Mais uma vez governo e oposição se enfrentaram na Assembleia Legislativa devido à paternidade de obras públicas construídas no Estado. O jornal produzido pelo governo do Estado que divulga obras em Corumbá voltou à tona. O deputado estadual Carlos Marun (PMDB) ocupou a tribuna para justificar a divulgação das obras no tablóide.
O petista Paulo Duarte, o mesmo que puxou o debate sobre o jornal há duas semanas, fez o contraponto. Em discurso, disse que o governo tem “memória seletiva”, “está roubando obras dos outros” e é “cara de pau”.
Conforme a oposição, o governador André Puccinelli (PMDB) está divulgando obras federais construídas com dinheiro do governo Lula como se fossem realizadas unicamente com dinheiro do governo do Estado.
Marun disse que não via razões para as cobranças em relação à divulgação do dinheiro federal. “A forma como os senhores [petistas] interpretam a vinda de recursos federais é equivocada. Experimenta ficar sentado para ver se o dinheiro vem?”, sugeriu.
Na avaliação de Marun, a vinda de dinheiro federal para o Estado é mérito do atual governo que tem competência para canalizar verba. “O governo fez a captação destes recursos”, mencionou na tribuna.
Assim, o próprio Marun reconheceu que as obras divulgadas no jornal distribuído em Corumbá foram construídas com recursos federais e não só do governo do Estado como dá a entender no panfleto. “Tem recursos federais sim porque o governo tem competência para ir buscar”, mencionou.
Já Duarte que ocupou a tribuna em seguida reiterou que o governo está “roubando obras dos outros” ao noticiar no jornal que construiu o Fórum da cidade. “A obra não custou R$ 600 mil como o governo noticiou. Isso foi uma parte do dinheiro que ele investiu. A obra custou R$ 7 milhões e demandou dinheiro do Tribunal de Justiça, da prefeitura de Corumbá e do governo anterior”, explicou.
“Ele [governo] tem a cara de pau de dizer que gastou R$ 600 mil para construir a obra inteira do Forum”, completou. Conforme Duarte, o governo tem noticiado até obras construídas com emendas parlamentares como se fossem suas. “Sorte que existe o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] do governo federal que é o que sustenta este governo”, disse.
Propaganda pessoal
Para Paulo Duarte, o jornal distribuído em Corumbá além de ter informações equivocadas sobre os recursos investidos ainda é um instrumento de propaganda pessoal do governador. O deputado acionou a Justiça contra a divulgação que inclusive leva a logomarca do atual governo.
Em aparte, Marun apresentou panfleto distribuído pelo governo de Zeca do PT no qual a logomarca do governo Zeca do PT também aparece destacada. Duarte admitiu que o governo anterior cometeu um erro. “Mas, agora eu entrei na Justiça para se ter uma resposta definitiva sobre o que pode e o que não pode em relação a isso. Será uma regra só para todos”, disse.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
André reservou dinheiro para fazer uso eleitoral, acusa deputado
O deputado estadual Paulo Duarte (PT) avalia que o governo do Estado manteve reservas financeiras para usar o dinheiro em ano eleitoral e facilitar a reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). Em resposta a requerimento do deputado, o governo informou que até 31 de dezembro de 2009 tinha R$ 1,2 bilhão em reservas financeiras.
“É uma jogada eleitoral. Ele guardou dinheiro enquanto o Estado tem demandas importantes como a contratação de policiais, por exemplo. E agora, chama prefeitos para fazer convênios para pavimentação asfáltica. É, no mínimo, estranho”, avaliou.
O deputado que tentava desde o ano passado obter a resposta sobre a existência de reservas financeiras só conseguiu há 15 dias, mesmo assim de maneira incompleta.
“É uma resposta incompleta. Eu quero saber, por exemplo, em que banco o dinheiro está, qual é a taxa de juros que rende. Isso, eles se recusam a informar”, comenta.
O deputado comentou que insistirá junto ao governo por um detalhamento melhor do dinheiro guardado nas contas. Em entrevista em janeiro, o governador informou que o depósito do dinheiro está feito em bancos oficiais, mas não mencionou nome de nenhuma instituição.
“É uma jogada eleitoral. Ele guardou dinheiro enquanto o Estado tem demandas importantes como a contratação de policiais, por exemplo. E agora, chama prefeitos para fazer convênios para pavimentação asfáltica. É, no mínimo, estranho”, avaliou.
O deputado que tentava desde o ano passado obter a resposta sobre a existência de reservas financeiras só conseguiu há 15 dias, mesmo assim de maneira incompleta.
“É uma resposta incompleta. Eu quero saber, por exemplo, em que banco o dinheiro está, qual é a taxa de juros que rende. Isso, eles se recusam a informar”, comenta.
O deputado comentou que insistirá junto ao governo por um detalhamento melhor do dinheiro guardado nas contas. Em entrevista em janeiro, o governador informou que o depósito do dinheiro está feito em bancos oficiais, mas não mencionou nome de nenhuma instituição.
Deputados temem ‘calote’ de André na liberação de emendas
Deputados estaduais da Assembleia Legislativa temem um calote do governador André Puccinelli (PMDB) na distribuição de emendas parlamentares neste ano. Hoje, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) revelou ao Midiamax que há uma certa apreensão entre os parlamentares. A preocupação atingiria até a base aliada, que evita o tema abertamente.
O petista explica que por se tratar de ano eleitoral, o governador tem até junho para liberar o dinheiro. “Eu já encaminhei toda a documentação para o governo, mas eles já me disseram que, por enquanto, não está liberando”, informa Kemp.
Neste ano, cada deputado terá direito a R$ 800 mil para destinar as suas bases parlamentares. O dinheiro das emendas é destinado a prefeituras e entidades assistenciais do Estado.
Já a liderança do governo na Casa tem informado aos deputados temerosos que, em breve, o Poder Executivo vai liberar o dinheiro. O montante de R$ 19,2 milhões destinados aos parlamentares são oriundos do FIS (Fundo de Investimento Social).
O petista explica que por se tratar de ano eleitoral, o governador tem até junho para liberar o dinheiro. “Eu já encaminhei toda a documentação para o governo, mas eles já me disseram que, por enquanto, não está liberando”, informa Kemp.
Neste ano, cada deputado terá direito a R$ 800 mil para destinar as suas bases parlamentares. O dinheiro das emendas é destinado a prefeituras e entidades assistenciais do Estado.
Já a liderança do governo na Casa tem informado aos deputados temerosos que, em breve, o Poder Executivo vai liberar o dinheiro. O montante de R$ 19,2 milhões destinados aos parlamentares são oriundos do FIS (Fundo de Investimento Social).
Linguiça "une" André e Zeca em Maracaju
Um nasceu na Toscana, na pequena cidade de Viareggio. Outro, rebento de Porto Murtinho.
André Puccinelli é da terra de uma linguíça famosa e Zeca de uma região onde o arroz de carreteiro é o prato típico. A culinária será a responsável em "unir" num mesmo local e evento os dois homens que vão polarizar a disputa pelo Governo do Estado.
Um encontro público como este pode ser balizador da "contenda" entre PT e PMDB. Um quer continuar no poder. O outro que voltar.
André e Zeca vão almoçar neste domingo na tradicionalíssima Festa da Linguica de Maracaju, um evento beneficente realizado pelo rotary Clube desde 1994. Em dezesseis anos, a festa sempre reuniu milhares de sul-mato-grossenses de todo o Estado. O sabor é do tempero nascido nas fazendas de gado de Maracaju.
A singular linguiça vai embalar neste ano a política. Muita política estará no cardápio da festa que tem como "rainha" a iguaria que está registrada no Guinnes Book, o livro dos recordes, como a maior linguica do "universo".
Desde o início da semana centenas de voluntários estão preparando vinte toneladas de linguiça, conforme previsão dos organizadores. Enquanto isso, outro tempero vais esquentar a festa: a pólítica. Em discussão os destinos do comando do estado.
Além de Zeca e André já confirmaram presença uma penca de políticos. Desde o vice-governador Murilo Zauith, passando pelo deputado federal Waldemir Moka, que disputará o senado, e uma leira de depudos estaduais e federais, vereadores e outras personalidades.
Maracaju já é a capital da linguiça e agora será o centro das discussões políticas. Muita conversa, inúmeras cervejas rodilhas e mais rodilhas de linguiça e, talvez, até cumprimento entre Zeca e André? Quem sabe?.
Enquanto a expectativa é com o almoço de domingo os menos afoitos por política já vão começar a festar nesta sexta-feira, quando a festa será aberta oficialmente. Até domingo, muita comida, bebida e shows com artistas regionais farão o enredo da festa. São esperados mais de cinco mil pessoas na e os hotéis já estãocom quase todos os leitos reservados.
André Puccinelli é da terra de uma linguíça famosa e Zeca de uma região onde o arroz de carreteiro é o prato típico. A culinária será a responsável em "unir" num mesmo local e evento os dois homens que vão polarizar a disputa pelo Governo do Estado.
Um encontro público como este pode ser balizador da "contenda" entre PT e PMDB. Um quer continuar no poder. O outro que voltar.
André e Zeca vão almoçar neste domingo na tradicionalíssima Festa da Linguica de Maracaju, um evento beneficente realizado pelo rotary Clube desde 1994. Em dezesseis anos, a festa sempre reuniu milhares de sul-mato-grossenses de todo o Estado. O sabor é do tempero nascido nas fazendas de gado de Maracaju.
A singular linguiça vai embalar neste ano a política. Muita política estará no cardápio da festa que tem como "rainha" a iguaria que está registrada no Guinnes Book, o livro dos recordes, como a maior linguica do "universo".
Desde o início da semana centenas de voluntários estão preparando vinte toneladas de linguiça, conforme previsão dos organizadores. Enquanto isso, outro tempero vais esquentar a festa: a pólítica. Em discussão os destinos do comando do estado.
Além de Zeca e André já confirmaram presença uma penca de políticos. Desde o vice-governador Murilo Zauith, passando pelo deputado federal Waldemir Moka, que disputará o senado, e uma leira de depudos estaduais e federais, vereadores e outras personalidades.
Maracaju já é a capital da linguiça e agora será o centro das discussões políticas. Muita conversa, inúmeras cervejas rodilhas e mais rodilhas de linguiça e, talvez, até cumprimento entre Zeca e André? Quem sabe?.
Enquanto a expectativa é com o almoço de domingo os menos afoitos por política já vão começar a festar nesta sexta-feira, quando a festa será aberta oficialmente. Até domingo, muita comida, bebida e shows com artistas regionais farão o enredo da festa. São esperados mais de cinco mil pessoas na e os hotéis já estãocom quase todos os leitos reservados.
Presidente do PT minimiza crítica à performance de Dilma na pré-campanha
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, minimizou nesta quinta-feira as críticas que a pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, vem recebendo de integrantes da legenda e ex-assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dutra classificou as avaliações negativas sobre a desenvoltura de Dilma na pré-campanha de "normais", mas afirmou que "não concorda e que preferia que não fossem feitas".
Segundo o petista, não há expectativa de mudança na estratégia da campanha de Dilma. "É liberdade de opinião. Não concordo com essas críticas e preferia que não fossem feitas porque qualquer crítica a Dilma ganha uma dimensão maior do que merece", afirmou.
De acordo com a coluna "Painel", da Folha, publicada hoje, as críticas partiram inclusive do coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, que recomendou à ex-ministra (Casa Civil) "respostas mais objetivas e curtas, sob pena de terminar uma entrevista sem conseguir passar o recado inteiro".
Dutra disse que as críticas ainda não foi discutida internamente pela coordenação da campanha de Dilma e que não iria polemizar o assunto. "Eu não dou importância, é natural, mas não vou esquentar", afirmou.
Ricardo Kotscho, ex-secretário de Imprensa de Lula, escreveu em seu blog que "Dilma começou a campanha com tropeços verbais, agenda errática, coordenação inchada e mau uso da estrutura de internet, que mais atrapalha do que ajuda". A postura de Dilma também foi avaliada pelo publicitário Duda Mendonça, que cuidou da campanha de Lula em 2002.
Segundo Duda, a pré-campanha erra na forma que tenta apresentá-la ao eleitor. "Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não. Pegá-la e fazer outra pessoa... Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia", disse Duda, em palestra de duas horas na Casa do Saber, em Ipanema, zona sul do
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o debate em torno dos erros e acertos de Dilma é positivo. "Acho bom o debate central na imprensa ser o que as pessoas acham como está a campanha de Dilma. Muitos devem fazer o mesmo com o Serra, mas não ele não tem a mesma divulgação. Eu não concordo [com as críticas] contra a ministra, mas acho muito bom divulgar. Acho, por exemplo, que a agenda dela está muito boa", disse.
iniciaCorpo("15;12;16;13;17;14;18;15");
Segundo o petista, não há expectativa de mudança na estratégia da campanha de Dilma. "É liberdade de opinião. Não concordo com essas críticas e preferia que não fossem feitas porque qualquer crítica a Dilma ganha uma dimensão maior do que merece", afirmou.
De acordo com a coluna "Painel", da Folha, publicada hoje, as críticas partiram inclusive do coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, que recomendou à ex-ministra (Casa Civil) "respostas mais objetivas e curtas, sob pena de terminar uma entrevista sem conseguir passar o recado inteiro".
Dutra disse que as críticas ainda não foi discutida internamente pela coordenação da campanha de Dilma e que não iria polemizar o assunto. "Eu não dou importância, é natural, mas não vou esquentar", afirmou.
Ricardo Kotscho, ex-secretário de Imprensa de Lula, escreveu em seu blog que "Dilma começou a campanha com tropeços verbais, agenda errática, coordenação inchada e mau uso da estrutura de internet, que mais atrapalha do que ajuda". A postura de Dilma também foi avaliada pelo publicitário Duda Mendonça, que cuidou da campanha de Lula em 2002.
Segundo Duda, a pré-campanha erra na forma que tenta apresentá-la ao eleitor. "Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não. Pegá-la e fazer outra pessoa... Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia", disse Duda, em palestra de duas horas na Casa do Saber, em Ipanema, zona sul do
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o debate em torno dos erros e acertos de Dilma é positivo. "Acho bom o debate central na imprensa ser o que as pessoas acham como está a campanha de Dilma. Muitos devem fazer o mesmo com o Serra, mas não ele não tem a mesma divulgação. Eu não concordo [com as críticas] contra a ministra, mas acho muito bom divulgar. Acho, por exemplo, que a agenda dela está muito boa", disse.
iniciaCorpo("15;12;16;13;17;14;18;15");
Serra dá parabéns a Lula por menção na revista Time
O presidenciável tucano José Serra pendurou no microblog uma trinca de notas sobre a inclusão de Lula na lista de líderes mais influentes do mundo, veiculada pela Time.
Em tom elogiativo, Serra anotou: “Parabéns ao presidente Lula, escolhido líder do ano pela revista americana Time. É bom para o Brasil”.
Depois, alertado por uma internauta acerca da falta de hierarquização da lista da Time, Serra corrigiu-se. Mas manteve o elogio:
“Tem razão [...], não é um ranking. O presidente Lula é um dos 25 líderes da revista Time. Bom do mesmo jeito para o Brasil”.
Numa terceira mensagem, Serra acrescentou: “Vi a notícia no UOL [...]. Há pouco, o próprio UOL corrigiu e deu a informação certa: o presidente Lula é um dos 25”.
Como se vê, Serra é capaz de tudo na sucessão de 2010, menos de confrontar-se com Lula.
Em tom elogiativo, Serra anotou: “Parabéns ao presidente Lula, escolhido líder do ano pela revista americana Time. É bom para o Brasil”.
Depois, alertado por uma internauta acerca da falta de hierarquização da lista da Time, Serra corrigiu-se. Mas manteve o elogio:
“Tem razão [...], não é um ranking. O presidente Lula é um dos 25 líderes da revista Time. Bom do mesmo jeito para o Brasil”.
Numa terceira mensagem, Serra acrescentou: “Vi a notícia no UOL [...]. Há pouco, o próprio UOL corrigiu e deu a informação certa: o presidente Lula é um dos 25”.
Como se vê, Serra é capaz de tudo na sucessão de 2010, menos de confrontar-se com Lula.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Biffi comemora aprovação de projeto que reduz contribuição para trabalhadores com deficiência
Considero a aprovação desse projeto como um gol de placa deste Parlamento em prol da classe trabalhadora”. A frase é do deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT/MS), após a aprovação do Projeto de Lei (277/05), que reduz o tempo de contribuição de pessoas com deficiência, moderada ou grave, para a Previdência Social.
De acordo com o parlamentar, para obter esse benefício, o trabalhador ou a trabalhadora terá que passar por uma perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a cada cinco anos.
Após perícia, em caso de deficiência moderada, o trabalhador poderá se aposentar com 27 anos de contribuição e a mulher com 22 anos. Já em relação à deficiência grave, a redução será de cinco anos, sendo um tempo de contribuição de 25 anos para o homem e 20 para a mulher portadora de deficiência.
“É importante lembrar que atualmente o trabalhador e trabalhadora com deficiência contribuem durante 30 anos e 25 anos, respectivamente, com a Previdência Social. Ou seja, o projeto faz justiça com esses trabalhadores. Nesse sentido, agradeço meus colegas de Parlamento por essa plausível e sensata aprovação”, destacou Biffi.
Biffi explicou ainda que se o segurado adquirir a deficiência após se inserir no regime da Previdência, o tempo reduzido será proporcional ao tempo de serviço em que o trabalhador não apresentava e após apresentar deficiência.
Aprovado no Plenário da Câmara dos Deputados, o projeto segue agora para o Senado Federal para análise e votação.(Fonte: idest.com.br)
De acordo com o parlamentar, para obter esse benefício, o trabalhador ou a trabalhadora terá que passar por uma perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a cada cinco anos.
Após perícia, em caso de deficiência moderada, o trabalhador poderá se aposentar com 27 anos de contribuição e a mulher com 22 anos. Já em relação à deficiência grave, a redução será de cinco anos, sendo um tempo de contribuição de 25 anos para o homem e 20 para a mulher portadora de deficiência.
“É importante lembrar que atualmente o trabalhador e trabalhadora com deficiência contribuem durante 30 anos e 25 anos, respectivamente, com a Previdência Social. Ou seja, o projeto faz justiça com esses trabalhadores. Nesse sentido, agradeço meus colegas de Parlamento por essa plausível e sensata aprovação”, destacou Biffi.
Biffi explicou ainda que se o segurado adquirir a deficiência após se inserir no regime da Previdência, o tempo reduzido será proporcional ao tempo de serviço em que o trabalhador não apresentava e após apresentar deficiência.
Aprovado no Plenário da Câmara dos Deputados, o projeto segue agora para o Senado Federal para análise e votação.(Fonte: idest.com.br)
domingo, 18 de abril de 2010
Crime macabro em Rio Negro:homem é suspeito de matar e comer cérebro da vítima
A Polícia Militar de Rio Negro prendeu por volta das 6h30 deste domingo Shelton Eugênio Vargas. Ele é suspeito de matar Waldiney Furquim Silva, de 30 anos e comer partes do cérebro da vítima.Segundo informações do soldado Ezequiel José Ferreira, do terceiro pelotão da PM de Rio Negro, Silva foi morto com golpes de pedra na cabeça. De acordo com o relato da PM. Após praticar o crime, Vargas teria ingerido pedaços do cérebro e tomado o sangue da vítima. Conforme a versão da PM por volta de 5h30, os policias receberam um chamado de moradores do bairro Morro da TV, informando que um homem com a roupa ensangüentada tentava invadir algumas residências. A PM foi até o local e prendeu o suspeito. Já no camburão ele teria confessado aos policias ter matado um homem, tomado o sangue e comido partes do cérebro da vítima. A guarnição formada pelo cabo Luiz Roberto Fernandez Cabral e o soldado Luiz Flávio dos Santos foi até o local apontado pelo suspeito. Na residência localizada na Avenida da Liberdade encontraram o corpo de Vargas com a cabeça dilacerada. O suspeito não revelou o motivo do crime. (Com colaboração de Reginaldo Coelho)
iniciaCorpo("15;12;16;13;17;14;18;15");
iniciaCorpo("15;12;16;13;17;14;18;15");
Semana agitada dá o tom do embate eleitoral entre André e Zeca
Quem fez mais pelo Estado, André Puccinelli (PMDB) ou Zeca do PT? E com o dinheiro de quem? Do Estado ou do governo federal?. Questionamentos como estes que devem permear a campanha eleitoral já buscam respostas entre deputados estaduais na Assembleia Legislativa. Na semana que passou, os parlamentares da base aliada e da oposição protagonizaram o primeiro grande confronto político do ano na Casa de Leis. Oratórias inflamadas não pouparam nem o presidente Lula que foi chamado de “marqueteiro e estilista”.
No plenário da Assembleia, os petistas acusaram o governo de não divulgar os investimentos federais em Corumbá. Os ‘andrezistas’ disseram que é mentira da oposição. Divulgam sim e na medida justa. O governo que desencadeou a polêmica com a distribuição de um informe publicitário prometeu apresentar uma lista mais específica sobre as obras executadas no município.
Fora da Parlamento, também não faltou emoção aos observadores da política local. Até no interior o chão tremeu, ou melhor, quase. Faltou o olho no olho entre o governador e ex. Os dois estiveram na mesma cidade (Costa Rica), mas souberam desviar um do outro. Contudo, mandaram recados pela imprensa. “Ele é um autoritário que contrata ex-prefeitos para fazer não sei o que”, dispara Zeca. “Ele está com dor de cotovelo porque estou na frente nas pesquisas”, devolveu André.
Também nesta semana, André festejou a confirmação do apoio do PR, partido do Londres Machado, a sua reeleição. Não foi nenhuma novidade. No ano passado, o governador conseguiu infiltrar Edson Giroto, homem de confiança, no partido o que praticamente assegurou a presença do partido em seu arco de alianças.
Já o PTB passou a semana lutando para conter a rebeldia interna desencadeada pela decisão da Executiva (por nove votos a um) de apoiar André. Um grupo de insatisfeitos busca assinaturas para levar a proposta de Zeca do PT à convenção do partido em junho. Manobra que segundo a cúpula da sigla “não vai dar em nada”.
Principal parceiro de Zeca, o PDT mostrou que está com o petista, mas não inteiro. O deputado estadual Antônio Braga anunciou que faz parte de um grupo de dissidentes do PDT que nutre paixão por André e vai com ele aconteça o que acontecer. Ainda que a legenda decida em convenção se aliar a Zeca, os rebeldes do PDT pedirão votos para André. “É um risco que correremos”, conforma-se Braga.
Quem também quer ficar no ninho de André é o PSDB. Os tucanos fazem planos e mais planos. Nesta semana, anunciaram que pretendem trazer José Serra, presidenciável do partido, ao Estado para que faça ele mesmo o convite formal a André pela aliança. O sonho do PSDB é realizar uma grande festa para recepcionar Serra e amarrar a aliança com André.
O sonho já podia estar mais perto da realidade não fosse a indecisão de André. Ele (segundo dizem) prefere Serra, mas não admite que tenha desistido de Dilma Rousseff, candidata à presidência pelo PT. O peemedebista disse em Costa Rica, pra quem quisesse ouvir que o prazo (dia 15 de abril) acabou, mas não pôs fim a possibilidade de entendimento com Lula. Vai a Brasília dialogar com ele pessoalmente. Quando? Em breve.
Lula queria que André apoiasse Dilma. Mas, com Zeca no caminho o governador não aceita. “Cristão e monogâmico” rejeita bigamia. Dilma teria que se contentar com um palanque só o dele ou de Zeca. Os dois, não. O petista por sua vez debocha do adversário: “não sou mercadoria, não desistirei, sou candidato”. O deputado Paulo Duarte (PT) também provoca André. “Ele é noivo abandonado no altar. Ficou esperando a Dilma e ela não veio”.
Zeca pode não ter PR, o PTB e o PDT inteiro, mas está prestes a ganhar um aliado inesperado o que de quebra causará irritação ao adversário. Bem no começo da semana, o senador Valter Pereira, militante histórico do PMDB, reiterou que se aceitar o convite para se filiar ao PSB será o que sempre foi em toda a sua trajetória política “escravo do partidarismo”. Logo, se o PSB estiver com Zeca Valter também estará. Entretanto, a cúpula da legenda informa que ainda não se decidiu.
Enquanto costura o leque de alianças, Zeca não perde os adversários de vista. Ontem, em Três Lagoas, atacou seu primo, o deputado federal Waldemir Moka que concorrerá ao Senado pelo PMDB. “Igual a cavalo pangaré”, comparou. Moka preferiu não comentar a provocação.
No plenário da Assembleia, os petistas acusaram o governo de não divulgar os investimentos federais em Corumbá. Os ‘andrezistas’ disseram que é mentira da oposição. Divulgam sim e na medida justa. O governo que desencadeou a polêmica com a distribuição de um informe publicitário prometeu apresentar uma lista mais específica sobre as obras executadas no município.
Fora da Parlamento, também não faltou emoção aos observadores da política local. Até no interior o chão tremeu, ou melhor, quase. Faltou o olho no olho entre o governador e ex. Os dois estiveram na mesma cidade (Costa Rica), mas souberam desviar um do outro. Contudo, mandaram recados pela imprensa. “Ele é um autoritário que contrata ex-prefeitos para fazer não sei o que”, dispara Zeca. “Ele está com dor de cotovelo porque estou na frente nas pesquisas”, devolveu André.
Também nesta semana, André festejou a confirmação do apoio do PR, partido do Londres Machado, a sua reeleição. Não foi nenhuma novidade. No ano passado, o governador conseguiu infiltrar Edson Giroto, homem de confiança, no partido o que praticamente assegurou a presença do partido em seu arco de alianças.
Já o PTB passou a semana lutando para conter a rebeldia interna desencadeada pela decisão da Executiva (por nove votos a um) de apoiar André. Um grupo de insatisfeitos busca assinaturas para levar a proposta de Zeca do PT à convenção do partido em junho. Manobra que segundo a cúpula da sigla “não vai dar em nada”.
Principal parceiro de Zeca, o PDT mostrou que está com o petista, mas não inteiro. O deputado estadual Antônio Braga anunciou que faz parte de um grupo de dissidentes do PDT que nutre paixão por André e vai com ele aconteça o que acontecer. Ainda que a legenda decida em convenção se aliar a Zeca, os rebeldes do PDT pedirão votos para André. “É um risco que correremos”, conforma-se Braga.
Quem também quer ficar no ninho de André é o PSDB. Os tucanos fazem planos e mais planos. Nesta semana, anunciaram que pretendem trazer José Serra, presidenciável do partido, ao Estado para que faça ele mesmo o convite formal a André pela aliança. O sonho do PSDB é realizar uma grande festa para recepcionar Serra e amarrar a aliança com André.
O sonho já podia estar mais perto da realidade não fosse a indecisão de André. Ele (segundo dizem) prefere Serra, mas não admite que tenha desistido de Dilma Rousseff, candidata à presidência pelo PT. O peemedebista disse em Costa Rica, pra quem quisesse ouvir que o prazo (dia 15 de abril) acabou, mas não pôs fim a possibilidade de entendimento com Lula. Vai a Brasília dialogar com ele pessoalmente. Quando? Em breve.
Lula queria que André apoiasse Dilma. Mas, com Zeca no caminho o governador não aceita. “Cristão e monogâmico” rejeita bigamia. Dilma teria que se contentar com um palanque só o dele ou de Zeca. Os dois, não. O petista por sua vez debocha do adversário: “não sou mercadoria, não desistirei, sou candidato”. O deputado Paulo Duarte (PT) também provoca André. “Ele é noivo abandonado no altar. Ficou esperando a Dilma e ela não veio”.
Zeca pode não ter PR, o PTB e o PDT inteiro, mas está prestes a ganhar um aliado inesperado o que de quebra causará irritação ao adversário. Bem no começo da semana, o senador Valter Pereira, militante histórico do PMDB, reiterou que se aceitar o convite para se filiar ao PSB será o que sempre foi em toda a sua trajetória política “escravo do partidarismo”. Logo, se o PSB estiver com Zeca Valter também estará. Entretanto, a cúpula da legenda informa que ainda não se decidiu.
Enquanto costura o leque de alianças, Zeca não perde os adversários de vista. Ontem, em Três Lagoas, atacou seu primo, o deputado federal Waldemir Moka que concorrerá ao Senado pelo PMDB. “Igual a cavalo pangaré”, comparou. Moka preferiu não comentar a provocação.
sábado, 17 de abril de 2010
Rogério Rosso, do PMDB, é eleito novo governador do DF
Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Rogério Rosso (PMDB) é o novo governador do Distrito Federal. Ele foi eleito neste sábado, no primeiro turno, com 13 votos dos integrantes da Câmara Legislativa - o mínimo necessário para ocupar o cargo.Para ser eleito, ele precisava do apoio de mais da metade dos 24 deputados distritais.Rosso conquistou a vitória com o apoio do PMDB, PPS, DEM e parte do PR - que tinha como candidato o atual governador interino, Wilson Lima (PR). Na chapa, além de Rosso, a ex-secretária Ivelise Longhi (PMDB) foi eleita vice-governadora do DF.De acordo com a Folha Online, o novo governador também foi administrador de Ceilândia no último governo Joaquim Roriz (PSC) e, na gestão de Arruda, presidiu a Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal).A votação ocorreu de forma aberta, com cada um dos 24 deputados distritais proclamando o seu voto. No mês passado, Arruda foi cassado por infidelidade partidária, após ter saído do DEM. Envolvido em um escândalo de corrupção, ele chegou a ficar preso por dois meses por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Votos de 24 deputados elegerão novo governador do DF
Os seis candidatos ao governo do Distrito Federal receberão os votos dos 24 deputados distritais, inclusive daqueles acusados de envolvimento no esquema de corrupção. O eleito tomará posse na segunda-feira (19).A sessão na Câmara Legislativa acontece nesta tarde. Os candidatos terão de dividir os 30 minutos destinados aos discursos. Depois, será feita a votação, que será aberta. Vence o candidato que tiver a maioria absoluta dos votos. Se não alcançar o índice, haverá segundo turno.O eleito assume o governo do Distrito Federal por um mandato-tampão até 31 de dezembro. Deverá garantir a estabilidade das instituições depois da crise, que atinge o Distrito Federal há cinco meses.O novo governador assume no lugar de José Roberto Arruda, que teve o mandato cassado acusado de envolvimento no esquema de corrupção. Ele foi filmado recebendo dinheiro de empresários.Deputados distritais também foram filmados. Dois deles: Leonardo Prudente – filmado guardando dinheiro nas meias – e Júnior Brunelli – filmado fazendo a “oração da propina” - renunciaram para fugir da cassação. Eurides Brito, que aparece em imagens guardando maços de notas na bolsa, não renunciou e participa da votação de hoje.
Transmissão pela TV adia etapa de Fórmula 3 na Capital
Divulgação
-->
Etapa foi adiada para os dias 16, 17 e 18 de julho
A etapa de Campo Grande do campeonato Sul-americano de Fórmula 3, marcada para os dias 24 e 25 de abril no Autódromo Internacional, foi adiada para os dias 16, 17 e 18 de julho. Em comunicado aos pilotos, a Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul afirma que a mudança acontece em função de adequações às possibilidades de transmissão pela Rede Vida de Televisão.Segundo a Federação, categorias metropolitanas – como turismo e arrancada - que acontecem paralelamente à etapa da Fórmula 3 também serão adiadas. A Fórmula 3 é a principal categoria de monopostos do país e torna-se atrativa por ser o último degrau de aprendizado para aqueles que buscam a Europa. O campeão e o vice garantem o direito a teste em uma das equipes européias das categorias GP2, Fórmula 2 e F-Renault - que dão acesso à Fórmula 1.
-->
Etapa foi adiada para os dias 16, 17 e 18 de julho
A etapa de Campo Grande do campeonato Sul-americano de Fórmula 3, marcada para os dias 24 e 25 de abril no Autódromo Internacional, foi adiada para os dias 16, 17 e 18 de julho. Em comunicado aos pilotos, a Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul afirma que a mudança acontece em função de adequações às possibilidades de transmissão pela Rede Vida de Televisão.Segundo a Federação, categorias metropolitanas – como turismo e arrancada - que acontecem paralelamente à etapa da Fórmula 3 também serão adiadas. A Fórmula 3 é a principal categoria de monopostos do país e torna-se atrativa por ser o último degrau de aprendizado para aqueles que buscam a Europa. O campeão e o vice garantem o direito a teste em uma das equipes européias das categorias GP2, Fórmula 2 e F-Renault - que dão acesso à Fórmula 1.
Temos pouco tempo
Não temos muito tempo. Essa é a convicção de todos que participaram do Fórum Sobre Sustentabilidade, ocorrido em Manaus e promovido pelo Lide, evento que contou com a presença de grandes personalidades mundiais, como Al Gore e James Cameron.Os focos da discussão foram a floresta amazônica e o seu papel primordial para a regulação do clima global. O crescimento dessa imensa cobertura vegetal absorve grandes quantidades de CO2. Além disso, por concentrar cerca de 15% da água doce líquida do mundo, a Amazônia, através da evotranspiração (processo que lança umidade na atmosfera pela evaporação da água do solo e pela transpiração da água das plantas), contribui para regular o regime pluviométrico e funciona como uma espécie de ar-condicionado do clima.Entretanto, o desmatamento descontrolado pode levar à “savanização” da Amazônia. Nesse caso, ela deixaria de ser esse “ar-condicionado” e passaria a funcionar como um “lançachamas”, com consequências desastrosas para o Brasil e para o mundo.Há que se considerar que as árvores da Amazônia têm cerca de 100 bilhões de toneladas de carbono. Isso representa 15 anos do total de emissões mundiais (naturais e humanas) de gases do efeito-estufa. Assim, essa floresta é um importante ponto de equilíbrio do ciclo mundial do carbono. Ademais, a Amazônia detém boa parte da biodiversidade mundial, que espera para ser transformada em produtos revolucionários pela biotecnologia. A madeira não é a riqueza da Amazônia, a grande riqueza da Amazônia é a informação genética que está contida nessa madeira e em suas espécies vegetais.O Brasil tem, portanto, o dever de cuidar bem desse patrimônio inestimável.Mas também tem o dever de cuidar bem dos 24 milhões de brasileiros que lá vivem, a maioria pessoas pobres que precisam de renda e emprego. A chave para resolver essa difícil equação está no desenvolvimento sustentável. O Brasil e o mundo precisam caminhar urgentemente para uma economia verde, “descarbonizada”.Entretanto, essa não é uma tarefa fácil, nem barata. As grandes economias mundiais têm, em geral, matriz energética suja. São viciadas em petróleo e carvão. E os países desenvolvidos devastaram todos os seus biomas. Reverter esse processo de degradação ambiental e fazer a reconversão para a economia verde demandará muito investimento e determinação política. Está claro também que o principal mecanismo internacional para lidar com a questão, o Protocolo de Quioto, que reúne apenas os países industrializados, tem se revelado insuficiente.O Brasil, ao contrário, tem matriz energética limpa, baseada em hidrelétricas e no uso da biomassa. Ademais, temos ainda cerca de 80% das nossas florestas preservadas. Nosso único calcanhar de aquiles relativo ao meio ambiente é justamente o desmatamento, fonte de 65% das nossas emissões de CO2. Temos, portanto, todas as condições de sermos líderes no processo de criação de uma economia verde. Através de mecanismos financeiros como o do REDD (programa da ONU que financia a sustentação das florestas), poderíamos fazer, no curto prazo, que a floresta valha mais em pé do que derrubada, gerando serviços ambientais fundamentais para o clima mundial. E, com uma política tecnológica adequada, poderíamos explorar, no futuro, o imenso potencial biotecnológico da Amazônia. A floresta e seus habitantes precisam é de recursos, e não de denúncias muitas vezes demagógicas de quem não convive com sua realidade.Há, contudo, um grande estrangulamento: falta dinheiro. Os países desenvolvidos comprometeram seus orçamentos com políticas anticíclicas para combater a crise. Têm déficits estratosféricos.O fracasso de Copenhague está muito relacionado a isso. Assim, propus criar um fundo mundial com base na taxação de até 1% das importações internacionais, o que não teria qualquer efeito negativo nas economias.Com potencial arrecadador de até US$ 100 bilhões/ano, tal fundo poderia custear essas atividades. Observe-se que, segundo o Greenpeace, a manutenção das florestas do planeta demandaria apenas cerca de US$ 40 bilhões/ano.Soluções existem, mas temos de correr, ou o pouco tempo disponível as sepultará no cemitério das boas intenções.(*) Aloizio Mercadante é senador (PT/SP) e líder do PT no Senado.
Um erro estratégico
A mudança do marco regulatório do petróleo é o maior erro de política industrial do governo brasileiro desde a aprovação da lei de reserva de mercado da informática, em 1984. Com a lei 9.478/97, o Brasil criou a Agência Nacional do Petróleo para gerir o monopólio da União e abriu a exploração e a produção para o setor privado. A Petrobras foi mantida sob controle estatal, mas capitalizada com lançamento de ações em Nova York e com parte dos recursos do FGTS de mais de 55 mil trabalhadores. Mesmo tendo de competir no mercado brasileiro com outras cerca de 70 empresas, a Petrobras detém hoje mais de 94% da produção de óleo e gás do país e teve o seu valor multiplicado por onze ao longo dos últimos 12 anos. Nesse período, o investimento do setor passou de US$4 bilhões anuais em 1997 para US$35 bilhões em 2009. O setor, que não passava de 2% do PIB, representa mais de 12% da economia. A produção de óleo mais que dobrou. As descobertas quintuplicaram as reservas. As receitas governamentais (bônus dos leilões, royalties e participações especiais) dos três níveis da federação saltaram de R$200 milhões em 1997 para R$25 bilhões em 2008. A descoberta do pré-sal ampliou brutalmente o horizonte e as expectativas. Mas em vez de aumentar a alíquota das participações especiais e, assim, incrementar as receitas governamentais, o governo Lula atuou como um rei Midas às avessas: paralisou o processo de licitação de novas áreas para exploração em regime de concessão e resolveu mudar todo o marco regulatório, mesmo com o preço do petróleo no pico e a demanda aquecida. O último projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados autoriza o governo a capitalizar a Petrobras usando cinco bilhões de barris de reservas de petróleo, sem que a empresa tenha que pagar nem bônus de assinatura nem participação especial. É curioso que os petistas que acusavam o regime de concessão de ser uma privatização das reservas estejam concordando com a decisão de vender reservas de petróleo a futuro para capitalizar a Petrobras. Como a insensatez em sua marcha sempre encoraja ações cada vez mais estúpidas, estamos agora nos defrontando com a chamada emenda Ibsen Pinheiro, que expropria as receitas de petróleo dos estados e dos municípios produtores e as distribui a todos os "sem petróleo" do país. Um Robin Hood de hospício não faria melhor. Tirar da noite para o dia R$7 bilhões do Rio de Janeiro e R$500 milhões do Espírito Santo, quebrar contratos, centralizar ainda mais na União e mandar para o custeio geral de estados e municípios as receitas de petróleo é um absurdo completo. Trata-se de um bode colocado numa discussão já completamente desorganizada. O presidente Lula, juiz magnânimo das confusões que ele mesmo promove, já garantiu que "não vai deixar o Rio de Janeiro na mão". Quem quiser que acredite. Neste momento, o Senado tem que recomeçar o debate do marco regulatório do setor de petróleo e gás perguntando: o que deve mudar na lei 9.478/97, tendo em vista a nova realidade que se apresenta depois das descobertas na camada pré-sal? (*) Luiz Paulo Vellozo Lucas é deputado federal (PSDB/ES) e presidente do Instituto Teotônio Vilela.
Consciências sujas
João Guimarães Rosa, gênio da raça, escrevia sobre os mistérios e os escombros da alma humana, decifrava-os. Sabia os atalhos, os anseios escondidos, as tormentas interiores de cada um. Um dia, sentenciou: “pessoas limpas, pensam limpo”.Hoje estamos diante de dois simbólicos pensamentos. De um lado, o povo brasileiro pedindo, com milhões de assinaturas, pela aprovação do projeto dos homens limpos em pensamentos, nome e currículo, comandando a nossa política. É o Projeto de Lei Ficha Limpa, que tem como objetivo central “remover das eleições candidatos que cometeram crimes sérios, como desvio de verba pública, corrupção, assassinato e tráfico de drogas”. Os sujos, como eles sempre fazem, já jogaram a votação do Projeto para maio. Por certo, para terem tempo de converter votos e garantir mais uma derrota para a democracia e para os desejos e anseios do povo brasileiro. Afinal, dois milhões de assinaturas valem nada, mas dois milhões de votos...Em uma democracia tão frágil como a nossa, em que um voto pode ser comprado com um simples pão com manteiga e que vários votos podem ser fidelizados com um prato de comida diário, a sociedade tem que se organizar e estabelecer normas para aqueles que querem gerir a sua vida, para aqueles que terão o seu aval para tomar decisões, interferindo assim na vida e destino de milhões de brasileiros.Por outro lado, temos o político que freqüenta mais os cadernos de polícia que de política em nossos jornais, Paulo Maluf, tentando retaliar e enquadrar, com um Projeto de Lei, o Ministério Público. É claro que este projeto de Paulo Maluf só tramita célere no Congresso por que conta com o silêncio cúmplice do Planalto e do PT. Pois, se fosse em outra época, a banca petista já teria colocado a esvoaçante Ideli Salvatti na rua e rufado os tambores da consciência cívica e moral, aqueles que eles desde que chegaram ao poder, não bradaram mais. O mundo político nacional se tornou isso, uma matilha de cachorros iguais, cada um querendo apenas morder o maior quinhão que não lhe cabe. Por isso eles querem enquadrar o Ministério Público, vedar os olhos da Justiça. Não para barrar os crimes de agora, mas os crimes futuros, que eles vão perpetrar para perpetuar no poder, para alugar partidos, comprar comissões e, até mesmo, subornar promotores, procuradores, ministros e juízes. Eles sabem que o crime no Brasil compensa e muito, e sempre tem uma boa recompensa... Por isso, é bom estar sempre com os cuecões fartos, impregnados pela sujeira do poder.(*) Petrônio Souza Gonçalves é jornalista e escritor.
Por que a imprensa 'gosta' de tragédias?
"A imprensa são os olhos da sociedade" Rui Barbosa Historicamente, políticos sem exceção mudam o juízo que fazem da imprensa quando assumem o poder. É uma questão elementar, de lugar de fala: ora na oposição, ora na situação. Lula não contrariou a regra. Quando sindicalista oprimido, construiu a sua biografia de "filho do Brasil" graças ao amplo espaço e ao bom tratamento que recebeu da mídia. Fustigou governantes um a um, quando era oposição. As tribunas nas quais subiu não lhe dariam tanto eco, não fosse a presença de jornalistas para transportar a sua oratória para uma outra tribuna, esta que nas sociedades com algum vestígio de democracia constitui um dos espaços públicos. No caso da chamada esfera pública burguesa, a imprensa ocupa uma centralidade, pois nenhuma outra instituição é tão provedora da polêmica em torno do bem comum quanto a imprensa. Numa República, a imprensa funciona como "um campo de campos", expressão do professor Adriano Duarte Rodrigues, da Universidade Nova de Lisboa, já que ela proporciona o leva e traz, as intermediações entre os diversos subespaços que compõem o espaço social: o espaço comum (da rua, da praça, do mercado); o espaço público (composto pelos espaços discursivos); o espaço político (do poder estabelecido, governo e Estado); e por que não, o espaço privado, já que a mídia, como um todo, faz a todo momento a intermediação entre a casa, a rua e os demais espaços – ou seja, entre a privacidade e a publicidade e vice-versa. Uma vez no poder, os homens públicos passam a merecer privilegiadamente a atenção da imprensa, mas de um outro ângulo, o ângulo da crítica, pois a imprensa também representa o papel de um poder fiscal, o quarto poder que fiscaliza todos os outros, uma fiscalização ad hoc. Sem fazer parte do Estado, a imprensa desempenha os papéis de: controladoria, inspetoria, auditoria e corregedoria. Daí a sua parcimônia para com os elogios. Fatos administrativos geram elogios quando representam uma exceção. Ou seja, a boa gestão não dá notícia, a não ser para contrastar com a má gestão generalizada. Não raro, porém, mas quase sempre quando os governantes estão irritados, surge a máxima "a imprensa gosta de tragédias". Embora lugar comum, clichê, trata-se de uma verdade. Mas há uma explicação lógica e funcional para isso. Uma das funções da imprensa é a de alerta. Este é um dos seus principais lugares de fala. Entre a anunciação e a denunciação, a imprensa fica preferencialmente com a última. Daí, a suspeição que sempre recai sobre jornalista dado a elogios. São, digamos, orientações enunciativas distintas: a de quem anuncia e a de quem denuncia. Por vezes, a indignação para com a imprensa e os jornalistas gera avaliações do tipo: a imprensa gosta mesmo é de podres, de escândalos, de sensacionalismo, de tragédias. É verdade. Mas, mais uma vez, a razão lógica, por mais que se queira reduzi-la a uma razão meramente mercadológica, ou mesmo patológica. Nada demais se os jornalistas forem comparados aos urubus que pairam sobre o que se deteriora no mundo. É que o cogito jornalístico não é o do sujeito comum, na sua relação subjetiva – e cognitiva – do tipo sujeito à objeto, isto é, sujeito à mundo. O mundo não é notícia se o mundo estiver normal. O mundo valerá notícia se ele estiver imundo. Ora, se uma das funções do jornalista é a de ser atalaia – aquele que fica no alto, olhando o horizonte para dar o alarma – não se espera que ele fique a toda hora gritando: "Tudo normal, tudo normal!". O cogito do ser cognoscente comum diante do que lhe expõe o mundo (objeto) é: "penso, logo existo". O cogito jornalístico por excelência é: o mundo está diferente, logo, penso e alardeio. Uma boa comparação, no entanto, é com os gansos. Ao contrário dos urubus, os gansos não estão à procura de podridão, mas são alardeadores. Pois bem, na história de Roma há um episódio em que o alerta foi dado pelos gansos, os primeiros a notar que os bárbaros estavam chegando. E esta deveria ser a competência primaz dos jornalistas. Avisar que o perigo se aproxima. E não esperar que já esteja tudo destruído para fazer a denúncia. Voltemos ao atalaia e seu lugar privilegiado, no alto da torre, perscrutando o horizonte, de onde possa ver tudo que é ameaça, inclusive, as tragédias. Meteorologistas e jornalistas têm algo em comum, ler o mundo e interpretá-lo: de preferência, antes que o terremoto aconteça e os tsunamis devastem tudo. Pois dizer para quem já está arrasado que houve uma tragédia é zombar da inteligência das vítimas. ](*) Luiz Martins da Silva é jornalista e professor da Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Comunicação pela própria UnB e doutor em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa/UnB, Martins coordena o projeto SOS Imprensa da Fac/UnB. Como jornalista, atuou no Jornal de Brasília, no jornal O Globo e na revista Veja, entre outros. Organizou/publicou três livros e tem 19 capítulos publicados em livros.
"A imprensa são os olhos da sociedade" Rui Barbosa Historicamente, políticos sem exceção mudam o juízo que fazem da imprensa quando assumem o poder. É uma questão elementar, de lugar de fala: ora na oposição, ora na situação. Lula não contrariou a regra. Quando sindicalista oprimido, construiu a sua biografia de "filho do Brasil" graças ao amplo espaço e ao bom tratamento que recebeu da mídia. Fustigou governantes um a um, quando era oposição. As tribunas nas quais subiu não lhe dariam tanto eco, não fosse a presença de jornalistas para transportar a sua oratória para uma outra tribuna, esta que nas sociedades com algum vestígio de democracia constitui um dos espaços públicos. No caso da chamada esfera pública burguesa, a imprensa ocupa uma centralidade, pois nenhuma outra instituição é tão provedora da polêmica em torno do bem comum quanto a imprensa. Numa República, a imprensa funciona como "um campo de campos", expressão do professor Adriano Duarte Rodrigues, da Universidade Nova de Lisboa, já que ela proporciona o leva e traz, as intermediações entre os diversos subespaços que compõem o espaço social: o espaço comum (da rua, da praça, do mercado); o espaço público (composto pelos espaços discursivos); o espaço político (do poder estabelecido, governo e Estado); e por que não, o espaço privado, já que a mídia, como um todo, faz a todo momento a intermediação entre a casa, a rua e os demais espaços – ou seja, entre a privacidade e a publicidade e vice-versa. Uma vez no poder, os homens públicos passam a merecer privilegiadamente a atenção da imprensa, mas de um outro ângulo, o ângulo da crítica, pois a imprensa também representa o papel de um poder fiscal, o quarto poder que fiscaliza todos os outros, uma fiscalização ad hoc. Sem fazer parte do Estado, a imprensa desempenha os papéis de: controladoria, inspetoria, auditoria e corregedoria. Daí a sua parcimônia para com os elogios. Fatos administrativos geram elogios quando representam uma exceção. Ou seja, a boa gestão não dá notícia, a não ser para contrastar com a má gestão generalizada. Não raro, porém, mas quase sempre quando os governantes estão irritados, surge a máxima "a imprensa gosta de tragédias". Embora lugar comum, clichê, trata-se de uma verdade. Mas há uma explicação lógica e funcional para isso. Uma das funções da imprensa é a de alerta. Este é um dos seus principais lugares de fala. Entre a anunciação e a denunciação, a imprensa fica preferencialmente com a última. Daí, a suspeição que sempre recai sobre jornalista dado a elogios. São, digamos, orientações enunciativas distintas: a de quem anuncia e a de quem denuncia. Por vezes, a indignação para com a imprensa e os jornalistas gera avaliações do tipo: a imprensa gosta mesmo é de podres, de escândalos, de sensacionalismo, de tragédias. É verdade. Mas, mais uma vez, a razão lógica, por mais que se queira reduzi-la a uma razão meramente mercadológica, ou mesmo patológica. Nada demais se os jornalistas forem comparados aos urubus que pairam sobre o que se deteriora no mundo. É que o cogito jornalístico não é o do sujeito comum, na sua relação subjetiva – e cognitiva – do tipo sujeito à objeto, isto é, sujeito à mundo. O mundo não é notícia se o mundo estiver normal. O mundo valerá notícia se ele estiver imundo. Ora, se uma das funções do jornalista é a de ser atalaia – aquele que fica no alto, olhando o horizonte para dar o alarma – não se espera que ele fique a toda hora gritando: "Tudo normal, tudo normal!". O cogito do ser cognoscente comum diante do que lhe expõe o mundo (objeto) é: "penso, logo existo". O cogito jornalístico por excelência é: o mundo está diferente, logo, penso e alardeio. Uma boa comparação, no entanto, é com os gansos. Ao contrário dos urubus, os gansos não estão à procura de podridão, mas são alardeadores. Pois bem, na história de Roma há um episódio em que o alerta foi dado pelos gansos, os primeiros a notar que os bárbaros estavam chegando. E esta deveria ser a competência primaz dos jornalistas. Avisar que o perigo se aproxima. E não esperar que já esteja tudo destruído para fazer a denúncia. Voltemos ao atalaia e seu lugar privilegiado, no alto da torre, perscrutando o horizonte, de onde possa ver tudo que é ameaça, inclusive, as tragédias. Meteorologistas e jornalistas têm algo em comum, ler o mundo e interpretá-lo: de preferência, antes que o terremoto aconteça e os tsunamis devastem tudo. Pois dizer para quem já está arrasado que houve uma tragédia é zombar da inteligência das vítimas. ](*) Luiz Martins da Silva é jornalista e professor da Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Comunicação pela própria UnB e doutor em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa/UnB, Martins coordena o projeto SOS Imprensa da Fac/UnB. Como jornalista, atuou no Jornal de Brasília, no jornal O Globo e na revista Veja, entre outros. Organizou/publicou três livros e tem 19 capítulos publicados em livros.
Um reparo histórico
No Brasil, o debate em torno das ações afirmativas ganhou maior visibilidade com a adoção do sistema de cotas para negros na universidade.O tema tem provocado discussões com base em preconceitos políticos, raciais e ideológicos.Trata-se de uma mesquinharia de setores da sociedade que tentam deslegitimar uma iniciativa que traz reparos históricos à população negra brasileira, que durante séculos foi excluída de políticas públicas que pudessem levá-la ao mesmo patamar de outras camadas da população.A posição contrária às cotas tenta eclipsar, com falsos argumentos, que a reserva de vagas é concedida a apenas um quarto dos alunos negros, que conseguiram ultrapassar o ensino médio e chegar à universidade. Dados do IBGE mostram que os negros são 48% da população brasileira.Isso, por si só, justificaria a necessidade de uma política democrática para os negros.Com o governo Lula, passamos a enfrentar o desafio histórico de estabelecer a igualdade racial, apesar de sabermos que também há resistências até no próprio governo. A adoção de cotas raciais faz repensar antigos preconceitos e estereótipos, o que incomoda e torna a questão polêmica. Uma nação que viveu 400 anos de exploração da mão de obra africana e indígena e perpetua o abandono não fica impune.A maioria da população negra vive em exclusão brutal. A sociedade é marcada pela desigualdade no acesso a oportunidades, bens e serviços públicos. Esta situação é amplamente documentada por estatísticas oficiais, de organismos nacionais e estrangeiros, e atinge outras áreas, como representação política e meios de comunicação. Dados que desmascaram a suposta “igualdade”.O princípio da igualdade é constitucional e nele está inserido o sistema de cotas. Dados oficiais mostram que o índice de analfabetismo de jovens de 15 anos, por exemplo, é maior entre negros e pardos. Além disso, os negros representam 73% dos 10% mais pobres no país, e apenas 15% dos 10% mais ricos, sendo necessárias políticas públicas que modifiquem essa realidade.Assim, o sistema funciona como um mecanismo de equalização de oportunidades e proporciona a abertura de portas para um contingente significativo de estudantes que não teriam acesso ao ensino superior. São 52 mil alunos beneficiados até hoje. São 52 mil profissionais que disputarão em igualdade de condições os melhores postos de trabalho.Esse debate chegou ao Brasil com mais de um século de atraso, e evidencia que a falta de diversidade nas instituições de ensino apenas mostra as consequências do nosso passado escravo.Políticas afirmativas ajudam a promover o combate ao racismo e às desigualdades.Vale ressaltar o papel dos movimentos sociais, principalmente dos movimentos negros na luta por políticas de ação afirmativa tanto no debate público como na pauta do governo.É uma conquista de segmentos do Movimento Negro, que há anos denunciam a desigualdade social e racial no Brasil. Mas falta muito: não basta ao Estado se abster de praticar a discriminação, pois é preciso criar condições que permitam a todos a igualdade de oportunidades.Em outras palavras, é preciso garantir aos desfavorecidos o mesmo ponto de partida dos demais.As cotas para negros devem ser sim uma afirmação positiva para uma nação soberanamente democrática, como é o Brasil.Luiz Alberto é deputado federal (PT-BA).
Receita de sucesso
O governo Lula superou modelos que continham aparentes verdades, eivados de rudimentarismo dogmático.Foi graças à ousadia que pudemos saltar para um desenvolvimentismo que levou o país a um outro patamar. Criamos frentes para intensificar a transferência de rendas às camadas mais pobres, e elevar, em termos reais, o salário mínimo. Tudo foi possível com a correção de rumo que permitiu aumentar o volume de investimento público e a recuperação do Estado no papel de estimulador e de planejador dos interesses de longo prazo do país.Sem abrir mão do controle das contas públicas e das metas de inflação, o governo Lula soube implementar ações que colocam o Brasil à parte do cenário surgido com o estouro da bolha imobiliária americana, no final de 2008. Junto com a queda do muro de Wall Street, viraram pó as teses neoliberais que ainda aprisionam certos “economistas de mercado” do Brasil. Ora, as políticas públicas do governo do PT e aliados sobressaem justamente por entendermos que o Estado tem um papel estratégico para o desenvolvimento do País. Sem supremacia e estatismo, mas em parceria com o capital privado na defesa dos interesses nacionais e da maioria da população brasileira, antepondo-se à tese do Estado mínimo e à inércia dos neoliberais do governo FHC.O governo anterior, diante de crises de menor impacto, recorria à ortodoxia do FMI e empurrava o País para o pior dos mundos. Em contraste, o governo Lula, diante da pior crise desde 1929, teve a coragem de implementar medidas anticíclicas que garantiram a execução de um programa de gastos públicos para sustentar a demanda da economia.Ao fortalecer o Estado, decisão estratégica tomada em 2003, conseguimos amortecer ao máximo os efeitos da crise mundial.E preservamos as conquistas de quase sete anos de crescimento econômico com redistribuição de renda. É graças a essa ousadia que em 2010 deveremos criar 2 milhões de novos empregos.O governo do PT e aliados soube enfrentar a crise com um arsenal contrário à ortodoxia — como redução de impostos, incentivo à atuação dos bancos públicos, orientação à Petrobras para ampliar os investimentos, lançamento do maior programa de habitação popular da história do Pais, a expansão do crédito — e retomou a trajetória de crescimento econômico. O que seria o país sem o BB, a CEF e o BNDES, por exemplo? Com o Bolsa Família e os Benefícios de Prestação Continuada, preservamse condições mínimas às camadas mais pobres.Um aspecto igualmente importante é a valorização do servidor público. Há ainda quem defenda o arrocho da remuneração, a exemplo do governo FHC, como se os gastos com a folha salarial não estivessem dentro dos limites fiscais.O desmanche da máquina pública no governo anterior, com terceirizações, demissões, privatizações e omissões levou a graves problemas, como o apagão de 2001. O fato é que, para correspondermos aos desafios do desenvolvimento nacional, precisamos de servidores capacitados e valorizados. São essenciais para a implementação de programas e planos de ação de longo prazo.Sem populismo fiscal e radicalismos tolos, é possível um modelo de crescimento onde o Estado alavanca condições para a expansão econômica.Gilmar Machado é vice-líder do governo no Congresso (PT-MG).
Lula, a ignorância se combate com educação
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância" (Sócrates).
O presidente da República confunde alhos por bugalhos ao se julgar superior aos demais, quando repreende os valores jurídicos da República. Tudo isso é reflexo da falta de educação pela preguiça que sempre teve de frequentar os bancos escolares, como condição natural para o desenvolvimento intelectual de qualquer ser humano.
Já deveria ter aprendido que o Brasil é uma República Federativa, baseada no Estado Democrático de Direito e não em Estado de anarquia como tenta subverter ao desafiar o cumprimento da ordem jurídica nacional. Ou a Constituição, da qual foi um dos signatários, representa para ele, hoje, uma página virada, quando confrontada com os seus interesses políticos?
É muita petulância de um dirigente brasileiro vir desafiar a autoridade de qualquer magistrado ou tribunal, para impor o seu autoritarismo presidencial como se ele fosse o todo-poderoso senhor da verdade. E o que chama mais atenção é aquela claque de beócios, na festa do PCdoB, aplaudindo o Lula durante a sua manifesta falta de educação com o Judiciário brasileiro. Que mau exemplo de rebeldia e de falta de civilidade um presidente da República dá ao povo brasileiro, e principalmente aos jovens?
Se ele se considera diferente, então que altere o Art. 5º constitucional para dizer que todos não são iguais perante a lei. Agora, o que não pode é atropelar o Tribunal de Contas da União, que fez restrição a obras do PAC, bem como desdenhar a autoridade do Tribunal Eleitoral, que lhe impôs multa por fazer propaganda política indevida.
Lamentavelmente, a "cultura" do Lula não lhe permite vislumbrar as restrições legais. Ele não sabe o que significa Estado Democrático de Direito. Ainda vive deslumbrado com o poder e com o cenário de insubordinação nos sindicatos, onde insuflava companheiros a fazer greves e a xingar governantes. Ele pensa porque a clientela do "bolsa esmola" lhe garante índice favorável nas pesquisas, que pode tripudiar e desconhecer os limites legais.
Por trás de sua máscara, está o espírito vivo de Hugo Chávez. E ainda existem uns idiotas "intelectuais", que acreditam nas "boas" intenções do Lula. Abram os olhos, o Lula é um maquiavélico! A sua democracia defendida não é a esculpida na Constituição. E vejam, por exemplo, como estão armados os representantes do MST, e tudo apoiado com dinheiro do governo federal. A sua candidata ao Planalto, Dilma Rousseff, é outro mau exemplo de passado político.
Lula, "Educação é preparar para o futuro" (Ubiratan D’Ambrosio, professor emérito de matemática da Universidade Estadual de Campinas), e o senhor teve preguiça de estudar, por isso demonstra despolidez com as instituições. E continuando, o professor Ubiratan faz a seguinte observação: "Os governantes pensam que isso é instrumentalizar mão-de-obra para uma indústria que está se desenvolvendo, instruir para a cidadania de modo que o sujeito seja cumpridor de leis..." Se o Lula não tivesse preguiça de estudar, talvez soubesse respeitar as leis ou determinações judiciais. Mas ainda há tempo de aprender.
(*) Julio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado.
O presidente da República confunde alhos por bugalhos ao se julgar superior aos demais, quando repreende os valores jurídicos da República. Tudo isso é reflexo da falta de educação pela preguiça que sempre teve de frequentar os bancos escolares, como condição natural para o desenvolvimento intelectual de qualquer ser humano.
Já deveria ter aprendido que o Brasil é uma República Federativa, baseada no Estado Democrático de Direito e não em Estado de anarquia como tenta subverter ao desafiar o cumprimento da ordem jurídica nacional. Ou a Constituição, da qual foi um dos signatários, representa para ele, hoje, uma página virada, quando confrontada com os seus interesses políticos?
É muita petulância de um dirigente brasileiro vir desafiar a autoridade de qualquer magistrado ou tribunal, para impor o seu autoritarismo presidencial como se ele fosse o todo-poderoso senhor da verdade. E o que chama mais atenção é aquela claque de beócios, na festa do PCdoB, aplaudindo o Lula durante a sua manifesta falta de educação com o Judiciário brasileiro. Que mau exemplo de rebeldia e de falta de civilidade um presidente da República dá ao povo brasileiro, e principalmente aos jovens?
Se ele se considera diferente, então que altere o Art. 5º constitucional para dizer que todos não são iguais perante a lei. Agora, o que não pode é atropelar o Tribunal de Contas da União, que fez restrição a obras do PAC, bem como desdenhar a autoridade do Tribunal Eleitoral, que lhe impôs multa por fazer propaganda política indevida.
Lamentavelmente, a "cultura" do Lula não lhe permite vislumbrar as restrições legais. Ele não sabe o que significa Estado Democrático de Direito. Ainda vive deslumbrado com o poder e com o cenário de insubordinação nos sindicatos, onde insuflava companheiros a fazer greves e a xingar governantes. Ele pensa porque a clientela do "bolsa esmola" lhe garante índice favorável nas pesquisas, que pode tripudiar e desconhecer os limites legais.
Por trás de sua máscara, está o espírito vivo de Hugo Chávez. E ainda existem uns idiotas "intelectuais", que acreditam nas "boas" intenções do Lula. Abram os olhos, o Lula é um maquiavélico! A sua democracia defendida não é a esculpida na Constituição. E vejam, por exemplo, como estão armados os representantes do MST, e tudo apoiado com dinheiro do governo federal. A sua candidata ao Planalto, Dilma Rousseff, é outro mau exemplo de passado político.
Lula, "Educação é preparar para o futuro" (Ubiratan D’Ambrosio, professor emérito de matemática da Universidade Estadual de Campinas), e o senhor teve preguiça de estudar, por isso demonstra despolidez com as instituições. E continuando, o professor Ubiratan faz a seguinte observação: "Os governantes pensam que isso é instrumentalizar mão-de-obra para uma indústria que está se desenvolvendo, instruir para a cidadania de modo que o sujeito seja cumpridor de leis..." Se o Lula não tivesse preguiça de estudar, talvez soubesse respeitar as leis ou determinações judiciais. Mas ainda há tempo de aprender.
(*) Julio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado.
POLITICA
A aliança demotucana tenta a todo custo afastar Fernando Henrique Cardoso da campanha eleitoral. O temor que a altíssima rejeição ao ex-presidente contamine o desempenho de José Serra é grande e, convenhamos, cheio de razão. No entanto, fica cada vez mais claro que eles não podem prescindir do talento de seu líder máximo não só na elaboração do programa a ser apresentado pelos tucanos mas também para o rascunho do discurso que o PSDB/DEM irá fazer nas eleições deste ano. Não há como negar a evidência de FHC ser o estrategista maior das forças de oposição ao governo Lula.Prova disto, é a repercussão que teve seu artigo “Hora de União” publicado em vários jornais do país, turbinada pela divulgação de trechos da sua conversa com três professores-discípulos no caderno Alias do Estadão de domingo último.O mérito do artigo é que nele, pela primeira vez, um líder da aliança que hoje aglutina a direita brasileira, afirma que o que estará em jogo nas eleições deste ano são dois projetos antagônicos. “Por trás das duas candidaturas polares há um embate maior” diz - com razão - FHC, desfazendo qualquer tentativa de Serra, seu ex-ministro e hoje candidato a presidente, se apresentar como o pós-Lula. FHC entra em jogo para, com sua experiência, revelar a artificialidade desta construção tática. O artigo de Fernando Henrique politiza o debate e comprova que não demandará muito esforço para que se explicite todo conteúdo anti-Lula da candidatura José Serra.Entretanto, o debate político logo se transforma num monólogo acusatório e preconceituoso, onde a ficção toma o lugar do argumento. Talvez numa tentativa de repetir a estratégia do medo, FHC denuncia o governo Lula pela construção de um “capitalismo no qual governo e algumas grandes corporações, especialmente públicas, unem-se sob a tutela de uma burocracia permeada por interesses corporativos e partidários” e o PT de ser “um partido cujo programa recente se descola da tradição democrática brasileira, para dizer o mínimo”. Como um pregador, FHC alerta que “o ‘pensamento único’ esmagará os anseios dos que sustentam uma visão aberta da sociedade e se opõem ao capitalismo de Estado controlado por forças partidárias quase únicas infiltradas na burocracia do Estado”. E para aplacar qualquer dúvida sobre esta profecia, lembra que “a China está aí para demonstrar que isso é possível”.É claro que FHC sabe que o que está dizendo não passa de acusações inaceitáveis. Ele sabe que o PT nasceu e se construiu na luta contra as concepções de “partido único”, contra a burocratização da política e a supremacia do estado.A consolidação e a consagração do PT como um partido renovador, também para a esquerda mundial, deve-se a esta origem contestadora e antidogmática, em que a democracia é um valor supremo. Sabe também, que o êxito internacional do governo Lula não se deve apenas à qualidade da sua gestão econômica ou pelo alcance de seus programas sociais. Lula é reconhecido como um exemplo de estadista pelo seu apreço à democracia. Não há um só gesto ou intenção do nosso governo que possa sugerir um desprezo pelas regras democráticas. Muito pelo contrário, a recusa peremptória do terceiro mandato, o diálogo com a sociedade e com os movimentos sociais por meio dos Conselhos e Conferências Nacionais, a transversalidade das políticas públicas, fazem do governo Lula um exemplo do exercício democrático. Tratar os movimentos sociais como caso de polícia - como é hoje, com os professores, em São Paulo e como foi a greve dos petroleiros em 1995 - e mudar as regras do jogo para acomodar os interesses de quem governa - como foi com a instituição da reeleição no Brasil - ficaram no passado no plano federal.Retroceder é o programa: o Brasil quebrou 3 vezesPor isso, é de se acreditar que esta retórica do terror - mais sofisticada que aquela do “eu tenho medo” - sirva também para dissimular o vazio programático em que se encontra a direita mundial depois da crise que solapou o mundo neoliberal e que mantém a Europa encalacrada em dívidas colocando em risco, inclusive, a sobrevivência política da própria União Europeia.Pois, se as candidaturas são “polares”, quais são os polos? Ele ataca ferozmente um, mas nem rabisca a defesa do outro! Se, para ele, o capitalismo do PT e do governo Lula é esta monstruosidade burocrática e autoritária, qual “capitalismo” é o deles?O que Fernando Henrique quer esconder é o programa com que eles irão disputar as eleições. Ele não quer dizer que o que eles têm a propor é nada além do retrocesso. A volta das privatizações como solução para tudo e da vulnerabilidade financeira, da subserviência aos USA e ao FMI, da ameaça do desemprego, dos apagões. Isto é, ele não tem o que propor além do retorno das concepções que sustentaram os anos de seu governo, quando o Brasil faliu 3 vezes, pois não se sustentava perante as crises econômicas mundiais, e que são responsáveis pelo seu recorde de rejeição.Talvez Fernando Henrique veja “a tutela de uma burocracia” no fato de ex-sindicalistas presidirem bancos e grandes empresas e ela ser ”permeada por interesses corporativos e partidários” signifique, para ele, defender os interesses destas empresas e do Brasil. Mas qual o problema? Por acaso, os executivos do mercado que presidiam estas mesmas instituições quando ele era presidente não defendiam interesses? Claro que sim! Só que outros: os do mercado. Aqueles mesmos interesses que levaram o sistema financeiro mundial à bancarrota em 2009, colocando milhares de trabalhadores na miséria e despertando sentimentos xenófobos como medida de autoproteção. Mas isto, evidentemente, ele não pode dizer! Até porque teria que admitir, por consequência, que o Brasil, por obra do nosso governo, foi um dos únicos países a sair ileso da mais devastadora crise econômica mundial desde a de 1929.Na verdade, estas acusações compõem o recheio de um texto que revela outra dimensão do pensamento demotucano: o elitismo. FHC lembra o exemplo da eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e dos acordos que a envolveram para pregar uma “aliança entre Minas e São Paulo” nas eleições deste ano. O que importa para Fernando Henrique, muito mais do que a densidade eleitoral destes estados, é o conteúdo conservador desta união que marcou a história do Brasil. Mas estas questões encontram-se mais desenvolvidas na conversa reproduzida no caderno Alias.Elitismo e tradição aristocráticaNeste debate, promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, Fernando Henrique discorreu sobre anéis burocráticos, fundos sociais e fundos de pensão, sobre a esquerda dos anos 70, sobre a indulgência dos brasileiros. FHC mostra-se indignado com a “indecência” da política, confunde liberalismo econômico com liberalismo político, aponta riscos de cesarismo no presidencialismo ocidental e sustenta que um país só terá se desenvolvido quando “tiver telefonista ou empregada doméstica capazes de anotar um recado”. Exceto pela afirmação de que o Plano Real foi o verdadeiro responsável pela sua vitória em 1994 não há nada mais que possa sugerir que ele governou o Brasil por 8 anos. Reflete, inclusive, sobre a “incapacidade do setor estatal em garantir recursos e tecnologia” para garantir o desenvolvimento porque, afinal, “tudo foi mudando”.Entretanto, o que mais chama a atenção aqui é a harmonia perfeita entre o seu pensamento elitista e a tradição autoritária da direita brasileira.Enquanto troca graças e lisonjas com os debatedores, FHC esboça uma crítica virulenta aos mecanismos de expressão da população, mecanismos presentes na democracia representativa. Em uma visão tipicamente aristocrática, opõe-se à "democracia plebiscitária", vinculando o mecanismo de consulta direta à população ao governo de Hugo Chávez, de modo que democracia direta, via plebiscito, referendo e eleições, se confunda com o que ele chama de “consenso da massa”. Todos temos claro o perigo do autoritarismo das maiorias, mas a questão da democracia brasileira diz respeito a permitir que camadas secularmente excluídas participem do processo de deliberação. Os movimentos sociais, as donas de casa, os jovens, os marginalizados, com o bolsa família, com o Prouni, com os programas sociais e as políticas públicas do Governo, passaram a ter expressão e isso causa incômodo na velha ordem. Se a democracia se exprime pela máxima "todo poder emana do povo", o papel dos intelectuais não é o de contestar a participação popular, como faz Fernando Henrique, mas o de ajudar na construção de mecanismos democráticos para que a vontade popular se transforme em políticas públicas.Por fim, gostaria de salientar que os termos em que Fernando Henrique coloca o debate eleitoral, independentemente do absurdo das acusações e da ausência de um programa para ele defender, é um salto qualitativo em relação à dissimulação programática e udenização do debate político promovido, até aqui, por outros líderes da oposição.Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula porque não há possibilidades desta eleição não ser marcada pela confrontação entre estes polos. E se engana quem acha que nos convém apenas a comparação entre Lula e FHC. Esta talvez seja a mais direta, mas todas as outras também nos convêm. Vamos comparar qualquer governo petista, municipal ou estadual, com qualquer governo tucano ou do DEM. Vamos comparar Dilma com Serra. Vamos comparar a nossa ética com a deles. Vamos comparar a nossa história com a deles. Vamos comparar o Brasil que sonhamos com o Brasil que eles querem. Não há, como diz FHC, maneira de confundir. Porque será entre estes dois projetos “polares” de país, a disputa eleitoral de 2010.(*) José Genoino é deputado federal (PT-SP).
Enfim, cartas na mesaQuarta
Faz bem à democracia brasileira a decisão do PSDB de defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua agenda de privatizações e enxugamento do Estado. O lançamento da candidatura Serra, no último sábado, reorganiza o debate político e posiciona dois projetos distintos para o país. É a oportunidade para superarmos a “fulanização” do debate – desejo de alguns articulistas da grande imprensa – e promovermos uma grande reflexão coletiva a respeito do futuro do país.Fernando Henrique Cardoso, aplaudido de pé pelos participantes do evento, afirmou que Serra “saberá reconhecer o que foi feito no passado” e o que foi “conquistado em seu governo e nos anteriores”. Foi anunciado pela apresentadora Ana Hickmann como um homem que “com seu trabalho e liderança teve coragem de promover reformas necessárias” no país.Em seu discurso, Serra exaltou as realizações dos governos do PSDB, em meio a advertências de que se tratava de um processo mais amplo, situado no contexto da reabertura democrática. Foi cauteloso ao referir-se aos dois governos de FHC, mas igualmente ficou nítida a mudança de abordagem. A direção do PSDB parece ter se convencido da impossibilidade de esconder FHC sob o tapete.Coube a Aécio Neves fazer a defesa mais enfática do legado neoliberal. Afirmou que não há nada que o envergonhe no passado do PSDB e com orgulho registrou que durante o governo FHC, “nós (o PSDB) privatizamos sim, setores que precisavam ser privatizados”.O lançamento da candidatura tucana não deixa dúvidas a respeito do elemento fundamental do pleito deste ano: Serra representa a restauração nestas eleições, a retomada das privatizações, da redução do Estado e da “máquina pública”. Estes são os temas, assumidos sem disfarce, pelos próceres do tucanato no último sábado.Um dos temas mais recorrentes na fala das lideranças do PSDB diz respeito à política externa do atual governo. A retórica aproxima-se da cantilena americana durante a era Bush: defender a democracia no mundo dos regimes tirânicos de Irã, Cuba e Venezuela, o que equivale dizer alinhamento automático aos EUA e submissão absoluta em relação aos grandes temas mundiais.A reversão da atual política externa está longe de ser uma ameaça menor. Trata-se de mover uma das peças mais importantes no tabuleiro no qual se definirá, nos próximos anos, a ordem global do novo século.A legitimidade popular das políticas sociais transforma em dogma, nestas eleições, a reversão da agenda social do atual governo. Mas engana-se quem acredita na conversão dos tucanos. FHC foi claro em seu discurso ao recuperar, ainda que ligeiramente, a principal crítica da direita brasileira às políticas de distribuição de renda da era Lula. Para os tucanos, é preciso oferecer “oportunidades” de emprego para que os pobres encontrem as “portas de saída”, o que na prática significa o convívio com níveis elevados de pobreza associado a políticas compensatórias em casos extremos. Discurso arrefecido, porém insepulto. A candidatura tucana “acusa” o atual governo de buscar “administrar” a pobreza e não “superá-la”.De qualquer forma, o lançamento da candidatura Serra e a apresentação preliminar de sua plataforma engrandecem o debate político nacional e contribuem com o embate democrático, civilizado, entre as diferentes posições. Cumpre ao PT e aos demais partidos que dão sustentação ao governo Lula demonstrar o quão penoso seria para a sociedade brasileira retornar aos anos de estagnação econômica e ampliação desmedida do desemprego e da miséria, legado maior da era demo-tucana, que seus partidários acreditam, sinceramente, terem sido melhores para o Brasil do que a gestão Lula – ainda que alguns demonstrem um certo embaraço ao defender esta posição.O embate eleitoral de 2010 definirá, em grande medida, que Brasil teremos no século XXI. A candidatura tucana, enfim, tornou pública sua visão de país. E se alguma liderança do PSDB merece algum elogio, é, sem duvida, o ex-presidente Fernando Henrique, que não só sustenta com tenacidade as privatizações de seu governo, como também defende – com certa sofisticação que lhe é peculiar – a forma submissa e dependente através da qual o país entrou na globalização naquele período.(*) Por Tarso Genro é ex-ministro da Justiça do governo Lula e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
Enfim, cartas na mesaQuarta
Faz bem à democracia brasileira a decisão do PSDB de defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua agenda de privatizações e enxugamento do Estado. O lançamento da candidatura Serra, no último sábado, reorganiza o debate político e posiciona dois projetos distintos para o país. É a oportunidade para superarmos a “fulanização” do debate – desejo de alguns articulistas da grande imprensa – e promovermos uma grande reflexão coletiva a respeito do futuro do país.Fernando Henrique Cardoso, aplaudido de pé pelos participantes do evento, afirmou que Serra “saberá reconhecer o que foi feito no passado” e o que foi “conquistado em seu governo e nos anteriores”. Foi anunciado pela apresentadora Ana Hickmann como um homem que “com seu trabalho e liderança teve coragem de promover reformas necessárias” no país.Em seu discurso, Serra exaltou as realizações dos governos do PSDB, em meio a advertências de que se tratava de um processo mais amplo, situado no contexto da reabertura democrática. Foi cauteloso ao referir-se aos dois governos de FHC, mas igualmente ficou nítida a mudança de abordagem. A direção do PSDB parece ter se convencido da impossibilidade de esconder FHC sob o tapete.Coube a Aécio Neves fazer a defesa mais enfática do legado neoliberal. Afirmou que não há nada que o envergonhe no passado do PSDB e com orgulho registrou que durante o governo FHC, “nós (o PSDB) privatizamos sim, setores que precisavam ser privatizados”.O lançamento da candidatura tucana não deixa dúvidas a respeito do elemento fundamental do pleito deste ano: Serra representa a restauração nestas eleições, a retomada das privatizações, da redução do Estado e da “máquina pública”. Estes são os temas, assumidos sem disfarce, pelos próceres do tucanato no último sábado.Um dos temas mais recorrentes na fala das lideranças do PSDB diz respeito à política externa do atual governo. A retórica aproxima-se da cantilena americana durante a era Bush: defender a democracia no mundo dos regimes tirânicos de Irã, Cuba e Venezuela, o que equivale dizer alinhamento automático aos EUA e submissão absoluta em relação aos grandes temas mundiais.A reversão da atual política externa está longe de ser uma ameaça menor. Trata-se de mover uma das peças mais importantes no tabuleiro no qual se definirá, nos próximos anos, a ordem global do novo século.A legitimidade popular das políticas sociais transforma em dogma, nestas eleições, a reversão da agenda social do atual governo. Mas engana-se quem acredita na conversão dos tucanos. FHC foi claro em seu discurso ao recuperar, ainda que ligeiramente, a principal crítica da direita brasileira às políticas de distribuição de renda da era Lula. Para os tucanos, é preciso oferecer “oportunidades” de emprego para que os pobres encontrem as “portas de saída”, o que na prática significa o convívio com níveis elevados de pobreza associado a políticas compensatórias em casos extremos. Discurso arrefecido, porém insepulto. A candidatura tucana “acusa” o atual governo de buscar “administrar” a pobreza e não “superá-la”.De qualquer forma, o lançamento da candidatura Serra e a apresentação preliminar de sua plataforma engrandecem o debate político nacional e contribuem com o embate democrático, civilizado, entre as diferentes posições. Cumpre ao PT e aos demais partidos que dão sustentação ao governo Lula demonstrar o quão penoso seria para a sociedade brasileira retornar aos anos de estagnação econômica e ampliação desmedida do desemprego e da miséria, legado maior da era demo-tucana, que seus partidários acreditam, sinceramente, terem sido melhores para o Brasil do que a gestão Lula – ainda que alguns demonstrem um certo embaraço ao defender esta posição.O embate eleitoral de 2010 definirá, em grande medida, que Brasil teremos no século XXI. A candidatura tucana, enfim, tornou pública sua visão de país. E se alguma liderança do PSDB merece algum elogio, é, sem duvida, o ex-presidente Fernando Henrique, que não só sustenta com tenacidade as privatizações de seu governo, como também defende – com certa sofisticação que lhe é peculiar – a forma submissa e dependente através da qual o país entrou na globalização naquele período.(*) Por Tarso Genro é ex-ministro da Justiça do governo Lula e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
O lamaçal da imprensa
Sempre fui extremamente crítico, em praticamente tudo. Sempre desconfiei, afinal: de omnibus dubitandum – uma alusão a Descartes. Gosto da imprensa, entendo seu papel e não caio na conversa mole da imparcialidade/isenção, isso é utopia!Leio blogueiros que fingem ser idôneos, tão logo passo o escantilhão com mais cuidado, verifico que o discurso é e sempre foi oportunista e interesseiro. Os maus profissionais, mentem, deturpam informações e induzem o leitor ao erro.Os estimados jornalistas do meio acadêmico – entenda-se meio esquerdista – sempre foram os que mais exaltaram a suposta isenção. Azenha e Nassif notabilizaram-se nos últimos anos em defender o atual governo, e como resultado foram brindados com programas milionários na estatal TV Brasil. Alguns irão dizer “ah, mas ganharam a concorrência”; somente um biltre acredita que a legislação é infalível, ou ainda, no suposto “notório saber”, como se houvesse uma aferição idônea quanto a isso.Franklin Martins ameaçou processar o colunista – que não é jornalista – Diogo Mainardi em abril de 2006. Em sua coluna o articulista o acusava de tráfico de influência junto ao governo para nomeação de parentes, tempos mais tarde Martins também foi nomeado, agora para ministro de Estado.Bom, os fatos acima demonstram claramente que há algo de podre no reino.Não é preciso ter diploma de jornalista para escrever com propriedade, muito menos para investigar sobre um assunto, ouvir o contraditório e produzir um texto embasado e próximo ao que é real.Em 07 de abril deste ano, a revista Veja publicou na coluna Radar, de Lauro Jardim, uma nota sobre a promoção do General Gonçalves Dias. Eu, sendo filho de militar e tido a oportunidade de servir por praticamente 9 anos como oficial da força, fui ao site e critiquei a notícia, alertei ainda ao escriba sobre a inexistência de fatos que denigram o ato, comentário que teve apoio de outros participantes daquele sítio.Na última segunda, novamente o ”jornalista” ataca a concessão de uma medalha ao soldado. Fui até lá e o critiquei novamente, para minha surpresa meu comentário foi editado, restando apenas a parte que elogiava o general. Oras, a maior revista do país, manter no ar uma coluna com um “profissional” que nem averigua suas fontes antes de postar diatribes, e pior, mesmo alertado, insiste no erro! Para exemplificar: precisei de poucos segundos para descobrir que o militar em epígrafe havia sido promovido juntamente com os demais integrantes da sua turma de formação (1975), que era um oficial com diversos cursos combatentes, incluindo nossas Forças Especiais.O que demonstra tudo que escrevi acima? Demonstra que estamos muito mal representados na dita grande imprensa, que não há, na prática, a tão alardeada imparcialidade e isenção. A imensa maioria dança conforme a música, ou melhor, o bolso do patrão.Particularmente, prefiro pessoas com personalidade, que emitem e sustentam suas próprias opiniões e que tomam partido. São raros, mas ainda os encontramos. Mas reportagens devem estar amparadas em fatos e critérios objetivos que busquem a realidade – coisa que Lauro Jardim deve desconhecer por completo. No afã de criticar Lula e seu corrupto governo, o articulista distorceu fatos, não verificou fontes e induziu o leitor ao pensamento incorreto, tudo que deve ser criticado e menosprezado em alguém que se pretenda ético.Fico extremamente preocupado com o rumo de nossa mídia; de um lado os que trabalham a soldo – bancados pelo erário -, de outro, desqualificados sem o mínimo compromisso com o público leitor. É, vamos mal, muito mal . . .Ps. Alguém pode indagar por que não citei Paulo Henrique Amorim, esclareço: só considero jornalista quem consiga construir um texto articulado em parágrafos.(*) Afonso Vieira é administrador e professor. afonsohjv@hotmail.com
O Congresso Nacional agradece
A desistência do vice-presidente da República, José Alencar, de concorrer ao Senado, só contribui para a renovação do Congresso Nacional. Na vida, tudo tem o seu tempo. Não se pode pretender ser "heroi" a vida toda.A experiência da vida, do trabalho ou da política são bens que devem ser respeitados. Não obstante considerarmos que a experiência é uma grande fonte de riqueza, os seus protagonistas não podem cometer o erro de pretender eternizar as suas presenças como indispensáveis. Tudo tem começo e fim. E a nobreza do ser humano está em saber reconhecer o seu tempo. Não somos eternos e nem indispensáveis. A vida continuará com novas cabeças pensantes, com novas ideias, com novos projetos, com novas experiências, com novos empresários, com novos políticos etc. Que Deus proteja o senhor José Alencar. Mas com a sua saúde (debilitada) em constante desequilíbrio, o que mais almeja com as glórias do poder (político)? Se em seu lugar estivesse uma pessoa qualquer do povo acometida de câncer, sem recursos financeiros próprios e do governo para custear tratamento oneroso, certamente essa pessoa já estaria desencarnada. Vá pra casa cuidar de sua família, de seu patrimônio, de seus netos, e se dedique a obras sociais. A política está precisando de gente nova e sem vícios para resgatar a sua credibilidade. Não podemos mais aceitar que velhas raposas políticas teimem em não arredar pé dos assoalhos do Congresso Nacional ou dos palácios de governos só porque têm cacife financeiro para custear as suas onerosas propagandas políticas e enganar incautos brasileiros. Por que tanto interesse pelas luzes da ribalta do poder? Não foi através da política que o senhor José Alencar se transformou em grande empresário brasileiro. Ou foi? (*) Julio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado.
Por quê não te calas?
O modo como alguém nos trata depende de algumas variáveis. Uma delas é o caráter do sujeito, se tem dentro de sí humanidade, limites, inteligência, informações e, outra, é a concepção e sentimentos que possua sobre nós. Na presente quadra, leitor, são profundamente deprimentes as noções que somos obrigados a concluir sobre o caráter do atual Presidente da República e, também, sobre o que o Presidente parece pensar sobre nós. O desfilar de palavras e atitudes irresponsáveis, incompatíveis com a dignidade do cargo maior de um Estado Democrático de uma grande Nação, de há muito nos fazem passar vergonha. Em alguns momentos poderíamos dar um desconto, dado a sabida limitação cultural do Presidente. Mas há coisas que não dependem de cultura, mas de respeito e ninguém pode dizer que o respeito devido ao outro dependa de nível de escolaridade. As atitudes e palavras presidenciais desfilam nessa Marquês de Sapucaí em que se transformou a Nação, ora através de um "nada ví" naquela vergonha do Mensalão do PT, ora em tolices tais como "há muita democracia na Venezuela", visando dar cobertura à marcha chavista para liquidação da democracia naquele país. Mais recentemente, o Mensalão que não houve, "foi um golpe contra o governo popular", dado pela direita e a imprensa. A campanha descarada e inoportuna para a promoção de sua candidata é a azeitona dessa empadinha indigesta. E o AI-5 do PT, o Decreto do PNDH-3 assinado sem ler? Mais ainda, leitor, a pérola entre as pérolas presidenciais, vimos os deboches e ridicularizações de Lula, ao ser multado pela Justiça eleitoral, por sua propaganda eleitoral extemporânea e ilegal. Aqui sim caberia a expressão "nunca antes nêsse país" se viu um Presidente tentar, explicitamente desmoralizar a mais alta corte de nosso Judiciário.Fato é que se torna cada vez mais evidente a falta de respeito que a Nação merece de quem quer que seja, inclusive das mais altas autoridades. Não somos imbecís, não nascemos ontem, temos memória, liberdade de imprensa que a alguns muito incomoda. Nossas instituições republicanas estão sendo construídas e merecem nosso esforço para solidificá-las. Não é a primeira vez que, do mais alto cargo, se tenta a desmoralização da República, os nomes de Jango e Collor não nos deixam esquecer. Creio que sobreviveremos ao "festival de besteiras que assola ao país" mas, entretanto, como o besteirol vem crescendo e não há ninguém para dizer "porque não te calas, Magda ?", não sei se a incontinência verbal do Presidente não possa nos levar a uma crise institucional mais séria e intransponível. Sim, pois a escalada de onipotência e atitudes maníacas(*) vêm se acelerando e não há como não perguntar: até onde vai?A tudo isso, leitor, acrescenta-se isto: aqueles com a ideologia totalitária, como os que aqui estão no poder, ao longo da História, nunca entregaram o poder a ninguém após tê-lo conquistado. Aqui, leitor, como nunca na História dêsse pais, estão reunidos ingredientes para uma receita, no mínimo, preocupante. (*) "Mania" corresponde a um estado mental patológico que se caracteriza, dentre outras manifestações, pela falta de limites, atitudes e palavras impensadas(*) Valfrido M. Chaves é psiquiatra.vmcpantaneiro@terra.com.br
Uma Lei do MALuf
Na mesma Folha de S.Paulo, de 13.4.2010, em que Maluf ventilou texto perquirindo se os Promotores têm medo da Justiça (Tendências/Debates), o jornalista Janio de Freitas acrescentou outro desdouro à notória lista de maldades do polêmico congressista: publicou, no bojo do artigo intitulado “Liberdade de ação”, p. A6, que Paulo Maluf procurou o general Newton Cardoso, ex-chefe do temido Serviço Nacional de Informações – SNI, pedindo-lhe o assassinato de Tancredo Neves, segundo o próprio militar teria declinado ao repórter Geneton Moraes Neto.Atribui-se a Maluf toda sorte (ou seria todo mal?) de alicantinas, especialmente contra o patrimônio público. Todavia, as efemérides trazidas à baila, explicitando o pleito da eliminação física de Tancredo, são estarrecedoras e incluem, no rol de malfeitorias imputadas ao aludido parlamentar, uma mácula que ainda se desconhecia, pelo menos publicamente, e que, acaso verdadeira, terá o condão de enrubescer os grandes vilões da história política brasileira. Aventuras ilícitas de rei ou plebeu, de magnata ou miserável, de crente, agnóstico ou ateu, de brancos, índios, negros ou de judeus, enfim, de quem quer que seja, são cada vez mais reprochadas, uma vez que as instituições do país estão consolidadas, a democracia vigora, a imprensa é livre para informar a sociedade, o eleitor está consciente e analisa melhor o seu voto e os braços da lei principiam a manietar pessoas que alentam, a desoras, a veleidade de estar acima da ordem jurídica e dos valores mais fastigiosos da República. Dentro dessa tessitura, Mário Covas apregoava que Maluf inventara o verbo “malufar”, que significaria “roubar” e o chamou, em 1998, durante debate do 2.o turno para o governo de SP, de “ladruf”; e o epíteto colou, visto que o congressional e seu filho Flávio permaneceram, em 2005, presos, preventivamente, por mais de 40 dias, quando foram soltos, em habeas corpus, por decisão exarada pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, consoante divulgado na imprensa (Folha, Tendências/Debates – “A vingança de Maluf” - 6/4), increpa-se-lhe a movimentação ilegal, de aproximadamente 250 milhões de dólares desviados do erário paulista, em diversos países europeus e nos EUA, sendo figura célebre na listagem de perseguidos pela Interpol, à conta de ordem do Judiciário de Nova York. Agora ele quer processar o Promotor americano, julgando-se perseguido.Por ser suspeito de diversas peripécias, Maluf frequenta assiduamente tribunais e, quase sempre, senta-se no banco dos réus. Insatisfeito com a independência e com a imparcialidade da Justiça, com o mourejar concreto e destemido do Ministério Público, o deputado ambiciona retaliar, intimidar e emudecer estas importantes instituições ao propor, no deleite de interesses próprios, o projeto de lei n. 265/2007 que - já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e adrede imbuído de termos imprecisos e subjetivos, colocando em xeque a segurança jurídica - restringe a atuação dos cidadãos que questionem, mediante ação popular, por exemplo, atos lesivos à moralidade administrativa e ao meio ambiente perpetrados por políticos; visa igualmente soçobrar e coibir a atuação do Parquet nas atitudes em defesa da probidade estatal, impondo-se aos seus membros o ônus de arcar com o pagamento das custas do processo e de honorários advocatícios e periciais, como também danos materiais, morais e à imagem que hajam provocado, se a demanda ajuizada qualificar-se como temerária, promocional, fruto de má-fé ou de perseguição política, concebendo-se, ademais, crime que alcança 10 meses de detenção para quem manejar tais medidas.O prefalado PL 265/2007 convola-se em inegável cavalo de Troia, em inescondível presente de grego, pois, a despeito de, aparente e formalmente, tencionar coibir abusos, a bem da verdade pretende, sub-repticiamente, espavorir, arrostar e calar os cidadãos, os Promotores e os Juízes que, Brasil afora, estão fiscalizando e levando a termo fatos da mais alta relevância social. Obstando as ações judiciais, o Poder Judiciário ficará coarctado, subjugado e alijado da apreciação das lesões que condutas ímprobas ocasionam e, consequentemente, não existirá punição aos que delinquirem.Note-se que o projeto da Lei do MALuf dá mostras de padecer do escopo de vindita e traz, no seu cerne, como corolário, a debilidade da defesa da sociedade e do patrimônio público, que ficará à mercê e ao talante de seus algozes e verdugos, que continuam a almejar a impunidade, porquanto os integrantes do Judiciário e do Parquet, quando incorrem em abusos, já são investigados, processados e punidos, quer no âmbito interno, pelas respectivas corregedorias, quer no externo, via Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público.Porventura aprovado e sancionado o projeto da forma como redigido, haverá franco e inaceitável retrocesso no combate à corrupção, em decorrência do enfraquecimento das instituições de controle e do olvido ao princípio de freios e contrapesos, elementar nos Estados Democráticos que repelem, a sua vez, entidades como o SNI do auge da ditadura, à qual servilmente foi fiel acólito o hoje deputado Paulo Maluf.Felizmente, a democracia venceu a ditadura e Tancredo derrotou Maluf; por ironia do destino, o líder vitorioso da redemocratização do país era Promotor em Minas Gerais e não temia a Justiça, até porque, quem deve temê-la não é quem a pratica e a efetiva, mas quem a ignora, quem a maltrata e a amarfanha, vilipendia e a desdenha, quem se vale de chicanas processuais para retardar as decisões e quem encomenda o silêncio de Promotores da Democracia!(*) João Linhares Júnior é Promotor de Justiça em Dourados-MS.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Retrospectiva: Sertanejo de MS ganha o Brasil
Este ano foi de projeção de artistas sertanejos de Mato Grosso do Sul no cenário nacional. De antigos conhecidos do público do Estad
o, como Tradição e Jo
ão Bosco
& Vinicius, a novatos como Maria Cecília & Rodolfo e Luan Santana. O grupo, as duas duplas e o cantor solo foram conhecidos e reconhecidos pelo público de todo o País. O Tradição e a dupla João Bosco & Vinicius ficaram conhecidos também no meio internacional com a indicação para o Grammy Latino.Maria Cecília & Rodolfo foram trilha da novela global Paraíso, ambientada no meio rural. Ancorada em uma estratégia de marketing que lembra a de empresas, a dupla anunciou até em jogos de futebol da Copa do Brasil transmitidos pela tv e, no fim de ano, usou outdors para agradecer ao publico do Estado o sucesso e desejar feliz ano novo. Pudera: os dois já tem agenda lotada até outubro de 2010. Já Luan Santana, que também despontou nacionalmente este ano, é “voz” carimbada em comerciais de divulgação da gravadora Som Livre. Tradição - O Grupo tem 14 anos de existência. O sucesso veio com apresentações em bailes e bares da Capital e do Interior. Depois, o som dançante do grupo contagiou Estados vizinhos e o País, e rendeu gravações com artistas nacionais, como Bruno e Marrone, que já fizeram show em Campo Grande com o Tradição.Este ano, dois músicos que estiveram desde o início com o grupo partiram para carreira solo, entre eles o vocalista, Michel Teló. Outros dois entraram.Com a nova formação, o grupo lançou o 10º álbum da carreira: Caixinha de Surpresa. O disco ainda não foi lançado em Campo Grande. O Grupo Tradição foi indicado ao Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras - Regional Nativa”.João Bosco & Vinicius - A dupla é de Coxim e veio para Capital para estudar e alcançar o sucesso na música. O entrosamento deu tão certo que neste ano, ao lado de Maria Cecília & Rodolfo, viraram trilha de novela da Rede Globo. A agenda dos sertanejos está lotada e eles estão entre as atrações do especial de fim de ano da Rede Globo para a noite da virada, junto com artistas de renome nacional há vários anos.Assim como o Tradição, a dupla também concorreu ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, com o álbum Curtição.Maria Cecília & Rodolfo - Os dois colegas do curso de Zootecnia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) começaram a cantar juntos nos corredores da instituição, há menos de cinco anos.Depois, passaram a animar festas de amigos e passaram a levar a música mais a sério. Foi então que começaram a ensaiar e a tocar em barzinhos.Gravaram um CD e DVD de divulgação e então alçaram voo. “O repertório é bom. É um casal, e não dois homens, como é mais comum no sertanejo. O trabalho deles é muito bom”, diz Eduardo Maluf, sobre a “receita” do sucesso ‘lá fora’.Maluf explica que a dupla é mais conhecida e reconhecida em outros Estados do que em Mato Grosso do Sul. Ele acredita que isso seja resultado do trabalho de divulgação de mídia e da competência dos cantores e produtores, como Ivan Myazato.Um exemplo do sucesso dos amigos em outros Estados, é a gravação do primeiro CD e DVD, em Goiânia. A produção teve que mudar de local várias vezes porque os ingressos se esgotavam e havia muita procura.Luan Santana - Em apenas três anos, o adolescente Luan Santana, 17 anos, saiu de uma gravação amadora, feita por brincadeira, para um cachê de pelo menos R$ 40 mil por show.O sucesso do ‘gurizinho’ é principalmente entre o público adolescente. As meninas o ‘amam’ e os meninos acompanham as apresentações. ‘Falando sério’ foi a primeira música gravada por ele. Após o sucesso de ‘Luan Santana, que fazia participações com outros cantores, lançou o álbum intitulado ‘To de cara’, com 11 músicas. Apesar da participação de outros cantores, a maior parte das faixas é de composição dele.



Maria Cecília e Rodolfo participam de programa no SBT
Sábado, 12 de Dezembro de 2009 19:59
A dupla sul-mato-grossense Maria Cecília e Rodolfo se apresenta amanhã no programa da Eliana, do SBT, junto do cantor Latino para divulgar a música Se Vira, gravada dia 16 de novembro em São Paulo.
Será a segunda participação da dupla no programa, que vai ao ar às 14h30 (horário local). A música pode ser conferida no site da dupla www.mariaceciliaerodolfo.com.br
Maria Cecília e Rodolfo são convidados da Hebe
Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009 15:52
Ano é de sucesso para dupla que sul-mato-grossense. Maria Cecília e Rodolfo foram convidados para o programa da Hebe e serão atração do dia 28 de setembro, próxima segunda-feira.Os sul-mato-grossenses são revelação do sertanejo universitário, e tem um ano de glória em 2009.Conseguiram inserir música na trilha sonora da novela das 18h, decidiram investir em propaganda em jogos de futebol, e agora estarão em um dos programas mais tradicionais e requisitados da TV brasileira.O programa apresentado por Hebe Camargo é exibido a partir das 22h em Mato Grosso do Sul, pelo SBT. A dupla cantará seu grande sucesso "Você de Volta", música da trilha sonora da novela global Paraíso.
LUAN SANTANA
De "Gurizinho", cantor passa a cachê de 40 mil
Sábado, 22 de Agosto de 2009 12:38
Fama mudou rotina do adolescente, que agora se divide entre shows e ensaios no estúdio
Em apenas três anos, o adolescente Luan Santana, 17 anos, saiu de uma gravação amadora, feita por brincadeira, para um cachê de R$ 40 mil por show.Quando começou a cantar, a voz era tão infantil que foi apelidado de "Gurizinho’. Uma música famosa, uma gravação caseira e a ajuda da tecnologia, com a canção passando de celular para celular entre os adolescentes, Luan foi fazendo a fama.Agora, já cumpre agenda de 25 shows por mês, em pelo menos 15 Estados, diz a assessoria. Com gravação de seu primeiro DVD, marcada para o próximo domingo (23), Luan falou ao Campo Grande News sobre o início da carreira e de como a internet ajudou a expandir o trabalho, que começou por diversão.‘Falando sério’ foi a primeira música gravada por ele. O adolescente conta que a gravação foi feita em 2006, quando estava em um churrasco com amigos no município de Jaraguari, distante 51 quilômetros de Campo Grande.“Eu gravei com uma qualidade ruim demais”, confessa. Apesar disso, a música começou a se espalhar pela internet e a fazer sucesso entre o público jovem. O passo de brincadeira para carreira de sucesso foi quando a música passou a ser conhecida, explica o cantor. “Eu ia ao mercado e quando ouvia o celular de alguém tocar via que era a minha música”, lembra. A partir daí vieram outras gravações, como Sufoco, e o início dos shows.O artista lembra que a internet ‘ajudou muito’ na divulgação do trabalho, principalmente entre o público jovem. “Atingimos uma faixa etária que antes não era alcançada pelo sertanejo”, observa.Profissionalização - Após o sucesso de ‘Falando Sério’, Luan Santana, que fazia participações com outros cantores, conta que sentiu vontade de um CD que tivesse ‘a sua cara’. Foi quando lançou o álbum intitulado ‘To de cara’, com 11 músicas. Apesar da participação de outros cantores, a maior parte das faixas é de sua composição. No lançamento do DVD, que será feito durante as comemorações pelo aniversário de Campo Grande, além de nove músicas da gravação, serão lançadas outras dez músicas. A produção do artista garante que oito delas são inéditas, e serão apresentadas ao público somente no show.As outras duas, ‘Pra você lembrar de mim’ e ‘Você não sabe o que é amor’, já fazem sucesso nas rádios do País.
De "Gurizinho", cantor passa a cachê de 40 mil
Sábado, 22 de Agosto de 2009 12:38
Fama mudou rotina do adolescente, que agora se divide entre shows e ensaios no estúdio
Em apenas três anos, o adolescente Luan Santana, 17 anos, saiu de uma gravação amadora, feita por brincadeira, para um cachê de R$ 40 mil por show.Quando começou a cantar, a voz era tão infantil que foi apelidado de "Gurizinho’. Uma música famosa, uma gravação caseira e a ajuda da tecnologia, com a canção passando de celular para celular entre os adolescentes, Luan foi fazendo a fama.Agora, já cumpre agenda de 25 shows por mês, em pelo menos 15 Estados, diz a assessoria. Com gravação de seu primeiro DVD, marcada para o próximo domingo (23), Luan falou ao Campo Grande News sobre o início da carreira e de como a internet ajudou a expandir o trabalho, que começou por diversão.‘Falando sério’ foi a primeira música gravada por ele. O adolescente conta que a gravação foi feita em 2006, quando estava em um churrasco com amigos no município de Jaraguari, distante 51 quilômetros de Campo Grande.“Eu gravei com uma qualidade ruim demais”, confessa. Apesar disso, a música começou a se espalhar pela internet e a fazer sucesso entre o público jovem. O passo de brincadeira para carreira de sucesso foi quando a música passou a ser conhecida, explica o cantor. “Eu ia ao mercado e quando ouvia o celular de alguém tocar via que era a minha música”, lembra. A partir daí vieram outras gravações, como Sufoco, e o início dos shows.O artista lembra que a internet ‘ajudou muito’ na divulgação do trabalho, principalmente entre o público jovem. “Atingimos uma faixa etária que antes não era alcançada pelo sertanejo”, observa.Profissionalização - Após o sucesso de ‘Falando Sério’, Luan Santana, que fazia participações com outros cantores, conta que sentiu vontade de um CD que tivesse ‘a sua cara’. Foi quando lançou o álbum intitulado ‘To de cara’, com 11 músicas. Apesar da participação de outros cantores, a maior parte das faixas é de sua composição. No lançamento do DVD, que será feito durante as comemorações pelo aniversário de Campo Grande, além de nove músicas da gravação, serão lançadas outras dez músicas. A produção do artista garante que oito delas são inéditas, e serão apresentadas ao público somente no show.As outras duas, ‘Pra você lembrar de mim’ e ‘Você não sabe o que é amor’, já fazem sucesso nas rádios do País.
Luan Santana grava DVD ao vivo dia 23 de agosto
Quarta-feira, 12 de Agosto de 2009 15:13
Luan Santana vai gravar DVD ao vivo na Capital
O sertanejo Luan Santana grava no próximo dia 23, em Campo Grande, o primeiro DVD ao vivo. O evento será realizado no Parque das Nações Indígenas e integra a programação de aniversário dos 110 anos de Campo Grande. A entrada é gratuita.Cerca de 70 mil pessoas são esperadas para o show, que terá a participação da dupla Fernando e Sorocaba. O cenário será de Zé Carratu, um dos mais conceituados cenógrafos do Brasil e a produção musical de Ivan Miazzato. O show será rico em efeitos especiais, luzes e som de última geração além de surpresas para o público. O lançamento do DVD está previsto para o mês de novembro pela gravadora Som Livre.Luan iniciou a carreira aos 14 anos, e aos 16, já fazia shows até em Goiás. O primeiro CD trouxe a música “Falando Sério”, regravada depois por outras duplas de sucesso nacional. A explosão do cantor nas paradas musicais veio com o segundo álbum, intitulado “Tô de cara”. O CD inclui canções que estouraram ao mesmo tempo em diferentes rádios de todo o Brasil, entre elas, “Meteoro” e “Chocolate”.
O sertanejo Luan Santana grava no próximo dia 23, em Campo Grande, o primeiro DVD ao vivo. O evento será realizado no Parque das Nações Indígenas e integra a programação de aniversário dos 110 anos de Campo Grande. A entrada é gratuita.Cerca de 70 mil pessoas são esperadas para o show, que terá a participação da dupla Fernando e Sorocaba. O cenário será de Zé Carratu, um dos mais conceituados cenógrafos do Brasil e a produção musical de Ivan Miazzato. O show será rico em efeitos especiais, luzes e som de última geração além de surpresas para o público. O lançamento do DVD está previsto para o mês de novembro pela gravadora Som Livre.Luan iniciou a carreira aos 14 anos, e aos 16, já fazia shows até em Goiás. O primeiro CD trouxe a música “Falando Sério”, regravada depois por outras duplas de sucesso nacional. A explosão do cantor nas paradas musicais veio com o segundo álbum, intitulado “Tô de cara”. O CD inclui canções que estouraram ao mesmo tempo em diferentes rádios de todo o Brasil, entre elas, “Meteoro” e “Chocolate”.
Maria Cecília e Rodolfo lançam CD e DVD em Barretos
10 de Agosto de 2009 15:18 -->
Maria Cecília e Rodolfo lançam novo trabalho no dia 28 de agosto. A dupla Maria Cecília e Rodolfo lança neste mês o primeiro DVD da carreira e gravado ao vivo durante show em Goiânia (GO).No dia 28 de agosto, os sul-mato-grossenses fazem o lançamento oficial durante a Festa do Peão de Barretos (SP), a mais famosa do circuito brasileiro de rodeios.Além do DVD, a dupla também começa a divulgar o CD gravado durante a mesma apresentação em Goiás, que reuniu mais de 12 mil pessoas. É o segundo CD de Maria Cecília e Rodolfo.O trabalho deve chegar às lojas nos próximos dias. "Ao Vivo em Goiânia", da Som Livre, tem como destaques do repertório, "Você de Volta", sucesso nacional na trilha sonora da novela "Paraíso", da Rede Globo.
Luan Santana vai se apresentar em “Malhação"
Divulgação
-->
Luan Santana, ídolo adolescente, vai participar de novela da Rede Globo
O cantor campo-grandense Luan Santana vai participar da novela teen “Malhação ID”, da Rede Globo, capítulo que deve ir ao ar no fim deste mês.Ele foi convidado pelo produtor musical da TV, Rogério Vaz, para participar das gravações da série.De acordo com sua assessoria de imprensa, o cantor não fará nenhum personagem: será o próprio Luan Santana. Ele chegará na novela como amigo de infância de Bernardo, interpretado pelo ator e cantor Fiuk, protagonista da trama. Luan Santana tem 18 anos e gravou seu primeiro DVD em um show para cerca de 85 mil pessoas, em Campo Grande. A apresentação foi em agosto de 2009, após assinatura de contrato com a gravadora Som Livre.Seu primeiro sucesso foi "Falando Sério", que ficou nacionalmente conhecida com a dupla João Bosco & Vinícius. A música de Luan Santana que mais tocou em 2009 foi "Meteoro", depois de estourar no meio sertanejo com "Tô de Cara", gravada em 2008. Essas duas últimas foram compostas por Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba, um dos nomes responsáveis pelo sucesso do garoto.Em apenas três anos, Luan saiu de uma gravação amadora, feita por brincadeira, para um dos melhores cachês do mercado. Com informações do UOL Notícias.
-->
Luan Santana, ídolo adolescente, vai participar de novela da Rede Globo
O cantor campo-grandense Luan Santana vai participar da novela teen “Malhação ID”, da Rede Globo, capítulo que deve ir ao ar no fim deste mês.Ele foi convidado pelo produtor musical da TV, Rogério Vaz, para participar das gravações da série.De acordo com sua assessoria de imprensa, o cantor não fará nenhum personagem: será o próprio Luan Santana. Ele chegará na novela como amigo de infância de Bernardo, interpretado pelo ator e cantor Fiuk, protagonista da trama. Luan Santana tem 18 anos e gravou seu primeiro DVD em um show para cerca de 85 mil pessoas, em Campo Grande. A apresentação foi em agosto de 2009, após assinatura de contrato com a gravadora Som Livre.Seu primeiro sucesso foi "Falando Sério", que ficou nacionalmente conhecida com a dupla João Bosco & Vinícius. A música de Luan Santana que mais tocou em 2009 foi "Meteoro", depois de estourar no meio sertanejo com "Tô de Cara", gravada em 2008. Essas duas últimas foram compostas por Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba, um dos nomes responsáveis pelo sucesso do garoto.Em apenas três anos, Luan saiu de uma gravação amadora, feita por brincadeira, para um dos melhores cachês do mercado. Com informações do UOL Notícias.
Cantor Sérgio Reis fará show dia 23 em Campo Grande
No próximo dia 23, o cantor Sérgio Reis estará fazendo um show em Campo Grande em homenagem ao Dia do Trabalhador. A apresentação musical é promovida pelo Sest (Serviço Social do Transporte) e o Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) e acontecerá na Praça do Rádio Clube. A entrada é de graça.Sérgio Reis nasceu em Cuiabá (MT) em 1940 e é famoso em todo o Brasil por seu repertório variado. Ele gravou seu primeiro disco de música sertaneja com a canção ‘Menino da Gaita’, em 1972.Seu disco ‘O Melhor de Sérgio Reis’, lançado em 1981, vendeu mais de 1 milhão de cópias. Seguiu-se o sucesso de "Menino da Porteira", "Adeus Mariana", "Disco Voador", "Panela Velha", "Filho Adotivo", "Pinga ni Mim" e várias outras canções. Como ator, trabalhou em algumas telenovelas, como Pantanal e A História de Ana Raio e Zé Trovão, na extinta TV Manchete, e Paraíso e O Rei do Gado, na Rede Globo.No ano de 2003, Sérgio Reis gravou seu primeiro DVD, intitulado "Sérgio Reis e filhos - violas e violeiros", e como o próprio título diz, "Serjão" teve seus filhos como músicos na apresentação.Em março de 2009, o cantor Sérgio Reis também foi homenageado com a reestréia do filme “O Menino da Porteira” protagonizada agora pelo cantor Daniel – no papel do boiadeiro Diogo.
Ídolo musical, Luan Santana divulga MS em rede nacional

Cantor será tema de matéria do Fantástico deste domingo.
O cantor sul-mato-grossense Luan Santana será tema de uma reportagem do Fantástico, da rede Globo, neste domingo. A equipe do programa acompanhou o cantor por três dias e participou de uma pescaria com o ídolo da música sertaneja em Corumbá.
A produção do Fantástico informou que a matéria foi sugerida por vários fãs, que ainda não tinham visto o cantor no programa dominical.
Durante trecho da reportagem, disponível aqui, Luan mostra os bastidores de seus shows e leva a repórter Mariana Ferrão para uma pescaria no rio Paraguai, em Corumbá.
Na pescaria, Luan conta que gosta da tranqüilidade do rio, “gosto muito daqui, nossa vida é muito corrida”.
Quando perguntado se pensa na dimensão de seu sucesso, Luan responde: “Eu procuro não ficar pensando nisso, muita gente subiu demais na cabeça porque fica pensando muito nisso”. E completa: “Eu sou de Campo Grande, lá do Mato Grosso do Sul (...), para manter a humildade acima de tudo”.
A matéria vai ao ar no Fantástico deste domingo, na rede Globo.
Trajetória - Luan Rafael Domingos Santana, conhecido no início da carreira como “Gurizinho”, nasceu em Campo Grande no dia 13 de março de 1991.
Em janeiro de 2009, lançou o segundo CD da carreira com os sucessos: Tô de Cara, Meteoro, Minha Boca Você não Beija Mais e A Louca. .
Contratado pela gravadora Som Livre, em novembro lançou seu primeiro DVD, gravado em 25 de agosto de 2009 no Parque das Nações Indígenas. Neste dia Luan Santana reuniu 85 mil pessoas para esta sua única apresentação e bateu seu próprio recorde de público, que antes era de 70 mil pessoas em um show realizado em junho do mesmo ano no Parque de Exposições Laucídio Coelho.
Em janeiro de 2010 Luan Santana fez uma participação na novela “Malhação” interpretando ele mesmo. Também participa de vários programas da TV Brasileira.
Tem mais de 170 mil seguidores no Twitter e seu canal no Youtube conta com mais de 100 milhões de acessos.
Governo eleva em 15% a pauta fiscal do leite em MS
O governo estadual elevou em 15% o valor de base para cobrança do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do leite in natura.No caso das operações internas, a pauta passa de R$ 0,40 o litro a R$ 0,46. Já as interestaduais de R$ 0,57 vai a R$ 0,66.Antes mesmo do período de entressafra o preço do leite teve expressiva alta. Conforme o Índice de Preços ao Consumidor, em março a alta superou os 9%.
Zeca e Delcídio tentam mostrar União em agenda conjunta
O ex-governador Zeca do PT e o senador Delcídio do Amaral tentarão nesta sexta-feira, em Três Lagoas, mostrar que estão unidos no embate eleitoral deste ano, após diversos episódios de conflito iniciados em 2006.A agenda conjunta entre as duas principais estrelas do
PT é uma cobrança de deputados e pré-candidatos do partido. Eles participam hoje e amanhã de um encontro regional em um território dominado pelo PMDB, na tentativa de fortalecer o projeto de retorno de Zeca ao Parque dos Poderes e encerrar, de uma vez por todas, os comentários sobre conflito interno.Três Lagoas foi escolhida estrategicamente para a primeira agenda conjunta de Zeca e Delcídio, já que é terra dominada politicamente pela ex-prefeita Simone Tebet, pré-candidata a vice-governadora pelo PMDB.A idéia do comando partidário é reunir deputados, vereadores e todas as lideranças petistas possíveis, na tentativa de dar início a um processo de movimentação da militância.“O debate vai girar em torno de táticas eleitorais, alianças partidárias e programa de governo”, detalhou o presidente regional do PT, Marcus Garcia.Em suas últimas entrevistas, tanto Zeca quanto Delcídio disseram que este processo de unificação de agenda acontecerá de forma natural.Com o início dos encontros pelo interior de Mato Grosso do Sul, a cúpula petista espera consolidar de uma vez por todas o nome de Zeca como candidato ao governo e encerrar os rumores de desistência do projeto.Hoje, os petistas trabalham para consolidar um arco de alianças envolvendo PP, PRB, PSL, PSC, PC do B, PV, PMN e PDT, que pretende indicar o nome do deputado federal Dagoberto Nogueira ao Senado.Após a confirmação de apoio do PTB à reeleição de André Puccinelli (PMDB), os petistas tentarão encontrar dentro desses partidos um candidato a vice-governador, de preferência com domicílio eleitoral em Dourados.A reunião em Três Lagoas acontece às 19h, no plenário da Câmara de Vereadores da cidade.

Assinar:
Postagens (Atom)