quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Luiz Estevão é condenado a três anos e meio por falsificação de documentos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação a três anos e meio de prisão em regime semiaberto ao ex-senador Luiz Estevão, proferida inicialmente pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Em julgamento realizado na semana passada, cujo teor foi divulgado somente ontem, a 6ª Turma do STJ manteve a sentença na qual o empresário foi condenado por falsificação de documentos públicos. De acordo com a decisão, Estevão teria alterado livros contábeis para conseguir a liberação de bens de sua propriedade que haviam sido bloqueados pela Justiça.
Parte do patrimônio do ex-senador foi tornada indisponível como forma de garantir que ele irá ressarcir os cofres públicos por desvios de R$ 169,4 milhões da obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. No começo do ano, Luiz Estevão iniciou uma negociação com a Advocacia-Geral da União (AGU) para quitar a dívida de forma parcelada. As conversas esbarraram na divergência de valores.
O empresário diz que a quantia atualizada é de R$ 464,8 milhões, conforme cálculos baseados na taxa Selic. A AGU, por sua vez, afirma que a dívida, corrigida pela inflação mais juros, é de R$ 1,1 bilhão. Estevão diz ter o interesse de quitar o valor. A pretensão é conseguir o desbloqueio, pela Justiça, de um total estimado de 1.255 imóveis do Grupo OK, de sua propriedade.
Em julho, a Justiça Federal havia determinado o depósito imediato de R$ 55 milhões do Grupo OK para os cofres públicos, em virtude do desvio de verbas da obra do TRT. Na ocasião, Estevão avisou que não tinha interesse de recorrer, por considerar que a decisão era “vantajosa” porque evitará prejuízos em relação à correção do valor. O empresário, no entanto, observou que está pedindo a revisão do mérito da sentença em que foi condenado a ressarcir a União. Caso ele seja absolvido na análise de recursos, o valor terá de ser devolvido.

Bens bloqueados

O processo mostra que a fraude de documentos tinha por objetivo evitar que bens do Grupo OK fossem colocados à disposição da Justiça. Entre os imóveis bloqueados da empresa está a casa onde Estevão mora, no Lago Sul. Segundo a decisão do STJ, a falsificação e o uso de documentos falsos tinha como fim “induzir o juízo a erro e, assim, promover a liberação de bens indisponíveis por força de decisão judicial.”
Além de manter a sentença condenatória da Justiça Federal, o STJ confirmou que a pena de três anos e meio de cadeia não pode ser substituída por medidas alternativas e também determinou que Estevão pague multa de 255 salários mínimos. Ainda cabe recurso contra a decisão da 6ª Turma do STJ.
Na sentença condenatória, o TRF considera “altamente repreensível” a conduta social de Estevão, que, segundo a sentença, “agiu de maneira premeditada e audaciosa”. “Não obstante a pena ter ficado em patamar que permite o início de seu cumprimento em regime aberto, esse limite não se refere à pena mínima cominada ao crime, mas esta foi elevada em decorrência da má conduta social do réu e dos motivos que o levaram a praticar o crime”, destaca a decisão.
Procurado pela reportagem, Luiz Estevão preferiu não comentar a decisão. Disse que só se pronunciará por meio do advogado, Marcelo Bessa, que pretende primeiro analisar o teor da sentença para então recorrer. Em julgamento realizado em novembro do ano passado, o STJ confirmou outra condenação imposta ao ex-senador, dessa vez a 31 anos de prisão, pelos crimes de corrupção ativa, estelionato, formação de quadrilha, peculato e uso de documento falso. O empresário nega as acusações

Senado aprova Medida Provisória que amplia a área de atuação dos Correios

O Senado aprovou nesta quarta-feira (31/8) a Medida Provisória (MP) 532, que autoriza os Correios a constituir subsidiárias ou adquirir o controle ou participação acionária em sociedades empresariais. Como recebeu modificações na Câmara dos Deputados, o texto virou Projeto de Lei de Conversão 21/2011.
Ele amplia as áreas de atuação dos Correios, que poderá explorar serviços postais eletrônicos, financeiros e de logística integrada. Pelo texto aprovado, os Correios passaram a ter a mesma estrutura das empresas de sociedade anônima, e suas decisões serão tomadas por assembleia geral.
A MP também atribui à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a responsabilidade de fiscalização e regulamentação do setor produtivo de etanol, que era considerado um subproduto agrícola.
O texto aprovado pelos senadores é idêntico, em mérito, ao aprovado pelos deputados. A MP recebeu apenas emendas de redação no Senado e, portanto, segue para sanção presidencial

Ministério Público denuncia 21 pessoas investigadas pela Operação Voucher

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF-AP) ofereceu, nesta terça-feira (30/8), denúncia contra 21 pessoas, entre servidores e empresários investigados pela Operação Voucher, que apurou esquema de desvio de dinheiro no Ministério do Turismo. A informação foi divulgada somente nesta quarta (31/8) pelo MPF-AP.
As denúncias do procurador Celso Leal estão divididas em quatro ações que detalham a participação de cada envolvido no esquema e foram encaminhadas à Justiça Federal da 1ª Região.
Entre os denunciados, estão o ex-secretário executivo do Ministério do Turismo, Frederico da Silva Costa, o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) Mario Moyses e o ex-deputado federal peemedebista Colbert Martins, que ocupava a secretaria nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo.
Os envolvidos são acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato – obtenção de vantagem em razão do cargo – e uso de documento falso.
De acordo com o MPF, os autos do processo com evidências de participação da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), pois só o órgão pode oferecer denúncia contra parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF), devido à prerrogativa de foro.
O esquema, que levou 36 pessoas à prisão no início do mês, resultou no desvio de cerca de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo, por meio de contratos com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Ibrasi), para qualificar servidores na área de turismo no Amapá.
Servidores do Ministério do Turismo e da Caixa Econômica Federal falsificram documentos na tentativa de comprovar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a execução de serviços que não foram prestados. A Operação Voucher foi desencadeada no início deste mês pela Polícia Federal (PF).

Aluno tenta matar colega em aula e diz que crime faria parte de ritual

Na tarde desta quarta-feira (31), um garoto de 14 anos tentou matar um colega em sala de aula. Em interrogatório, o adolescente disse aos agentes de polícia que estaria cumprindo o ritual de uma seita, no qual deveria matar uma pessoa às 14h. A tentativa aconteceu em Dourados (MS).
O professor da sala de aula em que o caso aconteceu disse aos policiais que o aluno estava agitado e teria perguntado as horas várias vezes. Ao ouvir que eram 14h, levantou-se e deu uma gravata em um colega da classe, de 12 anos. Rapidamente, sacou do bolso um canivete e tentou ferir o colega, que conseguiu escapar.
Outros estudantes e o professor apartaram os dois, acredita-se que poderia haver uma rixa entre os adolescentes. O menor de 14 anos foi apreendido

Senador de MS pede mais recursos para saneamento básico

O senador Waldemir Moka (PMDB) cobrou mais investimentos dos governos federal, estaduais e municipais no setor de saneamento básico. Em pronunciamento nesta quarta-feira (31) na tribuna do Senado, Moka disse que os serviços essenciais para atender a população “não têm sido tratado com a devida atenção e prioridade que merece”.
O senador citou levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) segundo o qual o avanço no serviço de saneamento do País entre 2000 e 2008 foi tímido. “Em 2008, perto de 35 milhões de pessoas viviam em cidades onde não há nenhum tipo de rede coletora de esgoto”, mencionou.
Moka explicou que quase 40% dos municípios têm área de risco no perímetro urbano e necessitam de drenagem e que 12 milhões de domicílios no País não têm acesso à rede geral de abastecimento de água.
Argumentou que a falta de saneamento é a causa da maioria das doenças que afetam as crianças, devido às más condições em que vivem. “É preciso entender que, a cada real investido, o país deixa de gastar outros quatro em assistência hospitalar”, disse.
O senador afirmou que, diferentemente da realidade nacional, Campo Grande tem buscado eliminar os problemas no setor de saneamento. “A Capital tem hoje mais de 70% da sua população plenamente atendida com água tratada, esgoto e tratamento do lixo. A média nacional, reitero, é de 44% das moradias atendidas nessa área”, declarou.
Afirmou que os investimentos feitos pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB) deram sequência às administrações de André Puccinelli (PMDB), cuja marca, segundo o senador, foi a de promover o desenvolvimento da cidade, focando no bem-estar do cidadão que ali vive.

Moka disse que, embora o Brasil faça parte das maiores economias do mundo, ainda presta serviço de péssima qualidade, em especial na área de saneamento básico. “Temos hoje uma das maiores economias do mundo, mas com serviços essenciais, muitas vezes, de terceiro mundo”, declarou.

Nascido em Campo Grande, Bruno Furlan é considerado melhor jogador estrangeiro de Belarus

O jogador Bruno Furlan, que atuou no Comercial de Campo Grande, foi contratado pelo Atlético Paranaense e cedido no meio do ano passado para o Dinamo Minsk, de Belarus (Bielorrússia), país próximo a Polônia, na Europa. Nesta quarta-feira (31), Bruno, que tem 19 anos, foi eleito o melhor jogador estrangeiro do mês.
Natural de Campo Grande, o jogador conta que ficou sabendo da novidade durante o treino desta tarde. Mesmo sem falar russo, Bruno diz que já se adaptou ao local e ao frio, que pode chegar a 20 graus negativos.
Atualmente, Bruno Furlan mora sozinho no país, mas pretende vir ao Brasil no final do ano para se casar com a namorada, que morou com ele por três meses e voltou para o Paraná este ano.

Giroto ataca órgãos responsáveis por fiscalizar o uso do dinheiro público em reunião de comissão no Congresso Nacional

Confirmado para um cargo de destaque na Câmara, "Relator Setorial de Planejamento e Desenvolvimento Urbano" da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2012, onde dará seu parecer sobre a aplicação de recursos federais bilionários, Giroto não para de criticar as instituições federais de controle, as tabelas oficiais de preços de serviços e insumos de obras e a própria Polícia Federal.
Como deputado pelo PR, Giroto já tentou mudar a própria Lei de Diretrizes Orçamentárias com a finalidade de reduzir os prazos de apuração do TCU. Mas no último dia 10 de agosto, criticou duramente o Tribunal de Contas da União (TCU), a Corregedoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal.
O fato se deu no plenário da Comissão de Viação e Transportes na Câmara, da qual Giroto faz parte, quando o deputado do PR apoiou uma proposta de audiência com o secretário-geral de Controle Externo do TCU, Guilherme Henrique Almeida em termos duros.
Com severidade e em tom grave, Giroto afirmou que "esse país passa por um momento que preocupa, onde qualquer denúncia vira motivo de desmoralização daqueles que fazem da sua vida pública uma vida a serviço do povo".
O deputado afirmou que os preços dos componentes de obras são diferentes no país, mas que as diferenças não são levadas em conta pelos órgãos de fiscalização, acrescentando que "através de um suposto indício, aciona-se a Polícia Federal. E a Polícia Federal prende para investigação, não se preocupando com o caráter, com a família e com a desmoralização que faz conosco, homens públicos", garantiu.
E ao falar do TCU e da CGU, Giroto foi mais enfático. Numa fala comum a qualquer empreiteiro, afirmou que o jeito de moralizar as obras públicas é com "preço justo".
"O Guilherme Henrique, secretário-geral de Controle Externo do TCU, gostaríamos de saber dele, se ele de fato pensa em tentar moralizar as obras públicas, com preço justo. Não com supostas denúncias que não levam a nada. Por isso acho que devemos abrir essa discussão porque "grandes analistas" como tem a CGU, nem engenheiros são. Condenam, sendo pessoas que são de outras áreas, e vão fazer vistorias de obras sendo administradores, sendo dentistas, odontólogos, e dizem que o preço está superfaturado. Eles nem sabem o que é superfaturamento e sobrepreço, e passam a condenar", asseverou Giroto.
Curioso é que na mesma reunião, Giroto votou contra a convocação de Frederico Augusto Dias, que sem ser funcionário público, tinha uma sala no ministério dos Transportes. Augusto Dias se apresentava como assessor do ex- diretor do Dnit, Luis Antonio Pagot, e participava de reuniões com a cúpula do ministério nos estados.
"Acredito que nós perderíamos tempo em convidá-lo. O Dr. Pagot foi claro em dizer da sua atuação no Dnit, e seria, a meu ver, desnecessária a convocação", finalizou Giroto.

O deputado ainda argumentou que a presença na comissão do ministro dos Transportes, Sérgio Passos, na semana seguinte (17/08), dispensaria a convocação do "assessor". Mas no dia da explanação do ministro do PR, que começou às 10h21minh e durou mais de cinco horas, Giroto não se manifestou.
Dias antes, inclusive, havia defendido Pagot, quando o diretor afastado do Dnit foi prestar esclarecimentos na Câmara. "O sr. se colocou a serviço dessa Casa para esclarecer essas inverdades que foram ditas, não só do sr, mas também do ministro (Alfredo Nascimento, exonerado por Dilma).
As assessorias do TCU e da CGU não quiseram comentar a declaração.
Giroto fez crítica a partir de experiência pessoal
Em sua fala, Giroto reclamou de ter que prestar contas de gastos em obra da prefeitura de Campo Grande, depois de uma denúncia anônima "qualquer".
"Eu posso dizer isso porque sofri na pele, quando fui secretário da prefeitura da capital de Mato Grosso do Sul, aonde através de uma denúncia anônima, que eu reputo como absurdo, porque qualquer denuncia anônima abre-se um processo no Ministério Público Federal contra o gestor, e abri cinco mil composições do Sinap" (Sinap era a tabela de preços para a construção de obras).

Pelas características desta queixa, possivelmente o deputado do PR se referia ao caso Engecap, agora em julgamento na Justiça Federal de São Paulo.
O caso começou com a denúncia anônima de que a empresa pertencia ao caixa de campanha de Puccinelli, Eolo Ferrari, e que ainda usava garis como "laranjas" para receber obras do próprio governo Puccinelli.
Abrindo as planilhas de custo da obra, a canalização do córrego Bandeira, e comparando com os preços Sinap, a Controladoria encontrou sobrepreços e superfaturamento da ordem de R$3.9 milhões. O Ministério Público Federal quer que Giroto, Puccinelli e mais cinco réus devolvam o dinheiro aos cofres públicos.
No entanto, Giroto poderia estar se referindo a outros episódios em que teve que prestar contas ao TCE/MS e ser multado. Além de ter sido citado em operações de vulto da Polícia Federal, já extintas pela Justiça, à exceção da Operação Vintém.
A Operação Vintém foi deflagrada pela Polícia Federal em 29 de setembro de 2006, dois dias antes das eleições. A Polícia Federal grampeou com autorização judicial, diálogos de uma armação contra o então deputado Semy Ferraz, que havia denunciado o escândalo dos garis da Engecap.
A armação comprovada pela PF foi à colocação de cédulas de R$ 20,00 grampeadas em "santinhos" do ex-deputado, no carro do coordenador de campanha de Semy, que acabou sendo preso em flagrante.
Com o caso desmascarado, na tramóia mal sucedida aparecem os nomes de Puccinelli, do filho do governador, o Junior, Mirched Jafar Júnior, Edmilson Rosa e Giroto.
Edmilson Rosa assumiu o crime sozinho perante a justiça. Mas a procuradora da República Luiza Frischeinsen denunciou os quatro porque estavam “em comunhão de esforços e conjugação de vontades”.
Segundo a Polícia Federal, depois de colocarem as cédulas com dinheiro no carro do assessor, houve o seguinte diálogo entre Giroto com Mercher:
Giroto: ”Ué! Levaram! Prendeu!

Mercher: “hummmmm. Então tá! Foi jubiloso o negócio lá!?

Giroto: “Nossa vin... vingança será maligna” (os dois riem)

Dep. Giroto, Comissão de Viação e Transportes, 10/08/2011 (sic):




"Na verdade, a engenharia do país foi abandonada. O governo não tem interesse em fazer um preço Brasil. O Tribunal de Contas da União prefere ser um órgão condenativo, do que um órgão de assessoramento. A engenharia foi abandonada. Sobrepreço e superfaturamento são coisas diferentes. E esse país passa por um momento que preocupa, onde qualquer denúncia vira motivo de desmoralização daqueles que fazem da sua vida pública uma vida a serviço do povo. Eu tive uma conversa com o ministro Aroldo Cedras dizendo isso. O TCU, como órgão de controle, deveria, junto com o executivo, criar um preço. Os modelos de composição não são diferentes, não se muda muito, e eu posso dizer isso porque sofri na pele, quando fui secretário da prefeitura da capital de Mato Grosso do Sul, aonde através de uma denúncia anônima, que eu reputo como absurdo, porque qualquer denuncia anônima abre-se um processo no Ministério Público Federal contra o gestor, e abri cinco mil composições do Sinap.
Sinap nunca foi índice de preço pro Brasil. Na verdade, o que muda é insumo, e insumo nesse Brasil é diferente preço da pedra no Amapá do preço da pedra no Rio Grande do Sul. E eles tomam a mesma referência pra condenação. E através de um suposto indício, aciona-se a Polícia Federal. E a Polícia Federal prende para investigação, não se preocupando com o caráter, com a família e com a desmoralização que faz conosco, homens públicos.
Esse país, através desse seu requerimento, deputado Macris, trazendo aqui o Guilherme Henrique, secretário-geral de Controle Externo do TCU, gostaríamos de saber dele, se ele de fato pensa em tentar moralizar as obras públicas, com preço justo. Não com supostas denúncias que não levam a nada. Por isso acho que devemos abrir essa discussão porque "grandes analistas" como tem a CGU nem engenheiros são.
Condenam, sendo pessoas que são de outras áreas, e vão fazer vistorias de obras sendo administradores, sendo dentistas, odontólogos, e dizem que o preço está superfaturado.

Eles nem sabem o que é superfaturamento e sobrepreço, e passam a condenar".





Estudo da Conab aponta queda na produção de cana e etanol

A safra 2011/2012 deve chegar a quase 589 milhões de toneladas, queda de 5,6% em relação à safra passada. Desse total, 51% serão destinados à produção de etanol e 49% para o açúcar.
O clima foi o principal responsável pela diminuição da safra, conforme explica Célio Porto, diretor de política agrícola da CONAB. “Nós tivemos um problema sério em relação a geada e principalmente com a estiagem prolongada ao longo do ano. O comportamento do produção ficou bastante aquém do esperado”.
Entre os subprodutos da cana, o etanol é o que apresenta maior queda na produção, cerca de 14% em relação ao produzido em 2010.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil importou, no primeiro semestre, quatro vezes mais etanol que no mesmo período do ano passado. Desse total, 40% vieram dos Estados Unidos.
O governo deve adotar medidas para estimular a produção de cana-de-açúcar pelos usineiros. Uma delas é o incentivo para renovação dos canaviais.

Ex-vereador é preso por furto de gado na região do Bolsão

Policiais civis e militares do município de Selvíria prenderam nesta terça-feira (30) o ex-vereador M.R de 38 anos acusado de furtar dez novilhas da raça nelore em uma fazenda no município.
Segundo informações do Jornal Impacto Online, M.R ganhou liberdade condicional após cumprir parte da pena a que foi condenado por crime de abigeato (roubo ou furto de gado) cometido em 2006 período em que ocupava uma cadeira na Câmara daquele município.
Durante as investigações os policiais descobriram que os animais foram vendidos para um frigorífico em Aparecida do Taboado no último dia 19. Com o apoio de policiais civis daquela cidade, o delegado Messias Pires dos Santos Filho e sua equipe apreendeu o couro dos animais abatidos em um curtume de Paranaíba.
Os policiais encontraram notas fiscais que comprovaram que os animais foram vendidos ao frigorífico pelo ex-vereador, dono de uma propriedade rural distante 133 km do local do furto. Com as provas, o delegado representou pela prisão preventiva de M.R, que foi acatada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas.
Indiciado, o ex-vereador foi encaminhado à Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.

Campo Grnade poderá ter fábrica da Hyundai

Campo Grande recebeu, na tarde de ontem, a visita de uma delegação composta por nove empresários sul-coreanos do ramo de desenvolvimento urbano e de transporte coletivo, que vieram à cidade conhecer a estrutura para o recebimento de investimentos industriais. Recepcionado pelo vice-prefeito e responsável pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc), Edil Albuquerque, e pelo secretário-adjunto da Sedesc, Natal Baglioni, o grupo conferiu diversos pontos de apoio à indústria no município, além de projetos que deverão nortear o setor nos próximos anos.
O roteiro da visita contemplou locais como o Centro Empresarial Oeste Conselheiro Nelson Benedito Neto, Terminal Intermodal de Cargas, Pólo Empresarial das Moreninhas e o Pólo Empresarial Norte Miguel Letteriello. Edil também destacou à delegação outros projetos em andamento na cidade, que contribuem para os desenvolvimentos industrial e social.
Perfil empreendedor - Para o vice-prefeito, o interesse desses empresários revela o perfil atrativo de Campo Grande para receber investimentos estrangeiros. “O resultado do nosso trabalho evidencia que temos excelentes condições de receber cada vez mais investimentos com segurança para os empresários. Todo esse esforço tem um fruto que se reflete tanto no desenvolvimento da cidade como na geração de empregos”, considera.
Já os visitantes disseram estar impressionados com o planejamento da cidade. “Campo Grande parte na frente de outras cidades, pois tem um plano diretor que está intimamente relacionado com o desenvolvimento da urbe e com o bem estar e conforto da população. Municípios com este perfil costumam ter compromisso sério com o empreendedorismo e, por isso, oferecem menos riscos aos investidores”, explica Alex Chung, CEO e presidente da Solution Network, empresas brasileira de assessoria empresarial que representa mais de 20 das maiores empresas da Coréia do Sul.
De acordo com o vice-prefeito, a recepção dos empresários sul-coreanos poderá colher resultados já em médio-prazo. “Elaboraremos uma Carta de Intenções à delegação e este documento confirmará a nossa intenção de receber os possíveis investimentos”, conclui.
A capacidade de investimento e muito elevada reforçou o advogado Lucio Flavio Sunakozawa que representa Mato Grosso do Sul na Câmara de Comércio, Indústria e Serviço.

Ele explica que as empresas da Coreia do Sul decidiram expandir negóciosem razão da desvalorização do dolar. As empresas coreanasestão com volume muito grande de dolar. E isso não compensa com a moeda em queda.Por isso ela decidiu em investir em ativos. A ideia dos sul-coreanos é de realizar investimentos rapidos no Brasil,antes da Copa do Mundo.

Empresário doa R$ 10 milhões para Centro de Diagnóstico do Câncer

O sonho de ver em Campo Grande um centro para diagnóstico do câncer em Campo Grande semelhante ao da cidade de Barretos, fez com que o empresário Antonio Moraes disponibilizasse recursos próprios para a concretização do projeto. Na manhã d ehoje (16), o prefeito Nelson Trad Filho e o presidente do Hospital do Câncer de Barretos/SP, Henrique Prata assinaram contrato de permissão de uso de área para construção do Centro de Diagnóstico do Câncer na Capital, com recursos doados pelo empresário Antonio Moraes.
Inicialmente, a construção do Hospital de Prevenção do Câncer de Campo Grande está orçada em R$ 10 milhões, recursos que serão doados pelo empresário Antonio Moraes. Já os custos iniciais serão de R$ 1,5 milhões ao ano. A previsão para a entrega do hospital será de 12 meses, a partir do inicio da obra.
O empresário Antonio Moraes disse que há muito tempo queria fazer um hospital do câncer para atender a população menos favorecida de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul. “Eu queria fazer um hospital do modelo de Barreto e, hoje, estou concretizando meu grande sonho”, confessou Moraes.
O presidente do Centro de Diagnóstico do Câncer de Barretos, Henrique Prata ressaltou que a unidade hospitalar tem capacidade de atender uma cidade de 700 mil habitantes, o que resulta na assistência a 60 mil pacientes por ano. “Vamos ter a chance de diagnosticar e fazer a prevenção nas mulheres acima de 40 anos, que podem ter câncer de mama e nos homens acima de 45 anos, quando a partir desta idade podem ter câncer de próstata”, relatou.
Henrique Prata acrescentou que a especialidade do hospital está na prevenção e não na cura. “De cada dez mulheres que foram diagnosticar e, constatada a doença, nove delas tiveram a parte doente removida e a mama restaurada e vivem livres da doença, sem problemas”, disse.
O prefeito Nelson Trad Filho disse este é mais um presente para Campo Grande. “Esta é mais uma unidade de saúde que ficará à disposição da população com as mesmas estruturas de Barretos. Agradeço ao empresário Antonio Moraes que está proporcionando mais este beneficio para nossa cidade. Vamos doar a área e dar respaldo para que este projeto dê certo”, finalizou o prefeito

Ricardo Gomes abre os olhos e se movimenta

Os médicos que cuidam de Ricardo Gomes no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, reuniram-se na manhã desta quarta-feira para passar novas informações sobre o quadro do treinador. E, mais uma vez, as notícias foram boas. A sedação e os medicamentos que controlam a pressão arterial foram retirados, e o comandante vascaíno já está respondendo. Segundo os médicos, ele esboça movimentos de ambos os lados do corpo.
O doutor Fábio Guimarães Miranda disse que ainda é cedo para falar sobre a possibilidade de sequelas, mas afirmou que o treinador "deve recuperar totalmente os movimentos" com sessões de fisioterapia.
- As notícias são boas. Suspendemos de manhã cedo os sedativos, e após duas horas ele já apresenta reações positivas. Acordou, abriu os olhos em determinados momentos e movimentou braços e pernas, mais o lado esquerdo do que o direito, como esperado. Isso não quer dizer que ele vai ter sequelas, pois ainda é cedo para uma avaliação definitiva. Mas vamos iniciar a fisioterapia, e ele deve recuperar totalmente os movimentos. Com o período de maiores complicações terminando, ele apresenta normalidade no estado clínico, sinais vitais normais e exames de imagem compatíveis com boa evolução - explicou o médico Fábio Guimarães de Miranda.
Entenda o caso
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante o clássico entre Flamengo e Vasco, no último domingo, no Engenhão. Foi levado inicialmente para o centro médico do estádio e, em seguida, encaminhado para o Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de três horas e meia. A hemorragia no cerébro em decorrência do AVC sofrido pelo treinador foi estancada, e a circulação, restabelecida.
No ano passado, quando ainda comandava o São Paulo, Ricardo Gomes teve uma vasculite, considerada um pequeno AVC, e precisou ficar internado após o clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. No entanto, o médico do Vasco Clóvis Munhoz assegura que o problema não é relacionado com o enfrentado pelo treinador na outra ocasião.

Projeto orçamentário prevê salário mínimo de R$ 620 para 2012

A proposta de orçamento federal de 2012 prevê um salário mínimo de R$ 619,21, informou nesta quarta-feira (31) a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após entregar o documento para o presidente do Senado Federal, José Sarney.
Com isso, o valor subiria dos atuais R$ 545 para R$ 619,21 a partir de janeiro de 2012, com pagamento em fevereiro. O salário mínimo serve de referência para o salário de 47 milhões de trabalhadores no país. O percentual de correção, pela proposta do governo, será de 13,61%.
No projeto de Lei de Diretrizes Orçametárias, enviada ao Congresso Nacional em abril deste ano, o governo propunha uma correção menor do salário mínimo no ano que vem, para R$ 616,34.
De acordo com números do governo federal, que estão na LDO sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, o aumento de R$ 1 no salário mínimo equivale a uma elevação de gastos da ordem de R$ 306 milhões. Deste modo, um aumento de R$ 74,21, conforme a proposta de orçamento enviada ao Congresso Nacional, representa uma despesa extra de R$ 22,7 bilhões para o governo.
A proposta de correção do salário mínimo em 2012 foi feita com base em fórmula já acordada com os sindicatos. O reajuste contempla a variação do PIB de 2010, que foi de 7,49%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em doze meses.
Nada impede, porém, que, como o ocorrido em anos anteriores, este valor proposto pelo governo para o salário mínimo seja elevado nas negociações com os sindicatos, ou pela presidente Dilma Rousseff. Nos últimos anos, o governo optou por arredondar o valor para cima. Caso a presidente da República opte por dar um valor "redondo", para facilitar o saque, o valor do salário mínimo pode ficar em R$ 620.

Manutenção de aeronaves do Governo vai custar R$ 450 mil para Sejusp

A empresa Hora Hangar foi contratada pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para realizar a manutenção nas aeronaves do Governo de Mato Grosso do Sul nos próximos 12 meses.
Segundo o extrato do contrato, publicado nesta quinta-feira (31), os serviços vão consumir R$ 450 mil dos cofres públicos.
O contrato promete atender à demanda da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Sejusp-MS. Segundo o ordenador de despesas, Luiz Serafim Dias, a contratação terá dotação orçamentária do Programa de Trabalho 06.181.0029.2751.0000, com a Fonte de Recursos 0240000000 e natureza de despesas 3.3.90.39.
Pela Hora Hangar, assinou o contrato Rodrigo Dias Barbosa. Pela Sejusp, assinou o secretário de segurança de MS, Wantuir Francisco Brasil Jacini.

Convênio de R$ 540 mil paga salários de R$ 555 para 49 mirins que atuam na Sefaz

O convênio entre o Governo de Mato Grosso do Sul e o Instituto Mirim de Campo Grande, prorrogado por mais um ano com acréscimo de R$ 540 mil nesta qunta-feira (31), se refere ao pagamento pelos serviços que 49 adolescentes prestam na Secretaria de Fazenda (Sefaz-MS).
Com o acréscimo, o convênio, que vale do próximo dia 1º de setembro até 31 de agosto de 2012, tem custo mensal de R$ 45 mil. Mas, segundo o Instituto, cada um dos 49 mirins, como são chamados os adolescentes contratados para tarefas administrativas, recebem mensalmente apenas R$ 555 reais, totalizando R$ 27.195,00 efetivamente pagos aos jovens.
Assim, boa parte do valor repassado mensalmente, de R$ 17.805,00, é utilizado para cobrir encargos, segundo o Instituto Mirim. No total do contrato, dos R$ 540 mil, R$ 326.340,00, serão entregues diretamente aos mirins.
O secretário de Fazenda, Mário Sérgio Maciel Lorenzetto, assinou o convênio pelo Governo, enquanto a diretora executiva do Instituto Mirim, Denise Mandarano Castro, assinou pelo órgão municipal. O secretário-adjunto de Fazenda, André Luiz Cance, é o ordenador de despesas.
(Material editado às 10h48 para alteração de dados repassados com incorreção pelo Instituto Mirim. Inicialmente, o órgão informou que mantinha 39 mirins trabalhando na Sefaz, mas corrigiu o dado para 49 adolescentes // Título alterado)

Governo de MS paga mais de R$ 100 mil ao dia para empresa organizar evento

O Governo de Mato Grosso do Sul publicou um gasto de R$ 303.000,00, a serem pagos para a empresa Via Verde Eventos, Viagens e Turismo LTDA organizar o "Congresso Nacional de Apoio às Penas e Medidas Alternativas", que deve durar apenas três dias.
O contrato, assinado pelo Secretário de Governo Osmar Domingues Jeronymo, foi publicado na edição desta quinta-feira (31) do Diário Oficial.
Apesar do valor elevado, não há detalhes no extrato sobre o evento nem de como será consumido o dinheiro. O prazo de validade é de três meses, mas, como o evento, segundo o Governo, dura apenas três dias, custará mais de cem mil reais por dia. Pela Via Verde, assinou o contrato Jorge de Barros da Veiga.
Segundo informações do próprio Governo de Mato Grosso do Sul, o VII Congresso Nacional de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Conepa) deve acontecer em Campo Grande nos dias 19, 20 e 21 de outubro. O objetivo é debater a "realidade nacional da execução penal alternativa".
"A finalidade do VII Conepa é debater sobre as alternativas penais no Brasil, aprimorando a política e a disseminando em todas as regiões do País", explica Valdirene Dawfenback, membro da comissão do evento.
Seis estados brasileiros já sediaram edições anteriores: Paraná, Pernambuco, Minas Gerais, Amazonas, Goiás e Bahia. Geralmente o Congresso reúne a comunidade acadêmica e profissionais que atuam na área penal.
Na edição passada, que foi realizada em Salvador, na Bahia, o Ministério da Justiça assinou um convênio com o Governo bahiano estabelecendo R$ 569.800,00 como teto para os gastos, dos quais o Estado ofereceu apenas R$ 80 mil como contrapartida.
O convênio determinava ainda que o valor não utilizado fosse devolvido aos cofres públicos. O Governo de Mato Grosso do Sul não divulgou ainda as condições de custeio da edição do evento realizada no estado.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Por 265 votos a 166, Câmara absolve deputada Jaqueline Roriz

O plenário Câmara dos Deputados absolveu nesta terça-feira (30), por 265 votos a 166 e 20 abstenções, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) do processo que pedia cassação de seu mandato.
Os parlamentares rejeitaram relatório do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pedia a perda de mandato de Jaqueline, após a revelação de um vídeo em que ela aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. A gravação foi feita em 2006, mas foi divulgada no início deste ano.
Para que Jaqueline perdesse o mandato, era necessária a concordância da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos (mais da metade dos 513 parlamentares da Casa). Se a cassação tivesse sido aprovada, Jaqueline ficaria inelegível por oito anos.
Nesta segunda, a deputada encaminhou um "memorial" de 28 páginas aos 513 parlamentares pedindo a rejeição do parecer do Conselho de Ética. O memorial argumentava que Jaqueline “não se encontrava no exercício de qualquer mandato, especialmente de deputada federal” quando ocorreram os fatos, em 2006.
No início da sessão, a pedido de deputados, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), determinou a retirada de câmeras do plenário, com a finalidade de evitar que o voto de algum dos parlamentares fosse revelado. A votação, secreta, ocorreu por processo eletrônico, pelo qual os deputados, da própria bancada, apertavam um botão para votar a favor ou contra. Depois, Maia voltou atrás e autorizou o retorno das câmeras.
O autor do relatório que pedia a cassação de Jaqueline Roriz, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi o primeiro a falar. Ele defendeu a cassação sob o argumento de que, embora tenha acontecido antes da eleição do ano passado, o fato que motivou o processo de cassação só se tornou conhecido em março deste ano, durante o exercício do mandato da deputada.
"Temos legitimidade para julgar fato pretérito quando esse fato não é conhecido", declarou Sampaio, que negou ter alguma motivação específica para pedir a cassação. "O sentimento que me move é um sentimento de justiça. E não qualquer outro", declarou.
O advogado de Jaqueline Roriz, José Eduardo Alckmin, se valeu de uma decisão de 2007 do Conselho de Ética da Câmara para defender a tese de que o parlamentar só pode ter o mandato cassado por fato ocorrido no exercício do mandato. "Fato praticado fora do exercício do mandato parlamentar não tem o poder de configurar ato atentatório à ética e ao decoro parlamentar", declarou o advogado.
Segundo Alckmin, cassar o mandato nessas condições seria "uma estranha forma de admitir uma retroatividade punitiva". Para Alckmin, se aprovada a cassação, haveria "um campo aberto para perseguições políticas".
A deputada Jaqueline Roriz subiu à tribuna da Câmara após o discurso do advogado e leu a própria defesa. Ela atacou o "jornalismo predatório" e disse que sofreu "implacável condenação por parcelas da mídia".
A deputada afirmou que a "dor excessiva" que sofreu em razão do episódio a fez se calar. Ela atribuiu as críticas que recebeu ao "absoluto interesse político". "O procurador-geral da República me denunciou faltando quatro dias para o julgamento desta Casa, e eu ao menos fui ouvida", afirmou. Durante o discurso, ela se referiu ao período de 11 anos em que viveu fora do país devido aos problemas de saúde do filho. "Tenho certeza que nesta Casa não há lugar para condenações sumárias", declarou.
Após a fala de Jaqueline Roriz, quatro deputados - Chico Alencar (PSOL-RJ); Erica Kokay (PT-DF); Reguffe (PDT-DF); Vanderlei Macris (PSDB-SP) - se pronunciaram em defesa do relatório de Carlos Sampaio e um, contra - Vilson Covatti (PP-RS).
No Supremo
Apesar da absolvição na Câmara, a deputada responde, ainda, a inquérito no Supremo Tribunal Federal. Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, apresentou à Corte denúncia criminal contra a deputada, acusada de peculato por ter atuado para que um servidor público usasse sua função no desvio de recursos em benefício dele e de terceiros.
A defesa da deputada afirmou que vai se pronunciar após a análise da denúncia e questionou o crime pelo qual Jaqueline é acusada.
Caberá ao Supremo decidir se aceita ou não a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a parlamentar. Se aceitar, ela passará a ser ré no processo numa ação penal. Essa análise será feita pelo plenário da Corte e não tem data para ocorrer. O relator do caso no STF é o ministro Joaquim Barbosa.

Governo foi avisado sobre risco de acidentes graves na ponte do rio Paraguai

Nota à imprensa do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul, datada de ontem, 29/08, revelou um fato que contribuiu, decisivamente, para o acidente que abalou a estrutura da ponte sobre o rio Paraguai, em Corumbá, no último dia 8 de maio. A ponte da BR 262 é essencial para não isolar Corumbá e Ladário.
Trata-se da falta de providências da Agesul, e do Dnit, para reconstruir um dolfin, que é a estrutura de concreto que protege o pilar da ponte contra impactos fortes provocados por embarcações. Duas fortes colisões de barcaças carregadas de minérios, em 2004 e 2006, destruíram o dolfin que protegia o pilar central da ponte.
Os avisos da capitania foram diretamente enviados para Giroto, quando ele era secretário de Obras do Estado. A Capitania citava os dois graves no ofício 509, de 12 de novembro de 2008, do Capitão dos Portos Fábio de Freitas Machado, inclusive cogitando o "desmoronamento da ponte em caso de colisão grave.
O ofício adverte que a "colisão de uma embarcação ou comboio com o dolfin avariado ou pilar poderá acarretar sérios damos à navegação, interrompendo o tráfego, isolando as cidades de Corumbá e Ladário, temporariamente, no caso de desmoronamento da ponte; causar poluição hídrica de consequências e proporções desconhecidas e, principalmente, ocasionar perdas de vidas."
O mesmo ofício foi reenviado para Giroto em 2009, mas de lá para cá, nada foi feito no sentido de corrigir o problema com o dolfin e evitar as novas colisões, como acabou ocorrendo de 8 de maio, abrindo um vão de 20 centímetros na ponte.
MPF investiga possível omissão do governo estadual e do Dnit
Em 18 de agosto último, o procurador federal Carlos Humberto Prola Junior pediu as informações da Capitania sobre o estado da segurança da ponte, e recebeu as mesmas comunicações enviadas a Giroto e, por extensão, para o governador Puccinelli.
Ontem, a nota do Ministério afirmou que o MPF "investiga, através de inquérito civil público, por que não foram adotadas medidas para recuperação dos dolfins (estrutura de proteção dos pilares), atingidos em colisões anteriores, mesmo diante das reiteradas comunicações da Capitania Fluvial à Agesul”.
O MPF solicitou informações à Agesul e ao DNIT para esclarecer possível omissão dos responsáveis pela manutenção e gerenciamento da ponte.
Logo depois do acidente, o governador Puccinelli, acompanhado do diretor geral do Dnit/MS, Marcelo Miranda, estiveram no local verificando os estragos e, certamente, sabiam a causa do ocorrido.
Agora, depois do leite derramado, o governador Puccinelli e Giroto querem R$ 14 milhões do Dnit para realizar o conserto da ponte. Giroto chegou a anunciar a liberação dos recursos depois de reunião com Luis Antonio Pagot, ex- diretor do Dnit, demitido pela presidente Dilma por suspeita de corrupção e de fazer caixa de campanha para o PR, partido dele, de Giroto e do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, também exonerado pela mesma suspeita.

Hospital Regional confirma infecção por superbactéria e admite falta de sabonete

Enquanto tratam de pacientes infectados pela ‘superbactéria’ KPC, desde o começo deste mês de agosto funcionários do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul estão com problemas para uma operação básica no ambiente hospitalar: lavar as mãos.
Segundo Comunicação Interna emitida no último dia 9 pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), falta sabonete líquido e o problema “pode incidir diretamente no aumento das infecções hospitalares”. A diretoria confirma o registro de infecção por KPC e disse que o desabastecimento do produto básico é culpa de um fornecedor que atrasou a entrega.
Nesta segunda-feira (29), servidores ainda reclamavam que a situação persiste. A Diretoria do HRMS confirmou a falta do produto pela assessoria, e disse que o problema foi causado por um dos fornecedores que atrasou a entrega. Não foi informado se a empresa já foi multada pelo atraso, conforme normalmente determinam os processos licitatórios, mas a direção do hospital afirma que a situação está controlada.
Como medida de urgência, o CCIH orientou os funcionários a utilizarem “clorexidine degermante 2% em sache”, que o HRMS possui em estoque e seria distribuído pelas funcionárias da higienização nos lavatórios.
Superbactéria KPC no HRMS
Segundo denúncias de funcionários, o Hospital Regional supostamente teria pacientes infectados pela bactéria resistente KPC sendo tratados sem o isolamento adequado. A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), na verdade, é um mecanismo de defesa das bactérias, que se tornam imunes a determinados antibióticos usando enzimas específicas.
Segundo os servidores, cada infectado com KPC deve ficar em isolamento e ser tratado por apenas um funcionário, que não pode ter contato com outros pacientes. Eles reclamam que isso não estaria acontecendo.
A diretoria do Hospital confirma que registrou casos de pacientes isolados com KPC, mas garante que todo tratamento está sendo realizado dentro das exigências e normas sanitárias.
A infecção por KPC atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de objetos compartilhados. A lavagem das mãos é uma das principais formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.

Governo de Mato Grosso do Sul protocola recurso no STF para não pagar hora-atividade de professores

O Governo de Mato Grosso do Sul protocolou um recurso nesta segunda-feira (29) no STF (Supremo Tribunal Federal ) contra o aumento da hora-atividade para os professores da rede pública de ensino no Estado.
O recurso diz respeito à decisão da última quarta-feira (24), quando foi publicado um acórdão pelo STF para que 42% dos municípios sul-mato-grossenses se adequassem à lei e pagassem o valor do vencimento mínimo de R$ 1.187,97, piso salarial nacional para o magistério.
O governo do Estado tinha 15 dias para dar entrada no recurso. No dia 17 de agosto a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) publicou o ranking salarial dos municípios de Mato Grosso do Sul, que diz respeito aos salários dos profissionais da Educação do Magistério praticados nas redes estadual e municipais de Mato Grosso do Sul para uma jornada de até 40 horas semanais.
De acordo com a pesquisa da Fetems, o município com maior vencimento básico é Campo Grande, com R$ 1.892,22. Em segundo lugar aparece Caracol com vencimento de R$ 1.857,40, seguido pelo município de Navirai, com o terceiro melhor salário do Estado no valor de R$ 1.731,32.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Puccinelli e Giroto vão a julgamento no TRF em setembro pelo caso dos garis-laranjas

Depois de transcorridos exatos oito anos em que o caso Engecap veio a público, o julgamento do processo 2006.60.00.010770-1 promete criar um clima de expectativa na vida política do MS, nos dias que o antecedem.
A sessão está marcada para o próximo dia 1º de setembro, às 14 horas, na Quarta Turma do Tribunal Federal da 3ª Região, em São Paulo. A relatora do processo é a desembargadora federal Marli Ferreira.
E a depender da sentença a ser proferida, o julgamento pode mudar o quadro da disputa pela prefeitura de Campo Grande, no ano que vem, e a própria disputa eleitoral para o governo estadual, em 2014.
O motivo está no banco dos réus: o governador André Puccinelli e o deputado Edson Giroto. Entre os acusados também está o italiano Eolo Genoves Ferrari, dono da Engecap, e que foi caixa de campanha de Puccinelli na campanha à reeleição ao cargo de prefeito de campo Grande, no ano 2000.
Os três vão a julgamento como réus num esquema que usava dois garis como “laranjas”, donos de “fachada” da empresa Engecap. Paulo Izidoro Sobral e Marcus Vinícius Brito, com o seu miúdo salário de R$ 190 por mês, tornaram-se os “proprietários” sem saber da trama. O caso foi denunciado pelo “Correio do Estado em agosto de 2003.
Improbidade Administrativa tem penas severas
A Lei nº 8.429 de 1992 regulamenta os casos de Improbidade Administrativa e está dividida em categorias, com penas correspondentes.
O processo 2006.60.00.010770-1 enquadra Puccinelli e Giroto no caso de “Danos ao Erário”, cuja pena é o “ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio”.
A lei endurece quando estabelece que, se houver enriquecimento a partir da improbidade, ocorre a “perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos”.
E mais, ainda imputa ao condenado o “pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público”. O sentenciado também fica sem receber os “benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos”.
CGU e TCU iniciaram as apurações bem documentadas por auditorias
Quando Puccinelli era prefeito de Campo Grande, a Engecap recebeu de outra empreiteira, a Coesa, as obras de canalização do fundo do vale do córrego Bandeira, sem passar por licitação.
O financiamento para a urbanização do vale foi do ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 19.929.061,90, em convênio de outubro de 2001, e concluído junho de 2006.
A Engecap herdou o contrato milionário das mãos do atual deputado federal do PR, Edson Giroto, o ex-titular da Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas (Sesop), de acordo com o Diário Oficial de Campo Grande, de 16 de outubro de 2002. Giroto assinou a cessão de parte das obras com valor de R$ 4.806.051,55 e Eolo Genoves firmou o termo pela empreiteira.
Na época, baseado em auditoria da Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União constatou superfaturamento na obra de R$ 3.946.566,23 por causa de preços superiores aos praticados pelo mercado em 35,02 %.
Baseado no trabalho bem fundamentado da CGU e do TCU, em dezembro de 2006 o procurador regional da República, Mauro Cichowski dos Santos, pediu condenação dos envolvidos em crime de improbidade administrativa, e a devolução aos cofres públicos dos quase R$ 4 milhões.
Em sua defesa, Puccinelli e Giroto alegaram desconhecer as ilegalidades, mas segundo declarações do ex-deputado Semy Ferraz à época, as alegações não eram verdadeiras. “Tenho um documento do Ministério da Integração que relaciona todos os pagamentos à Engecap, e quem assina os pagamentos no valor de R$ 1.114.000,00 são o prefeito André e o secretário de Obras da capital, Edson Giroto”, garantiu o ex-parlamentar do PT.
Além dos Puccinelli, Giroto e Eolo, também irão a julgamento Aureliano Cesar Martins Silva, Cláudio Silveira Arraes, Eldan Veloso, Sebastião Jander de Siqueira e André Koff Santana, que eram do ministério ou consultores.

Garis-laranjas do caso Engecap são processados por dívidas com o INSS

Desde que assinaram uma procuração e entregaram seus documentos pessoais a um "amigo" para conseguir emprego, e que foram parar nas mãos do engenheiro italiano Eolo Genoves Ferrari, o caixa de campanha de Puccinelli no ano 2000, os garis Marcos Vinícius de Brito e Paulo Isidoro Sobral acumulam dívidas com o INSS e, por causa disso, passaram a ter sérios problemas com a Justiça Federal.
A reportagem do Midiamax teve acesso aos processos que até hoje respondem os garis, como proprietários da construtora Engecap. Não localizados pela Justiça, eles têm em seus nomes dívidas superiores a R$ 45 mil. Os garis ainda não foram citados, mas tiveram os seus CPFs suspensos. Já o de Eolo Ferrari, responsabilizado pelo esquema, tem o CPF regular.
O caso Engecap ficou famoso em 2003, com repercussão nacional, quando o esquema tornou-se público, a partir de auditoria da Controladoria Geral da União, ratificada pelo TCU.
A Engecap recebeu recursos públicos sem licitação da prefeitura de Campo Grande, na gestão do prefeito André Puccinelli, por meio de repasse de contrato de outra empresa, a Coesa. O repasse em questão era parte da obra de canalização do córrego Bandeira, no valor R$ 3,9 milhões que, somado a outros contratos, davam à empresa valores superiores a R$ 11 milhões.
O caso Engecap vai ser julgado dia 1° de setembro, no Tribunal Regional Federal da Terceira Região, em São Paulo. Como réus, além de Eolo Ferrari, respondem o ex-prefeito, André Puccinelli, e seu ex-secretário municipal de Obras, Edson Giroto, hoje deputado federal.
O crime a ser julgado é o de improbidade administrativa que, segundo a lei, prevê "a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, com indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”. No caso, a Justiça federal pede a devolução de R$ 3,9 milhões.
Empresa tinha sede desconhecida e mais de um endereço falso
No endereço da rua Barão do Melgaço n° 571, o que deveria ser a sede da construtora tratava-se de apenas uma pequena sala, e ali, à época, ninguém conhecia a Engecap.
Em outro endereço relacionado no processo, av. Capiberibe n° 179, nunca houve Engecap ou garis, segundo um funcionário da mecânica ali instalada hoje. No local funcionava uma locadora de vídeo. Em outros dois lugares que constam no processo, a mesma situação, a Justiça Federal não encontrou ninguém até hoje, nem obteve informações.
O julgamento da acusação de improbidade em nada tem a ver com o processo dos garis, que tramita na Justiça Federal de Campo Grande sem que Marcos e Paulo tenham amparo de um advogado, mesmo que público.



Cirurgia de Ricardo Gomes termina após três horas e é bem-sucedida

Após três horas e meia, a cirurgia do técnico Ricardo Gomes chegou ao fim e foi considerada bem sucedida pelos médicos. Segundo as primeiras informações, a hemorragia no cerébro ocorrida em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral) foi estancada, e a circulação, restabelecida. Ele será submetido a uma tomografia e encaminhado à UTI. As próximas 72 horas dirão se o treinador terá sequelas. O médico José Antônio Guasti realizou o procedimento no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
- Foi tudo dentro do esperado. A impressão do doutor que o operou foi a melhor possível. O coágulo foi drenado. O quadro é favorável e agora as próximas 72 horas serão decisivas para avaliar e consolidar o quadro clínico, isso quer dizer sequelas ou não - disse o médico vascaíno Clóvis Munhoz, lembrando que qualquer possível sequela no pós-operatório pode ser revertida com fisioterapia.
Ricardo Gomes deve seguir no hospital entre oito e dez dias. De acordo com Munhoz, o lado do cérebro afetado pela hemorragia foi o direito, e está relacionado aos movimentos do braço direito e também à fala.
O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.

Escândalo dos garis-laranja vai a julgamento esta semana

Na próxima quinta-feira, 1°de setembro, a Justiça Federal da 3ª Região (MS/SP), sediada em São Paulo, terá à sua frente um prato cheio de auditorias e provas que podem elucidar, de vez, o famoso caso Engecap - a escandalosa cessão contratual das obras de canalização do córrego Bandeira da Coesa Engenharia para a Engecap.
Nos documentos do caso consta que, além da assinatura do termo de cessão de parte da obra pelo então prefeito André Puccinelli, e seu secretário municipal de Obras, Edson Giroto, a dupla também autorizou vários pagamentos para a Engecap. Só em fevereiro de 2002, duas listas de recebimentos das duas empresas têm o valor de R$ 10.316.934,00. Fora isso, a assinatura de Giroto aparece em aditivos contratuais da Engecap.
Firmada em 2001, a cessão do contrato e seus valores foi executada por Giroto, a partir de um contrato da Coesa Engenharia de 1993, quase dez anos antes. Tratava-se do convênio 017/93, da prefeitura com o Ministério da Integração Nacional, e que foi reaproveitado em 2001 com a manobra da cessão de parte da obra da Coesa para a Engecap.
O valor total do convênio com o ministério era superior a R$ 9 milhões, e a Engecap abocanhou R$ 3.9 milhões, sem licitação.
Ao todo, a empresa recebeu R$ 11 milhões em contratos da prefeitura, alguns como "convite", para obras que variavam de cobertura de quadras, operação tapa-buraco até outras de vulto, como a canalização do fundo do vale do córrego Bandeira.
Documentos revelam fraudes em série
Com a aproximação do julgamento de Improbidade Administrativo com Danos ao Erário, a reportagem do Midiamax consultou à ampla documentação em poder do ex-deputado estadual Semy Ferraz, que denunciou a fraude ao MPF (Ministério Público Federal) no MS, em agosto de 2003.
O escândalo foi agravado quando se descobriu que a Engecap estava em nome dos garis Paulo Sobral e Marcos Vinícius, que viviam com R$ 190,00 de salário mensal. A Engecap pertencia, de fato, ao italiano Eolo Ferarri, um dos caixas da campanha de Puccinelli à reeleição, em 2000. Eolo é que aparecia assinando os contratos com Giroto.
Além disso, o endereço onde estariam morando os garis, registrado na Junta Comercial de Campo Grande, também era falso. Depois da denúncia do caso e da farta documentação, e mesmo firmando contratos com o italiano Eolo ao invés dos garis, Puccinelli e Giroto negaram conhecer qualquer irregularidade com a Engecap.
Na época, Eolo declarou ao jornal Folha de São Paulo, que estava "desesperado", quando usou os garis ilegalmente, porque duas outras empresas suas, a Drenasa Engenharia e a Rodotec, estavam com problemas no fisco. Mesmo assim, suas certidões negativas foram aceitas nos contratos firmados com Giroto.
Puccineli e Giroto mantiveram-se calados. Mais tarde, ao mesmo jornal, o então prefeito declarou que não havia irregularidades no caso.
CGU demonstrou ilegalidades
Com a publicidade nacional que o caso ganhou, via imprensa, a CGU (Controladoria Geral da União), vinculada à Presidência da República, iniciou suas apurações, enviadas ao MPF em 2005. Em 2007, a Justiça Federal acatou a denúncia que, depois dos recursos dos réus, tem data para julgamento.
Na auditoria inicial da CGU constam dados relativos ao custo da obra com as contrapartidas da prefeitura de Campo Grande, e os pagamentos feitos por Puccinelli e Giroto.

Giroto respondeu às indagações da CGU, mas seus argumentos foram rebatidos pelos auditores, com números relativos às medições de pagamento das obras, preço de insumos e técnica construtiva.
Ao final, a CGU constatou que Puccinelli e Giroto incorreram em várias irregularidades e algumas ilegalidades. A auditoria cita "fuga ao procedimento licitatório, mediante indevida utilização de licitação de 1993, inconsistência de preços, plano de trabalho com preços superiores aos parâmetros empregados, ausência de projeto básico e sub-rogação de contrato para empresa (Engecap) que não apresentou a melhor proposta.
Investigando os custos de construção das etapas 1 e 2 da obra, a CGU encontrou sobrepreço de R$ 4.190 milhões, ou 32 % superior à tabela oficial de referência à época, para contratos federais - a SINAP.
No relatório final datado de 11 de outubro de 2005, depois de enumerar 37 pontos onde fundamentava a constatação de superfaturamento e licitação ilegal, a CGU recomendou uma ação clara ao ministério da Integração Nacional:
"Cabe ao ministério da Integração Nacional recomendar à Prefeitura Municipal de Campo a instauração de procedimento apuratório visando identificar todos os responsáveis e respectivas atuações nas constatações apontadas neste documento, bem como a restituição ao Erário os prejuízos constatados", solicitava a Controladoria.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Carregar bebida alcóolica na cabine do carro pode virar infração gravíssima

O transporte de bebidas alcoólicas no interior da cabine do veículo poderá ser considerado infração gravíssima, punida com sete pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 191,44. Projeto nesse sentido, originário do Senado, foi aprovado nesta quinta-feira (25/8) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em caráter terminativo, isto é, sem a necessidade de ser submetido à votação do plenário.
Como o projeto do Senado foi modificado pelo relator na CCJ, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), o texto terá que retornar ao Senado para nova apreciação antes de seguir para a sanção presidencial. O relator retirou do texto do Senado o dispositivo que estabelecia, além da multa e dos pontos, a retenção veículo. Se o projeto virar lei, os motoristas só poderão transportar bebidas alcoólicas no porta-malas do veículo.

Hipertensos e diabéticos têm mais doenças renais, alertam médico

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que a hipertensão arterial e o diabetes são as principais causas da insuficiência renal crônica. A doença é um problema de saúde pública mundial: mais de um milhão de pacientes no mundo encontra-se em programa de diálise, a terapia renal substitutiva. Cerca de dez milhões de brasileiros têm alguma disfunção renal e mais de 92 mil pacientes fazem hemodiálise no país. Os hipertensos e diabéticos merecem atenção especial porque fazem parte do grupo de risco. Estima-se que existem no Brasil cerca de 35 milhões de hipertensos e 7 milhões de diabéticos.
Segundo o presidente da SBN, Daniel Rinaldi dos Santos, a hipertensão arterial é a principal causa de doença renal crônica dialítica, responsável por 35% dos pacientes em diálise. Outros 27,5% fazem hemodiálise em função do diabetes - a segunda causa de doença renal crônica no Brasil. Rinaldi explica ainda que de 30% a 40% dos pacientes portadores de diabetes tipo 1 podem evoluir para perda de função renal e de 10% a 40% dos diabetes tipo 2 - o mais frequente - evoluem com alteração da função renal. O tratamento adequado tanto da hipertensão quanto do diabetes impede ou retarda o risco de desenvolvimento da insuficiência renal crônica.
O diagnóstico precoce de disfunção renal no diabetes pode ser feito com a pesquisa da proteína albuminúria na urina. Já a dosagem sanguínea de creatinina deve ser realizada em todo paciente com diabetes e hipertensão. "Através desse procedimento, que é um exame simples e barato, disponível na rede pública, podemos determinar em qual estágio da insuficiência renal se encontra o paciente", explica Rinaldi.
Uma das principais medidas de combate à disfunção renal é o controle da hipertensão arterial e do diabetes. Para isso, é preciso uma combinação de cuidados na alimentação, hábitos de vida saudáveis e medicamentos específicos. Além dos fatores genéticos, existem questões ambientais como, por exemplo, o excesso de consumo de sal, o baixo consumo de potássio presente em frutas e legumes e até o estresse. O ideal, diz Rinaldi, é uma dieta restrita em sal, pobre em carboidratos (para diabéticos), com restrição de gorduras e pouca carne vermelha. A obesidade e o sedentarismo também influenciam de forma significativa.
Os dados da SBN alertam também para as complicações nefrológicas na gestação. Em uma gravidez normal, a mulher tem uma queda na dosagem de creatinina no sangue. "Qualquer elevação nessa dosagem significa uma gestação de alto risco, com possibilidade de complicações graves para a mãe e o feto", afirma Rinaldi.
Terra

Alimentos light podem engordar tanto quanto regulares

22/08/2011 15h15 - Atualizado em 22/08/2011 15h15

Alimentos light podem engordar tanto quanto regulares

O raciocínio de que ingerir menos calorias emagrece é lógico, mas alguns estudos têm mostrado que ele não funciona tão bem assim

Imprimir Share.A maioria das pessoas, ao lembrarem das férias de verão e dos corpos expostos na praia e na piscina, acabam fazendo substituições na alimentação, trocando o pacote de biscoitos tradicional por um com menos calorias. O raciocínio de que ingerir menos calorias emagrece é lógico, mas alguns estudos têm mostrado que ele não funciona tão bem assim, segundo divulgou o site YouBeauty.
"As pessoas ficam mais preocupadas em adquirir produtos light ou sem gorduras, achando que são mais saudáveis e têm pouca caloria, mas acabam se descuidando das porções", contou a nutricionista Joy Bauer, lembrando que as calorias continuam contando e que não se pode comer o quanto quiser de um alimento só porque ele tem a rotulagem de light.
Brian Wansinck, autor do livro Mindless Eating: Why We Eat More Than We Think (algo como Comendo com a mente: por que comemos mais do que pensamos, ainda sem tradução em Português) e diretor do laboratório de marcas e alimentos da Universidade de Cornell, nos EUA, disse que as pessoas que escolhem alimentos com pouca gordura acabam aumentando sua ingestão calórica em 25 a 44%.
Joy destacou que um pacote de cookies light tem mais carboidratos e açúcares do que a versão regular, pois as empresas adicionam mais açúcar para deixar o produto com um sabor melhor e muita gente acha que está compensando calorias ao adquirir a versão com pouca gordura. "Controlar as calorias - e não a gordura - é que é importante para perder peso", falou.
Os profissionais ensinaram que para não errar a mão, basta ter controle. Comer apenas um cookie na versão regular de vez em quando não vai fazer tão mal quanto consumir o pacote inteiro da versão light. Manter o pacote distante também ajuda a distrair e evitar o excesso.

Excesso de pressa prejudica 30% dos trabalhadores brasileiros

Ter pressa de vez em quando, para comparecer a um compromisso urgente, é normal. Mas, quando a corrida contra o relógio vira rotina, pode ser sinal de alerta.

Essa sensação de ser atropelado pelo tempo atinge 30% dos trabalhadores brasileiros. E o comportamento de estar sempre atrasado pode prejudicar o sono, a sede, a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a pressão e até a respiração.
Para comentar o assunto, o cardiologista Roberto Kalil e o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, estiveram presentes no Bem Estar desta terça-feira (23).
Eles explicaram por que a pressa deixa as pessoas mais competitivas e agressivas, inclusive no trânsito, e como relaxar em meio a essa constante luta contra as horas.
E esse não é um problema exclusivo de megalópoles como São Paulo. O repórter Renato Biazzi foi até Goiânia para ver como as pessoas lidam com a pressa e as tarefas diárias.
É possível identificar se esse comportamento está passando dos limites. Se você faz tudo correndo (come, anda, fala, dirige e dorme), faz várias coisas ao mesmo tempo, é muito impaciente (não aguenta ouvir alguém falar sem interrompê-lo, não sabe esperar ou não tolera quem vive com você), tem excesso de competitividade e de agressividade (perde o controle facilmente e parte para o ataque), cuidado: é preciso se acalmar.
Algumas dicas importantes para melhorar são: priorizar o que é realmente importante; dizer não para pedidos impossíveis; fazer pausas, meditação, orações, leituras, caminhadas e exercícios leves; e falar sobre os problemas. Os especialistas recomendaram, ainda, fazer uma lista com as atividades indispensáveis e dividi-las ao longo do dia e da semana.
 Segundo o psiquiatra, a pressa e a ansiedade podem ser uma tendência familiar e também um comportamento estimulado pelo meio em que se vive.
A longo prazo, a pressa e o estresse desorganizam o corpo, aumentam a ansiedade e podem causar problemas cardíacos ou gastrointestinais.
Fonte: G1

Protetor solar em excesso enfraquece os ossos e pode causar doenças

Mesmo sem casos na família, doenças ou hábitos que potencializam as chances de problemas nos ossos, pessoas que evitam tomar sol podem desenvolver doenças como a osteoporose, por exemplo, por uma deficiência de vitamina D. O excesso de protetor solar evita que os raios solares atinjam o corpo. As informações são do Daily Mail.
Recentemente, foi noticiado que um número crescente de pessoas - até um em cada três adultos - sofrem deficiência do componente, devido à falta de exposição ao sol e má alimentação. A falta de vitamina D aumenta o risco de osteoporose e fraturas em 60%.
De acordo com um estudo sobre a doença, o número de homens britânicos internados em hospitais por causa de fratura no quadril subiu 77% em dez anos. O aumento da expectativa de vida e falta da vitamina D seriam as principais razões. Além dos problemas nos ossos, a ausência do componente, está associada ao aumento de risco de resfriados, gripes, doenças cardíacas, diabetes, esclerose múltipla e câncer.
Cerca de 90% da vitamina D é produzia na pele, com ajuda da luz do sol. Os raios ultravioletas transformam o colesterol em vitamina D, de acordo com o consultor de bioquímica clínica William Marshall.A vitamina D é importante para uma vida saudável, crescimento, força dos ossos funções musculares e sistema imunológico, segundo o médico.

Delcídio é o relator de infraestrutura do Orçamento 2012

O senador Delcídio do Amaral(PT/MS) será o relator dos projetos de infraestrutura no Orçamento da União de 2012. O parlamentar sul-mato-grossense foi convidado pelo colégio de líderes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, em função de sua experiência no setor. Delcídio é engenheiro eletricista e fez carreira em empresas públicas e privadas das áreas de energia, mineração e petróleo, além de ter sido o relator geral do Orçamento da União de 2008.
“É mais um desafio que aceito para ajudar o Brasil. Vamos analisar com muito critério todos os projetos a serem desenvolvidos no ano que vem pelos ministérios dos Transportes, Comunicações e Minas e Energia, para dotar o país da infraestrutura necessária ao seu desenvolvimento”, afirmou o senador.
Para Delcídio, a relatoria de infraestrutura vai lhe permitir contribuir ainda mais para o crescimento de Mato Grosso do Sul.
“É claro que o meu foco é o Brasil como um todo. Mas eu sou de Mato Grosso do Sul, conheço as necessidades do meu estado e os projetos do governo federal para o setor. Vamos trabalhar junto com os demais membros da bancada e o governador André Puccinelli para definir recursos que garantam , por exemplo, a pavimentação da MS-040, recentemente federalizada, os novos ramais ferroviários que atenderão o Sul do estado e a região da Grande Dourados, a manutenção das BRs 262, 163, 267,463 e 158, nossos portos fluviais nos Rios Paraná e Paraguai e também as obras de ampliação e modernização dos aeroportos, tanto o da capital quanto os do interior do estado”, explicou o senador.



Diferenças regionais não podem interferir na aprendizagem dos anos iniciais da vida escolar, diz educadora

desempenho dos alunos de escolas públicas ficou em 175,8 pontos, enquanto os alunos de escolas privadas alcançaram 216,7 pontos. A Prova ABC foi aplicada para medir o nível de aprendizado das crianças nos três primeiros anos de estudo

AGêNCIA BRASIL 25/08/2011 15h50
Diferenças regionais e discrepância entre os resultados de escolas públicas e privadas na Prova ABC, aplicada no primeiro semestre a 6 mil alunos de escolas municipais, foram os pontos da avaliação que mais chamaram a atenção de Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação, entidade que participou do processo de medição do nível de aprendizado de crianças no início da vida escolar.
Para ela, os dados mostram que é preciso garantir a melhoria da aprendizagem nos anos iniciais, independentemente de diferenças regionais ou de situação econômica. “Precisamos superar e sair desse conformismo de que as realidades são diferentes. Toda criança tem o mesmo direito de aprender. A aprendizagem nessa etapa é essencial para garantir a aprendizagem nas etapas posteriores. Se não tivermos essa garantia de aprendizagem nos anos iniciais, a tarefa começa a ficar mais complicada e complexa para garantir a aprendizagem nos anos seguintes. Toda criança pode aprender”, disse Priscila.
O desempenho dos alunos de escolas públicas ficou em 175,8 pontos, enquanto os alunos de escolas privadas alcançaram 216,7 pontos. A Prova ABC foi aplicada para medir o nível de aprendizado das crianças nos três primeiros anos de estudo. A avaliação foi feita pelo movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
A diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Ana Lúcia Lima, destacou que estudos estatísticos sobre o processo educacional mostram que educação vem de casa e não é exclusividade da escola. Ela reforçou que a pesquisa mede habilidades de tratamento com letras e números, coisas que se desenvolvem na criança desde muito cedo.
“Uma criança que cresce em um ambiente letrado, onde ela tem livros, onde alguém lê histórias para ela e ela tem com quem brincar, os pais foram escolarizados e têm como contribuir com o aprendizado, [essa criança] já entra na escola com vantagens na comparação com uma criança que tem pais que não tiveram a oportunidade de se escolarizar”, ressaltou Ana Lúcia.
Para o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, João Horta, quanto maior a quantidade de estudos que houver para mostrar como anda a educação no país mais dados o governo terá para atuar no processo. “O que estamos procurando fazer é apoiar as diversas instituições para que elas utilizem os dados do Inep e produzam cada vez maiores resultados”.
Com base nos resultados da Prova ABC, Horta disse que é preciso que prefeituras e sistemas municipais de ensino se esforcem para desenvolver a educação de uma forma diferente.

PF pede o indiciamento de seis por desvio de dinheiro de merenda

A Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento das seis pessoas presas hoje (25), em Pernambuco, suspeitas de participar de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro público destinado à merenda escolar. Para o delegado Bernardo Gonçalves Torres, responsável pelo inquérito policial, as provas já colhidas são suficientes para formar a convicção de que um político, os dois gerentes de banco, um servidor público, um empresário e um estudante, todos detidos esta manhã, estão envolvidos na prática de crimes de corrupção e peculato. A PF não divulgou o nome dos suspeitos.
Com o indiciamento, os investigados passam a ser oficialmente considerados suspeitos. Segundo a assessoria da PF, alguns dos detidos já foram liberados.
Deflagrada esta manhã, a Operação Mar de Lama é resultado de mais de três anos de investigações. A PF estima que foram desviados R$ 1,8 milhão destinados a prefeituras pernambucanas para compra de merenda escolar. Também está sendo investigada a suspeita de pagamento de salários a funcionários fantasmas.
Embora apenas um político tenha sido detido hoje, a PF informa, em nota, que as investigações “apontam para um largo esquema de corrupção e desvio de verbas públicas envolvendo diversos políticos” relacionados a “pagamento de propina para garantir apoio a projetos, numa espécie de 'mensalão'”.
Essa foi a terceira operação deflagrada hoje (25) pela PF para apurar fraudes envolvendo dinheiro público. Em Salvador, a Operação Nevasca resultou na prisão de 17 pessoas suspeitas de fraudar a Previdência Social. Mais cinco pessoas investigadas por supostas fraudes em financiamentos bancários concedidos pela Caixa Econômica Federal foram presas em Governador Valadares (MG) e em Vila Velha (ES).

Simone alega compromissos e não comparece a reunião com o Conselho Municipal de Saúde

A reunião do Conselho Municipal de Saúde de Três Lagoas, marcada para esta sexta-feira (26), na qual a ex-prefeita e atual vice-governadora, Simone Tebet (PMDB) prestaria esclarecimentos sobre as irregularidades apontadas pela auditoria do Tribunal de contas da União (TCU), foi adiada a pedido da ex-chefe do Executivo Municipal.
Segundo o presidente do Conselho, Edson Aparecido de Queiroz, Simone enviou documento informando que não poderia comparecer.
“Recebemos o ofício nesta manhã (25). A vice-governadora alegou que possuía compromissos, que estavam marcados anteriormente a nossa convocação, agendada no início de agosto”, explicou.
Queiroz disse que está junto com a mesa diretora do Conselho para deliberar quais decisões serão tomadas após a indicação da ausência.
“Nesta tarde, o Conselho está reunido para analisar as medidas a serem adotadas após a Simone ter informado que não irá comparecer. Uma das propostas é a de encaminhar as provas documentais e o laudo da auditoria para que a Justiça tome as providências”, informou.
Auditoria
A equipe do TCU realizou auditoria nas contas municipais da Saúde, em Três Lagoas, no ano de 2009 e início de 2010, período em que a Prefeitura era administrada por Simone Nassar Tebet (PMDB).
Segundo o Tribunal, a atual vice-governadora teria cometido irregularidades na gestão dos recursos financeiros, oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), do Governo Federal.
Entre os pontos falhos indicados, está a contratação de uma empresa prestadora de serviços médicos (Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto – FUNFARME), mesmo tendo ciência do impedimento legal para o ato.
“Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável, pois a mesma praticou o ato após prévia consulta a órgãos técnicos”, apontou um dos trechos da auditoria.
Para o Conselho Municipal de Saúde, é imprescindível levantar qual o valor dessa contratação.
“Como não houve licitação, não tomamos conhecimento do dinheiro público pago por essa prestação de serviços. Estaremos atuando para que nosso papel de fiscalizador das ações na área da saúde possa ser garantido, conforme os padrões legais. Portanto, estamos requerendo as notas fiscais do pagamento à FUNFARME”, finalizou Queiroz.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cassação de Jaqueline Roriz será julgada na próxima terça-feira em plenário

O Plenário da Câmara dos Deputados julgará na próxima terça-feira (30/8) a cassação da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). O parecer do Conselho de Ética recomendando a aplicação de pena máxima à parlamentar foi lido na tarde desta quarta-feira (24/8) na ordem do dia. "Vamos votar como primeiro item da pauta", afirmou o presidente da Casa, Marco Maia (PT-SP).
O Conselho de Ética da Câmara decidiu, em 8 de junho, recomendar a cassação de Jaqueline Roriz devido às imagens nas quais ela e o marido, Manoel Neto, aparecem recebendo dinheiro de Durval Barbosa. Para a punição ser aplicada é preciso haver maioria absoluta do Plenário, ou seja, 256 votos a favor do parecer. A defesa de Jaqueline sustenta que ela não pode ser julgada pela Casa visto que o ato ocorreu em 2006, antes do mandato parlamentar.

A presidente fez as declarações em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de novas demissões




A presidente Dilma Rousseff disse hoje que não vai pautar seu governo por demissões e considerou inadequado o termo "faxina", usado pela imprensa para se referir às demissões de funcionários públicos acusados de envolvimento em esquemas de corrupção. "Faxina, no meu governo, é faxina contra a pobreza, o resto são ossos do ofício da Presidência, e isso não se interrompe", disse a presidente, após o lançamento do programa de microcrédito Crescer, no Palácio do Planalto.
"Essa pauta de demissões, que fazem ranking, não é adequada para um governo." Dilma destacou que esta é uma pauta que ela jamais vai assumir. "Não se demite, nem se faz escala de demissão, nem se quer demissão todos os dias. Isso não é, de fato, Roma antiga?", perguntou Dilma. Ela disse que, em qualquer atividade inadequada ou malfeita que for constatada no governo, será mantida a presunção de inocência e serão tomadas providências.
"O que eu não vou aceitar, em hipótese alguma, é que alguma pessoa do meu governo seja condenada sem respeitar os preceitos da Justiça moderna, respeito aos direitos individuais e liberdades. A lei é igual para todos. Não tem quem esteja acima da lei. É importantíssimo respeitar a dignidade da pessoas e não submetê-las a condições ultrajantes", concluiu Dilma.
A presidente fez as declarações em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de novas demissões. Nos oito meses de governo Dilma, foram demitidos quatro ministros e diversos dirigentes de órgãos públicos. Antonio Palocci deixou a Casa Civil após denúncias sobre um grande crescimento de seu patrimônio durante o período em que era deputado federal; Alfredo Nascimento saiu em meio a denúncias de superfaturamento de obras na pasta dos Transportes; Nelson Jobim, que deixou o Ministério da Defesa depois de ter feito declarações polêmicas; e Wagner Rossi, que pediu demissão da pasta da Agricultura em meio a denúncia de corrupção no setor.
Recentemente, mais quatro ministros tiveram os nomes envolvidos em denúncias publicadas pela imprensa: Pedro Novais, do Turismo, Mário Negromonte, das Cidades, Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e seu marido, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações.

Governo oferece crédito com juros de 8% ano

A presidenta Dilma Rousseff lançou hoje (24), no Palácio do Planalto, o Crescer – Programa Nacional de Microcrédito, que tem o objetivo de fornecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores individuais e microempresas. Até o final de 2013, o governo espera atender a 3,4 milhões de clientes.
O programa terá juros de 8% ao ano que, segundo o governo, estão bem abaixo das taxas atualmente praticadas no mercado, que chegam até 60% ao ano. Além dos juros mais baixos, o governo também vai anunciar a redução da taxa de adesão ao crédito dos atuais 3% para 1%.
"O objetivo desse programa é estimular a população mais pobre [a criar microempresas] e gerar emprego nessa faixa de renda", explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para garantir a redução do juro, o governo decidiu subsidiar com recursos do Tesouro Nacional até R$ 500 milhões por ano.
Para obter uma das linhas de financiamento do Crescer, as empresas devem ter um faturamento de até R$ 120,00 ao ano. O valor de cada operação de crédito destinado a capital de giro ou investimento poderá chegar a R$ 15 mil. "A grande novidade é que o tomador de empréstimo não vai precisar apresentar garantias", destacou Mantega.
A carteira ativa do programa poderá alcançar R$ 3 bilhões e será operada pelo Banco do Nordeste (BNB), a Caixa Econômica Federal (CEF), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Brasil (BB).
O governo também pretende atrair bancos privados para o programa, com o Tesouro garantindo subsídio às taxas de juros para as instituições que operarem dentro das condições estabelecidas para o programa de microcrédito orientado.
Para que as operações comecem a ser contratadas, o governo vai promulgar uma medida provisória autorizando a União a conceder subvenção econômica. O Conselho Monetário Nacional (CMN) também deverá fixar em 2% dos depósitos à vista a exigibilidade de aplicação de recursos nas linhas do programa. De acordo com o governo, esse percentual será atingido de forma escalonada: 10% a partir de 1º de janeiro de 2012; 40% em 1º de julho de 2012; e 60% em 1º de janeiro de 2013.

Pesquisa revela que comer alimentos certos evita o aparecimento de doenças crônicas

Resistir a frituras, refrigerantes e massas é uma tarefa difícil para milhares de brasileiros que combinam uma dieta tradicional, baseada no arroz e feijão com alimentos compostos por baixo teor de nutrientes e alto conteúdo calórico. Aliado ao crescente consumo de refrigerantes e refrescos, está à ingestão reduzida de frutas, verduras e legumes.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, apesar de haver uma ingestão satisfatória de proteínas, a prevalência de consumo excessivo de açúcares foi observada em 61% da população, já a de gorduras saturadas, em 82% das pessoas. O consumo insuficiente de fibras foi observado em 68% dos brasileiros.
A maior preocupação está entre os adolescentes, que tem apresentado alto consumo de gorduras trans, saturadas, sódio e açúcar que podem levar ao excesso de peso e obesidade. Dados da POF 2008-09 mostram que 12% dos brasileiros estão obesos.
Para controlar e reduzir o excesso de peso, obesidade e promover a alimentação saudável, o Ministério da Saúde apresenta à sociedade o Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) que traz como metas, para os próximos dez anos, elevar o consumo de frutas e hortaliças, reduzir o consumo médio de sal da população brasileira, aumentar a atividade física no lazer e a implementação do Plano Intersetorial de Obesidade, que buscará reduzir ao excesso de peso e a obesidade na infância, na adolescência e na vida adulta.
O Plano de Enfrentamento das DCNT, também, tem como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
Para a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, esse cenário é preocupante uma vez que se observa o crescimento da obesidade no Brasil, associada, entre outros fatores, à má alimentação. “A população precisa criar o hábito de fazer três refeições e um lanche nos intervalos, buscando o consumo de frutas, verduras e legumes no lugar de alimentos processados. Ter cuidados com a alimentação reduz o aparecimento de doenças precoces como hipertensão e diabetes. E o Plano vem ao encontro dessa preocupação com a saúde dos brasileiros”, destaca.