Decidida a sair da sombra do PMDB na disputa pela sucessão da prefeitura da Capital, a cúpula do PSDB discute a possibilidade de deixar os cargos na administração do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) a partir do próximo dia 20. Hoje, os tucanos comandam a Secretaria de Educação e a Funesp (Fundação Municipal de Esportes).
Desde 2006, Maria Cecilia Amendola da Motta dirige a secretaria de Educação e Carlos Alberto Assis, presidente municipal do partido, está à frente da Funesp. “O PSDB pode deixar os cargos dia 20”, avisou o presidente regional da sigla e pré-candidato a prefeito, deputado federal Reinaldo Azambuja.
Segundo ele, Maria Cecília e Carlos Alberto estão coordenando o processo para o partido deixar a administração de Nelsinho. A secretária de Educação confirmou ao Midiamax a possibilidade de sair da pasta na data. “Temos candidato a prefeito, temos o compromisso de deixar os cargos e realmente isso pode acontecer no próximo dia 20”, revelou.
Hoje à noite, inclusive, ela deverá se reunir com Carlos Alberto para aprofundar as discussões. Segundo Maria Cecília, a confirmação da saída do PSDB da prefeitura “depende de negociações partidárias”.
Indagada se as ditas “negociações” podem ameaçar a candidatura de Azambuja, a secretária de Educação fez questão de afastar a possibilidade. “São negociações com partidos”, emendou sem dar mais detalhes.
Maria Cecília admitiu “aperto no coração” no caso de confirmada sua saída da pasta, mas disse estar preparada. “Deixar o cargo já era previsto, é lógico que ver ficar para trás um trabalho de anos dói, mas sou partidária e estou consciente do projeto do PSDB para Campo Grande”, comentou.
Questionada se com ela sairão todos os indicados do PSDB das secretarias, Maria Cecília afirmou que a decisão caberá a Nelsinho. “O prefeito é quem decide quem fica e quem sai”, destacou. “É claro que isso dependerá de muita análise, até mesmo porque muitos cargos são técnicos, por isso, não dá para trocar do dia para a noite”, ponderou.
Puxão de orelha
No ano passado, diante de críticas de partidos da base aliada, o prefeito Nelsinho Trad ameaçou fazer uma limpa no primeiro escalão. Ele acabou recuando, depois de concluir que o “puxão de orelha” deu efeito.
Pela legislação eleitoral, as candidaturas serão confirmadas em junho, mês das convenções para homologar os nomes decididos a entrar na disputa. Neste sentido, inicialmente, as legendas teriam até esse prazo para deixar os cargos.
Da base aliada do prefeito, também ameaça partir para o enfrentamento nas eleições de outubro o PPS, com a candidatura do vereador Athayde Nery, presidente regional do partido.
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