de um pantaneiro feliz", foi publicado em setembro de 2008.
Por ocasião do Dia do Samba (2 de dezembro), Goinha foi homenageado em 2009 pela sua trajetória de vida dedicada ao samba em Campo Grande. Já pelo Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o sambista foi agraciado pela Medalha do Mérito Legislativo Zumbi dos Palmares, concedida pela Assembleia Legislativa no ano passado. Gregório Corrêa deixa a esposa e oito filhos.

Prefeito interino de Dourados recebe equipe do “Fantástico”

O juiz Eduardo Machado Rocha, prefeito interino de Dourados, recebeu nesta manhã (17) uma equipe do “Fantástico”, da Rede Globo, que está na cidade para uma reportagem sobre o escândalo que atingiu a cidade com a Operação Uragano, da Polícia Federal.

Segundo a assessoria da prefeitura, o juiz-prefeito falou sobre as irregularidades detectadas até agora na administração municipal douradende. Eles dizem que a produção do programa anunciou para este domingo (19) a exibição do programa.

IBGE revela desigualdades entre homens e mulheres no Brasil

Mesmo com maior escolaridade e com uma carga horária de trabalho superior à dos homens, as mulheres brasileiras têm menores rendimentos que eles e quase 70% das jovens de 16 a 24 anos trabalham na informalidade. Outro dado que chama a atenção é o número de idosas (mulheres com mais de 60 anos), cuja proporção atinge os 82,2% no trabalho informal.

Esse e outros dados foram revelados hoje (17/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante a divulgação da Síntese de Indicadores Sociais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), no Rio de Janeiro. O Instituto utilizou os dados da Central de Atendimento a Mulher, Ligue 180 na pesquisa.
Ao fazer a análise por grandes regiões, as diferenças são ainda mais expressivas: na Região Sudeste 57,2% das mulheres jovens estão inseridas em trabalhos informais e na Região Nordeste essa proporção chega a 90,5%, A pesquisa também relaciona a alta participação desses segmentos etários comparando a informalidade à dificuldade de conseguir o primeiro emprego, no caso das mais jovens. E o retorno de aposentadas e pensionistas ao mercado, especialmente em trabalhos informais.
Apesar de maior escolaridade as mulheres têm rendimento médio inferior ao dos homens. Em 2009, o total de brasileiras ocupadas recebia cerca de 70,7% do rendimento médio dos homens ocupados. No mercado formal essa razão chega a 74,6%, enquanto no mercado informal o diferencial entre o rendimento de homens e mulheres é ainda maior: as mulheres no mercado informal recebem somente 63,2% do rendimento médio dos homens.

IBGE divulga síntese dos indicadores sociais no Brasil

O IBGE divulgou hoje (17) a síntese dos indicadores sociais: o estudo fez um raio-x das condições de vida da população.

O Brasil ganhou cabelos brancos em dez anos: sete milhões de idosos a mais. Eles já são 11% da população. Enquanto isso, a proporção de crianças e jovens vem diminuindo.
Estamos vivendo mais. A expectativa de vida aumentou três anos em uma década: de 70 anos em 1999 para 73,1 em 2009. Nisso as mulheres levam vantagem: elas vivem até os 77 anos, em média. Eles nem chegam aos 70: “Hoje estou com 80, mas eu acredito que eu vou aos 90, com essa cabeça”, diz uma senhora.
A diferença quando se compara a expectativa de vida das mulheres no Distrito Federal, 79,6 anos, e a dos homens em Alagoas, 63,7 anos, dá quase 16 anos.
O IBGE também vem mostrando que elas decidiram ter menos filhos. Mas o número varia de acordo com o grau de instrução da mãe: as mulheres que passaram menos tempo na escola têm quase o dobro de filhos, 3,19, em relação às mulheres com oito anos ou mais de estudo, 1,68.
Regiane virou mãe aos 15 anos. Parou de estudar, mas continuou engravidando: “Tão cedo não vou voltar a estudar de novo, agora está vindo outro. Agora é difícil”, diz.
Menos tempo na escola significa mais tempo na fila do desemprego. Há vagas para quem tem o ensino médio completo, mas faltam trabalhadores com esse perfil. Segundo o IBGE, menos de 40% dos jovens concluíram o ensino médio.
O brasileiro passa cerca de 7 anos da vida na escola. Não é tempo suficiente nem pra terminar o ensino fundamental.
Diante da escassez de mão de obra, a solução para algumas empresas foi investir na formação dos funcionários. Foi assim que Deisiane virou eletricista, e ela acha que pode mais: “Fazer uma engenharia elétrica que eu gosto muito, essa área. Quero chegar na universidade”, disse.
O estudo também revelou que os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, já representam cerca de 28% do que ganham as famílias mais pobres.

Nelsinho defende empresa suspeita que financiou sua campanha

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), defendeu hoje a atuação da construtora CGR, na Capital, e disse que nem pensa em mexer ou fazer verificações no contrato com a empresa. A CGR, que teve o dono Carlos Gilberto Recalde preso na operação “Uragano” deflagrada em Dourados, neste mês, foi a maior doadora da campanha à reeleição de Nelsinho nas eleições de 2008, contribuindo com R$ 600 mil. “Minha prestação de contas foi aprovada. Todos os contratos que temos com esta empresa em relação a Campo Grande estão sendo rigorosamente cumpridos dentro da lei. Lamento o que aconteceu com esta empresa em outra cidade. Mas, aqui não tem nada de errado. Na minha administração não tem nada errado”, disse o prefeito ao final desta manhã ao deixar reunião com seu secretariado na Seintrha (Secretaria de Infra-Estrutura).
O fato de a empresa aparecer implicada na operação da Polícia Federal não vai alterar em nada o contrato com a empresa e nem resultar em novas verificações, conforme o prefeito. “Nós temos acompanhado com a nossa fiscalização, o cumprimento das metas deles e eles estão cumprindo”, citou o prefeito nesta manhã. A empresa tem no currículo obras milionárias executadas em Campo Grande como urbanização e fundo de vale do Córrego Bandeira.
Outra empresa que também esteve implicada na Uragano é contribuiu com a campanha de Nelsinho é a Financial. O dono Antonio Fernando de Araujo Garcia que também foi preso no escândalo, doou num total de R$ 284 mil. As doações foram feitas em nome da Financial (R$ 150 mil), Mineração Financial (R$ 84 mil) e da Anfer, onde Antonio Fernando é cotista (R$ 50 mil). Naquele ano, a empresa ganhou a licitação para construção do aterro sanitário de Campo Grande, cujo a obra foi avaliada em R$ 4 milhões, mas ainda não foi concluída.

Prefeitura diz que não houve ‘sobrepreço’, mas ‘apenas’ divergências de valores em contrato com CGR

A assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande emitiu uma nota na tarde desta sexta-feira contestando a reportagem publicada hoje por este portal que recordou que uma das empreiteiras envolvidas na operação Uragano, da Polícia Federal, teve uma de suas obras suspensas por um ano aqui em Campo Grande.

O comunicado oficial (ver logo abaixo) garante que a CGR, a empreiteira em questão, cujo dono foi preso pela Polícia Federal no início desde mês por suposta ligação com um esquema de fraude em licitações públicas no município de Dourados, não praticou “sobrepreço” e, sim, o que ocorreu à época, em 2008, foi o que a assessoria chamou de “divergências de valores”.
A reportagem narrou que o TCU (Tribunal de Contas da União) mandou parar a construção do terminal intermodal de cargas de Campo Grande, orçada em R$ 40 milhões. A corte só influi numa obra quando enxerga supostas irregularidades.
A construção foi suspensa por ao menos um ano e, após as análises do TCU, a mesma CGR, retomou a obra. Isso está escrito na reportagem http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=723102
A empreiteira CGR foi uma das maiores doadoras de campanha do prefeito Nelsinho Trad, do PMDB. Ela doou R$ 600 mil ao então candidato à reeleição.
Eis a nota da prefeitura
A Prefeitura Municipal de Campo Grande esclarece que, diferentemente do que foi publicado hoje no site de notícias MidiamaxNews, a obra do terminal intermodal de cargas de Campo Grande, prevista para ser entregue no primeiro semestre de 2011, não sofreu sobre-preço.
Em 2008, devido a divergências de valores, as obras foram momentaneamente paralisadas para que o Tribunal de Contas da União (TCU) fizesse suas análises. Após este fase, concluindo que não havia qualquer tipo de irregularidades, o TCU autorizou a retomada da obra.
Localizado no trecho entre a BR-163, na saída para São Paulo, e BR-060, na saída para Sidrolândia, o terminal intermodal tem área de 65 hectares e infra-estrutura para transporte intermodal para atender a logística rodoviária, ferroviária e aéreo-viária.

Assessoria de Nelsinho contesta, mas TCU afirma que CGR teve obra parada por “sobrepreço”

Notícia publicada no portal do TCU (Tribunal de Contas da União), no dia 16 de dezembro de 2008, às 15h15 minutos, afirma que naquela data a corte determinou que a prefeitura de Campo Grande suspendesse o pagamento de 2,3 milhões referentes a um contrato firmado com a empresa CGR, Engenharia e Ltda.
De acordo com o publicado, “o TCU constatou indícios de sobrepreço no orçamento da obra, decorrente da prática de preços excessivos frente ao mercado para serviços, insumos e encargos, e também nos valores de Lucros e Despesas Indiretas (LDI). O ministro André de Carvalho foi o relator do processo”.
A CGR é uma das empresas envolvidas no esquema que fraudava licitações públicas, em Dourados. Por conta da operação Uragano, da Polícia Federal, o dono da empresa foi detido junto com 27 pessoas, entre elas o prefeito da cidade, o vice e nove dos 12 vereadores da cidade.
Reportagem do Midiamax narrou a imposição do TCU nesta sexta-feira, mas a assessoria da prefeitura de Campo Grande contestou a informação por meio de uma nota.
No portal da corte, o texto que comenta o caso foi produzido com este título: “TCU constata sobrepreço em terminal de Campo Grande”.
Note dois trechos do relatório que apontou indícios de sobrepreço na obra tocada pela CGR em Campo Grande, empreiteira que irrigou a campanha eleitoral do prefeito Nelsinho Trad, com R$ 600 mil.
“Assim, em cognição sumária, característica da cautelar que ora se cuida, constato que os elementos constantes dos autos ensejam a adoção de medida urgente por este Tribunal, ante a previsão de término do contrato para este mês de dezembro”, escreveu o relator do processo André Luís de Carvalho.
Carvalho cita ainda em seu despacho que o próprio prefeito foi lá em seu gabinete, como narrou no relatório: “registro, em acréscimo, que o Prefeito de Campo Grande, Exmo. Sr. Nelson Trad Filho, esteve em meu Gabinete por duas vezes, demonstrando o interesse em promover o exato cumprimento da lei”.
Leia todo o despacho neste endereço:
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/imprensa/noticias/repositorio_noticias/TCU%20constata%20sobrepre%C3%A7o%20em%20terminal%20de%20Campo%20Grande